Epílogo

 Parte cinco

 O meu baralho

 

Epílogo 
 

Bem, sobre as cartas, vamos deixar algo bem claro: Eu terminei todos os naipes.

O que mais me intrigou, foi quando eu estava passando uma tarde em meu sofá e adormeci.

Em meu sonho, encontrei meu irmão Fred. Ele me contou que tudo isso foi algo que Dumbledore deixou a mim. Que tudo era uma prova para mim mesmo que eu era capaz! Nunca me esquecerei, dele sentado no banco daquela praça me contando sobre todas as cartas! A ultima frase dita: “Você é o coringa de todo esse baralho”.

Ah, Harry e Gina? Estão felizes, e assumiram o namoro. Harry está magnificamente feliz com o novo herdeiro, passa horas e horas com Gina, apenas a admirando.

Hermione e eu? Esse caso demorou mais alguns dias. Depois daquele dia, ela contou para Gina, e Gina? Foi cobrar pro Harry algo tão quanto romântico. Hoje, estamos juntos. O meu pedido de casamento foi quando levei ela para dar uma volta de barco. Ela achou aquilo romântico.

Nos casamos na Toca, em um casamento “coletivo”. Gina e Harry, eu e Mione.

Mas nesse pequeno “depois das cartas”, não vamos falar do que passou, mas sim, do que está por vir...

– Rony, meu amor – disse Hermione, me acordando.

– Oi Mione. Aconteceu algo? – acordei, coçando os olhos.

Ela estava linda, seus cabelos cacheados sempre lindos, seu rosto levemente rosado pela noite de sono, seus olhos pequenos por causa do tempo fechados e seu perfume, perfeito.

Agora, eu não dormia mais no sofá. Eu dormia no meu quarto e de Hermione. Tínhamos nos mudado para o mundo bruxo novamente e Hermione assumiu no Ministério no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. E eu estava trabalhando. Deixei minha vida de sofá e televisão para trás, agora eu tinha uma família e uma casa para sustentar. Agora a gente era um casal, feliz e calmo, quase calmo.

– Rony –– ela me balançava – a bolsa estourou!  – ela gritou.

Eu me virei e me agarrei aos cobertores.

– Hoje a tarde a gente vai no centro da cidade e compra outra – e fechei os olhos.

– RONALD! – Ela gritou – SUA FILHA VAI NASCER!

Pulei da cama. Eu fiquei desesperado. Comecei a caminhar pelo quarto.

– O que a gente faz?

– Arruma uma bolsa, com roupas e tudo mais. Precisamos apartar para o St. Mungus.

Corri e comecei a colocar dentro da bolsa tudo que parecia importante para minha esposa: Roupas, cremes, livros, perfumes, roupas para a nossa pequena Rosa.

Ah, Rosa. O nome da nossa pequena será Rosa! Em instantes, peguei Hermione pelo braço e apartamos para o St. Mungus. Chegando lá, comecei a gritar por um médico. E logo ele chegou levando minha Mione. Fiquei sentado em uma sala de esperas. Der repente, vejo Gina passar em uma maca e Harry ao lado.

– Gina, calma, vai dar tudo certo! Eu te amo!

Ele parou. Respirou fundo e olhou para mim.

– O que faz Ron? Hermione te acertou com outra azaração quando você não jogou o lixo para fora de casa? – ele riu e sentou no meu lado.

– Quem dera. – eu respondi – Ela entrou em trabalho de parto.

– Céus. Esqueci do Tiago – ele disse, correndo até o saguão do hospital

Eu ri. Me imaginei pai. Minha Rosa. Ela seria o que eu teria de dizer: Responsabilidade em dobro. Me senti mais velho por estar sendo pai. E mais corajoso por estar com Hermione. Minha vida tinha sido completamente complicada e agora estava tão calma e tão serena.

Lembrei de Sophie, como ela iria ficar feliz em ver minha Rose. Como a velinha do jardim iria reagir ao ver uma criança nos braços do garoto que arrumou seu jardim. Como Tom e Rupert, o que ele iam me falar quando vissem minha Rosa. E Draco? Como Draco iria ficar?

Falando em Draco, a Astoria perdeu o bebê uns dias depois. Quando Draco sofreu outro acidente. Certamente, esses acidentes com Draco estavam sendo uma forma de ele pagar  por tudo que tinha feito.

Quando Harry chegou, abracei meu afilhado.

– Olá tio Ron! – ele respondeu.

– Olá Tiago. Como está campeão? – sentei ele no meu colo.

Ficamos em silencio, menos Tiago que ficava brincando nos bancos ao lado dos meus e de Harry. O corredor estava em silencio, no final do corredor, duas pessoas com cabelos idênticos se formaram.

– Weasley? Potter? – perguntou uma voz familiar.

Olhei para o corredor, agora eles vinham na nossa direção.

– Malfoy.. – me levantei o cumprimentando.

– Escórpio, cumprimente o Senhor Weasley.

O garotinho com vestes pretas e um cabelo idêntico ao de Malfoy estendeu a mão para mim.

– Como vai Senhor?

Eu apertei a mão do individuo e sorri.

– Sabe, Astoria ficou grávida de novo. E Escórpio nasceu. – ele disse sorrindo.

Malfoy estava mais velho. Agora estava com óculos e algumas rugas no rosto.

– Bem Rony, temos que ir, preciso achar o quarto que meu pai esta. Ele foi solto de Azkaban e está passando por algumas avaliações aqui no Mungus. Até mais.

– Até mais Draco.

Voltei a me sentar ao lado de Harry.

– Desde quando virou tão amigo dele?

– Não sei. Acho que estou ficando velho e caducando de vez.

Nós rimos. Um homem abriu a porta da sala a nossa frente.

– Ronald e Harry? Suas esposas os aguardam.

Levantamos-nos. Harry pegou na mão de Tiago. Entramos na sala. Meu coração estava pulsando muito rapidamente. Eu queria ver minha Mione e minha Rosa. Eu passei pela cama que Gina estava, um bebê em seu colo chorava e ela sorria. Caminhei mais alguns passos. Encontrei os olhos de Hermione, castanhos e cheios de lágrimas.

Quando encontrei os olhos azuis da pequena criança de pequenos cabelos castanhos meus olhos se converteram em lágrimas. Meu futuro estava ali, nos braços daquela que eu entreguei meu amor e meu coração.

Agora eu estava criando meu baralho!

Meu Ás de Copas era certamente Hermione, a quem eu amava tanto.

Meu Ás de Ouro era Gina, ela sempre foi meu tesouro.

Meu Ás de Espada, era Harry, que sempre foi corajoso.

E meu Ás de Paus eram todas aquelas pessoas por quem eu fiz algo.

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