Nem todo Potter é bonzinho
(Pov’s Hermione)
Estávamos na estação, faltavam quinze minutos para a partida do trem. Harry, Ron, e eu estávamos nos despedindo dos meus pais e dos Srs. Weasley.
- Cuide-se Ronizinho, e tome conta de sua irmã. – Disse a Sra. Weasley, com os olhos cheios de lágrimas, ela sempre ficava assim quando íamos para Hogwarts – E você Harry, tente não se meter em nenhuma encrenca. E você Hermione, não esforce essa cabecinha de mais – disse dando um beijo em minha testa.
Quando estávamos entrando no trem eu senti olhos pousando em mim, procurei em volta, mas não havia ninguém.
- Harry você sentiu alguma coisa?
- Não Mi, porque sentiu algo?
- Não, acho que era imaginação minha. Senti alguém olhando para mim.
- Ah Mione, deve ter sido seus pais ou os meus – Ron respondeu.
- É deve ser. – Respondi olhando para trás, não queria prolongar a conversa dizendo que não eram bem os olhares “amigáveis” dos nossos parentes que eu senti.
Já estávamos dentro do trem procurando uma cabine vazia.
- Huum, Ronizinho, achou alguma cabine vazia? – Harry zoou com Ron que estava mais adiante que a gente.
- Ah não enche Harry. Gente tem uma aqui! – Gritou Ron.
- Olha só os namoradinhos brigando. – Era Malfoy, aquela fuinha loira sempre aparecendo nas horas impróprias.
- O que você quer Malfoy? – Disse grosseiramente.
- Por incrível que pareça Granger, a mesma coisa que vocês, uma cabine vaga. – Disse sarcasticamente – E pelo jeito essa é a única. Acho melhor vocês procurarem outra, com os seus amiguinhos idiotas para ficarem.
- E porque nós é que temos que procurar outra cabine? Ron achou primeiro, portanto somos nós que devemos ficar com ela. – Disse Harry, se pondo a frente da porta.
- Potter, não me faça tirar você da frente, a força! – Disse ele bravo. Então percebi que Malfoy não estava sozinho. Havia uma garota com ele, seus cabelos eram de um louro dourado com alguns reflexos rosados, sua pele pálida de tão branca, lembrava Harry nisso, estava cheia de pequenos cortes, e seus olhos me encaravam de uma forma que me arrepiou, mas eu nunca a tinha visto antes.
- Malfoy, vamos procurar outra cabine. – A garota se pronunciara.
- Mas S... Ai – Ele olhara para ela, e ela parecia lhe dizer alguma coisa com o olhar. – Tudo bem, mas vamos ter que ficar com o Hennry.
- Olha só, o Malfoy domado por uma garota. – Disse rindo.
- Olha aqui sua sujeitinha de sangue...
- Sr. Malfoy, Sr. Potter, Sra. Granger, Sr. Weasley e a Srta... – A Prof.ª McGonagal aparecera de surpresa, calando a boca de Malfoy.
- Eu... Eu sou... - A garota se atropelara.
- Ela é uma aluna nova professora – Malfoy falara por ela.
- Ah sim, creio que Dumboldore comentou sobre você. – Disse Minerva. – Mas bem que bom que vocês encontraram essa cabine vaga, esse ano todas as outras estão lotadas. Agora entrem que não é bom para vocês ficarem nesses corredores. - Disse, empurrando nós cinco para dentro da cabine.
- Era só o que faltava ter que dividir essa cabine com esses idiotas. – disse Draco para a garota.
- Como se ficar com você nos fosse muito agradável, Malfoy. –Rony dissera com agressividade.
- Malfoy você tem que ser sempre grosso? É finalmente eu to conhecendo quem você é.
- Ei, você sabe muito bem quem eu sou, é só lembrar-se da árvore no morro. – Ela abaixara os olhos surpresa e envergonhada com o que ele dissera. O mais estranho foi o tom gentil dele ao respondê-la. Desde quando Draco Malfoy era gentil. Nem com seus amigos ele era gentil, nem com a Pansy ele era gentil, e olha que ela era sua namorada.
