Quadribol
N/a: MIL DESCULPAS pela demora!!!
Capítulo 11 Quadribol
Alguns dias se passaram sem acontecimentos interessantes. Mais de uma vez Harry ficou na sala depois de uma aula de DCAT na tentativa de conversar com Remus, mas sem muito sucesso, visto que o professor apenas sorria indulgente e lembrava Harry da próxima aula, ou do jantar. O moreno estava começando a se sentir frustrado com isso.
Oliver Wood também ocupou muito o tempo de Harry, marcando cada vez mais treinos de quadribol, o primeiro jogo do ano seria Grifinória contra Sonserina, e por nada no mundo o goleiro e capitão queria perder esse jogo, principalmente porque essa era a última chance de ele ganhar a taça de quadribol.
Dias se tornaram semanas, e quando Harry se deu conta, a primeira visita à Hogsmeade tinha chegado, assim como o Halloween. Durante essas semanas, Harry se esforçou para visitar Sirius pelo menos uma vez por semana, passando algumas horas apenas conversando com o padrinho, ouvindo histórias sobre os tempos de adolescente dos Marotos.
No dia de visita à Hogsmeade, Harry se aproveitou do fato de que não tinha permissão para visitar a vila e fez uma visita à Remus. Ele chegou na porta do escritório do professor, bateu e esperou. Harry tinha quase desistido de esperar quando Remus abriu a porta.
-Harry! - exclamou Remus surpreso – porque não foi a Hogsmeade com os outros?
-Eu... não tenho permissão... - respondeu Harry – meus tios não quiseram assinar...
-Oh... - fez Remus – bem... então, porque você não entra? Acho que tenho ainda uma ou duas garrafas de cerveja amanteigada.
-Cerveja amanteigada? - perguntou Harry fingindo não conhecer a bebida.
Remus fez Harry entrar, e o moreno olhou em volta, o escritório era exatamente como Harry se lembrava, até mesmo o Grindylow estava num aquário em cima da mesa.
-Sente-se Harry. - disse Remus sorrindo, ele entregou uma garrafa de cerveja amanteigada para ele – experimente! Tenho certeza de que você vai gostar.
Harry fez o que lhe foi dito, um som de apreciação saindo da boca dele depois do primeiro gole da bebida.
-Professor... - perguntou Harry tentativamente depois de beber um pouco mais.
-Sim? - disse o professor.
-Er... você se lembra do que nós conversamos? Depois da aula sobre o bicho-papão?
-Harry... - Remus disse com pesar – eu não tenho certeza de que seja uma boa ideia te ensinar isso. É um feitiço muito avançado...
-Mas... Professor! - argumentou Harry – e se eu acabar me encontrando com um deles de novo?
-Harry! - disse Remus exasperado – porque você se encontraria com um deles? Ou você está pensando em tentar ir para a vila sem permissão?
-Não... mas e se eles entrarem nos terrenos de Hogwarts? O primeiro jogo de quadribol está perto... e se a animação do jogo for uma tentação muito grande pra eles?
Remus ficou parado, pensando sobre o que Harry havia dito. O olhar dele fixo no garoto a frente dele. O desespero de Harry era visível. Com um suspiro, Remus se decidiu.
-Muito bem, Harry. Eu vou te ajudar. Acho que... com um outro bicho-papão é... suficientemente seguro. Eu vou precisar de alguns dias pra achar um, mas... o que me diz de começarmos isso na semana que vem?
-Obrigado, professor! - disse Harry sorrindo sinceramente. Mesmo com essa espectativa, a mente de Harry estava a mil. O jogo de quadribol seria na semana seguinte, e ele com certeza não teria tempo de fingir aprender o feitiço em tão pouco tempo.
-Oh! - disse Remus se lembrando de alguma coisa – Desculpe-me Harry, mas nós vamos ter que deixar isso pra daqui duas semanas... eu...
Harry olhou para Remus, a cabeça virada para um lado como quem examina alguma coisa.
-Tudo bem, professor, eu entendo.
Remus olhou com suspeita para Harry.
-Entende?
