Surprise
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Capítulo 3 ou "Surprise"
Na manhã seguinte, ela acordou por volta das nove horas. Algumas garotas ainda dormiam, e somente Lilly já havia levantado e estava no banheiro.
Ela se levantou e se vestiu, animada.
Quando Lilly saiu do banheiro, Marlene entrou apressada, não dando tempo para as perguntas da ruiva. E assim passou o resto da manhã até a hora do almoço, com Marlene se esquivando de Lilly e suas perguntas preocupadas e irritadiças.
Assim que Marlene se sentou na mesa da Grifinória, Lilly sentou-se ao seu lado.
-Quer parar de fugir, meu amor? – perguntou Lilly sorrindo vitoriosa – As meninas disseram que ouviram falar de uma confusão envolvendo você e o Black, e contaram que depois você sumiu com ele! O que foi que aconteceu? Quer me matar de preocupação?
Marlene encheu o prato de comida.
-Eu adoraria, Lillyzinha, mas eu estou com fome e a gente não deve falar de boca cheia! – respondeu Marlene com uma piscadela marota, ao que Lilly cerrou os olhos ameaçadoramente
Ao fim da refeição, Marlene já ia se levantar quando Lilly a segurou pelo braço:
-Agora você não está mais de boca cheia!
-Lilly, eu vou me encontrar com o Richard agora. Deixe-me ir, por favor! Prometo que te conto tudinho depois! – suplicou a morena
A ruiva suspirou:
-Ok, Mars. Vá logo! – Marlene deu um beijo estalado na bochecha da amiga e saiu correndo – Mas depois você vai me contar tudo mesmo! – gritou Lilly
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Marlene passou no banheiro feminino para ajeitar o cabelo e a maquiagem, escovou os dentes, e saiu correndo para a sala do professor de DCAT.
Ela bateu na porta e aguardou. Ele abriu a porta, sorridente.
-Ufa! Você veio! – exclamou ele – Achei que você não viria por causa de...ontem a noite.
-Bom, eu estou aqui! – disse a morena
-Entra, por favor. – convidou ele, fechando a porta atrás de si quando ela entrou
Uma série de papéis e livros abertos estava aberta sobre a mesa.
-Eu preciso melhorar na parte de organização... – comentou ele, meio sem-graça com a bagunça – Bom, pronta para o trabalho?
-Claro! Mãos à obra! – disse ela se sentando em uma cadeira na frente da mesa do professor
-Quer beber algo? – perguntou ele
-Han, claro. O que você tem aí?
-Você gosta de hidromel? – ele pegou uma garrafa de cristal e dois copos
-Sim. – ela segurou os copos e ele os serviu
A tarde passou rápido, e aluna e professor se deram muito bem. Prepararam a reinauguração do clube de duelos, e também arranjaram tempo para falar deles próprios.
Quando já ameaçava anoitecer, ela disse:
-Acho melhor eu ir, Richard. Daqui a pouco já é o jantar e a Lilly deve estar me procurando feito louca!
O professor riu e se inclinou sobre a mesa na direção dela.
-Muito obrigada por hoje, Mars. – disse ele – E mais uma vez, eu sinto muito por ontem.
-Não precisa agradecer, Rick. E quanto à ontem, bem, vamos esquecer.
Ele encarou os papéis sobre a mesa, e o plano de aula que eles haviam feito.
-O que acha de um duelo? – convidou ele, sorrindo
Ela riu e concordou:
-Eu topo. Mas vai ser triste ver um professor perdendo para uma aluna.
-Vamos lá.
Eles se levantaram e logo começaram o duelo. Faíscas voavam por todos os lados. Os dois eram muito bons.
Um atacava, o outro defendia rapidamente e partia para o contra-ataque. Mal tinham tempo de pensar, até que Richard conseguiu desarmar Marlene e pegar sua varinha.
Ela começou a recuar contra a parede, ainda não se dando por derrotada.
-Immobilus! – gritou o professor, mas mesmo sem varinha Marlene murmurou um “protego”, conseguindo milagrosamente se defender do feitiço.
A bruxa tentou acertar um soco no professor, mas ele se defendeu.
-Você é boa nisso. – disse ele
Ela atacou novamente e ele escapou por um centímetro.
-É, eu sei. – admitiu ela
Mais um soco e ele segurou a mão da garota. Ela tentou usar a outra mão, e ele também a segurou.
