Nada mudou

Hermione estava sentada na sua mesa do ministério da magia, terminou de assinar a última folha de pergaminho e suspirou pesadamente se encostando mais na cadeira. Ser a chefe do departamento de Regularização das Leis Magicas dava muito trabalho, mas valia muito a pena.

Foi nesse momento que alguém abriu a porta da sua sala. Era Rony, ela deu um sorriso tímido para a amiga e se sentou em frente a ela.

- Oi Mione! - ele disse, parecia estar bastante inquieto.

- OI Rony! - respondeu – O que fez você sair do seu departamento e vir aqui me visitar.

- Passei na sala do Harry e ele já tinha saído para ir buscar o Sirius no aeroporto – explicou – Então eu resolvi vir até aqui.

- Quer dizer então que eu fui a sua segunda opção! - cruzou os braços se fingindo de brava – Fico muito feliz em saber disso Ronald Weasley.

- É que eu queria perguntar uma coisa para ele – coçou na parte de trás da cabeça, sinal de que estava nervos – Quem sabe você pode me ajudar.

- Posso tentar! - deu de ombros – Mas, qualquer coisa, você pode falar com ele hoje a noite em casa.

- Mas eu precisava saber disso agora mesmo! - explicou – Não pode esperar até hoje de noite.

- Então me fala o que é! - concluiu – Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance.

Ele não disse mais nada, apenas mexeu no bolso do paletó e retirou um caixa de veludo azul.

- O que é? - quis saber.

- Pode olhar! - disse.

Hermione retirou a caixa das mãos do ruivo e abriu. Dentro tinha um anel de prata e com um pedra azul em cima, era bem simples, mas bonito.

- Rony, é lindo! - foi tudo que ela conseguiu dizer.

- Você está falando sério? - ficou muito feliz em saber disso – Quero dizer, eu não tinha muito dinheiro, você sabe disso.

- Acredite em mim, é perfeito! - concordou com a cabeça – E quando você pretende pedir a Luna em casamento?

- Hoje de noite! - suas orelhas estavam totalmente vermelhas – Vou levá-la para jantar hoje.

- Eu não conhecia esse seu lado romântico Rony – ela comentou sem conseguir parar de rir.

Rony e Luna começaram a namorar durante o sétimo ano do trio em Hogwarts. O garoto já tinha admitido que era apaixonado pela loira desde o quinto ano, mas demorou dois anos para tomar uma atitude.

- Você acha que ela vai aceitar o meu pedido? - pareceu um pouco incerto agora – Quero dizer, o casamento é uma grande mudança.

- É claro que ela vai aceitar! - respondeu com total certeza – Todos sabem que a Luna é completamente apaixonada por você.

- Eu já fiz a reserva naquele restaurante trouxa que ela adora! - explicou – Vou buscá-la em casa assim que sair daqui

- A Luna é mesmo uma mulher de sorte! - comentou – Espero que encontre alguém que goste de mim pelo menos a metade.

- Talvez você já tenha encontrado – deu de ombros – Quem sabe, alguém que esta ao seu lado, dormindo no quarto ao lado do seu.

- Nem comece a falar! - revirou os olhos – Já disse que eu e Harry somos somente amigos.

- Tudo bem! - riu da cara da amiga – Não está mais aqui quem falou.

- Bom, eu já estou indo, tenho que ir buscar a Claire na escola – avisou se levantando – Boa sorte para você no seu jantar.

- Muito obrigado! - deu um pequeno sorriso – Vou aproveitar a sua carona no elevador.

Os dois entraram no elevador juntos. O andar aonde ficava o departamento do ruivo chegou e Hermione seguiu até o átrio.

Ela foi andando até um lugar seguro para poder aparatar na esquina em que ficava a escola da filha. Entrou no local e viu algumas crianças brincando no parquinho, quando chegou ao prédio foi diretamente para a terceira sala de aula do corredor.

- Mamãe! - a menina saiu correndo e abraçou a perna dela.

- Oi minha pequena! - a pegou no colo e deu um beijo no sua bochecha – Você se comportou hoje no colégio?

- Sim! - respondeu, mesmo não parecendo estar com muita certeza.

- Que bom que você chegou senhorita Granger – a professora se aproximou das duas – Hoje a Claire mordeu uma coleguinha.

- Claire! - a reprimiu – Eu já te disse que não pode morder os seus amiguinhos. Isso é errado.

- Desculpa! - ela ficou olhando para o chão – Eu prometo que não faço mais isso.

