A conversa na sala Precisa
--Ei, Hermione! Espera! –Rony gritou ao ver a garota no fim do corredor.
A morena não parou, e Ronald correu até ela, segurando-a pelo braço.
--Me larga. –ela ordenou.
Ele obedeceu. Hermione fez menção de andar, mas ele falou antes dela completar um passo:
--Me desculpa, por favor.
A garota parou, virou-se para ele e mexeu com os ombros, indiferente.
--Podemos conversar?
--Não sei se devemos. Não temos mais nenhum assunto pendente.
--Por favor, Hermione. –A voz dele era suplicante.
--Pode falar.
Ela cruzou os braços e se encostou na parede.
--Aqui não. –Ele olhou ao redor, onde as pessoas observavam os dois –Vamos pra um lugar com mais privacidade?
Ela concordou e saiu andando, ele foi atráz. Os dois andavam em silêncio até o sétimo andar. Hermione parou na frente da tapeçaria onde Barnabás, o Amalucado, tentava ensinar balé à Trasgos, e andou três vezes na frente da parede, mentalizando: [i]“Preciso de um lugar para conversar com o Ronald.”[/i].
Uma porta simples apareceu na parede e eles entraram. A sala era pequena, tinha uma lareira no lado direito e um sofá de dois lugares na frente. Hermione sentou no sofá, seguida por Rony.
--Então? –Ela perguntou com os braços cruzados novamente.
--Você... você vai me desculpar?
Ela não se condoeu com a carinha de súplica dele. Hermione pensou muito sobre o que tinha acontecido, e chegara à conclusão de que:
--Você devia ter confiado em mim, Ronald. Ter me dado uma chance de explicar o que tinha contecido. –ele baixou a cabeça. –Afinal, eu nunca menti pra você.
--Eu devia ter te escutado. –ele começou depois de um momento em silêncio. –Mas você imagna como eu fique quando vi você e aquele... aquele Boot?
--Realmente não deve ter sido uma visão muito boa, levando em conta que ele beija horrivelmente mal. –Rony fechou a cara. –Acho que eu sei como você se sentiu.
Ele levantou uma sombrancelha, confuso.
--Como você acha que eu me sentia quando via você e a Lilá no meio do Salão comunal, só faltando encomendar um neto pra sua mãe?
O garoto engoliu em seco e desviou o olhar.
--Acho que nós dois erramos. –ela admitiu. –Então eu te desculpo e você me desculpa. Acho que estamos quites.
Rony sorriu.
--E como nós ficamos? –ele perguntou.
Hermione se levantou e virou-se de costas.
--Do jeito que estávamos antes de tudo isso. –Sua voz estava triste. –Amigos.
Ele deu um pulo do sofá e ficou de frente para ela.
--Por que? Se nos acertamos não temos motivos para ficarmos separados! –Ele estava desesperado.
--Vamos nos machucar de novo, e eu não quero mais isso. Vamos ser amigos como sempre fomos, e nada mais.
A voz dela era tão taxativa que Rony não discutiu na hora, pois ele sabia que não adiantaria nada. Só pediu mais uma coisa:
--Me dá um ultimo beijo? –ele pôs a mão no rosto dela. –Um ultimo, por favor.
Ela se afastou para a porta, e com a mão na maçaneta pediu, com a voz embargada:
--Não torne as coisas mais difíceis do que estão, Rony.
Hermione abriu a porta e saiu, deixando para traz um ruivo se sentindo uma das piores pessoas do mundo.
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