Laços de Família
O Trio se despediu de Gina e depois seguiram para a cabana de Hagrid, para assistir a mais uma aula de Trato das Criaturas mágicas. Durante a Guerra eles haviam convivido com diversas criaturas, então muitos alunos resolveram retomar a matéria, já que ela poderia vir a ser útil um dia.
Rony carregou os livros de Hermione no caminho, em uma tentativa de ser cavalheiro. Harry riu com a cena, mas seguiu os amigos de perto durante o trajeto. Chegando lá, encontraram a turma quase inteira reunida com o professor.
Hagrid explicava aos alunos algumas informações importantes sobre os sereianos. Sorriu para o Trio, mas continuou com a explicação. Logo depois ele passou algumas atividades, o que Harry, Ronald e Hermione puderam utilizar como pretexto para poderem conversar com ele.
Os amigos se dirigiram até o professor que estava um pouco afastado, empilhando umas caixas. Assim que viu os jovens se aproximarem ele parou.
--Oi, Hagrid. –Harry cumprimentou.
--Olá. Tudo bem com vocês?
Eles assentiram.
--Como foi o casamento do Carlinhos? Eu não pude ir, tinha que preparar umas coisas pro terceiro ano.
--Foi linda a cerimônia. –Rony respondeu.
--Fiquei sabendo que você foi o padrinho. –O gigante sorria.
O ruivo sorriu e assumiu uma postura engraçada.
--Você está bem Mione? Eu... hum... li o que a Rita Skeeter escreveu sobre você.
Hermione fechou a cara e respondeu com azedume:
--Aquela maldita Gárgula! Me pintou com a “sedutora” de garotos famosos. Só faltou me casar com o Harry e ainda me deu uma filha.
--Mas ela não é sua filha, né Mione? –Hagrid perguntou meio inseguro.
--Claro que não! Ela é minha irmã, Hagrid.
Ele sorriu e olhou atentamente para as mãos entrelaçadas de Rony e Hermione. Com um leve sorriso, e a sobrancelha arqueada, ele perguntou:
--Aconteceu alguma coisa...?
Harry olhou maroto pros amigos. Rony ficou com as orelhas avermelhadas e Hermione mordia o lábio inferior tentando esconder um sorriso teimoso que estava no seu rosto.
--Estamos namorando. –Rony anunciou nervoso.
--Até que enfim! Não agüentava mais ver vocês dois com aquelas briguinhas por não assumirem que se gostavam. Estou muito feliz por vocês!
Ele se abaixou e abraçou os dois ao mesmo tempo, quase os esmagando.
Rony respirou aliviado quando o amigo os soltou. Abraçou a namorada pela cintura e plantou um beijo carinhoso na testa dela.
A aula foi animada, assim como a aula de feitiços. Depois do almoço eles teriam um tempo livre, que seria ocupado com uma tarefa particularmente trabalhosa de História da Magia. Eles teriam que levantar oito gerações na árvore genealógica, sendo o aluno sangue puro ou não. Harry e Hermione não teriam tanta coisa pra fazer, pois a família de ambos não eram tão enrmes, mas Rony com certeza precisaria de ajuda, pois sua família era uma das maiores do mundo bruxo.
Eles estavam na biblioteca, cercados de livros sobre as famílias bruxas antigas e documentos familiares. Harry já tinha terminado a sua e Hermione estava quase. Ron mal tinha começado a terceira geração, e Harry o ajudava.
--Harry... –Hermione começou lentamente. –Qual o sobrenome da família da sua mãe?
--Evans, por quê?
--Vem cá.
O moreno foi até a amiga e olhou para um papel que ela apontava, estava escrito: ‘Andrina Evans’.
--Essa é a tal tia de sete gerações atrás que eu disse que pode ser bruxa. E ela tem o mesmo sobrenome que a família da sua mãe. Eu sabia que tinha ouvido Evans em algum lugar. Será que ela é sua parenta?
Harry pegou o seu trabalho e procurou o nome Andrina Evans na família de sua mãe. Ele deu um sorriso e respondeu:
--Aqui, Mione! “Andrina Evans. De 1660 à 1715, casou-se com um trouxa e teve um filho trouxa. Estudou em Beauxbatons e morou na França. Mas eu não analisei os outros que vieram depois dela, porque ela teve 12 irmãos –ele arregalou os olhos. –e foi a única que se casou com um trouxa. E seu filho nasceu trouxa. Ela foi irmã da minha tataratataratataravó, oito gerações antes da minha.
--Harry, as informações batem com as minhas. Eu tenho uma Andrina Evans na família com esses mesmo dados. Ela se casou com um trouxa de sobrenome Lanz, e a partir daí todos que nasceram foram homens e a primeira mulher depois de seis gerações foi Jane Lanz, e depois de casada Jane Lanz Granger, minha mãe.
Harry olhou-a confusa.
--Então somos primos?
--Não, você vem oito gerações depois dela, então eu sou uma prima da sua mãe. Que legal Harry! Sou uma espécie de sua tia!
Hermione riu da cara de espanto do amigo.
--Você vai me obrigar a te chamar de titia?
--Deixe de ser bobo, Harry! Mas isso comprova que somos da mesma família, maninho.
Harry sorriu.
--Então eu já terminei aqui. –A morena disse. –Vamos ajudar o Uon-Uon, a família dele é maior que a nossa.
Eles se levantaram e foram para perto do ruivo que lia um livro concentrado.
--Quer ajuda, Ron? –A garota perguntou carinhosa.
--Por favor. Eu nunca vi tantos ruivos juntos! –ele mostrou uma foto com uns cem ruivos acenando. –Eles se reproduziam que nem coelhos! Vocês já terminaram?
--Sim, e você não vai acreditar o que nós descobrimos! –Harry contou contente.
--O que?
--Eu sou uma tia distante do Harry.
Rony sorriu.
--Que legal, Harry. Agora você vai ter que obedecer a titia! Espere só pra ver, a Gina vai te zoar até!
Hermione riu e Harry fez uma careta. Com certeza Gina se aproveitaria disso para atormentá-lo, mas o perigo maior era Jorge. Ai do moreno se seu cunhado soubesse...
Com a ajuda de Hermione e Harry, Rony terminou o trabalho a tempo de ir para a aula de Aritimancia.
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