Mas o que me deixou pensativa, era a cara de Harry, ele não parava de encarar a menina. E continha um olhar assustado e ao mesmo tempo intrigante.
- Harry está tudo bem? –Perguntei. Ao ouvir o nome de Harry, a garota se virou e o encarou, mas logo olhou para a porta da cabine que se abriu num estrondo.
Ali estava um garoto, devia ser um aluno novo. Ele abriu a boca para dizer algo, mas a menina logo correu e o abraçou.
- David! – Disse ela, o abraçando e sussurrando algo no ouvido dele que eu entendi como “Não fale meu nome”.
- Ah... – ele havia ficado meio desconcertado com o pedido dela, provavelmente imaginando como chamá-la, então não achando resposta se direcionou a Malfoy.
- Olá Draco.
- Oi David.
- Por Merlin... Mana, ele te machucou de novo? – gritou David.
- Não, David, eu cai lembra? – disse ela mais tentando nos convencer do fato, do que lembrar.
- Ah é!
- Você vai ficar aqui conosco? – perguntou ela meio chorosa.
- Claro.
- E o que aconteceu depois que vocês saíram da casa dos Srs. Malfoy?
- Ah, Nancy e eu ficamos num hotel perto do caldeirão furado. Draco, eu sei que você não tem nada a ver, mas foi muito melhor assim, seu pai nos chamando de sangue ruim não era confortável.
Não pude deixar de rir. Draco vivendo com um nascida trouxa, e este o paparicando.
- O que foi Srta? – o menino perguntara para mim
- Nada, mas você tem certeza que está falando do Malfoy? Desse Draco Malfoy?
- Cala a boca, Granger.
- É, parece que sua fama não é tão boa quanto imaginei Malfoy. - A garota olhava para ele com tristeza.
- Ah... não é isso. – Ele se embaralhava ao tentar se desculpar.
- Ué Draco sua amiguinha não conhece quem você realmente é? É de se estranhar, que alguém que anda com você não seja da mesma lábia – Harry disse secamente.
- Cale a boca Potter – Ele dissera.
- Harry, Harry, Harry... – a garota falava como se conhecesse Harry há muito tempo. Quem era ela afinal? – Você devia tomar cuidado com o que diz. Pensa que só porque é um Potter tem que ser bom? – Seus olhos, agora estavam vermelhos, e sombrios, como se não fosse ela ali. E agora se via um colar em seu pescoço, de onde aquele colar tinha vindo? Tenho certeza que não estava no seu pescoço quando entramos aqui.
- Não fale assim da minha família, você não sabe de nada sobre eles! – ele gritara. – Eles foram uns heróis para muitos e principalmente para mim.
- Heróis? Você realmente chama Lilian e Thiago Potter de heróis?!! – Ela tinha lagrimas nos olhos, lágrimas de sangue. Todos estavam assustados, até mesmo Draco. Menos aquele garoto, David, ele olhava para a menina com angustia e para Harry com raiva. – Você sabe o que eles são para mim?! Lixo! Eles eram piores do que Lord Voldemort. Pode ter certeza! Eu sei o que digo! Sinto muito em dizer que a sua querida família não era tão boa assim! – Ela se levantara para sair.
Mas Harry agarrara o braço dela.
- Quem é você?!
- Você verá... Você verá Harry. - e saiu apressada.
- Malfoy, por favor, vá atrás dela. – David dissera com voz firme. – Agora você Sr. Potter. - Disse, assim que Malfoy saiu da cabine, indo em direção a Harry, apontando a varinha para o nariz dele.
- Se o Sr. ousar se aproximar da minha irmã de novo, e trouxer de voltas lembranças que já deveriam ter sido esquecidas, eu mato você, pode ter certeza. Mas não a culpe, ela não entende porque Lilian fez o que fez, ela é meio cabeça dura. De tempo ao tempo que tudo se resolvera. Com licença, Srta. Sr. – Disse se despedindo de mim e de Ron e saindo, provavelmente, atrás da garota.