-Mas é claro! Eu não posso esperar que o senhor de repente mude seus horários só por minha causa. - disse Harry inocente. Como é que eu pude esquecer que a lua cheia está quase chegando? O que é que eu vou fazer? Eu nunca vou estar pronto para o jogo... mas também não posso abusar de Remus... não quando ele está sendo tão gentil em me ajudar!
Remus sorriu para Harry. Eles continuaram conversando por mais alguns momentos, até que Harry foi embora, para encontrar Ron e Mione esperando por ele na sala comunal da Grifinória.
A semana passou de forma frustrante para Harry. O primeiro jogo de quadribol se aproximava, assim como a lua cheia, e Harry não tinha como fugir de nenhum dos dois. E para piorar o desespero de Harry, no dia antes da partida ao entrar na sala de DCAT Harry deu de cara com Snape.
-Sentem-se! - disse o professor.
-Onde está o professor Lupin? - perguntou Hermione. Harry queria se estrangular. Como eu pude me esquecer?! Com a lua cheia tão perto, Remus não tinha como dar aula hoje!
-Ele disse que hoje está se sentindo mal demais para dar aula – respondeu Snape com um sorriso enviesado.
-Mas ele vai ficar bem, não vai? - questionou novamente Mione, um tom preocupado na voz.
-Não é nada que ameace a vida dele – disse, com cara de quem gostaria que assim fosse.
Dali em diante, Severus Snape passou metade do tempo de aula falando mal de Remus e da forma como ele era um péssimo professor. A outra metade da aula, infelizmente, foi como Harry se lembrava, Snape num monologo sobre como lobisomens são maus e deveriam ser reconhecidos e punidos...
Harry passou todo o tempo olhando para o livro, fingindo interesse na matéria e ao mesmo tempo tentando bloquear o som da voz do professor.
O dia seguinte quase não amanheceu. Pelo menos era essa a sensação que Harry teve ao olhar pela janela de manhã e ver as nuvens negras que cobriam o céu. Nem um misero raio de sol conseguia ultrapassar as nuvens de tempestade.
A única coisa boa, na lembrança de Harry, é que ele já imaginava que os dementadores iriam aparecer durante o jogo, podendo se preparar mental e emocionalmente para eles, e o fato de que dessa vez os Sonserinos não tinha nenhum motivo para não jogarem naquele dia. O fato de que Draco já era um péssimo apanhador em dias de sol era só um bônus a mais.
A chuva gelada caía sobre os quatorze jogadores. Se por um lado os raios iluminavam, por outro faziam existir o perigo de atingir um deles. O placar? Harry não fazia a menor ideia. Mesmo usando o feitiço ensinado por Hermione desde o começo, Harry ainda não conseguia enxergar muita coisa. Os sonserinos pareciam estar ainda mais violentos do que o de costume, provavelmente por terem sido obrigados a jogar nas condições de tempo em que estavam. Draco, por outro lado, parecia ainda mais perdido do que Harry. Apesar de tudo, a única coisa que passava pela mente de Harry era que um dos dois pegasse logo o pomo, antes que a alegria e a vibração das arquibancadas (que por algum motivo continuava a comemorar apesar da chuva e do frio) fosse tentação demais para os dementadores.
Um novo raio iluminou o céu. E na hora exata. Lá, acima das arquibancadas da sonserina estava o pomo de ouro. Harry manobrou a vassoura, se encostando no cabo o máximo possível para diminuir a resistência do ar e instigou a Nimbus 2000 o mais rápido que conseguiu. Draco percebeu o movimento e começou a perseguição. O barulho nas arquibancadas passou a ser alto o suficiente que Harry conseguia ouvir os gritos mesmo com os sons dos trovões.
Apenas mais alguns metros. Só mais alguns metros e ele conseguiria pegar o pomo mesmo com Draco tão perto. E então o som parou. Não só na arquibancada, mas também da chuva e dos trovões. O mundo ficou surdo naquele momento, e o frio invadiu ainda mais ao moreno, parecendo congelar os ossos dele. Não! Justo agora não! Pensava Harry são só mais alguns centímetros! Eu não vou perder dessa vez! As vozes começavam a gritar na mente de Harry. A risada de Bellatrix enquanto Sirius caía dentro do véu, os gritos de Lily, pedindo por Harry. A escuridão começou a tomar conta de Harry, mas ele ainda conseguia ver o ponto dourado que era o pomo, sentir o gelo do metal contra a palma da mão dele... e então mais nada. A escuridão tomou conta.
