At night...



Harry acomodou-se melhor no sofá.


         - Como acham que vai ficar a situação de Hogwarts agora? – seu tom de voz parecia levemente preocupado.          


         - Eu espero que tudo esteja pronto até dia primeiro de setembro, não é. Esse ano letivo nem terminou e mesmo que tivesse terminado muitos alunos abandonaram os estudos esse ano. – disse Hermione que também parecia preocupada.


         - A equipe de Hogwarts é muito competente. E tenho certeza que com Kingsley como ministro agora, ele não medirá esforços para ajudar a escola – completou Gina. -  Voltaremos para a escola logo, logo.


         Cansados, minutos depois, Rony e Hermione acabaram cochilando no sofá, ela com a cabeça no ombro dele. Gina levantou-se e foi até a cozinha. Ele silenciosamente foi atrás dela e encostou-se na porta, enquanto ela pegava um copo, abria a geladeira e o enchia com água. Ela, calmamente guardou a garrafa na geladeira, fechou-a e se virou lentamente. Quando ela o viu parado ali, a observando,  tomou um susto tão grande que o copo caiu de sua mão e se espatifou no chão.


         - Ha-Harry?? – gaguejou ela, corando até a raiz dos cabelos. Ele, com calma, sacou a varinha, secou a água e reparou o copo, pegou-o na mão encheu-o novamente e devolveu a ela. – Obrigada! – com um leve sorriso e já menos corada.


         - A noite tá linda, não tá? – ele olhava as estrelas pela janela, na verdade evitando olhá-la nos olhos. E se eles conversassem agora? Estavam todos dormindo, eles estavam sozinhos, era um momento propenso. Como poderia começar?


         - Eu senti sua falta. – o coração de Harry deu um salto, mas ela completou, envergonhada – Quer dizer, sabe, todo mundo sentiu. Além da preocupação e... – Gina parou de falar percebendo que Harry se aproximava. Ele encostou-se na mesa ao lado dela.


         - Eu imagino. Também senti falta de todos, da escola, de... você. E eu não tinha como saber de vocês. Tínhamos poucas informações. – ele abaixou a cabeça.


O silêncio que surgiu na cozinha ficou muito pesado. Ambos não sabiam se o sentimento que havia no outro ainda persistia. Harry sentia uma chance se esvair pelos seus dedos. Agora ele não era mais alguém marcado para morrer como fora outrora. Estava livre, mas não sabia como fazer para desfrutar sua liberdade. De repente Harry pegou na mão de Gina e a arrastou para fora. Um simples toque na pele dela parecia queimar. Sentaram-se nos degraus e ficaram contemplando o céu.


         - Eu ficava olhando pra elas! – ele disse, cortando o silêncio. – Quando eu ficava de guarita, durante a noite eu ficava olhando as estrelas. Elas pareciam tão belas que ás vezes me faziam sentir que nada estava acontecendo. Que eu acordaria na minha cama, em Hogwarts.


Gina se virou para olhar Harry. Ele não parecia alguém vitorioso. Parecia triste e incomodado. Ela tinha certeza que a felicidade logo viria. E ele voltaria a ser o seu Harry. Pousou sua cabeça no ombro dele e ele se surpreendeu com o gesto. Harry deliciou-se com o momento por um instante e então pegou, delicadamente, no queixo de Gina e ergueu seu rosto até seus olhos estarem no mesmo nível.


- Eu também... senti sua falta. -  ela sorriu


Harry foi aproximando seus rostos até estarem a poucos centímetros de distância. O coração de ambos batia tanto que parecia que ia saltar pela boca. Então quando seus lábios estavam a poucos milímetros um do outro, eles ouviram um estrondo vindo da sala. Separaram-se rapidamente e correram até a lá. Rony havia caído do sofá.


         - Droga, Rony. Como você consegue fazer essas coisas – disse Harry, realmente irritado.


         - Bom, eu acho que já está tarde. Eu vou dormir. Boa noite – Gina se despediu e subiu para seu quarto. Instantes depois os três ouviram uma porta bater no andar de cima.


         - Acho melhor irmos dormir também – disse Harry e subiu.


Rony entrou no quarto minutos depois e ele já estava pronto pra se deitar. Harry deitou na cama de armar no quarto de Rony, mas não conseguiu dormir. Várias coisas passavam na sua cabeça. Hogwarts, Largo Grimauld, Monstro. Mas dentre tudo, o que mais o angustiava era Gina. E ele não sabia como conversar com ela. Precisava tomar coragem. Quis estrangular Rony por ter caído do sofá. Decidiu que no dia seguinte conversaria com ela e reatariam, se ela quisesse. Virou-se de novo na cama e depois de muito tempo, conseguiu dormir, sonhando com um beijo que por pouco não havia acontecido.


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Lou, obrigada pelo coment. Espero que goste do cap. Beijos pra todos 

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Comentários (1)

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