Ela tentou escapar, mas já estava encostada na parede. Ele colocou as mãos dela acima de sua cabeça, prendendo-as na parede com uma mão.
-Mas eu ainda ganhei esse duelo. – anunciou ele
Ela respirava descompassada, agitada por causa do duelo. Ele estava igualmente ofegante.
Richard estava praticamente colado a ela.
Ela sentiu o rosto corando ao perceber a proximidade, e ele também pareceu notar.
Ele suspirou, encostando sua testa na dela. Os narizes quase se tocando.
-Marlene... – ele encarou os olhos dela por alguns instantes e ela sustentou o olhar. Ele suspirou mais uma vez, fechando os olhos – O que eu estou fazendo? – ele fez menção de beijá-la mas parou, voltando a ficar apenas com a testa encostada na dela – Mars, se sou só eu quem está querendo isso...Se você não está sentindo o mesmo que eu...Por favor, me fale. Isso não é fácil. Me diga apenas “não” e eu te solto e nunca mais faço algo assim.
O coração de Marlene batia tão apressado, que ela achava que ia passar mal a qualquer momento. É claro que ela havia sido pega de surpresa, mas não podia negar a atração que sentia por Richard, mesmo que ele fosse seu professor. Quando se conheceram, ele ainda não o era e ela já se sentira atraída por ele.
-Não posso dizer “não”. – sussurrou ela
Ele abriu os olhos e encarou Marlene profundamente. OIhos castanhos nos olhos castanhos.
Depois de um momento, que para eles pareceu durar séculos, Richard acabou com a pouca distância que ainda existia entre eles, colando seus lábios aos de Marlene.
A mão com que ele segurava as mãos da garota sobre sua cabeça até um minuto atrás, agora estava segurando o rosto da garota com delicadeza. A outra mão segurava firmemente a cintura dela.
Marlene apoiara os braços ao redor do pescoço de Richard, passando a mão pelos cabelos do rapaz.
O beijo estava causando as mais diversas sensações em ambos.
Poderiam ficar ali para sempre, não fosse uma voz exclamar atrás deles:
-Meu santo Merlin!
Professor e aluna se soltaram imediatamente. Richard virou-se assustado, para ver quem os havia surpreendido.
James Potter estava parado ao lado da porta, atônito.
Marlene estava vermelha até o último fio de cabelo. O professor estava tão envergonhado quanto a garota, embora não estivesse tão vermelho.
-Potter, acalme-se. Não é o que você está pensando! – disse Richard, nervoso
James pareceu sair do estado catatônico em que estava.
-Pensando? O problema não é o que eu estou pensando! É o que eu vi! – exclamou ele – Vocês estão loucos? Se beijando assim, aluna e professor, na sala do professor, com a porta destrancada para qualquer um entrar? E se fosse outra pessoa que tivesse surpreendido vocês? Algum outro aluno? Algum monitor? McGonagall? Slughorn? Filch? Dumbledore? – Marlene ia se sentindo cada vez menor por conta das palavras de James, que continuou a bronca – Pelo amor de Merlin! Marlene McKinnon, você poderia ser expulsa! E você, professor Wentworth, seria imediatamente demitido!
-Potter, eu... – tentou começar Wentworth, mas o aluno o interrompeu
-Olhem, eu não tenho nada a ver com a vida de vocês, e realmente não dou a mínima se vocês querem ficar se agarrando por aí! Mas, pelo menos, sejam cautelosos! Eu não quero perder um bom professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, muito menos minha artilheira. – suspirou o garoto – De qualquer forma, eu só vim aqui para perguntar quando serão os encontros do Clube de Duelos para que eu possa marcar o treino de quadribol em um dia diferente.
-É...Hmm...Será na terça, Sr Potter. – respondeu o professor, meio sem rumo
-Relaxem, eu não vou contar nada a ninguém sobre o que eu vi. Mas, honestamente, tomem mais cuidado!
James já ia se virar para sair da sala quando Marlene exclamou:
-Potter! Por favor, espere! – ele parou ao lado da porta, aguardanado. Ela virou-se para Richard – É melhor eu ir embora agora. Nos falamos depois, Richard.
E, pegando sua bolsa, Marlene saiu da sala, seguida por James Potter. Richard deixou-se cair sobre a cadeira mais próxima e suspirou, colocando a cabeça entre as mãos?
