First



My Favorite Night.


“Se fecharmos a porta para todos os erros, impedimos também a entrada da verdade.” (Tagore)


Sexta feira era sua noite favorita.


 


Nevava – flocos de neves brancos caíam no chão lembrando à Hermione, vagamente, a pele fria que Draco Malfoy possuía.


Olhou pela janela constatando que aquela não seria a melhor noite para se aventurar em algum encontro que por um acaso poderia ter.


Mas nem aquilo a impediria de ir aonde ele pedira. Sabia que não poderia usar meios bruxos, pois os locais em que se encontravam eram trouxas. Não teria facilidades.


Carta – a forma mais comum e mais romântica que Hermione via para se corresponder com Draco Malfoy.


Jazia em suas mãos, recebida há pelo menos umas três horas. Era sempre a mesma. Um local, uma hora, a mesma pessoa.


Estava um pouco amassada por tantas vezes ter sido aberta e fechada.


A letra caprichada era um chamado. Não conseguia parar de lê-la imaginando como o dono havia escrito aquele simples bilhete. Apressado? Temeroso? Ansioso? Nervoso? Apaixonado?


Vazio – sentimento que se sobressaía quando não estava ao seu lado. Draco Malfoy lhe preenchia.


Tomava conta do seu corpo a cada momento em que se despedia dele. Sair pela porta daquele hotel, sabendo que teria que esperar mais uma semana para vê-lo era insuportável, deprimente, angustiante. A cada visita sentia mais a necessidade de tê-lo perto dela. Seu cheiro, sua voz, seu corpo, seus movimentos, tudo nele era uma dádiva dada completamente a ela.


Completa – como se todo o seu corpo e sua existência não precisasse de mais nada. Ele era seu oposto. Ela era uma grifinória nata e ele um sonserino. Todas as características que ele possuía lhe completavam.


Era assim que se sentia. Completa enfim, como se não precisasse de mais nada em sua vida para fazer com que fosse feliz. Perto dele não precisava de palavras carinhosas, gestos de amor ou juras eternas. Deitados nos mesmos lençóis se encaravam e entendiam tudo o que estavam sentindo.


Errado – aquilo que as pessoas julgam como equivocado. Ter um encontro com Draco Malfoy não lhe parecia tão equivocado em certo ponto. Não era o amor e o ódio que andavam de mãos dadas?


Aquilo era errado, tinha plena ciência disso. Nada que fizesse ao lado de Draco Malfoy poderia ser considerado certo, mas mesmo assim ela fazia.


Fazia aquilo por ela e por ele.


Fazia aquilo pelo fato de estar irrevogavelmente apaixonada por um inimigo.


Fazia aquilo por achar que talvez ele a amasse.


 


Deu exatamente nove horas da noite. Sabia que ninguém a procuraria naquele dia.


Rony estava trabalhando, Harry estava com Gina.


Sexta feira era sua noite favorita. Ninguém interrompia o que estava prestes a fazer, e aquilo já era uma vitória.


Calçou uma bota e colocou um dos casacos mais quentes que encontrou no armário. Foi até a porta do seu apartamento. Tomou coragem. Precisou respirar fundo três vezes antes de abrir a porta e sair para o corredor.


Andou silenciosamente até a rua. Estava deserta. Todos estavam aproveitando o final da sexta feira.


Era o dia em que as pessoas saiam do trabalho mais cedo para se encontrar com os amigos; ver as amantes; procurar homens; arranjar encontros; sair com os namorados...


Bares, restaurantes, bordéis, hotéis, motéis, casas de festas: todos possuíam alguma história naquelas noites. E as levariam para sempre.


Andou desajeitada pela neve. O vento açoitava, batendo em seu rosto como se quisesse impedi-la de tomar aquele rumo. Ela estava determinada, como estaria em todas aquelas noites.


Estava pronta para escrever mais um capítulo de sua história. Deixá-la memorável.


Passou por alguns casais. Uns estavam rindo, outros estavam se aproveitando. Outros pareciam temerosos de serem descobertos. Draco Malfoy e Hermione Granger eram desse tipo. Na realidade eram de todos os tipos, a cada minuto viravam um casal diferente.


Uma hora estavam brigando, outra estavam rindo. Mais tarde estavam tão apaixonados que mal enxergavam o que estava acontecendo as suas voltas. Depois estavam se despedindo como se fossem completos estranhos. E assim se repetia. Era um ciclo vicioso.


Conseguiu chegar ao hotel. Draco Malfoy simplesmente não aceitava motéis. Ia apenas aos hotéis mais caros que conseguia arranjar.


Hermione era saudada com flores ao entrar no quarto, encontrava banheiras de hidromassagem, geralmente ganhava uma jóia nova. Mas o que mais lhe agradava era ver Draco Malfoy deitado na cama. E aquela seria sua cama naquela noite.


- Reserva do senhor Malfoy – disse Hermione para a atendente do hotel. Ela a olhou por algum tempo e procurou uma chave.


- Quarto 302. – Disse enquanto sorria amigável. – Boa noite para a senhora.


- Excelente noite – murmurou Hermione enquanto se encaminhava ao elevador.


Apertou o botão do terceiro andar e constatou que sua perna estava bamba devido ao nervosismo.


Andou pelo corredor até o quarto em que estaria Draco Malfoy.


Abriu a porta com certa dificuldade. A mão trêmula não ajudava em nada.


Quando finalmente conseguiu entrar, fechou a porta apressada como se alguém pudesse pegá-la em flagra.


Caminhou pelo ambiente, passando por todo o aposento e chegando a porta do quarto. Abriu-a ansiosa.


Pode ver Draco Malfoy encostado na beirada da janela observando a paisagem. Pigarreou tentando chamar atenção. Obteve o resultado esperado: Draco virou-se para encará-la.


Mesmo nas sombras, Hermione pensou ter visto um sorriso malicioso em seu rosto. Seu coração deu um salto e começou a bater rapidamente.


Draco aproximou-se devagar. O nervosismo de Hermione aumentava.


Quando ele parou a sua frente, estendeu a mão pegando-a pela cintura e colando seus corpos.


Foi até seu ouvido, sussurrando de leve:


- Boa noite, Granger.


 


“Nunca é tarde para nos desfazermos dos nossos preconceitos.” (Thoreau)


 


n/autora: nhaaa... era para ser uma shortfic, mas acabei tendo a ideia de fazer três capítulos.


Espero que gostem. E comentem.


Eu não resisti e postei hoje mesmo! Hohoho!


Beijos,


Ciça ;****


 


n/b: como eu acabei de ser chamada de vadia, farei esta nota comentando o quanto a autora é romantica e carinhosa, não acham?! HHEEUIEHIE' é claro que isso a gente vê tanto na fanfic quanto nas palavras doces que ela diz para mim, mas enfim.... Eu adoro as fanfics Dramione dessa cabeça de minhoca, vulgo Ciça, porque seilá, instigam meu lado pervertido hahahah (e o dela também, e o de vocês, seus pervertidos e safados), eu fico curiosa com a relação deles, porque ela sempre envolve sexo, prazer e blábláblá, mas sempre é diferente uma fic da outra e eu adoro o jeito que ela consegue fazer isso. To louca pra ver Draco e Herms nesse hotel luxuoso com toda essa dependência da Herms. VAI LÁ QUE TU AHAZA, NEGA! Escreve mais, Ciça, estou curiosa, hahaha, só não seja pervertida ao ponto de escrever sexo *censura no olhar*. Beijos lindos safadinhos curtindo tensão sexual da Herms e do Draco.

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