- Mas o que foi isso? – Disse Ron pasmo.
- Não sei – Respondi.
- Era ela.
- Como é Harry? – Ron perguntou.
- Era ela no meu sonho, era ela... Com Voldemort.
E logo o trem apitou, avisando a nossa chegada.
***
Sai correndo, depois daquela cena com Harry, “Que droga, não era para encontrá-lo dessa maneira, não era isso o planejado.”
- Sally! – Malfoy estava correndo atrás de mim. – Sally! Ah finalmente te encontrei - disse parando num ponto do corredor. – O que aconteceu lá? Porque ficou tão nervo...sa? – ele parara assustado, o que será que ele tinha visto?
- Nada, é só que ele me dá nojo, com a idéia de que me... Quer dizer de que Lilian e Thiago, eram uma família perfeita, se fosse ela não teria feito o que fez.
- Mas o que ela fez? – Draco, insistia. Foi quando ouvi a voz de David ao longe, meu corpo foi ficando fraco, e fraco até tudo ficar escuro.
- Sally! – David vinha ao fundo.
- Ela desmaiou. – Disse Draco
- Sally! Impervious! – disse ele lançando um feitiço que me fizera ficar toda molhada.
- Cof, Cof! – Disse engasgando – o que houve? – perguntei observando a cara dos dois me encarando.
- Qual a ultima coisa que você se lembra? – Perguntou Draco.
- Daquela garota, a tal de Granger, rindo de você. – Disse. – Ahh! Minha cabeça está doendo!
- Isso já aconteceu. – Disse Draco para David, mas eu estava fraca de mais, e não conseguia ouvir direito a conversa. - Foi noite passada... Também, com os... Vermelhos... o colar.
- Por que... Mas... Isso é grave... – Era David.
- Foi... Voldemort – Draco – Depois... O ataque... Casal...
- Você fez o que?! – Dessa vez entendi perfeitamente, David, berrando. – Você não faz idéia do que fez né?
- David. Me ajuda a sair daqui – disse o interrompendo. – precisamos encontrar a uns dos professores.
- Ah... Ok. – disse ele me levando. Percebi que Draco ficara meio desconcertado tentando imaginar o que ele fez.
Desci do trem com David, era tanta gente, tantos em perigo, e eu sem poder fazer nada.
- Alunos novos! – Gritou um cara muito alto. – Por favor, por aqui!
-Vem Sally, acho que a gente se inclui em alunos novos. – Disse David segurando minha mão e me puxando para onde o cara estava.
- Vocês não deviam estar aqui. – ele nos disse – aqui só os alunos novos. Deviam saber disso.
- Me desculpe, mas nós somos alunos novos, viemos da escola de bruxaria de Roosevelt. – Disse ainda fraca.
- Ah sim, os alunos transferidos. Venham comigo.
Fomos juntos com os alunos do primeiro ano, era divertido ver o pavor deles, até mesmo dos que nasceram no meio da magia. Entramos em pequenos barcos e atravessamos aquele imenso lago. Olhei pro céu e começava a chuviscar.
- Sally? Quer minha capa para se proteger.
- Não David, deixe essa chuva me limpar antes de entrarmos no castelo.
Percebi que ele sorriu e sentou-se mais perto de mim. Quando entramos naquele imenso castelo eu já estava toda molhada, fiz um feitiço rápido para me secar e acompanhei os alunos do primeiro ano, pelas escadas.
Estávamos um pouco atrás quando uma mão tocou meu ombro, me assustando.
- Vocês devem ser os alunos novos – Disse uma senhora alta e magra, com um chapéu bem engraçado na cabeça que reconheci do trem. – Eu sou a Professora McGonagal, peço, por favor, que esperem aqui, para que possamos fazer a seleção dos novos alunos do primeiro ano e logo os chamaremos.
Começaremos com o Srta. E depois a Sr. Tudo bem?!
