Novos Presentes Velhos
Disclaimer: Vide capitulo 1.
No capitulo anterior...
Batidas na janela o acordaram de suas divagações. Edwinges, Errol e uma terceira coruja buscavam entrada.
Harry deixou-as entrar, tirou os pacotes que estavam presos a elas, e acariciou sua coruja branca. Não havia sido um sonho. Ele realmente estava de volta. Era somente isso que se passava na mente dele. Tudo aquilo tinha acontecido de verdade. Ele estava de volta. Sirius estava vivo. O mundo havia voltado aos eixos.
Capitulo 2 Novos Presentes Velhos.
Harry viu a coruja que trouxera a carta com o emblema de Hogwarts ir embora. Errol piou baixinho em agradecimento quando o moreno a colocou dentro da gaiola de Edwiges, para beber água. A coruja branca, continuou observando o dono, empoleirada na cabeceira da cama, recebendo agrados de vez em quando.
Depois de vários minutos assim, apenas agradando sua coruja, Harry decidiu que era hora de ir dormir. Os presentes de seus amigos ainda estariam ali de manhã, e ele ainda não estava completamente convencido de que tudo aquilo não era apenas um sonho. Colocando os presentes e as cartas ao pé de sua cama, Harry levou Edwiges para a gaiola, e se deitou, pronto para um sono tranquilo.
Raios de sol acordaram o menino-que-viveu. A Aurora esticou seus braços, fazendo raios de sol entrarem pela janela e acordarem Harry de seu sono. Ainda era muito cedo, cerca de seis horas da manhã, mas era melhor assim, pensou o moreno. Logo os Weasleys iriam acordar, para festejar o aniversário do moreno, e conhecendo seus amigos como conhecia, Harry não tinha a menor dúvida de que logo os gêmeos Fred e George iriam querer fazer alguma das suas brincadeiras com ele.
Abrindo os olhos, porém, Harry se deu conta de que não se encontrava no quarto dos gêmeos. Não apenas isso. Harry se deu conta de que não estava n'A Toca, também. E para deixá-lo ainda mais confuso, Harry percebeu que se encontrava em seu próprio quarto, na rua dos Alfeneiros número 4. E com uma surpresa ainda maior, Harry percebeu que seu corpo parecia ter diminuído de tamanho. E realmente tinha. Harry estava mais baixo do que se lembrava de ser, além de mais magro. Seu corpo de treze anos ainda não havia se desenvolvido, e por isso a altura e os músculos conseguidos com muito esforço haviam simplesmente desaparecido do corpo dele.
Com um salto Harry se levantou da cama. Lembranças da noite anterior voltavam a sua mente. Lembrando-se dos presentes que deixara para abrir de manhã, Harry olhou para os pés de sua cama. Ali estavam, os três pacotes e as quatro cartas, mas não eram somente três os pacotes. Ali também estavam outras duas cartas, e uma pequena caixa.
Curioso, Harry se sentou novamente na cama, pegando primeiro a carta que ele sabia ter vindo de Ron. O conhecido mas já esquecido recorte de jornal estava dentro do envelope, mostrando toda a sorridente família Weasley, as grandes pirâmides do Egito ao fundo. A carta que veio junto ao recorte explicava o motivo das férias e contava que Percy era o novo monitor-chefe. No pacote enviado por Ron, junto com um bilhete explicando seu conteúdo, Harry encontrou um bisbilhoscopio.
O segundo pacote continha o já conhecido e amado estojo de manutenção de vassouras, dado por Hermione, assim como um carta, contando sobre as férias dela na França. Harry se deixou ficar longos momentos apenas observando o estojo, se lembrando de como o usara várias vezes em sua Firebolt.
Essa lembrança o trouxe de volta para a realidade. Ele ainda não tinha uma Firebolt. Sirius iria lhe dar a vassoura mais rápida do mercado só no natal. Sirius. A lembrança do padrinho lhe pesava no peito. A morte dele... Harry sofria por isso, e se culpava também.
Lutando para sair de seus próprios pensamentos, Harry se forçou a olhar para as cartas restantes. O moreno ainda se lembrava do livro mordedor, dado por Hagrid, e também sabia o conteúdo da carta enviada por Minerva McGonagal, então deixou-as de lado pelo momento, se concentrando nas duas cartas que ele tinha certeza nunca ter recebido antes.
Harry pegou os dois envelopes. Ambos pareciam exatamente iguais, e completamente diferente daqueles enviados por Hermione e Ron. Ainda pareciam ser feitos de pergaminho, mas a textura deles não era a que ele estava acostumado. A única coisa que marcava os envelopes era o nome de Harry, escrito em tinta dourada em ambos os envelopes. Decidindo-se por abri-los logo, Harry deixou o que tinha vindo com o pacote desconhecido de lado, e abriu o outro.
