O que a Claire quer de present
Hermione acordou com alguns raios de sol batendo no seu olho e reclamou em voz baixa, ainda estava com muito sono. Depois que foi se deitar na noite anterior ainda ficou rolando na cama por cerca de duas horas antes de conseguir pegar no sono. Por mais que não quisesse admitir, não conseguia parar de pensar no quase beijo que trocou com Harry.
É claro que isso não tinha adiantado nada na sua vida. Tudo que conseguiu foi uma noite muito mal dormida e uma leve dor de cabeça.
Terminar com Harry tinha sido a coisa mais difícil que fez na sua vida e foi mais difícil ainda manter a sua decisão quando descobriu que estava grávida, mas conseguiu se manter firme até agora apesar de tudo. Morar na mesma casa e vê-lo todo dia pela manhã eram, sem dúvidas a parte mais difícil pela qual teve que enfrentar nesses últimos cinco anos.
Apesar de tudo tinham Claire e Hermione era muito grata por isso. Quando vê o carinho que o ex-namorado tinha pela filha, ela tem certeza de que não poderia ter escolhido ninguém melhor para formar uma família, mesmo não sendo bem uma família “completa”.
A porta foi aberta em um baque e Claire entrou, trazendo uma boneca, e pulou em cima da cama.
- Mãe! - ela gritou parecendo bem feliz – Olha só a a boneca que o tio Sirius me trouxe de Paris! Ela não é linda?
Hermione reclamou mentalmente. Já tinha avisado milhões de vezes para a filha que ela não devia entrar no quarto sem bater, mas estava tão fraca naquele momento que não conseguia brigar com a menina.
- É mesmo muito bonita – deu um sorriso fraco enquanto pegava o brinquedo nas mãos – Você já agradeceu ao Sirius pelo presente que ele se trouxe.
- Sim! - balançou a cabeça afirmativamente enquanto respondia – Disse para ele que era a boneca mais linda que eu já ganhei na vida.
- Muito bem! - deu um beijo no topo da cabeça dela – Você já tomou o seu café da manhã.
- Sim! - falou – O papai fez panquecas para mim. Estavam uma delícia.
- Ótimo! - tinha que agradecer o Harry depois. Ele sabia a morena ficava cansada no fim de semana e já era um problema a menos ainda ter que cuidar da comida de Claire – Vamos descer então. Está na hora da mamãe tomar o café da manhã.
Assim que chagaram a sala encontraram o três homens da casa sentado no sofá lendo, cada um, um pedaço do Profeta Diário.
- Oi Mione! - o de olhos verdes sorriu assim que a viu no topo da escada – Aconteceu alguma coisa? Você parece pálida.
- Não é nada! - tentou despreocupá-lo – Só estou com um pouco de dor de cabeça. Mas logo isso vai passar.
- Acho melhor você tomar uma poção – sugeriu – Assim vai passar mais rápido.
- O Harry tem razão Mione! - foi Rony quem opinou – Uma vez eu não dei importância para uma dor de cabeça e ela foi piorando ao longo do dia. Nem consegui trabalhar direito.
- Até parece que vocês dois não me conhecem desde que tínhamos 11 anos – ela não pode deixar de rir – Nunca vou deixar uma dor de cabeça abalar o meu dia.
- Isso não é desculpa Mione! - Harry a segurou pelo ombro fazendo com que se virasse na direção das escadas – Você vai voltar para o seu quarto agora e esperar que eu vou levar uma poção para você.
- Tudo bem! - reclamou enquanto pisava no primeiro degrau – Mas é só por que você está insistindo muito.
Esperou até que a amiga desaparecesse no andar de cima antes de se virar na direção dos outros.
- Claire, minha princesinha – abaixou-se para poder ficar na altura da filha – Você espera aqui junto com o tio Rony e o tio Sirius. Está bem?
- Tudo bem pai! - ela respondeu.
O moreno foi até a cozinha e pegou um poção para dor de cabeça no armário da despensa e também encheu um copo com água, pois o gosto era muito ruim. Assim que chegou ao quarto, a mulher estava deitada e com os olhos fechados.
