Capítulo VII



CAPÍTULO VII


Naquela manhã, a Sra. Prince fez de tudo para que Hermione Granger se sentisse à vontade, mas a verdade é que estar naquela casa, junto a pessoas que ela jamais imaginara existir, era um pouco estranho.


Ambas estavam na sala de estar ainda, quando Eileen se aproximou da garota e acariciou a barriguinha que sustentava seu futuro neto. Hermione poderia até estar errada, mas tinha quase certeza de que vira uma pequena lágrima escorrer pelo rosto da mulher, antes que ela chamasse pelo mordomo.


- Eugênio... Por favor, leve Hermione a seus aposentos, para que ela se acomode e mande alguém preparar um delicioso banho quente para que ela possa relaxar antes do almoço.


O mordomo assentiu com um sorriso agradável.


- Minha querida, me perdoe pela indelicadeza. Estava tão ansiosa para passar um momento com você que nem vi a hora passar... Deveria tê-la deixado descansar e se lavar primeiro. Sinto muito.


Hermione deixou claro que não se incomodava de maneira alguma com o ocorrido e delicadamente abandonou a sala de estar, na companhia de Eugênio. Enquanto subiam as escadas e percorriam os corredores daquela mansão chiquérrima, Hermione apreciava a delicada e elegante decoração. Era impossível acreditar que um homem tão sombrio como Severus tivesse crescido ali, naquele local.


- Aqui está, Srta. Granger. – disse Eugênio, finalmente, com gentileza – Suas bagagens já foram desfeitas. Espero que se sinta bem à vontade. Se precisar de qualquer coisa, apenas toque aquele sininho que alguém virá auxiliá-la.


- Muito obrigada, Eugênio!


Assim que entrou na suíte, Hermione ficou admirada. Era tudo muito belo, luxuoso e confortável. Excedia totalmente suas necessidades. A um canto, um bercinho aguardava pela chegada do bebê, bem próximo a uma grandiosa janela. Hermione se aproximou dela, para admirar a paisagem. O que se via ali eram árvores majestosas e um belíssimo jardim, cuja grama verdinha exalava um delicioso aroma, indicando que recém havia sido cortada.


- Humm... Aroma de grama cortada... – suspirou Hermione, deliciando-se com aquele prazeroso perfume.


Para além das árvores, via-se um lindo lago refletindo o azul do céu e suas nuvens. E Hermione percebeu que apesar de tudo, estar ali não era tão ruim. Pelo contrário, ela sentia-se renovada e até mesmo um pouco feliz, depois de tanto tempo sofrendo. Era como se... de algum modo... ele tivesse voltado.


Hermione abandonou a paisagem na janela e foi até o banheiro, calmamente. No entanto, assim que abriu a porta, sua tranqüilidade foi perturbada. Ela soltou um breve gritinho de susto quando viu o que viu: seu reflexo no espelho era pavoroso e ela finalmente compreendeu o desprezo e pavor no rosto de Seamus quando ele a viu pela primeira vez. Seu cabelo estava rebelde e bagunçado, enquanto a face continuava suja de carvão. É claro que ela não estava com o rosto totalmente preto, felizmente, no entanto sentiu-se em uma situação bastante crítica. Como não percebera estar tão... maltrapilha?


Envergonhada, Hermione dirigiu-se imediatamente à banheira, que para sua surpresa já estava preparada para um banho de espumas...


Depois de se sentir absolutamente renovada, Hermione trocou de roupa e adormeceu, afinal passara a noite toda sem dormir, preparando suas malas e imaginando quem a buscaria em Hogwarts.

Ela estava tão cansada que ninguém quis acordá-la para o almoço, deixando-a a tarde toda em repouso... até a hora do jantar...

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