- Tudo bem! - colocou a filha no chão – Vai pegar as suas coisas para podermos ir para casa.

- Está bem! - concordou com a cabeça antes de correr no fundo do armário que ficava no fundo da sala.

Elas saíram do colégio e foram para o lugar aonde a mulher tinha aparatado alguns minutos antes.

- Nós vamos para casa aparatando? - Claire perguntou não gostando muito da idéia – Aonde está o carro?

- Seu pai foi brincar o seu tio Sirius no aeroporto hoje – lembrou – Comentamos sobre isso hoje na hora do café da manhã.

- Certo! - concordou com a cabeça.

Em poucos segundos, elas surgiram no inicio do largo Grimmauld e foram caminhando em direção a casa número doze.

Assim que Harry, Rony e Hermione terminaram Hogwarts, o moreno disse que iria morar com o seu padrinho na antiga sede da Ordem da Fênix e convidou os dois amigos para irem morar lá também. Sirius arranjou um emprego no ministério da magia francês e se mudou para lá, mas deixou o trio morando no local.

A sala de estar estava com todas as luzes apagadas, mas dava para ver uma luz que vinha da cozinha.

- Harry! - a morena chamou – Você já chegou em casa?

- Estou aqui! - parou na porta da cozinha – Só estava fazendo um pouco de chá la dentro.

- Papai! - a menina correu em direção a homem, que a pegou no colo imediatamente.

- Minha princesinha! Que saudades eu estava de você – a rodou, uma vez, em torno de si mesmo – Como foi na escola hoje?

- Bem legal! - respondeu – Fiz um desenho bem bonito hoje. Eu te mostro lá em cima.

- Eu vou querer ver mesmo! - avisou.

- Sabe Harry! - Hermione se sentou no sofá – A sua filha mordeu uma menina da sala hoje.

- Mas foi ela quem começou pai! - a menina começou a falar em sua defesa – Ela disse que eu era esquisita, então eu mordi o braço dela.

- Essa é a minha filha! - bagunçou o cabeço dela – Sabe muito bem o que precisa fazer para se defender.

- Harry! - a morena reclamou – Não é para você incentivá-la a fazer coisa errada. Você sabe que ela absolve tudo falamos.

- Tudo bem! - revirou os olhos – Claire, você não pode fazer uma coisa dessas., Da próxima vez tenta conversar com a menina antes de qualquer coisa.

- Assim está bem melhor! - a mulher concordou com a cabeça.

- Está bem papai! - ela respondeu em seguida – Prometo que não vou mais fazer isso.

- Ela está dizendo isso agora! - a morena comentou antes de se virar para o ex namorado – Você foi buscar o Sirius no aeroporto.

- Claro! - respondeu – Ele está lá em cima descansando um pouco antes da hora do jantar.

- E eu vou levar essa mocinha para tomar banho agora! - pegou a filha no colo e a levou em direção as escadas.

- Mas eu não quero tomar banho! - reclamou – Estou com fome. A última vez que eu comi foi na hora do almoço.

- Você pode fazer um lanche depois do banho – avisou – E eu também vou te deixar ver televisão até a hora do jantar.

- Oba! - levantou os dois bracinhos parecendo bem feliz – Será que eu posso tomar banho sozinha, prometo que não vou molhar todo o chão do banheiro.

- Até parece que eu vou acreditar nisso! - riu antes de começar a subir os degraus da escada.

- Mas isso é coisa de bebê – reclamou mais uma vez – Não sou mais um bebê, tenho quase quatro anos.

- Você ainda é um bebê! - parou bem séria olhando para a cara da filha – É o meu bebê e sempre vai ser.

Harry sorriu enquanto via as duas desaparecerem no andar de cima da casa. Ele era muito feliz por ter Claire, com certeza a filha era a coisa mais importante que tinha na vida.

Ainda se lembrava do dia em que Hermione contou que estava grávida. Apesar de não estarem mais juntos na época, o moreno acompanhou toda a gravidez e estava presente ao lado da amiga no momento do parto.

É claro que ficava triste por não estar mais namorando com a morena, ela não era só a mãe da sua filha, era o amor da sua vida. Tinha tentando, nesses quase cinco anos, fazer com que voltassem, mas nada tinha sido o suficiente. Mas tinha certeza de que um dia iria conseguir, seus sentimentos não tinham mudado nem um pouco.