- Aqui está! - entregou o frasco na mão dela.
Hermione bebeu o conteúdo da poção em um gole, depois pegou o copo com água e fez a mesma coisa.
- Acho que vou dormir mais um pouco! - avisou – Não por causa da dor de cabeça, ela já está começando a passar. Mas é por que eu dormi muito mal na noite passada.
- Eu imagino o quanto você deva estar cansada com o seu trabalho no ministério – comentou – No quartel general do Aurores estamos cheios de coisas para fazer. Imagino que o departamento de Regularização das Leis Magicas deva estar da mesma maneira, ou até pior.
- Você nem faz idéia do quanto! - dessa vez ela não se deu ao trabalho de abrir os olhos para olhá-lo.
- Então descanse um pouco – já estava caminhando para a porta – E não se preocupe com a Claire. Pode deixar que eu cuido dela hoje a noite.
- Obrigada Harry! - ela deu um grande sorriso – Não sei o que iria fazer sem você para me ajudar com a Claire.
- Não estou fazendo mais do que a minha obrigação Mione! - lembrou – A Claire é minha filha também.
- Sei disso! - concordou com a cabeça – A agradeço todos os dias por isso.
Ele não disse mais nada, apenas sorriu e saiu pela porta. Quando chegou ao andar de baixo só encontrou o padrinho juntamente com a menina, que estava falando uma coisa muito animada com ele.
- Claire! -Harry disse assim que se aproximou dos dois – O que acha de irmos passar o dia no parque de diversões hoje?
- Oba! - ela pulou do sofá na mesma hora – A mamãe também vai com a gente.
- Dessa vez não! - respondeu e a garota pareceu tão triste quanto ele – Ela vai ficar em casa descansado.
- Tudo bem! - suspirou pesadamente,
- Quer vir com a gente Sirius? - perguntou virando-se para o homem mais velho – Vai ser bem divertido.
- Infelizmente eu vou ter que dizer não – explicou – Combinei de ir até a casa de Lupin e Tonks hoje. Eles sempre reclamam que eu não vou até lá quando venho a Inglaterra.
- Tudo bem então! - pegou a filha no colo – Vamos Claire, eu vou escolher uma roupa bem bonita para você usar.
Ajudou Claire a trocar de roupa e depois pediu para que ela o esperasse no andar debaixo para que agora pudesse trocar a sua própria roupa.
Enquanto isso Rony voltava a sala arrumado para sair de casa.
- Aonde você está indo? - Sirius quis saber.
- Sair com a Luna! - explicou suspirando pesadamente – Ela quer ir fazer compras no Beco Diagonal e quer que eu vá junto pois tem medo de andar lá sozinha. Por mais que eu diga que é totalmente seguro desde que Você-sabe-quem foi destruído.
- Sabe muito bem que isso é só uma desculpa – não pode deixar de rir – Ela só está querendo a sua companhia.
- Eu sei disso e não estou reclamado – falou – O problema é que ela não consegue parar quando está fazendo compras, é terrível. Ela poderia ter pedido ajuda para a minha irmã ou para a Mione.
- É melhor você ir se acostumando com isso, pois vai ser assim de agora em diante – disse calmamente – Soube que vocês dois vão se casar. Meus parabéns.
- Obrigado! - coçou a cabeça ligeiramente sem graça, suas orelhas estavam bem vermelhas nesse momento.
Foi então que Claire venho descendo as escadas correndo.
- Oi minha pequena! - o ruivo pegou a afilha no colo – Eu estava me lembrando outro dia. O seu aniversário é no final do mês, não é?
- Sim! - deu um pequeno sorriso, ela adorava fazer aniversário e ganhar a atenção de todos por isso – Vou fazer quatro anos.
- É verdade, já tinha me esquecido que seu aniversário está chegando – o outro comentou – Ainda me lembro do dia em que você nasceu. E agora já vai fazer quatro aninhos.
- A minha mãe está planejando uma super-festa para mim com todos os meus amigos do colégio – falou bem animada – Você vai estar aqui para minha festa, não é tio Sirius?
