Afinal, ele é apenas um Malfoy



Capitulo 3 :


Afinal, ele é apenas um Malfoy.


 


A primeira semana de aula de Rose passou voando, e quando ela percebeu já era domingo. Por ainda ser cedo, ela estava rolando em sua cama, com a mínima vontade de levantar-se. Sua cabeça estava prestes a explodir, devido à confusão em que ela se metera. Apenas nessa semana, Rose havia começado a andar mais com Andy Finnigan, filho de um amigo da família, e descobriu que sua companhia era agradável, e que cada vez mais ela ansiava por estar perto dele. Outra coisa que ela descobriu nesses 7 dias é que ela não tinha mais tanta certeza assim do que sentia pelo Malfoy. Ele, pra surpresa de todos, resolveu parar de implicar e irritar Rose,além de  diminuir a “disputa” que ele insistia em fazer desde do primeiro ano para ser o melhor da turma.


Mas a coisa que mais intrigou Rose não foi nenhuma dessas. Foi o fato de, na noite anterior, ele ter feito algo muito esquisito.


 


------------------------------------------------------Flashback-----------------------------------------------------------


 


Rose estava saindo da biblioteca, voltando para o Salão Comunal da Grifinória quando ouviu passos atrás de si. Pensando que era apenas mais um dos muitos alunos de Hogwarts, resolveu ignorar e seguiu em frente.


- Weasley! – Ela ouviu alguém gritar.


Rose parou ao ouvir aquela voz. O que Malfoy queria com ela?


“Não é educado ignorar as pessoas, Rose”. Dizia uma vozinha de sua cabeça.


Virou-se .E Para sua surpresa, Malfoy estava muito mais perto do que ela imaginava.


- O que você quer comigo, Malfoy ? – Ela falou com o tom que ela só usava para se dirigir, ou se referir, a ele.


- Não seja ignorante, Weasley.O que seus pais pensariam se a ouvissem falar assim? Ou será que eles não te ensinaram nada? – Perguntou ele em seu usual tom sarcástico.


- Olha , se você veio aqui para me encher a paciência ... – Começou Rose , mas foi prontamente interrompida por ele.


- Eu não vim aqui para te “encher a paciência” – E deu um dos seus sorrisos de lado , que era capaz de fazer qualquer uma desmaiar . Mas o sorriso logo desapareceu , dando lugar a uma careta, seguida de um suspiro . – Bem , eu vou falar logo – Falou, com uma voz que Rose nunca tinha ouvido. Era quase ... nervosismo. – É, que, bem...eu preciso de dizer algo.


 


- É, eu percebi, não sou burra. Mas será que dá pra falar logo ? – Respondeu, ácida – Não tenho todo o tempo do mundo.


Scorpius olhou para ela, e, suspirando mais uma vez, resolveu falar.


- Eu quero que você saiba que eu ... hum ... que eu ... Bem , eu quero que você saiba que eu ... – Mas ele foi interrompido antes de conseguir terminar a frase.


 


- Rose! Rose! – Era James.


 


- Até que enfim eu te achei! – Disse, se dirigindo a Rose. – Por onde esteve ?


 


- Na biblioteca – Respondeu Rose .


 


- Ah, é claro. – E sorriu. Mas o sorriso sumiu assim que viu quem acompanhava a prima – Mas o que esse filho de doninha está fazendo aqui?


 


- Eu só queria perguntar a sua querida Weasleyzinha qual foi o trabalho de Herbologia – Mentiu ele, mal educado.


 


Rose olhou para ele, confusa, mas resolveu entrar no jogo .


 


- Hum... Ah, sim. Temos que entregar 50cm sobre as propriedades das mandrágoras até terça-feira.


 


- Bom, se era só isso, já pode ir andando – Falou, ou melhor, ordenou James, passando uma braço pela cintura de Rose, depositando um beijo sobre a bochecha da mesma, e começando a andar , arrastando Rose junto com ele .


Rose ainda olhou para trás, bem a tempo de ver algo no olhar de Scorpius mudar.


--------------------------------Fim do Flashback-----------------------------------


 


Rose ainda estava se perguntando sobre o que Malfoy queria lhe dizer quando as companheiras de quarto e as amigas acertaram um travesseiro bem em sua cabeça, fazendo-a levantar-se para tomar banho e se arrumar para finalmente tomar café.


