Nova versão de Draco Malfoy
--Bom dia, meu amor! –Rony saudou a namorada quando ela desceu do dormitório.
--Oi. –ela o beijou. –Cadê o Harry e a Gina?
Os dois estavam sozinhos no salão comunal, a garota estranhou.
--Eles já desceram. Vamos?
Rony segurou a mão dela e eles desceram para o Grande Salão. Os dois conversavam e riam muito no caminho, mas o sorriso foi apagado quando chegaram no Saguão de Entrada.
--Pobretão Weasley e a Sangue-ruim da Granger. É verdade então? Vocês estão realmente juntos? Que nojo...
Pansy Parkinson estava encarando os dois com asco. A garota estava parada no meio da passagem, com mais um bando de garotas sonserinas. Malfoy, que estava perto, murmurou alguma coisa para a colega e tentou puxá-la, mas ela se esquivou.
--Lave a sua boca pra falar da Hermione, Parkinson! –Ron retrucou nervoso.
--Pára, Ron! Não vale a pena... –Hermione tentou puxar o ruivo, mas ele não ia.
--Que meigo! –A Sonserina uivou –Mas você poderia ter arrumado coisa melhor, Weasley, afinal você tem sangue puro, não tem? Mas não, escolheu essa vadia sedutora de famosos. Você não lê jornal não?
A essa altura, a multidão já se fomava em volta. Ron, assim como a maioria da platéia, arfou quando ouviu Pansy xingar Hermione. Com o rosto contraído de raiva ele sacou a varinha, mas a namorada o impediu de lançar o feitiço, lançando um mais rapidamente.
Pansy voou longe e caiu de bunda no chão. Seus cabelos ficaram muito crespos e armados, e pêlos saiam de seu nariz e orelhas.
Minerva MacGonagall chegou bem na hora que Hermione lançou o feitiço. Atrás da diretora, vinham os outros professores, Harry e Gina.
Parkinson começou a chorar e fazer um escândalo, xingando Hermione de todos os palavrões que conhecia. A Grifinória arfava e tremia de raiva, e Ron a abraçava pelo ombro, olhando preocupado para MacGonagall e com raiva para a colega que fora atacada.
--Mas o que está acontecendo aqui? –Minerva olhava tudo horrorizada.
Muitas pessoas começaram a falar ao mesmo tempo. Rony discutia, Pansy chorava e testemunhas contavam o que viram. Minerva olhava de um para o outro atônita, até que ela não agüentou e gritou:
--CALADOS!
O silêncio chegou, sendo cortado apenas por um choro fingido de Pansy. A diretora respirou fundo e ordenou com a voz um pouco mais calma:
--Para a minha sala: Weasley, Granger, Parkinson, Lovegood e Malfoy. Os outros para suas aulas, agora!
Os cinco citados se dirigiram para a sala da diretora, enquanto a multidão se espalhava pelo castelo. Já na sala, eles se espalharam pelas cadeiras na frente da mesa.
--O que aconteceu? –ela perguntou com calma.
Todos começaram a falar ao mesmo tempo, exceto Malfoy, que estava calado em um canto.
--Silêncio! –Minerva pediu com a voz alterada. –Vamos fazer de uma forma mais fácil: Sr Malfoy, o que aconteceu?
Rony fez muxoxo. Se Minerva levasse em conta o que Draco falasse, ele e Hermione estariam, com certeza, perdidos.
Malfoy olhou espantado para a diretora, mas ao mesmo tempo satisfeito. Com a voz baixa ele começou:
--Estavamos no Saguão quando Weasley e Granger passaram –Hermione prendeu a respiração e Pansy esboçou um sorriso por baixo dos pêlos do nariz, que não paravam de crescer. –Os dois iam entrar no Salão quando a Pansy os parou e começou a insultá-los.
Rony olhou atordoado pro loiro, e Pansy começou a fazer acenos negativos para o colega. Malfoy não se abalou e continuou:
--Então a Granger lançou um feitiço na Pansy, e o restante a senhora viu.
MacGonagall olhou para Hermione, como se pedisse uma confirmação. A morena assentiu, e Minerva perguntou:
--Certo. Do que a Srta Parkinson te ofendeu, Granger?
Os olhos dela se encheram de lágrimas, tanto de raiva quanto de ressentimento pelas palavras da Parkinson, e ela não respondeu. A diretora entendeu e refez a pergunta para Luna.
--Chamou-a de Sangue-ruim, professora. E citou aquelas reportagens mentirosas que apareceram no Semanário das Bruxas.
--Isso é muito grave, Srta Parkinson! –MacGonagall estava lívida de raiva. –Cinquenta pontos a menos para a Sonserina e proibição permanente de ir para Hogsmead nos fins de semana. Espero que isso não se repita, senhorita, ou as punições serão mais severas. Podem ir.
Eles se retiraram em silêncio.
--Minha cara Minerva, parece que alguém mudou para melhor com toda essa Guerra. –O quadro de Dumbledore comentou.
--Verdade Alvo, isso porque achamos que ele não teria jeito.
--Ele é uma boa pessoa, só não teve oportunidade de explorar esse lado.
MacGonagall assentiu e voltou aos seus afazeres.
*
Os garotos saíram calados da sala da diretora. Pansy Parkinson saiu correndo para a enfermaria, querendo tirar a azaração que havia levado. Luna saiu saltitando como sempre para a torre da Corvinal. Hermione e Rony iam abraçados para o Salão Principal, e Malfoy os seguia à distância.
Depois de cruzarem um corredor, um pouco antes do Salão, Draco se precipitou ao encontro deles.
--Weasley, Granger! –Ele chamou.
Os dois pararam e viraram para traz. Malfoy os alcançou. Ele parecia estar em um conflito interno, e sua voz siu um pouco estranha quando anunciou:
--Eu queria pedir desculpas. –Ele foi objetivo –Tanto pelo que eu fiz com vocês no passado, quanto pelo que a Pansy disse hoje.
Ruivo e Morena olharam o garoto, pasmos. O que acontecera com Draco Malfoy? Onde estava toda aquela petulância e orgulho que ele sempre teve?
--Mas, por que isso agora? –Rony indagou confuso.
O loiro fez uma careta e forçou uma voz simpática:
--Aprendi coisas com a Guerra. Bom, eu já disse tudo o que pretendia. Com licença.
Ele se retirou e foi para o Salão Principal, deixando o casal parado no mesmo lugar, mais que espantados. Depois de uns segundos, eles trocaram um olhar significativo e voltaram a seguir o caminho até o Salão.
Assim que se sentaram na mesa da Grifinória, Harry e Gina bombardearam os dois com perguntas. Com calma, eles responderam o que tinha acontecido e também sobre a postura do Malfoy diante de tudo. Gina estava boquiaberta, mas Harry não parecia muito surpreso, e respondeu:
--Bem, ele não tenta nos atingir de nenhum modo desde o começo do ano. Já tinha pensado que uma coisa dessas tinha acontecido. Sabe, pelo menos uma coisa boa tem que acontecer numa Guerra.
Os outros três refletiram sobre as palavras de Harry, mas logo tiveram que interromper os pensamentos, porque a sineta tocou, indicando o início das aulas.
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