- Não perderia isso por nada! - garantiu.
- Mas então Claire! - Rony voltou a falar enquanto se sentava no sofá junto com a menina – O que você quer ganhar de aniversário?
Ela colocou a mão no queixo para pensar por um minuto antes de se aproximar do homem para poder falar bem baixinho.
- Eu só quero uma coisa esse ano – explicou – Uma coisa muito, mais muito especial.
- Então me fala o que é assim tão especial – pediu – O seu querido padrinho vai comprar para você, com certeza.
- Não é uma coisa que se possa comprar em lojas – continuou – Eu queria que os meus pais voltassem a ficar juntos. Como era antes de eu nascer.
Rony ficou sem reação por alguns segundos. Não sabia o que falar após esse pedido da menina.
- Olha Claire! - suspirou pesadamente antes de começar a explicar – Isso não é uma coisa que dependa de mim. Só o Harry e a Mione podem fazer isso.
- Sei que eles já foram muito felizes juntos ou eu não estaria aqui – ela era mesmo muito esperta, ninguém podia negar que era filha de Hermione Granger – Às vezes eu acho que o problema todo foi quando eu nasci e os dois pararam de se amar.
- Os problemas dos seus pais começou bem antes de eles saberem que você existia – começou a passar a não pelos cabelos castanhos da menina – E eu tenho certeza de que os seus pais ainda se amam. Talvez não da mesma maneira de antes, mas ainda tem um carinho muito grande um pelo outro e por você.
- Eu queria tanto que os meus pais voltassem a ficar juntos – estava encarando os seus sapatos nesse momento – Assim seriamos uma família, que nem as minhas amigas na escola.
Esse comentário fez com que um nó se formasse na garganta do ruivo. Não conseguia ver a afilhada triste, por qualquer motivo que fosse.
- Tudo bem Claire! - disse, por fim – Vou fazer o possível para que os seus pais voltem a ficar juntos.
- Obrigada, tio Rony – o abraçou de deu um beijo na sua bochecha – Prometo que não vou te pedir mais nenhum presente até o natal.
Agora Rony sabia que estava totalmente encrencado, como iria sair dessa sem magoar a menina? Ainda tinha duas semanas para poder pensar em uma solução.
Harry apareceu um minuto depois. Para a sorte do ruivo, ele não parecia ter escutado nada da conversa anterior.
- Acho que já podemos sair Claire! - ele avisou se aproximando da filha – Espero que já esteja pronta para ir.
- Estou sim pai! - esticou os braços para que ele a pegasse no colo.
- Vou aproveitar que vocês estão saindo para ir também! - o de olhos azuis disse – Luna já deve estar me esperando.
O carro que o trio dividia durante a semana estava estacionado bem na frente da casa. Harry abriu a porta que dava acesso ao banco de trás para poder colocar a filha e prender o cinto corretamente.
- Você quer uma carona até algum lugar? - perguntou para o amigo – Saiba que eu não estou com pressa alguma.
- Não precisa se preocupar comigo – garantiu – Vou até a entrada da rua e aparato diretamente na porta da casa da Luna. Estamos indo ao Beco Diagonal mesmo, não tem necessidade de ir de maneira trouxa.
- Já que você diz! - deu de ombros antes de ir para o banco do motorista e colocando a chave na ignição – Divirta-se fazendo compras com a Luna.
- Digo o mesmo para você – completou – Divirta-se no parque de diversões com a Claire.
Rony viu o amigo dar partida no carro e sair em direção ao fim da rua, em seguida foi caminhando até um lugar seguro em que pudesse aparatar sem que ninguém pudesse vê-lo. Surgiu na porta da casa dos Lovergood.
Deu uma batida de leve na porta. Foi o pai da loira quem atendeu.
- Bom dia senhor Xenófilo! - disse um pouco temeroso, sempre achou o sogro um pouco assustador, embora soubesse que ele não era uma má pessoa – A Luna já está pronta?
- Está terminando de se arrumar no quarto dela -respondeu dando um sorriso amigável – Entre e espere. Ela não deve demorar muito para descer.