Enquanto saia do banheiro para o quarto, passou por uma janela, e olhou o tempo lá fora. Apesar da época, o dia estava lindo. Sol forte, céu limpo e ela pode ver ainda passarinhos cantando e voando pelo jardim.


- Tão diferente do meu humor, que chega a ser irônico. – Murmurou para si mesma. 


 


Juntou-se as amigas no salão comunal e desceram para tomar café-da-manhã.


 


- No que você tanto pensa, Rose ? – Perguntou Audrey , a mais perceptiva do grupo.


- Hã? – Perguntou Rose, como se houvesse acabado de sair de algum tipo de transe.


- É disso que ela está falando. – Riu-se Lúcia – Você não presta atenção em nada que nós falamos. Está assim desde que voltou da biblioteca ontem.


- Ah,é. – Disse, olhando para os lados – Eu vou contar algo a vocês, mas, por favor, por favor, não contem a ninguém nem façam nenhum estardalhaço. Tudo bem?


As duas meninas concordaram com um aceno de cabeça e Rose narrou os acontecimento da noite anterior em alguns minutos.


Quando acabou de falar, olhou para as amigas e viu que ambas estavam um pouco perplexas.


- O que? – Perguntou inocente.


- Como assim, “o que ?” ?! – Falou Lúcia , um pouco histérica – É claro que ele ia dizer que gosta de você.


Rose riu. Alto e mais do que seria aceitável, mas ela achou a história estúpida demais para ser verdade.


- É incrível como o James tem a capacidade de chegar na hora mais inoportunos. – Comentou Audrey, com a sabedoria que herdou da mãe,ignorando Rose.


- Oh , meu Merlin, o Malfoy tem sentimentos!  E eles são por você, Rose – Falou Lúcia, com seu olhar sonhador, que herdou da mãe, Luna. Graças a Merlin , seu pai , Dino Thomas, não era como Luna.


- Ainda bem que ela não é filha do Tio Rolf – Comentou Audrey , como se lesse os pensamentos de Rose. – Sabe , eu adoro ele , mas vamos combinar que ele é meio,... hum ..., louquinho.


- Eu tenho pena dos irmãos mais novos da Lúcia – Sussurrou de volta Rose – Eles vão ser piores que ela.


As duas riram um pouco, mas logo Rose voltou a ficar séria novamente .


 


- Enfim, eu acho que vocês estão sonhando. Ele não diria isso a ninguém. Muito menos a mim.


- Ah, Rose, para de falar como se você fosse a menina mais feia, esquisita, nojenta ou sei lá mais o que do mundo ! – Começou Audrey . Quando não era Rose , era sempre Audrey que dava os sermões . – Você é linda , engraçada, inteligente ! Você é ótima ! Todos os pais do mundo iriam querer te ter como nora!


Rose riu. Ou melhor, gargalhou.


- O senhor Malfoy não. – Comentou, sombria.


- Mas ele vai ter que aceitar. E é melhor ele se acostumar com isso. Por  que , mesmo que demore, vai acontecer. – Falou Lúcia com aquela sabedoria que assustava.


Elas continuaram conversando sobre isso por um tempo, sem conseguir convencer Rose de que ele gostava dela, até que as barrigas das três reclamaram, e elas resolveram entrar no Salão Principal para, finalmente,comer.


Logo ao entrar , Rose se deparou com uma cena que a fez revirar os olhos . Lá estavam , na mesa da sua casa , Alvo , James e Charlie Wood , os três jogadores mais populares da Grifinória,cercados de alunos-alunas principalmente- não só da grifinória e que, na opinião de Rose, mais pareciam abutres. Alvo , assim como seu pai foi , era o apanhador . James , assim como ela – Sim , Rose Weasley jogava quadribol! – eram artilheiros, e Charlie , como era de se esperar, era goleiro.


Não que Rose achasse que os meninos jogassem mal, nunca, mas, na opinião dela , isso tudo era apenas pra puxar saco.


- Não aja como se os meninos não fizessem isso com você, Rose .


Rose não podia negar que o que a amiga disse era verdade, mas com ela era diferente .