-E agora? – perguntou para si mesmo
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Marlene andava ao lado de James sem saber exatamente o que dizer. Ele também não estava puxando muita conversa.
Por fim, ela disse:
-Eu sinto muito pelo que você viu agora há pouco.
-Não se preocupe com isso. Sinto muito ter interrompido vocês também. Se eu soubesse, jamais entraria na sala. – respondeu ele – Vocês são doidos, não? Deixe-me perguntar uma coisa: o Sirius sabe disso, McKinnon?
-Er...Pode me chamar de Marlene, Potter. E não. O Sirius não sabe.
-Pode me chamar de James, então. – disse ele antes que Marlene pudesse continuar a falar – Eu acho que você devia ter contado para o Sirius. Depois de ontem, acho que seria bem justo se você contasse agora.
-Potter, quer dizer, James, eu não contei nada para o Sirius porque nada tinha acontecido! – exclamou ela corando novamente – Eu e o Richard nos beijamos pela primeira vez hoje poucos minutos antes de você entrar naquela sala! E foi um acidente. Eu e ele nunca tocamos nesse assunto, James! Eu sei que é errado!
-Ah, ok. – murmurou ele sem-graça ao ver o transtorno da garota – Calma. Tava só...falando. Vamos virar nesse corredor, o caminho é mais longo, podemos conversar um pouco mais.
-Eu sei que você tava só falando o que tava na sua cabeça. – suspirou ela – Mas é que eu não sei o que fazer! Não estava nos meus planos beijar o Richard! Ele é meu professor, afinal! Além do mais, se meu irmão souber disso...ai ai ai. Não vai prestar.
James não entendeu o comentário referente ao irmão de Marlene.
-Como assim, se seu irmão souber? O que ele tem a ver com isso? E como ele poderia ficar sabendo se só eu, você e o próprio Wentworth sabemos do que aconteceu? – perguntou o maroto
Marlene suspirou pesadamente antes de continuar.
-Eu conheço o Richard desde antes dele começar a lecionar aqui esse ano. Ele é amigo do meu irmão. Eles se conheceram na Academia Barcelona para Bruxos e Bruxas, na Espanha, há cinco anos, quando o Adam foi morar lá. Eu o conheci há dois anos atrás, quando ele ainda morava com o meu irmão.
James arregalou os olhos de espanto.
-Okay, Marlene. Se a sua situação tava complicada até o ponto em que vocês eram só professor e aluna, agora vocês afundaram completamente na bosta de dragão!
-Eu sei! – exclamou ela, aflita – James, por favor, você tem que guardar segredo sobre tudo isso! Tudo! Ah, droga! E agora? A Lilly vai me passar o maior sermão e falar “eu sabia” umas duzentas vezes.
-Lilly Evans? Você vai contar para a Lilly?
-É claro que eu vou! Ela é minha melhor amiga, né? Eu preciso do apoio dela, por mais que no começo ela vá agir como se fosse a minha mãe.
-E pro Sirius? Ele me disse que vocês são amigos agora. Ele é um cara legal, Marlene.
-Não posso contar pro Sirius! Ele vai falar ainda mais que a Lilly na minha cabeça! Ficamos amigos há um dia e ele já mostrou o potencial para falar besteiras no meu ouvido! E depois da quase briga entre eles dois ontem, ele vai me matar por ter beijado o Richard!
James riu.
-Não é só o seu ouvido que sofre a tagarelice do Sirius! Mas ele gosta de você, Marlene. Eu estava conversando com ele hoje exatamente sobre você. Ele quer ser seu amigo. E também quer que você se aproxime dos marotos, para ver que não somos tão ruins como você pensa. Nesse ponto eu concordo com ele.
Marlene se permitiu um sorriso.
-Okay, eu tentarei. Ainda mais porque agora eu vou acabar confiando em você para guardar meu segredo, James. É um passo importante em uma amizade: confiança.
James sorriu.
-É, acho que sim. – disse ele colocando o braço ao redor dos ombros da garota – Você vai conseguir resolver esse lance com o Wentworth. Eu posso te ajudar se você quiser.
-É. Eu não poderia estar mais confusa nem que algum maldito comensal tivesse me azarado.
James suspirou.
-A pior parte é que eu não estou de fato arrependida. Eu gostei de beijá-lo, James. Eu quis o beijo.
-Okay, Marlene, agora você pegou pesado. Assunto de menininha.
Marlene riu.