Sentou-se no sofá que ficava no centro da sala e ficou observando as diversas coisas exóticas que tinham no local.
- Você quer beber alguma coisa? - o homem perguntou se sentando ao lado do ruivo – Acabei de fazer um pouco de chá e acho que devo ter uma garrafa de cerveja amanteigada em algum lugar.
- Eu não quero nada, obrigado! - respondeu – Acabei de tomar café da manhã um pouco antes de sair de casa.
- Certo! - concordou com a cabeça – Eu imagino que as coisas estejam boas em casa. O Harry e a Hermione também estão bem?
- Eles estão bem sim! - foi tudo que respondeu.
- E a filha deles também está bem? - o ruivo balançou a cabeça afirmativamente – Como é mesmo o nome dela? Camile?
- Claire? - corrigiu.
- Isso mesmo, Claire! - completou – Sabe de uma coisa. Você e Luna são os padrinhos da menina e eu só a vi uma vez, no primeiro aniversário dela.
- É verdade! - concordou – Por que o senhor não vai na festa de aniversário dela? Vai ser daqui há duas semanas na casa dos meus pais.
- Acho que eu vou mesmo! - disse – Afinal, a casa dos seus pais não fica tão longe assim daqui.
Ficaram alguns minutos em total silêncio. Rony olhou rapidamente para o seu relógio de pulso, queria saber se Luna iria demorar muito para descer.
- Agora me diga outra coisa Rony - o senhor Lovergood disse mais uma vez – Como está o seu trabalho no ministério da magia? Luna me disse que você vai ser promovido a chefe do departamento de Esportes Mágicos.
- É isso mesmo! - estava sentindo que suas orelhas estavam ficando vermelhas – E já vou começar o meu trabalho organizando a próxima copa mundial de quadribol. É uma grande responsabilidade, mas estou muito feliz com isso.
- Isso vai ser mesmo muito bom! - concordou com a cabeça – E desse jeito eu também fico mais tranqüilo sabendo que você pode dar uma boa vida para a minha filha.
Esse era o momento que o Rony mais temia. A conversa sobre o casamento dele e de Luna.
- Senhor Xenófilo! - voltou a falar com bastante calma – Eu só quero dizer que o senhor não precisa se preocupar com nada. Eu amo a sua filha e pretendo fazê-la muito feliz.
- Eu nunca duvidei disso – ele não pode deixar de rir da cara de preocupação do ruivo – Desde o momento em que Luna te apresentou como namorado dela, tivesse certeza de que vocês dois se amavam muito. Não poderia ter escolhido marido melhor para a minha filha
- Muito obrigado senhor! - suspirou aliviado nesse momento – A sua opinião sobre esse casamento é muito importante para mim e para Luna.
A loira não demorou muito para aparecer. Deu um rápido beijo no namorado antes de se virar para o pai.
- Vamos até o Beco Diagonal e vamos almoçar por lá – explicou – Mas eu volto para casa antes de hora do jantar.
- Esta bem minha filha – deu um beijo no topo da cabeça dela – Cuide bem da minha filha Rony.
- Pode deixar! - colocou a mão sob o ombro dela protetoramente – Não vou tirar os olhos da Luna.
O casal aparatou próximos ao Caldeirão Furado e de la foram até a parede de tijolos que levava até o Beco Diagonal. Como era sábado o local estava totalmente cheio, mas nada que impedisse de andarem por entrem as lojas.
Luna entrou em várias lojas de roupas e saiu de todas carregando várias sacolas, depois foi até a Floreios e Borrões para olhar algumas novidades e depois passou para comprar alguns pergaminhos, penas e tinteiros, ela até aceitou dar um passada na Artigos para Quadribol junto com o noivo. Depois de algumas horas, Rony já não conseguia dar nenhum passo de tanto que tinham andado por lá.
Por volta do meio-dia pararam para tomar um sorvete antes de voltarem a fazer compras.
- Está sendo um dia bem divertido! - a loira comentou – Precisamos fazer isso mais vezes, não acha?