- ‘Tá, pode ser verdade , mas eu pelo menos não dou corda . Eles parecem absurdamente felizes com isso . Humpf


Rose se dirigiu aos primos e ao amigo e depositou um beijo na bochecha de cada um , causando raiva e inveja nas meninas ali presentes.


- Bom dia, meninos.


No que eles responderam com beijinhos na bochecha da garota e sorrisos.


E se dirigiu a um canto mais afastado da mesa, para poder tomar seu café da manhã em paz com as amigas.


 


 


 


 


O café da manhã estava ótimo, mas Rose não havia realmente comido. Estava esperando as amigas, que paravam para conversar sobre besteiras a cada mordida.


Rose já estava impaciente com a demora das amigas e estava prestes a apressar as amigar quando olhou para a porta e viu Malfoy entrar de mãos dadas com Ann Lott, uma sonserina baixinha e de cabelo preto muito liso que Rose achava nojenta.


Foi a vez de algo dentro de Rose mudar.


Rose os acompanhou com o olhar, e os viu sentar lado à lado na mesa para comer.Os encarou por algum tempo até que a noticia se confirmou, chegando aos seus ouvidos.


- Eles estão namorando. Parece que desde de ontem à noite. Muito sortuda essa Lott, hein? O Malfoy é lindo. – Quem deu a noticia que acabou com o dia de Rose foi uma garotinha do segundo ano, que provavelmente andava com Lily e Hugo.


Rose olhou para as amigas, que ainda encaravam a mesa da sonserina, de boca aberta.


 


- É , ele provavelmente iria me dizer que gosta de mim. – Audrey e Lúcia, chocadas demais para falar algo, apenas ouviram o comentário azedo da melhor amiga e a assistiram a amiga correr do Salão Principal.


Segurando as lágrimas rumou para os jardins, sem nem ver onde ia direito.


Sem perceber,havia deixado o Salão com os olhos de Scorpius  grudados nela.


 


 


 Segundos depois de passar pela porta do salão, Rose desatou a correr. Correu , sem saber pra onde ia. Apenas correu. Depois de um bom tempo correndo, Rose tropeçou e caiu na beira do lago, onde ficou e chorou ainda mais.


Não percebeu o tempo passar, apenas se arrastou pra debaixo duma árvore e encostou-se no tronco.


Respirou fundo algumas vezes, até que conseguiu se controlar o suficiente para falar consigo mesma.


- Vamos Rose, para de chorar . Ele é só um garoto . E como sua madrinha Gina já disse, garotos vêm e vão.


Mas, apesar dos esforços, uma vozinha em sua cabeça insistia em dizer : “Você sabe que ele não é só mais um garoto. Ele é um Malfoy”


Então Rose, cansada de sofrer, resolveu vencer essa batalha contra a “vozinha.”


- Ele pode até ser um Malfoy. Mas ele não deixa de ser um garoto. E, além do mais, ser um Malfoy não é nada bom. Como papai me disse uma vez, “ Malfoy’s não prestam, Rose, então fique longe deles. De todos eles .”


Rose finalmente venceu a batalha contra a “vozinha”. Mas, lá no fundo, ela sabia que nunca venceria essa guerra.


Então ela começou a chorar mais uma vez. Dessa vez, mais controlada.Um choro menos sentido,menos denso. Um choro de “despedida.”


Respirando fundo mais algumas vezes, ela murmurou outra vez para si mesma.


- Rose Weasley, você vai esquecer Scorpius Malfoy. Não importa como, quando, ou onde. Você simplesmente vai esquecê-lo. Ele vai ser apenas mais um garoto. Você vai esquecê-lo. Nem que seja a última coisa que você faça na vida. E isso é uma promessa. 

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' Lumos '
 Bom gente , esses dois últimos capitulos eram pra ser flashback , mas ia ser muuuuito grande , ia ter que dividir , ia ficar confunso  , enfim , nos próximos capítulos vai ser a partir do sétimo ano , e vai ser melhor (: . Mais uma vez , se alguém ainda lê isso , desculpa pela demora (: .
E , pra quem não entendeu , Lúcia é filha do primeiro casamento de Luna (:
Beijinhos , comentem e até depois (:
P.s.: Desculpa os erros de ortografia (:
' Nox ' ' Desaparata ' 


 

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