Escrito em letras elegantes, em tinta dourada se podia ler o seguinte:
Querido Harry,
Não. Nossa conversa não foi um sonho. Você já deve ter percebido que voltou SIM a ter treze anos de idade. Sua memória e poder mágico, porém, continuam sendo aqueles que tinha na véspera de seu décimo sexto aniversário, e continuarão crescendo, como se você nunca tivesse voltado no tempo.
Agora, quanto ao seu presente, eu e Hefesto (meu marido) decidimos que você merecia algo melhor para se vestir do que as roupas velhas do seu primo cinco vezes maior do que você. Em seu armário irá encontrar roupas novas e que realmente servem em você. Não se preocupe com seus tios. Independentemente da roupa que escolher, eles continuarão achando que você usa os trapos de Duda. Um presentinho especial, feito por Hefesto também está guardado dentro de seu armário, só por precaução.
Não se esqueça de sua promessa. Promova o amor por todo o caminho que você escolher traçar. Garanto que não irá se arrepender. Repensar algumas escolhas também pode ser interessante, me disse Atena, quando falei sobre você, olhe com atenção para seus amigos, e não se esqueça dos seus inimigos.
Não se esqueça de viver, em vez de apenas sobreviver.
Com amor e carinho,
Afrodite.
Ao terminar de ler a carta de Afrodite, foi como se um véu de neblina se dissipasse da mente de Harry. Todas as suas lembranças estavam firmes em seus lugares. Suas convicções. Suas crenças. Sua confiança. E o mais importante de tudo. O desejo de ver tudo mudar para melhor. Para salvar a sociedade bruxa não apenas de Voldemort, mas também de Dumbledore, e dela mesma.
Com maior confiança, Harry abriu a segunda carta:
Ao meu causador de Caos favorito,
Como vai, Harry Potter? Ainda acredita que tudo não passa de um sonho? Desça logo de sua nuvem, as coisas começarão a esquentar logo, e você deve estar preparado para tomar as decisões certas.
Agora, meu presente para você. Vamos brincar com a mente de algumas pessoas? O pacote que te enviei contém uma chave. O truque dela é bem simples. Tente ela em toda e qualquer porta, e ela vai funcionar. A parte interessante dela é que, ao abrir uma porta com ela, essa porta irá te levar para uma sala que não está exatamente nesse mundo. É uma sala especial. Ela funciona mais ou menos como a Sala Precisa em Hogwarts. Ali você vai encontrar tudo o que você vai precisar para se preparar para os próximos anos. Todos os seus livros, e eu quero dizer exatamente os livros que você usou durante os seus cinco anos de aprendizado, estão ali dentro. Assim como alguns outros que poderão ser úteis a você na sua jornada.
Não se esqueça de que o Caos está a seu lado, desde que você o ajude a se espalhar. O que acha de brincar com a mente de alguns de seus professores? Severus Snape ficaria furioso se, de repente, você se tornasse um hábil pocionista... só uma idéia... seja criativo.
Não se esqueça dos seus amigos e inimigos. Criar o Caos entre eles com certeza faria você se sentir menos entediado ao reviver os próximos três anos em Hogwarts.
E não se esqueça de planejar com cuidado cada uma das mudanças que você irá fazer. Não preciso de mais trabalho do que o necessário para mudar o mundo como o conhecemos. Controlar o Caos não é tão fácil como uns e outros imaginam.
Lembre-se das suas emoções mais profundas. Siga seus instintos.
Mude o mundo.
Sua deusa favorita,
Éris.
A carta de Éris deixou Harry ainda mais pensativo. E também mais resoluto. Depois de alguns momentos, como se finalmente tivesse tomado a decisão de aceitar completamente o que estava acontecendo a sua volta, Harry abriu a caixinha enviada pela deusa da discórdia. Como prometido, ali dentro se encontrava uma chave, presa à um longo cordão, feita de algo que parecia prata. Com uma intensa curiosidade, Harry colocou a chave na fechadura da porta de seu quarto. Magicamente a chave se modificou, passando a ser uma cópia da verdadeira chave daquela fechadura.
Harry girou a chave. Inspirou profundamente. Soltou o ar e abriu a porta.
A sala onde ele se encontrava era um dos lugares mais aconchegantes que Harry já havia entrado. Se o moreno tivesse decorado seu próprio quarto, ele seria muito parecido com o que estava na frente dele. Um fofo carpete cobria o chão, de um azul escuro. Ao fundo, uma grande janela, emoldurada por cortinas vermelhas. Uma mesa de madeira escura se encontrava em baixo da janela, recebendo toda a luz vinda dali. Prateleiras cheias de livros ocupavam as paredes ao lado da escrivaninha. Uma imensa cama com dossel estava em outra parede, coberta por uma colcha vermelha, cheia de almofadas azuis em cima. Na terceira parede estava uma outra porta, que Harry imaginava conter um banheiro, e por isso ele deixou para "explorá-lo" depois. Alguns quadros de fotos estavam pendurados nas duas paredes que tinham portas, completando o sentimento de conforto e familiaridade produzido pelo ambiente.
