Eu odeio Cães

Acordei com um grito. Que, pra minha surpresa, era o meu próprio.

-Ahhhhhhhhhh!!

Annabeth, Hermione e Ginny acordaram com um salto.

-O que foi? - perguntaram elas - O que aconteceu com você?

-Nada... - falei tentado parecer calma, Annabeth provavelmente ia pegar aquela faca novamente se eu falasse que sonhei com o Percy.

-Você está bem pálida, sabia? - disse Annabeth. 

Me levantei e olhei no espelho da penteadeira do quarto. Eu estava branca como cal. Parecia que tinham jogado pó de arroz na minha cara. 

-Eu vou tomar um banho. - disse eu, queria fugir as perguntas que as meninas, essa era a melhor opção. - Preciso relaxar e faltam 2 horas para nós descermos.

Na decida para os boxes no fundo da Torre parecia que as sombras estavam se mexendo como se me seguissem, mas eu não dei bola pra isso. 

Cara, eu devia ter corrido assim que eu percebi isso.

Eu adoro como a água pode lavar os meus problemas, eu fiquei acho que uns 15 minutos debaixo do chuveiro só pra poder esquecer aquele sonho.

Após isso, bem... Não foi muito legal.

Já na escada, eu ouvi um rosnado atrás de mim. Ao me virar, me vi encarando um enorme cão negro(mais ou menos do tamanho de um armário) de olhos vermelhos brilhantes. Ele tinha uma expressão ameaçadora e dentes afiados como os de um tubarão. Seu latido sacudiu a Torre.

Eu estava apavorada, tatei o bolso interno das minhas vestes. Estava vazio. Tinha deixado a varinha encima da minha cabeceira. Comecei a correr.

A cada passo que eu dava a criatura dava 10, ela já estava a me alcançar. Eu acho que estava berrando,porque todas as outras meninas estavam saindo dos dormitórios para ver o que estava acontecendo e começaram a correr também. Só duas meninas não.

Essas eram Thalia e Annabeth. Ambas estavam armadas, Thalia tinha em suas mãos um arco e flecha de prata com uma bolsa cheia de flechas de bronze presa em suas costas e Annabeth estava com sua faca de bronze em punho.

-O que vocês estão fazendo?! - berrei. Ter parado para alertar elas foi o meu maior erro. Essa paradinha foi um grande erro. Esse foi o tempo que o cão teve pra me alcançar e ele conseguiu. 

Aquilo pulou em cima de mim e começou a me arranhar. Suas garras perfuraram minha pele como se fosse papel. A dor era tanta que nem sei como descrever.  Eu gritava como se minha vida dependesse disso. Meu corpo estava molhado e quente, ótimo. Eu estava sangrando, muito. 

Annabeth estava paralizada, parecia em pânico. Thalia não, ela pegou uma de suas flechas e cravou ela no lombo do monstro. Com um ganido, aquilo se transformou em um monte de pó e pelo.

Eu, com esforço, me levantei. As garotas me deram suporte.

Meu corpo estava igual a um daqueles negócios que os cineastas trouxas usam em filmes de terror: minhas roupas estavam ensanguentadas e esfiapadas e minha pele, em carne viva. Só de me analisar, meu estomago deu uma volta. Meus joelhos cederam e tudo escureceu.

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