Pegou um foto que estava no móvel atrás do sofá. Nela estava ele, Hermione e Claire, com poucos dias de vida. Isso o fez lembrar do dia em que a filha nasceu, estava muito nervoso, mas, no final, deu tudo certo.

 

*Flash Back*

Harry estava andando de um lado para o outro na recepção do hospital. Sabia que não adiantava nada fazer isso, mas estava muito nervoso para ficar parado.

- Harry, será que você pode sentar um pouco? - Rony pediu – Está começando a me deixar tonto. Sem contar que, daqui a pouco, você vai abrir um buraco no chão.

- Não acha que eles estão demorando muito? - sentou-se, finalmente, entre o amigo e seu padrinho, que também estava lá – Hermione já está lá dentro há horas.

- Isso é normal, principalmente nos hospitais trouxas que são mais lentos - Sirius colocou a mão sob o ombro do garoto – Eu me lembro de quando você nasceu. Sua mãe ficou mais de doze horas em trabalho de parto e o seu pai estava totalmente inquieto também.

- Não sabia que o Harry tinha nascido em um hospital trouxa – o ruivo comentou – Se bem que não era muito difícil de se pensar isso.

- Será que vocês podem parar de falar um pouco! - reclamou – Eu já estou nervoso e vocês não estão me ajudando.

Aquela manhã de domingo tinha começado bem tranqüila. Eles estavam no largo Grimmauld número 12 esperando o almoço que Dobby estava preparando, quando Hermione começou a sentir contrações. A primeira reação do moreno para aparatar diretamente no St Mungus, mas ela quis ir para um hospital trouxa.

Não demorou muito para o senhor e a senhora Weasley voltarem junto com o senhor Granger (a senhora Granger estava junto com a filha naquele momento). Os três tinham ido a lanchonete do hospital.

- Aqui está Harry! - a mulher entregou o copo de café para ele – Você tem que ficar calmo, não vai ajudar em nada ficar nervoso desse jeito.

- Só vou ficar tranqüilo quando souber que a Mione e a minha filha estão bem! - comentou antes de tomar um gole da sua bebida.

- Tenho certeza de que, logo, a mãe de Hermione vai aparecer com boas noticias – deu um sorriso animador para o garoto.

Nesse momento alguém abriu a porta da recepção e todos no local se viraram para ver quem era. Mas não era nem a senhora Granger nem algum médico, e sim Gina e Luna.

- O que vocês duas estão fazer aqui? - foi Rony quem perguntou para a irmã mais velha e a namorada.

- Mamãe nos mandou uma carta cedo dizendo que o bebê da Mione e do Harry iria nascer – a ruiva explicou – Não podíamos perder isso. Então pedimos autorização ao diretor Dumbledore e ele disse que podíamos vir a Londres.

- Vocês não deviam ter vindo para cá! - Harry avisou – Sei que a Mione não vai gostar nem um pouco de saber que vocês estão fora da escola somente por causa dela.

- Ela não precisa se preocupar! - a loira falou – Nossas provas terminaram nessa sexta-feira, estávamos mesmo atoa no colégio sem fazer nada.

- Mesmo assim ela vai achar ruim! - lembrou – Vocês vão perder aula de qualquer maneira.

- Vocês podem ficar aqui esperando com a gente! - a senhora Weasley explicou – Mas assim que avisarem que o bebê nasceu as duas voltam para Hogwarts.

- Tudo bem! - as duas concordaram com a cabeça.

- Será que não tem como elas ficarem até amanhã de noite? Assim eu posso passar mais um tempo com a Luna – Rony pediu – Ninguém em Hogwarts precisa saber na hora que a filha do Harry e da Mione nascer.

- De maneira nenhuma Ronald – a mulher falou imediatamente – E você nem vai ter tempo de sentir falta da Luna, logo as aulas de Hogwarts acabam.

Todos estavam conversando e não perceberam o momento em que a senhora Granger apareceu e ainda ficou parada algum tempo em silêncio. Assim que Harry a viu, foi correndo em direção a ela.

- Como está a Mione? Ela está bem? - perguntou rapidamente – E a minha filha? Ela já nasceu?

- Fica calmo Harry! - não pode deixar de sorrir colocando a mão sob o ombro dele – A medica já estava preparada para começar o parto.

- Ainda? - ficou totalmente espantado, parecia que eles iriam ficar o dia inteiro lá – Pensei que já teria terminando tudo a essa hora.

- Eu já te disse Harry! - Sirius lembrou – Essas coisas levam bastante tempo. Você precisa ter bastante paciência.