- A Sally não podia ser selecionada depois, eu morreria de vergonha tendo que ficar sozinho no meio daquela multidão. – David respondera por nós dois, não sei o que seria de mim sem ele, mesmo depois de tudo, ele ainda me tratava como a irmãzinha dele.
- Ah. Tudo bem verei o que posso fazer. –Dizendo isso ela saiu, nos deixando sozinhos atrás daquelas portas.
- Obrigada David. – Disse abraçando-o
- Não precisa agradecer Sally, sei como isso vai ser difícil hoje. Mas eu vou sempre estar com você. – Disse ele me olhando sério.
- Obrigada. – Disse e ficamos aguardando, meu peito ardia, a cada minuto que passava.
Foi então que a porta se abriu num rangido “Que prédio novo, hein?” David dissera e me fizera rir. Entrei de mal dada com ele, vi o olhar do Malfoy secando nossas mãos, ri mais ainda.
- Esse ano, uma coisa diferente irá acontecer, teremos dois novos integrantes em nossas hospedagens. Como na antiga escola deles não havia seleção de casas, teremos que fazer uma nova seleção. Por isso peço que aguardem uns instantes e o banquete logo será servido. – Disse Dumboldore, percebi que ele logo me reconhecera, pois sorriu para mim me cumprimentado pelo passado, “Sínico” pensei. – Professora McGonagal, prossiga.
- Muito bem. Assim que eu chamar seu nome venha à frente e eu colocarei o chapéu seletor em suas cabeças e este lhe dirá qual casa você pertencerá. – Disse – David Woody.
David me olhou, e soltou minha mão indo em direção ao chapéu. Não passou um minuto o chapéu anunciara “GRIFINORIA!!”
Vi a mesa a minha esquerda, erguer-se em palmas e David olhando para mim tristemente.
- Agora... Srta. Sally... Potter?! – Ouvi muitos murmúrios por todos os meus lados. – Srta. Woody desculpe por esse engano, mas logo...
- Não, Sra. McGonagal. – Disse dando pequenos passos para frente, e apertando a minha saia com os pulsos. – Receio não haver nenhum engano.
- Mas como...?
- Meu nome é Sally James Potter. – Disse me aproximando das escadas que levavam para a mesa dos professores. – Parece que o meu querido irmãzinho Harry – disse virando-me para ele. – Não foi o único a sobreviver aquela... Ah... Como dizem? Ah sim, aquela tragédia.
- Isso é uma mentira! – Ouvi Harry, se levantando e gritando para mim.
- Mentira?! Ah irmãozinho, você não faz idéia de como me magoa você me renunciar dessa maneira. – disse sarcasticamente. Pude ver os olhos de Draco pasmos com a revelação. – Se não acredita pergunte a Dumboldore.
- Dumboldore?! – Disse ele com medo da resposta.
- Harry, de fato ouve muitas suspeitas de que Lilian e Thiago tivessem tido outra criança. Mas como se passou tanto tempo acreditei que fosse apenas um boato. Mas pelo visto estava enganado.
- É Dumboldore você se engana com muita coisa. – Disse.
- Bom, então vamos à seleção. – Disse McGonagal, meio desconcertada. – Srta... Ah... Potter.
Subi calmamente, e sentei-me no banquinho enquanto McGonagal colocava o chapéu em mim.
“Huum... interessante, interessantíssimo” o chapéu falava “Uma mente corajosa e inteligente, vejo que sua mente é ampla para o crescimento, corajosa e leal. Huum... interessante..”
“Por favor, Sonserina” disse baixo, implorando.
“Huum, ao contrario do seu irmão, não sei se você daria bem lá, acho que ficaria melhor na grifinória.”
“Não, por favor, eu não preciso me dar bem, eu só preciso ir para a Sonserina” Implorei novamente sentindo uma lagrima se formar em meus olhos.
“Faça a sua vontade Chapéu, ninguém melhor do que ela mesma para saber o que é bom para ela” Era Dumboldore, ouvi meu coração bater mais forte. Ele estava me ajudando.
“Sim você tem razão. Huum que seja SONSERINA” Ele gritou para a minha felicidade.
