O vira-tempo quebrado
Luna caminhou alguns passos, estava até um tanto longe da a Ala Hospitalar.
– Quer ajuda? – perguntou uma voz familiar.
– Se não for incomodo – disse ela se virando e se deparando com Cedrico – Ah, Ce..Ce.. – ela não conseguia pronunciar o nome dele, a machucava mais agora a deixava feliz também
– Cedrico – ele disse, pegando o malão dela. – De que casa você é mesmo?
Certamente, ele não sabia quem era ela. E isso, a deixou triste.
– Você não faz idéia de quem eu seja?
– Só sei que você se machucou misteriosamente e eu lhe encontrei em um dos corredores – ele riu.
– Corvinal – ela respondeu, fria.
Ela sentiu o seu bolso pesado, e colocou a mão sobre ele.
Ela tirou o vira-tempo dele.
Ele estava quebrado.
Ela choramingou.
– Aonde arrumou isso? – disse ele, tirando das mãos dela.
– Me devolva Cedrico – disse ela, tentando pegar o vira-tempo.
Certamente ele queria chamar sua atenção.
– Por favor – ela suplicou.
E ele colocou na mão dela o vira-tempo.
– Sinto em lhe informar mais está quebrado e não tem concerto.
– Como sabe? – ela fica intrigada.
– Meu pai tem alguns objetos assim em casa, é um Hobbie dele sabe? – ele contou, tranqüilo.
Ela olhava para ele, encantada.
– Você tem a pose de durão e arrogante só de dia? – Luna perguntou.
– Você acha isso? – ele disse, bufando e interessado.
– É o que todos falam de você, menos as garotas. Elas falam que você é bonito e interessante. – ela riu.
– Essas garotas, se encaixam você? – ele disse
– Se pensa que estou falando com você, com segundas intenções – ela respirou – está errado.
Era difícil mentir.
Mas Luna deve que falar aquilo.
Ela teria que ficar perto dele.
Ela era responsável por ajudar ele a não ter um fim.
A missão dela, de certa forma, não era ficar com ele e sim ajudar ele.
– Boa noite – disse ele.
– Boa noite – ela se virou.
Cedrico estava em uma das escadas que se mexiam.
E ela na frente da porta que levava ao seu Salão Comunal
– Cedrico? – ela perguntou.
– Sim – ele respondeu, sereno.
– Por acaso sabe da senha da Corvinal? Eu esqueci, a viajem me deixou desatenta – ela mentiu.
– É Dragão adomecido – ele disse, e piscou para ela.
Ela levantou a mão para acenar para ele, mais ele já tinha ido.
No outro dia, o assunto não era outro: A volta de Di-Lua.
Naquela noite, Luna achou sua cama.
E logo após, montou uma carta para Xenifílio.
Naquele ano, Luna tinha ido viajar com o pai, e voltaria a tempo do torneio.
Mas resolveu fazer uma carta pedindo que Luna ficasse com Xenofílio.
E a coruja que viera com Luna levou a carta, agora Luna tinha uma fiel coruja com ela.
Hermione, pensou em tudo para ela.
Luna estava nos jardins até que Gina correu em seu encontro.
– Luna – ela disse.
– Bom dia – ela retribuiu o cumprimento.
– Animada para hoje? – ela perguntou
– Para que? – respondeu Luna.
– Hoje eles vão tirar os nomes do Cálice de Fogo – ela lembrou Luna.
– Que dia é hoje? – Luna perguntou.
– Quarta – ela disse.
Luna tentou se lembrar de alguns acontecimentos daquele ano.
– Venha comigo – ela disse.
As duas correram até o Salão Principal.
Luna esbarrou com o ombro de Cho Chang.
– Olha por onde anda – disse uma das amigas de Chang.
– Desculpe – disse ela, ainda correndo.
– Aquela não é a tal de Lovegood? – perguntou uma das amigas de Chang.
– É ela mesmo. Ow mocinha, venha aqui – disse Cho.
Luna respirou.
– Vá na frente Gina – disse Luna.
– Está tudo bem? – ela perguntou.
– Sim, eu já vou – disse Luna, dando meia volta.
Ela foi até o monte de garotas.
Cho Chang era a namorada perfeita para Cedrico.
Os dois eram populares, lindos e todos tinham muitos amigos.
– É você que todos estão falando, que Cedrico passou boa parte da noite ontem? – perguntou Cho.
Ela parecia calma, e nada briguenta.
– É sim. Eu fiz um machucado na perna e ele me levou na Ala Hospitalar. Disse algo sobre ser responsabilidade dele. Não entendi muito bem, mais deve cuidar dos alunos que ficam fora das camas. – ela disse, calma.
– E por acaso vocês... – ela respirou – se beijaram?
Luna ficou vermelha.
Ela própria sentiu isso.
– Não. – ela disse rápida – Tenho que ir.
Ela correu rápido demais.
Ela sorria e olhava para baixo.
Seus cabelos voavam e ela suspirava de pensar na cena imaginada.
Uma onda de gritos estava vindo do salão.
Mas ela não notou que a porta fora aberta e um bolo enorme de alunos estava vindo.
E ela esbarrou em Cedrico.
Ela caiu no chão.
E olhou para ele.
– Tem que cuidar por onde passa, Lovegood. – disse ele, estendendo a mão.
– Ah, é – disse ela.
Luna se sentiu inconfortável por estar ali no meio dos amigos de Cedrico.
– Posso lhe perguntar algo, em particular?
Ela apertou os lábios após isso, e ele olhou para os amigos.
– Pode sim Luna. Vão indo na frente pessoal.
Os dois caminharam alguns passos e logo ela parou, e ele também.
– O que houve Luna? – ele perguntou.
Cedrico sempre foi bem paciente, bonito, gentil e popular.
E Luna sempre linda, calma, fofa e desatenta.
– Você colocou seu nome no Cálice? – ela perguntou.
A resposta podia mudar tudo.
Se ele ainda não tivesse colocado ela poderia ajudá-lo naquele momento.
Tudo poderia estar meio caminho adiantado.
E ela arrumaria como ir embora.
Ele realmente já tinha colocado o seu nome no Cálice?
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