Remus Lupin



N/a: Um IMEEEENSOOOOO pedido de descupa pela demora...

Capítulo 12
Remus Lupin


 


Dias depois da partida, Harry estava novamente visitando Sirius.


 


-Como você conseguiu pegar o pomo com dementadores a menos de dois metros de você, eu não vou entender nunca, Pup. Mas estou extremamente orgulhoso! - disse Sirius.


 


-Obrigado. - disse Harry com um sorriso – eu só queria ser tão bem sucedido assim em outros assuntos... Remus ainda não começou as aulas de Patrono... e também não quer nem me ouvir perguntar qualquer coisa sobre o que aconteceu naquela noite... tantos anos atrás...


 


-Você vai conseguir, Harry. - disse o animago – não desista. Em algum momento Remus vai ter que enxergar a verdade, nem que ela tenha que ser enfiada na frente dele.


 


-Assim espero... - disse Harry.


 


*******


 


Foi num sábado, dia de visita a Hogsmeade que a resposta para os problemas de Harry surgiu. Pelo menos para alguns dos problemas...


 


Harry se despediu de Ron e Hermione, lembrando a eles de se divertirem e trazerem alguns doces para ele quando voltassem. O moreno se virou para voltar para dentro do castelo quando foi puxado para dentro de uma sala de aula em desuso. Fred e George estavam ali, parados na frente dele.


 


-O que estão fazendo? Não vão para Hogsmeade? - perguntou Harry.


 


-Antes de ir viemos fazer uma festinha para animar você – disse Fred com uma piscadela misteriosa.


 


-Presente de natal antecipado. - anunciou George.


 


Fred tirou alguma coisa de dentro da capa e Harry logo soube que chegara a hora de receber a segunda parte da herança marota deixada por James, e como esperado, o mapa do Maroto estava ali, nas mãos de Fred.


 


-O que é isso? - perguntou Harry tentando demonstrar curiosidade, quando na verdade tentava se segurar para não arrancar o pergaminho das mãos do ruivo.


 


-Isso, Harry, é o segredo do nosso sucesso – disse George, dando uma palmadinha carinhosa no pergaminho.


 


-Dói na gente dar esse presente pra você – disse Fred – mas decidimos, na noite passada, que você precisa muito mais dele do que nós. E, de qualquer maneira, já o conhecemos de cor. É uma herança que vamos lhe deixar. Para falar a verdade, não precisamos mais dele.


 


-Ok... mas, o que exatamente é isso? Além de um pedaço de pergaminho? - perguntou Harry tentando não insultar o mapa.


 


-Um pedaço de pergaminho! Explique a ele, George.


 


-Bem... quando estávamos no primeiro ano, Harry... jovens, descuidados e inocentes...


 


Harry tentou não rir. Duvidava que algum dia os dois ruivos tenham sido inocentes.


 


-... bem, mais inocentes do que somos hoje... nos metemos numa certa confusão com Filch.


 


-Soltamos uma bomba de bosta no corredor e por alguma razão ele ficou aborrecido – continuou Fred.


 


-Então Filch nos arrastou até a sala dele e começou a ameaçar com os castigos de costume... - George continuou.


 


-... Detenção...


 


-... Nos arrancar as tripas...


 


-... e não pudemos deixar de reparar numa gaveta do arquivo dele em que estava escrito Confiscado e muito perigoso.


 


-Não precisa continuar... - exclamou Harry começando a sorrir.


 


-Bem, o que é que você teria feito? - perguntou Fred – George soltou mais uma bomba de bosta para distrair Filch, eu abri depressa a gaveta e tirei... isso.


 


-Não foi tão desonesto quanto parece, sabe — comentou George. - Calculamos que Filch nunca tivesse descoberto como usar o pergaminho. Mas, provavelmente suspeitou o que era ou não o teria confiscado.


 


-E vocês sabem como usar?


 


-Ah, sabemos — disse Fred, rindo. — Esta jóia nos ensinou mais do que todos os professores da escola.