Harry fechou a porta por onde entrara, tendo certeza de que a chave continuava do mesmo formato a pendurou em seu pescoço pelo cordão. Como uma criança, Harry correu até a cama, pulando em cima dela várias e várias vezes, se divertindo como nunca antes pudera fazer na casa de seus tios.
Quando Harry finalmente se cansou de pular, resolveu que era hora de descobrir se estava certo sobre o que existia atrás da segunda porta. Ao abri-la, se surpreendeu. A porta estava localizada no fim de um longo corredor. Pelo menos outras seis portas se abriam para ambos os lados, além de um par de portas no fim do corredor.
Abrindo a primeira porta à direita, Harry se viu dentro de um imenso banheiro, pelo menos tão grande quanto o banheiro dos monitores em Hogwarts. A banheira dali, ao menos, era definitivamente um réplica aprimorada daquela existente na escola.
A porta à esquerda dava para um amplo salão. O chão acolchoado mostrava que aquele ambiente era perfeito para treinar tanto magia quanto luta corpo à corpo. Uma olhada mais detalhada das paredes, mostrou a Harry que ali também havia várias armas, espadas, adagas, lanças, arco e flecha. Tudo o que ele poderia querer saber usar para facilitar a luta contra Voldemort.
Voltando para o corredor, Harry abriu a segunda porta à direita, onde encontrou uma cozinha totalmente equipada e estocada com todas as comidas favoritas do moreno.
- Pelo menos os Dursleys não vão mais poder me matar de fome... - disse o moreno para si mesmo.
A porta do outro lado do corredor dava entrada para um pequeno laboratório de poções. Equipado com todo o material necessário para que Harry pudesse se tornar expert em poções, se ele realmente quisesse.
A terceira porta da direita continha uma grande biblioteca. Não tão grande quanto a de Hogwarts, mas suficientemente grande para conter todos os tipos de livros que poderiam ajudar o moreno de olhos verdes no caminho que ele havia escolhido seguir. E Harry não duvidava de que, se ele realmente precisasse de um livro que ainda não estava ali, um simples pedido resolveria seu problema.
- Alguns livros, Éris? - perguntou Harry se lembrando da carta escrita pela deusa – acho que aqui tem mais do que só alguns...
A sexta e penúltima porta deixou Harry embasbacado. Uma imensa tv se encontrava na parede oposta a porta. Prateleiras com vários filmes e jogos se alinhavam nas paredes ao lado e um grande e aparentemente confortável sofá estava disposto no meio da sala, convidativo.
Com grande esforço, Harry deixou para explorar as prateleiras depois, decidindo que era melhor descobrir o que havia por trás da porta dupla no fim do corredor. Afinal, logo ele deveria voltar pra casa, para enfrentar novamente seus tios.
Assim que abriu a porta no fim do corredor, Harry ficou ainda mais deslumbrado do que antes. Um imenso jardim se abria para Harry. Flores que ele tinha certeza de já ter plantado no jardim de sua tia podiam ser encontradas por ali, assim como outras que com certeza não se encontravam nem mesmo nas estufas da professora Sprout. O mais incrível, porém, era o fato de que o jardim acabava em uma espécie de varanda, uma varanda que dava para a maravilhosa vista de um cachoeira, em meio a uma montanha. Se Harry olhasse fixamente para cima, talvez conseguisse ver o topo do Olimpo, de onde Éris e Afrodite sorriam para ele. Mas os olhos verdes não viram nada disso. Seus olhos estavam fixos na maravilhosa imagem da água caindo. O barulho da cachoeira o inspirava e acalmava, ao mesmo tempo que o lembrava de que ele tinha uma missão a cumprir.
Se forçando a voltar para dentro, Harry percorre novamente todo o longo corredor, voltando até o primeiro quarto. Um grande relógio se encontrava na parede em cima da cama. Eram já oito horas. Os Dursleys com certeza já estavam de pé, tomando café da manhã.
Com um suspiro cansado, Harry tirou a chave do pescoço, colocou-a na fechadura e abriu novamente a porta por onde entrara. A vida real o chamava. Mas logo ele voltaria ali, àquele refugio. Tinha muito o que planejar, a começar com o que fazer sobre Sirius.
N/a: E ai? Que acharam do capitulo? Começando a ficar interessante?
No próximo capitulo eu vou começar a brincar de verdade com os livros, começando pelo terceiro, é claro! Tia Guida que me espere! hahaha
Um imenso OBRIGADA a todos que leram, colocaram em alerta e/ou favorito!
Mas... um comentário não faz mal a ninguém, não é mesmo? E faz um bem danado pra gente que escreve!
Até a próxima!
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