- Claro! - disse encarando o tampo da mesa, ficou bem claro que ele não estava presentando atenção.
- O que houve Rony? - ela resolveu perguntar.
- Não aconteceu nada! - respondeu rapidamente – Eu estou muito bem. Maravilhosamente bem.
- Você não consegue me enganar nenhum pouco querido – passou a mão pelo cabelo dele, bagunçando um pouco – Você está distraído desde que chegamos aqui. Sei que você não gosta de fazer compras, mas isso já é demais.
- Eu só estava pensando em uma coisa que aconteceu em casa hoje de manhã – resolveu explicar por fim.
Ela ficou em silêncio esperando para que o ruivo terminasse de contar o que tinha acontecido.
- Eu decidi perguntar para Claire o que ela queria de presente de aniversário – continuou – E eu não consegui parar de pensar sobre o que ela me pediu.
- O que pode ser tão difícil em um presente para uma menina de quatro anos! - deu um pequeno sorriso – É só comprar uma boneca para ela.
- Ela me pediu para que os pais voltassem a ficar juntos – suspirou pesadamente antes de falar.
- Agora eu entendi! - comentou – Acha mesmo que não tem nenhuma chance dos dois voltarem algum dia. Quero dizer, eles estavam tão felizes juntos, sempre foram o casal perfeito de Hogwarts.
- Sei que se dependesse do Harry eles já teriam voltado – explicou – Mas não sei o que a Mione pensa sobre isso, afinal, foi ela quem quis terminar com ele.
- Se você quiser eu posso conversar com ela – Luna sugeriu – Não tenho certeza se ela desabafaria com você, afinal você e o Harry são amigos.
- Não precisa se preocupar com isso – colocou a mão no ombro da noiva – Fui eu quem prometi esse presente para a Claire e sou eu quem tem que resolver isso.
- Está bem, se você diz – deu de ombros – Mas, se você precisar de qualquer coisa,é só pedir.
- Acho que teria sido muito mais fácil se ela tivesse me pedido uma boneca – colocou a mão entre os próprios cabelos.
- Quem foi que disse que dar presentes para uma criança era fácil – não pode deixar de rir.
Terminaram de tomar o sorvete antes de voltarem para fazer suas compras.
Já era noite no número doze do largo Grimmauld e começava a cair uma fina chuva do lado de fora da casa. Harry estava deitado na sua cama prestes a cair na inconsciência, o dia com Claire foi bastante animado mas também muito cansativo, às vezes era bem difícil acompanhar a agitação da menina. A coisa boa nisso tudo era que a filha tinha chegado adormecida em casa e parecia que não iria dar trabalho até a manhã seguinte.
Um relâmpago cortou o céu de Londres iluminando totalmente o quarto e a chuva começou a cair mais forte e o vento estava sacudindo a janela. A porta abriu lentamente e Hermione entrou tímida.
- Oi Mione! - ele ficou bem surpreso em ver a amiga ali.
- Oi Harry! - ela respondeu – Não sabia se você ainda estava acordado. Parecia tão cansado quando chegou em casa com a Claire.
Olhou para a janela e viu a chuva batendo violentamente no vidro, então virou-se novamente para a morena. Agora sabia exatamente o que ela estava fazendo ali.
- Já entendi, você esta com medo da chuva, não é mesmo? - ela apenas balançou a cabeça afirmativamente – Eu já deveria imaginar.
Ele sabia que Hermione tinha medo de chuvas fortes desde que os dois se conheceram. Ainda conseguia se lembrar das milhares de vezes que ela tinha dormido junto com ele por causa disso quando eles estavam namorando.
*Flash Back*
Harry acordou no meio da madrugada e viu que estava caindo uma chuva forte. Seus colegas de quarto ainda dormiam profundamente e podia ouvir o ronco de Neville há três camas da sua.
Decidi ir tomar um copo de água antes de voltar a dormir. Assim que chega no salão comunal, encontra Hermione sentada em uma poltrona e com um enorme livro de Aritimancia no colo.
- Mione! - ele foi até aonde a namorada estava – O que você está fazendo aqui acordada a essa hora?