 


Harry sorriu para os gêmeos.


-E como funciona?


 


George apanhou a varinha, tocou o pergaminho de leve e disse:


 


-“Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom”.


 


Na mesma hora, linhas de tinta muito finas começaram a se espalhar como uma teia de aranha a partir do ponto em que a varinha de George tocara. Elas convergiram, se cruzaram, se abriram como um leque para os quatro cantos do pergaminho; em seguida, no alto, começaram a aflorar palavras, palavras grandes, floreadas, verdes, que diziam:


 


Os Srs. Moony, Wormtail, Padfoot e Prongs, fornecedores de recursos para bruxos malfeitores, têm a honra de apresentar “O MAPA DO MAROTO”.


 


Harry só conseguia olhar para o mapa com carinho, se lembrando de todas as vezes que usara o mapa em uma de suas aventuras. De tão concentrado que estava, ele nem ouviu os gêmeos explicando sobre quais passagens para fora da escola ainda funcionavam, apenas concordava com a cabeça, perdido em pensamentos. Até que...


 


-Portanto, jovem Harry — disse Fred, numa incrível imitação de Percy —, trate de se comportar.


 


-Vejo você na Dedosdemel — despediu-se George, piscando.


 


E os gêmeos deixaram Harry.


 


Por alguns segundos, Harry realmente pensou em fazer como tinham dito os gêmeos, e ir para a Dedosdemel encontrar Ron e Mione, mas uma olhada no mapa para o dormitório da Grifinória, onde um ponto denominado Peter Pettigrew andava de um lado para o outro num pequeno espaço, a gaiola, o fez mudar de idéia. Com o mapa em mãos, talvez fosse possível convencer Remus a ouvi-lo.


 


Com isso em mente, Harry fez o já conhecido caminho para a sala de Remus, bateu na porta e esperou.


 


Remus logo abriu a porta, um leve sorriso surgiu no rosto dele ao descobrir Harry parado ali.


 


-Entre, Harry.


 


Quando Harry já estava acomodado em uma cadeira, uma xícara de chá a frente dele, Lupin perguntou:


 


-Então... você veio até aqui só à procura de companhia, nesse sábado de visita a Hogsmeade ou tem algo em sua mente que você gostaria de me dizer?


 


-Er... um pouco dos dois, eu acho... - disse Harry – é realmente solitário no castelo, quando Ron e Mione não estão por perto. Mas... eu queria te perguntar uma coisa, professor.


 


-Pode perguntar Harry, eu vou te responder o melhor que puder.


 


-Você conhece alguém, um aluno ou... sei lá, algum dos adultos que se chame Peter Pettigrew? - perguntou Harry incerto de que esse era o melhor caminho.


 


-Peter Pettigrew? - perguntou Remus incrédulo – onde foi que você ouviu esse nome?


 


-Eu... não ouvi... - Harry não sabia exatamente como continuar – eu... ganhei um presente de natal adiantado... um... mapa... um mapa de Hogwarts... que mostra todas as pessoas que estão no castelo...


 


Conforme as palavras saiam da boca de Harry, Remus começava a ter mais e mais certeza de que, de alguma forma, o mapa do maroto estava em posse de Harry.


 


-E... esse nome, Pettigrew, Peter Pettigrew, apareceu no meu dormitório. - terminou Harry.


 


-Harry. Será que eu posso dar uma olhada nesse mapa? - perguntou Remus, uma mistura de ansiedade e medo passando por ele.


 


Hesitante, Harry tirou o mapa do bolso e lentamente o colocou em cima da mesa. Remus o pegou e começou a examiná-lo meticulosamente. Depois do que pareceram horas para Harry, mas não passaram de minutos, Remus finalmente teve uma reação.


 


-Não é possível! - exclamou ele.


 


-Oh... quer dizer que o mapa está errado? - perguntou Harry.


 


-Não. O mapa nunca mente. - Afirmou Remus com convicção – eu só não consigo acreditar que Peter realmente esteja aqui. Ele... todos acham que... que ele está morto.