- De qualquer maneira a Hermione me pediu para chamá-lo – a mulher continuou a falar – Disse que quer você perto dela quando o bebê nascer.

- Tem certeza disso? - o moreno ficou espantado com isso – Ela pediu isso mesmo?

No momento em que chegaram ao hospital, a morena gritou com o amigo e disse que não o queria lá dentro com ela. Harry respeitou esse pedido e permaneceu na sala de espera.

- As mulheres grávidas são mesmo imprevisíveis – balançou a cabeça negativamente – Sinceramente nunca vou entende-las.

A senhora Granger foi junto com o garoto até a porta do quarto e disse que a partir dali ele entraria sozinho.

Assim que entrou no local viu Hermione deitada na cama parecendo muito cansada e a médica em pé olhando um dos aparelhos em que ela estava conectada.

- Harry! - esticou o braço na direção do amigo – Que bom que você veio me ajudar.

- Eu jamais poderia negar um pedido seu Mi! - deu um beijo no topo da cabeça dela – Pode ficar tranqüila que eu não vou sair do seu lado.

- Eu ainda estou um pouco assustada! - encostou a cabeça mais perto da dele.

- Não se preocupe, tudo vai dar certo! - tinha um tom de certeza na voz. Agora que estava lá dentro, com ela, tinha ficado bem mais tranqüilo – Logo vamos estar com a nossa filha aqui.

- Não disso que eu estou com medo – explicou – É que, a partir de agora tudo vai mudar. Nossas vidas nunca mais serão as mesmas agora vamos ter um bebê, é tudo muito assustador.

- Sei disso, estou um pouco assustado também – admitiu – Mas eu vou estar sempre junto com vocês duas. Vamos ser ótimos pais, pode ter certeza disso.

- Muito bem Hermione, já verifiquei o tempo das contrações e a dilatação, está tudo pronto para essa criança nascer – a médica disse – Assim que começar a sentir uma contração, é só empurrar.

- Certo! - concordou com a cabeça antes de se virar para Harry – Não sai de perto de mim, nunca.

- Pode ter certeza de que não vou – afirmou – Pode apertar a minha se começar a sentir dor.

Logo veio uma contração e Hermione apertou a mão do amigo com tanta força que ficou surpresa por ele não estar reclamando. Não demorou muito para começarem a ouvir choro de bebê.

- Prontinho! - a médica foi com a menina nos braços para entregá-la a mãe – É uma menina forte e saudável.

- Ela é mesmo muito linda! - passou a mão no rostinho do bebê – Não é mesmo Harry?

- Claro que sim! - concordou com a cabeça – É a nossa filha.

- A nossa Claire! - completou.

- Claire? - ficou surpreso em ouvir que ela já tinha escolhido um nome.

- Escolhi o nome há algumas semanas – explicou – Não tinha certeza se você iria gostar do nome.

- Eu gostei sim! - respondeu – Até que combina com ela.

Ele foi até a recepção avisar que estava tudo bem com Hermione e o bebê. Ainda ficou junto com as duas até escurecer, quando voltou para casa.

*Fim do Flash Back*

 

Cerca de duas horas mais tarde, Harry e Claire estavam assistindo um desenho na televisão, os dois riam muito com isso.

- Ainda não entendendo como vocês podem achar graça disso – a morena cruzou os braços e balançou a cabeça afirmativamente – É o desenho mais chato que eu já vi.

- É muito divertido mãe! - a garota disse quando conseguiu parar de rir.

- É mesmo Mione! - o de olhos verdes concordou – Eu me divirto muito vendo esses desenhos com a Claire.

- Ainda estou tentando descobrir qual dos dois é mais criança – comentou rindo – Vou ver como está indo o nosso jantar.

Foi nesse momento que Sirius desceu as escadas e foi em direção aos dois que estavam sentando no sofá.

- Claire, como você cresceu! - o homem passou a mão pelo cabelo da menina – Seus pais estão te dando fermento para comer.

- Claro que não tio Sirius! - ela riu – É que faz muito tempo que você não me vê.

- Ela tem razão! - foi Harry quem comentou - Você só vem a Londres uma vez por ano.

- É o trabalho do ministério que está tomando todo o meu tempo – suspirou pesadamente – Venho para cá sempre que é possível.

- O Dobby já está terminando de preparar o jantar – a morena avisou assim que saiu da cozinha – Ele disse que tudo está pronto em cinco minutos.