Todos ficaram de boca aberta. Menos Harry, Draco e David. Sentei ao lado de Draco, pude ver que ele evitava olhar para mim. Era melhor assim, não podíamos mais ser amigos, primeiramente depois do que ele fez e por ainda me sentir arrepiada só de estar perto dele.
Mas mesmo assim, queria saber o que ele estava pensando depois de tudo aquilo. Passei todo o jantar ao seu lado, os dois mudos, até que não aguentei.
- Ficou tão impressionado assim? – perguntei abaixando um pouco a cabeça para ver se ele me olhava.
- Você é uma Potter – disse ele baixinho.
- Bom há duas semanas isso não era problema. – Disse sorrindo.
- Eu não sabia há duas semanas. – disse ele batendo o garfo na mesa.
- Nossa não sabia que um nome mudava o ser de uma pessoa, pelo jeito estava enganada. – Disse olhando para o teto. – Huum! - sorri.
- O que foi? – Ele virou-se me olhando
- As estrelas, estão brilhando como naquela primeira noite, lá no seu quarto.
- É mesmo.
Ficamos nos olhando por um instante, até que Dumboldore falou que era para irmos para nossos aposentos.
- Bom, é melhor eu ir indo, quero falar com David antes de ir para os quartos. – Disse me levantando e quebrando a conexão entre nossos olhares. Mas ao sair, tropecei nos bancos e me apoiei nele.
Nossos olhos se cruzaram, próximos demais.
- Eu... Te... Acompanho – Disse ele pausadamente. – Você não sabe onde é o salão comunal da Sonserina, nem a senha.
- Verdade. – disse rindo, ele ainda evitava me olhar nos olhos. – Bom, eu já venho... Malfoy. – pude ver sua mão fechar num soco dado na mesa, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, eu já estava correndo para as portas do grande salão.
- David! – Corri para seus braços e o abracei forte.
Foi então que senti alguém me puxar para fora dos braços dele.
- Olá irmãozinho – respondi ironicamente.
- Olá irmãzinha! – disse ele num sorriso sarcástico. – E como vai o seu querido Voldemort?
- Mas como?! – Disse surpresa!
- Como eu sei não é??! Você é o que? Outra Comensal dele? Outro ser fraco sem coragem de enfrentá-lo? Outra marionete de Lord Voldemort?
Sem saber o que estava fazendo dei-lhe um grande tapa na cara. Meus olhos estavam ardendo de raiva. David me segurava tentando fazer com que eu não partisse para cima dele ali mesmo.
- Você, nunca mais ouse falar de mim! Você não sabe de nada! Pensa que sofreu sem nossos queridos papais e nas mãos dos nossos titios trouxas? Vê se cresce Potter, e pare de ser o covarde que chora escondido pensando como sofreu por culpa de Lord Voldemort. – Ele me olhou surpreso, tentando saber como eu sabia disso. – Pelo jeito não é só você que sabe de certas coisas. – Disse sarcasticamente.
- Aposto que Voldemort me viu, assim como eu o vi, aposto que ele que te fala isso! – Disse ele irritado.
- Voldemort, Voldemort sempre culpa de Lord Voldemort! Já pensou que ele pode não ter toda a culpa? Já pensou que muitos outros que vieram antes dele podem ser os culpados. Já pensou em se culpar uma vez se quer por tudo que está acontecendo. E não digo se culpar por colocar em perigo aqueles que você ama, por que sinto em lhe informar, mas realmente isso é sua culpa Potter. – Gritei agressivamente. - Mas se culpar por Voldemort ser como é? Por ele ser assim? Foram pessoas como você que o tornaram o que ele é hoje. – Disse sem conter as lágrimas, senti meu peito pegar fogo, meu corpo parecia incendiar por dentro e por fora. Ouvi David me chamar, mas nem liguei. – Não bote toda a culpa em meu Mestre. – pude sentir ele se arrepiar ao me ouvir chamá-lo de meu mestre. – Ah e quando você morrer lembre-se de dizer a nossa querida mãezinha que eu agradeço por ela ter me entregue para Meu mestre como sacrifico. Fala que sinto muito que pela ironia do destino ela e nosso papaizinho é que tenham sido sacrificados.