-Me desculpe. Eu vou parar, juro.
-O Sirius não vai gostar disso. – suspirou James – Ele não me deixou dormir essa noite, sabia? Ele não parou de falar de você.
Marlene foi obrigada a encarar os próprios sapatos diante de tal comentário.
-Eu honestamente não sei o que quer dizer com isso, James. O Black e eu acabamos de começar nossa amizade, e ele me disse que é apenas nisso que está interessado. E falar de qualquer outro interesse nesse momento, só vai me deixar ainda mais confusa.
-Eu conheço muito bem o Sirius, Marlene. Você o pegou. Ele não conhece bem os próprios sentimentos, não está acostumado a coisas como paixão, amor. O máximo que ele conhece é a amizade com os Marotos e alguns outros. Mas não com uma garota. E o interesse que você despertou nele, bem, nem ele sabe ao certo o que quer. Ele me disse que nunca se sentiu tão bem conversando com uma garota, que talvez a nova amizade de vocês tenha sido a melhor coisa que aconteceu a ele este ano. Mas, eu repito, eu o conheço, e ele está encantado com você. Mas eu vou dar um tempo para você resolver seus problemas, não vou ficar falando disso agora.
-Obrigada. – agradeceu a bruxa sinceramente
Depois de alguns minutos em silêncio, James começou timidamente:
-Hmm... E então, Marlene, você sabe se a Lilly, quer dizer, a Evans, hmmm, se ela ainda me odeia muito por causa do Seboso?
-Bom, odiar mesmo, acho que não. E ela não está mais falando com o Snape. Ela finalmente percebeu que ele não é flor que se cheire. Mas acho que ela ainda tem um preconceito muito forte em relação a você, James. Preconceito esse que você alimentou através do Snape.
-Hmm. Ok. – ele ficou pensativo novamente – Mas, você acha que, agora que nós estamos ficando amigos, e ela é sua melhor amiga, bem, você acha que há alguma chance dela aceitar ser, pelo menos, minha amiga?
Marlene refletiu um pouco antes de responder. Por fim, disse:
-Não posso afirmar nada. Mas acho que é possível, sim.
-Mesmo? – ele sorriu e passou a mão pelos cabelos, bagunçando-os, o que pareceu ser um hábito
-Sim. Você gosta mesmo da Lilly? Não é só para irritá-la que você fica no pé dela?
-Eu gosto muito dela. – falou ele com tanta convicção, que ela imediatamente acreditou
-Então eu vou tentar te ajudar. A Lilly é dura na queda, mas com paciência e jeitinho, ela acaba cedendo. E ela precisa mesmo ficar com alguém. Alguém que cuide dela, que goste dela. Ela merece.
-Eu agradeço.
-Disponha. – ela lhe deu uma piscadela marota
Eles continuaram caminhando pelos corredores a caminho do salão comunal da Grifinória quando Sirius apareceu.
Ele olhou atônito a cena à sua frente. Seu melhor amigo e Marlene juntos, cheios de intimidade, às gargalhadas. Ele sentiu ciúme, um sentimento que até então só sentira das atenções que sua família nunca lhe dera.
-Posso saber o que vocês estão fazendo? – perguntou o bruxo, sério
-Almofadinhas! – exclamou James, entre risos – Tava contando para a Marlene sobre aquela vez na praia em que a gente perdeu o controle do carro do meu pai, e acabamos no mar com um monte de trouxas olhando torto pra gente!
-Essa eu queria ter visto! - Marlene estava quase sem fôlego de tanto rir.
Sirius pigarrou, chamando finalmente a atenção para si e sua seriedade incomum.
-Tá tudo bem contigo, Black? – perguntou Marlene erguendo a sobrancelha
-Tá tudo ótimo comigo. E com vocês? Eu não sabia que vocês eram tão... amigos.
James logo percebeu a raivinha do amigo.
-Calma, Sirius. – disse ele – Eu só estava conversando com a Marlene aqui. Você mesmo disse que queria que nós fôssemos amigos. Só isso.
Sirius ficou meio sem-graça com a repreensão silenciosa que James lhe fizera, mas não cedeu completamente.
-Sei, sei. Pelo visto você está mais amigo da Marlene que eu, Pontas. Ela até deixa você chamá-la de Marlene.
Marlene revirou os olhos.
-Você pode me chamar de Marlene, Black. Acho que não irá fazer tanto mal.