- Olá Hermione! - Sirius sorriu para ela assim que a viu – Como está indo o trabalho no ministério da magia. Soube que você agora é chefe do seu departamento.

- É verdade! - concordou – Tem muito mais trabalho, mas eu não vou reclamar, todos sabem que eu sempre gostei de trabalhar.

- Ainda bem que o jantar já está pronto, já estou ficando com fome – comentou – Aonde está o Rony?

- Ele foi jantar junto com a Luna! - Harry explicou com um sorriso maroto nos lábios.

- Entendo! - concordou com a cabeça também sorrindo.

Eles jantaram tranqüilamente. Assim terminaram o homem mais velho foi se deitar, pois estava muito cansado da viagem, enquanto os outro ficaram no andar de baixo vendo televisão.

- Deixa eu ficar mais um pouco! - Claire pediu quando a mãe falou para ela ir dormir – Amanhã eu não tenho aula mesmo.

- Só mais meia hora! - acabou se convencendo – E você vai lá para cima colocar o seu pijama.

- Tudo bem! - falou animada antes de sair correndo em direção ao andar de cima.

- Com cuidado! - Hermione pediu, mas não adiantou nada – Acho melhor eu ir até lá ajudá-la.

- Deixa ela Mione! - segurou o braço da amiga – Ela gosta de se sentir independente de vez em quando.

- Às vezes é difícil para mim saber que a Claire não precisa de mim para tudo! - suspirou pesadamente se jogando no sofá – Ainda não acredito que ela já vai fazer quatro anos.

- É verdade, parece que foi ontem que ela nasceu! - concordou – Daqui a pouco eu vou precisar me preocupar com os garotos rondando em cima da minha garotinha.

- Deixa de ser bobo Harry! - ela riu – Ainda faltam muitos anos para isso.

- Mas é sempre bom começar a me prevenir! - sorriu.

Os dois foram se aproximando lentamente. Harry colocou a mão no rosto da amiga e os dois fecharam os olhos lentamente. Seus lábios estavam a centímetros de se tocarem, parecia que nada iria atrapalha-los.

- Já voltei! - Claire veio correndo, fazendo com eles se afastassem.

Ficaram assistindo televisão, logo a menina estava dormindo, mas Hermione não quis levá-la para cima com medo de acordá-la. Eram quase 10 horas da noite quando Rony chegou.

- Oi gente! - o ruivo disse – Não imaginei que vocês ainda estivessem aqui.

- Acho que vou levar a Claire para a cama depois vou dormir! - ela se levantou e pegou a filha no colo – Boa noite Harry! Boa noite Rony!

- Boa noite! - os dois responderam juntos.

Esperaram até a morena desaparece no andar de cima antes de voltarem a falar alguma coisa.

- E como foi o jantar com a Luna? - o de olhos verdes perguntou – Mione me contou que você iria pedí-la em casamento hoje.

- E eu pedi! - as orelhas dele estavam totalmente vermelhas – E ela aceitou.

- Isso é ótimo! - ele ficou bem feliz – E vocês pretendem se casar logo ou vai demorar.

- Estava querendo me casar até o final do ano! - respondeu – Para que esperar mais tempo, não é mesmo?

- Claro! - concordou com a cabeça – Afinal, vocês se amam e tem que ficar juntos o maior tempo que for possível.

- Pelo jeito as coisas entre você e a Mione não estão nada bem! - o ruivo comentou enquanto analisava o rosto do amigo.

- Acho que isso não é nenhum novidade! - suspirou pesadamente – Acho que as coisas entre nós dois estão ruins desde que terminamos.

- Mas pense pelo lado bom – pôs a mão no ombro do amigo – Vocês têm a Claire e ela é coisa mais importante para os dois.

- E eu sou mesmo muito feliz por ter a Claire – admitiu – Mas as coisas seriam mais perfeitas se eu e a Mione estivéssemos juntos quando ela nasceu.

- Vocês ainda podem voltar um dia – comentou – Acho que a Mione ainda é apaixonada por você, ela nunca deixou de ser.

- Não tenho tanta certeza disso! - revirou os olhos.

- Você nunca vai saber se não tentar – avisou – Bom, eu vou dormir. Boa noite.

- Boa noite! - acenou para o ruivo que agora subia as escadas.

Harry ainda ficou cerca de dez minutos na sala, mas não estava prestando atenção na televisão. Tudo que ele conseguia pensar era no beijo que ele e Hermione quase trocaram.

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