 


-Oh... - fez Harry – quer dizer que você conhece esse tal de Peter, então? E... como você pode ter certeza de que o mapa não está errado?


 


-O que você sabe sobre Sirius Black, Harry? - perguntou Remus em vez de responder.


 


Era a hora da verdade. Ou será que ainda não era a hora de contar a Remus sobre Sirius? Harry ficou alguns segundos em silêncio, tentando descobrir como responder à pergunta do professor. Por fim, se decidiu.


 


-Eu sei que ele fugiu de Azkaban. Que é meu padrinho. E... que é inocente. - respondeu Harry.


 


-Co-como você sabe sobre ele ser seu padrinho? E o que você quer dizer com ele é inocente? - perguntou Remus ainda mais confuso do que quando viu o nome de Peter no mapa.


 


-Eu... encontrei Sirius... - confessou Harry – apesar de que não sabia quem ele era quando encontrei ele pela primeira vez.


 


-Harry! Como foi isso? O que ele fez com você? Ele não te machucou, machucou? - Remus se levantou num salta, fez Harry se levantar e começou a inspecionar o garoto, procurando qualquer coisa fora do normal.


 


-Eu estou bem, professor! Sério! Sirius não me fez nada! Ele definitivamente não está tentando me matar! - disse Harry.


 


Remus soltou o moreno, o encarou firme e perguntou:


 


-Harry, como é que você se encontrou com Sirius?


 


-Eu... estava andando de noite pelo bairro... nas férias... e encontrei um cachorro. Primeiro eu achei que ele ia me atacar, mas... ele estava tão magro... me deu pena. Então eu... levei ele pra casa, pra dar alguma coisa de comer pra ele... eu acabei... adotando ele. Foi só quando eu já estava em Hogwarts, que ele... bom que ele se revelou.


 


-Você trouxe um cachorro para Hogwarts? Como? - perguntou Remus – você só tinha uma coruja com você no trem.


 


-Professor, você sabe manter segredos? - perguntou Harry.


 


-É claro que sei, Harry.


 


-E... você promete ouvir o que nós temos a dizer?


 


-Nós?


 


-Promete?


 


-Eu... - Remus hesitou, mas uma olhada para o nome de Peter no mapa e ele sabia que tinha muito mais por trás daquela história toda do que ele sabia – Eu prometo.


 


Harry tirou a chave de prata de dentro das vestes, colocou-a na fechadura da porta do escritório de Remus e abriu a porta.


 


-Depois de você, professor.


 


Com passos lentos, Remus se aproximou da porta aberta. Aquele definitivamente não era um dos corredores de Hogwarts. O lobisomem entrou com cuidado, olhando para todos os lados.


 


-Está tudo bem, professor. - disse Harry que havia entrado no quarto logo depois do professor. A porta agora estava fechada – porque não vamos até a biblioteca? Sirius provavelmente está lá, conversando com o retrato dos meus pais.


 


Ao sair do quarto, Remus logo atrás do moreno, Harry chamou:


 


-Sirius? Temos visita.


 


Como Harry esperava, a porta da biblioteca se abriu e Sirius Black saiu de lá de dentro.


 


O tempo parecia ter parado enquanto os dois marotos se olhavam. Sirius em nada parecia o homem que Harry encontrara pela primeira vez, com a alimentação saudável e exercícios, ele havia recuperado a antiga forma, os cabelos estavam limpos e soltos, caindo por sobre os ombros e os olhos azuis brilhavam na luz das velas que iluminavam o corredor.


 


-Sirius... - disse o professor, num quase sussurro.


 


-Remus. - chamou o animago com a voz embargada – como é bom te ver.


 


 


_______________


 


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Comentários (1)

  • Biazinha Zabine

    Ai, Meu Deus!   Como!? como vc pode para num momento desses.. Vou ter um AVC, de tanta curiosidade aki

    2011-06-16
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