Para aqueles que estavam assistindo, a chegada dos dementadores também foi sentida, e por mais que muitos tenham gritado pela presença deles, o que causou mais terror foi a figura de Harry caindo da vassoura a mais de trinta metros de altura, a Nimbus esquecida e carregada pelo vento.
*********
-Que sorte que o chão estava tão mole.
-Achei que ele estava mortinho.
-Mas ele nem quebrou os óculos.
Harry ouviu as vozes murmurarem, mas não faziam sentido algum. Não tinha a menor ideia de onde estava ou como chegara ali, ou o que andara fazendo antes de chegar. Só sabia que cada centímetro do seu corpo estava doendo como se ele tivesse levado uma surra.
-Foi a coisa mais apavorante que já vi na vida.
Mais apavorante... essas palavras pareciam puxar uma memória a muito esquecida. A coisa mais apavorante... frio... gritos...
Harry abriu os olhos de repente. Estava deitado na ala hospitalar. O time de quadribol inteiro da Grifinória, sujo de lama da cabeça aos pés, rodeava sua cama. Ron e Mione também estavam ali, parecendo que tinham acabado de sair de uma piscina.
-Harry! - exclamou Fred, cujo rosto estava extremamente pálido sob a lama – como é que você está se sentido?
A memória de Harry foi voltando aos poucos. As duas. Do primeiro jogo, contra a Lufa-Lufa e o dessa vez, contra a sonserina. Novamente os dementadores o haviam mandado para a ala hospitalar.
-O que aconteceu? - perguntou, sentando-se na cama tão depressa que todos reprimiram um grito de surpresa.
-Você caiu da vassoura – contou Fred – deve ter caído... uns trinta metros?
-Pensamos que você tinha morrido – disse Alicia, trêmula.
-Mas o jogo – perguntou Harry – que aconteceu?
-Foi incrível! - disse George.
-Você conseguiu pegar o pomo logo antes de cair! - exclamou Oliver – nós ganhamos!
-Flint tentou convencer Madame Hooch a fazer um novo jogo – disse Katie – diz que a aparição dos dementadores impediu Malfoy de jogar como poderia...
-Mas ela simplesmente disse a ele que você foi ainda mais afetado pelos dementadores e ainda assim conseguiu pegar o pomo. - completou Angelina – eles não ficaram nem um pouco feliz com isso.
Eles ficaram ali, conversando mais um pouco sobre o jogo e de como Grifinória tinha todas as chances de ganhar a taça naquele ano.
-A gente volta para ver você mais tarde – disse Fred quando o time resolveu que era hora de ir embora – você é com certeza o melhor apanhador que já tivemos, Harry.
Ron e Hermione, por mais que tivessem um sorriso no rosto olhavam apreensivos para Harry.
-Dumbledore ficou realmente furioso – contou Hermione com a voz trêmula – nunca vi o diretor assim antes. Ele fez alguma coisa com você, porque parecia que você desacelerou na queda... ai ele espantou os dementadores...
-Alguém lembrou de pegar a minha Nimbus? - perguntou Harry, temendo e ao mesmo tempo já sabendo qual seria a resposta.
-Bem... quando você caiu a vassoura foi levada pelo vento – disse Ron hesitante.
-E?
-E bateu... bateu... ah, Harry... bateu no salgueiro lutador.
Harry podia apenas olhar para as próprias mãos em cima das cobertas. Novamente sua primeira vassoura tinha sido destruída por aquela maldita arvore. Harry nem ouviu o que mais os amigos tinha a dizer, apenas mudou o olhar para os pedaços da vassoura que Ron colocou em sua frente. Sua fiel vassoura fora derrotada. De novo.
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N/a:E não esqueçam de comentar!!!
Comentários (1)
Ele anda muito bonzinho cuidado que a deusa do caos vai acabar ficando nervosa com ele.A partir de agora o contado entre ele e o Lupim vai ficar maior.
2011-04-14