- Acordei com o barulho de chuva e sabia que não iria conseguir dormir mais! - deu de ombros – Então decidi vir aqui para baixo ler um pouco.
- Vem aqui Mione! - ele abraçou a garota e a puxou para junto de si – Sei que você tem medo de chuva desde que era pequena, mas você precisa superar isso.
- Acho que não adianta! - ela suspirou pesadamente – Nunca vou superar esse meu medo.
- De qualquer maneira você não pode ficar acordada o resto da noite – se afastou para poder olhá-la melhor – Temos aula amanhã cedo.
- Sabe que eu consigo dormir trade a acordar cedo – lembrou – Já estou acostumada a fazer isso.
- Mas está acostumada a virar a noite – se levantou e esticou a mão para ela – Já que você não vai conseguir dormir sozinha, vamos lá para o meu quarto.
- Acho melhor não! - a morena parou parecendo um pouco incerta – Os meninos estão lá. Imagina o que vai acontecer quando eles acordarem de manhã e me encontrarem lá? Começamos a namorar há pouco tempo, não quero que fiquem falando mal da gente.
- Ninguém vai ficar sabendo! - garantiu – Eu posso fechar as cortinas em volta da minha cama, e então saímos do quarto depois de todos saírem para tomar café.
Ela ainda ficou alguns segundos encarando o chão e pensando se essa era mesmo a melhor idéia.
- Fica tranqüila Mione, tudo vai dar certo – deu um beijo na ponta do seu nariz e outro nos seus lábios – E eu não vou fazer nada que você não queira – sussurrou esse final no ouvido da namorada.
Ela deu um fraco sorriso e estendeu a mão para ele.
- Muito obrigada Harry! - ela disse antes de dar mais um beijo nele – Não sei o que eu faria sem você.
- Estarei aqui sempre que precisar – garantiu – É só me chamar.
- Eu te amo! - colocou os braços em volta do pescoço dele – Você sabia disso?
- Claro que eu sei! - deu um sorriso convencido – E eu também te amo. E sempre vou te amar.
Eles seguiram para a escadaria que levava em direção ao dormitório dos meninos.
*Fim do Flash Back*
- Você deve estar me achando uma boba! - Hermione deu um sorriso sem graça – Já tenho quase 24 anos e ainda tenho medo de chuva.
- Eu não te acho uma boba, todo mundo tem medo de alguma coisa – sorriu – Não vê o Rony, ele tem medo de aranha até agora.
- É verdade! - ela não pode deixar de rir – E você tem medo de que?
- Isso eu não vou te dizer – revirou os olhos – Mas então, você quer dormir aqui hoje? Como nos velhos tempos.
A morena ficou parada sem conseguir dizer nada. Ela tinha mesmo entrado no quarto com a intenção de pedir para dormir lá, mas agora que Harry tinha sugerido, não parecia mais o certo a fazer.
- Nós somos amigos Mione! - lembrou – Prometo que não vou tentar te atacar durante a noite.
Ela deu um fraco sorriso, mas não saiu do lugar.
- Você não pode dormir mal outra noite seguida – falou – Isso não vai fazer bem para você.
- Acho que você tem razão! - suspirou pesadamente concordando, por fim – Vou dormir aqui.
Harry afastou as cobertas para que a morena pudesse entrar. Ela se virou de costas e o homem colocou a mão sua cintura e apoiou o queixo no ombro da amiga.
- Você não precisa se preocupar com a chuva Mione! - sussurrou bem perto dela – Vou te proteger de qualquer coisa ruim.
Não demorou muito para Hermione estar dormindo e o de olhos verdes dormiu logo em seguida.
Comentários (2)
AAAAAAA......POR Q ESSES DOIS SE SEPARARAM???COITADO DO RON,SERA Q ELE VAI CONSEGUI DA ESSE PRESENTE PARA CLAIRE....EU ESPERO Q SIMM TA FICANDO LINDA SUA FIC
2011-03-29Mato a hermione agora ou espero o próximo capitulo?Tadinho do Rony ta mesmo numa fria.
2011-03-26