- Mas o que? – Ele dissera sem entender.
- Até amanha. POTTER – grifei seu nome.
- Você o xinga de Potter, mas você é uma Potter também – Disse o amigo de Harry, um ruivo um pouco mais alto que ele.
- Ah jura?!! Não me diga que sua cabeça grande tirou essa conclusão sozinha? – disse ironicamente.
-Então porque o fica chamando dessa maneira, como o xingamento? – O ruivo perguntou.
- Porque para mim, ser uma Potter é o pior de todos os xingamentos, pior até do que ser chamada de sangue-ruim.
Os três ficaram olhando espantados para mim, enquanto David me arrastava de lá.
Parei um pouco a frente de onde estávamos e enxerguei Draco parado adiante, me esperando.
- David, é melhor você ir, se não você vai acabar se perdendo.
David vira Draco mais a frente, e fez uma cara de contragosto.
- Você vai com ele? –perguntou aborrecido.
- Ele é o único que conheço e que está na minha casa. – Disse dando um beijo no seu rosto, ele não deixara de perceber as lagrimas que caiam sem eu perceber.
- Não, vou ficar com você!
- Não eu estou bem, é sério. Preciso dormir um pouco e só! – Disse forjando um sorriso – Amanhã nós nos vemos.
Dei um ultimo beijo em sua face e sai correndo em direção a Draco.
Ele estava me esperando no meio dos corredores, corri para ele não vendo mais ninguém ao seu lado.
- Você está bem? – Ele perguntou sem olhar nos meus olhos
-Estou por quê? – perguntei logo antes de um bocejo – Ahhh!
- Bom, acho que todo mundo viu essa sua briguinha com o seu irmãozinho.
- Isso não é nada do que eu vou fazer com ele.
- Sally, posso te fazer uma pergunta? – ele disse ainda olhando para o chão.
- Claro Draco. – Ele percebera que o chamara pelo primeiro nome e se assustara, “Nada de intimidade Sally” – opa, quer dizer, Malfoy.
- Sally, pare de me chamar de Malfoy.
- Mas é o seu nome.
- Não meu nome é Draco.
- Certo Malfoy! Mas o que você queria me perguntar mesmo?
- Ah... nada deixe quieto. – Ele disse bravo
- Ah não começou agora termina – eu disse agarrando seu braço e fazendo ele olhar para mim. Não posso negar apenas aquele olhar me incendiara por dentro. – É... ah... fale.
- Nada, porque você não procura o seu namoradinho pra te acompanhar hein. – Ele disse com raiva.
- Ah? Como assim?
- Ué a princesinha aqui não fingia ser uma Woody? – “Princesinha?!” – Aposto que o garoto protetor só era fachada pro que ele sente por você.
- Sente por mim... – Repeti as palavras dele para ver se entendia alguma coisa, mas não adiantou, eu não estava entendendo. – O que você ta querendo dizer.
- Você é lerda hein esta na cara que ele é apaixonado por você? – disse ríspido, o tom de voz dele me deixava um pouco assustada, mas só foi ouvir aquela frase que nem me importei. – Ah vai dizer que você também não ama o garoto lá, todas no castelo parecem que gamaram naquele moleque, não sei por que, ele é alto demais, e aquele cabelo, parece o Potter.
- O que? David apaixonado por mim?!! – Nem ouvi o que ele falou depois desse absurdo. – Ah Malfoy você é hilário! Vem vamos dormir. – Agarrei sua mão tentando não notar o choque entre elas, e o puxei pelo corredor.
(n/a: desculpa a demora, estava sem net... gente não faz mal nenhum comentar, ´´e um incentivo para nós escritores... então pleaseeeee comentem *-*
Obs: sem beta no momento poortanto se encontrarem algum errinho assimm sabe, mil desculpaa :P)
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