-Hm, tá. – concordou ele – Mas e você? Vai continuar me chamando de Black?
-Tá bom, tá bom. Eu vou chamá-lo de Sirius. – concordou ela – Mas não precisa ficar bravinho não.
Sirius resmungou algo ininteligível.
Pairava no ar um certo constrangimento.
-É, hm, eu vou procurar a Lilly. Eu falo com vocês mais tarde. – disse Marlene e saiu correndo pelo corredor
Sirius olhava criticamente para James. James revirou os olhos:
-Não seja infantil, Sirius. Eu só estava conversando com a Marlene. Juro. Só estávamos inaugurando a nossa amizade também.
-James, se você der em cima da Marlene, uma vezinha sequer, eu quebro o seu narizinho de m*rda. – ameaçou Sirius
-É, quebra, sim. Larga de ser babaca, Sirius. – disse James – Vem, vamos lá pra fora, o Remo e o Rabicho devem estar por aí.
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Lilly estava sentada no sofá do salão comunal, de frente para Marlene, com os olhos arregalados e a boca aberta.
-Você... Beijou o Richard? – perguntou ela, ao que Marlene suspirou aliviada. A morena já tinha acabado de contar a história há alguns minutos e Lilly continuava lá, boquiaberta.
-Sim.
-Ah meus Deuses! – exclamou a ruiva – Você está maluca, Mars?
Lilly finalmente arranjara fôlego para dar seu sermão de amiga-quase-irmã-super-protetora.
Depois de ouvir a ruiva discursar por dez minutos seguidos, Marlene falou baixinho:
-O que eu faço agora, Lilly? – perguntou a morena – Eu não consigo nem pensar direito!
-Mars, só você pode decidir o que vai fazer agora. É obviamente errado ficar com um professor. Mas, por outro lado, vocês não se conhecem apenas como professor e aluna. Então não dá para condenar tanto assim. Eu não posso dizer o que faria no seu lugar, porque jamais seria capaz de tal coisa. – neste ponto a ruiva deu uma risadinha e Marlene revirou os olhos rindo – Entretanto, tá na cara desde o começo das aulas, que o Richard tá totalmente na sua. E você também parece bem a fim dele, apesar de ter negado até hoje. Só posso te dizer que apesar de ficar preocupada com você pela situação, eu quero que você fique feliz, amiga.
Marlene sorriu.
-Você é a melhor amiga do mundo! – exclamou Marlene, dando um beijo estalado na bochecha da ruiva – Eu tava precisando ouvir suas palavras. Parece que as coisas ficam mais certinhas quando você fala, Lils.
-Você é maluca, Mars. – Lilly riu
-Lilly. – disse Marlene, deitando no colo da ruiva – Eu conversei com o James Potter, sabe, sobre o lance do Rick e tudo. E ele foi muito legal.
-Hunf. E daí? – a ruiva já fizera biquinho de pouco caso
-Eu estava pensando em convidar os marotos para irem a Hogsmeade com a gente semana que vem. – Marlene falou o mais inocentemente que conseguiu – Sabe, você sempre diz que o Lupin parece muito boa pessoa, apesar das coisas que o Snape – me desculpe – falava dele. O Sirius não me parece tão ruim quanto imaginávamos. O James foi legal comigo hoje. O Pettigrew não deve ser de todo mal, afinal. Nós podíamos tentar, sabe, ficar amigos. É bom fazer amigos, Lils. E é nosso penúltimo ano aqui.
-Marlene, eles ainda são os Marotos! E em dois dias não dá para você ter tantas boas conclusões sobre eles! – repreendeu Lilly – Quer dizer que porque o cara foi legalzinho com você uma vez, você já quer confraternizar com ele? Para que ser tão precipitada?
-É, você está certa, Lilly. – disse Marlene cuidadosamente – Mas durante a semana, nós podemos avaliá-los melhor. Tentar ter uma noção mais realista deles, através dessa fama idiota que eles têm aqui no castelo. Todo mundo merece uma chance, Lils. E é sempre bom fazer amigos, não é?
Lilly revirou os olhos:
-Você é terrível, Marlene. Mas, tudo bem, vamos ver se eles são capazes de agir civilizadamente e então veremos direito essa história de ir a Hogsmeade com eles.
-Você é a melhor, Lillyzinha!
-Babaquinha! – Lilly deu um tapinha na testa de Marlene
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