Surpresas no jantar
—Ony? –perguntou uma voz infantil.
—É ele sim, Mari. E essa aqui –Gina apontava –Sou eu.
As duas estavam sentadas vendo o “álbum de fotos Weasley”. Rony estava com a pequena no colo e Gina do lado, com o álbum nas mãos. Hermione e Harry estavam ajudando a Sra Weasley com o jantar, enquanto Carlinhos, Gui, Percy e o Sr. Weasley montavam a enorme mesa no jardim, afinal não cabia tanta gente na cozinha. Fleur observava o trabalho dos homens.
—Olá família! –Jorge saiu da lareira cheio de fuligem.
Gina fez um movimento com a varinha e ele ficou limpo novamente.
—Obrigada, Irmãzinha. —Deu um beijo na bochecha da ruiva –Oi Ronald.
—Zózi? –Marina perguntou pra Gina. A ruiva tinha lhe mostrado uma foto do irmão mais velho.
—É o Jorge sim, bebê.
A neném deu um sorriso para a ruiva. O recém-chegado disse:
—Quem é essa pequena, Ron? –Ele olhou atentamente para a menina —Caramba, ela tem os olhos azuis iguais aos seus, mas ela é...
—A minha cara. Todos falam isso. –disse Hermione entrou na sala com Harry. Ela sorria. –Tudo bem com você?
Ela pegou a irmã do colo do Ronald. Jorge olhava tudo abismado.
—Ela, ele... mas... Quê? –ele começou, confuso. Mas logo abriu um sorriso e estendeu os braços pra pegar a pequena –Vem com o titio!
—Titio? –os outros três perguntaram em uníssono.
—É claro! Sou titio. É o bebê do Roniquinho!
—Não! Ela é da Mione! –Ron exclamou.
—Eu sei, ela é a cara da mãe. Mas a menina não foi feita sozinha, né? Que a Mione é super inteligente nós sabemos, mas isso é impossível...
Hermione e Rony olhavam para Jorge tentando explicar. Foi a garota que ergueu a voz e disse:
—Não, Jorge. Ela é minha irmã. Filha do meu pai e da minha mãe
—Não precisa mentir pra mim, cunhadinha. Eu sei que vocês têm um caso há muito tempo, e...
—Não, Jorge. A Mione ta falando a verdade. A Mari é irmã da Mione.
—Mari? –Jorge fazia gracinhas para a bebê que gargalhava –Você é uma gracinha. Sorte que não puxou pro Ron, hein?
—NÃO! –Rony e Hermione falaram ao mesmo tempo, super-corados e foi ela quem continuou –Não, Jorge a Mari é minha irmã, pergunta pra sua mãe. E eu não tenho um caso com o seu irmão. –ela cruzou os braços e fechou a cara.
—Ah, claro. Acredito.
Ele foi em direção à cozinha com a pequena no colo, perguntar sobre a história para a mãe, deixando na sala uma ruiva roxa de tanto segurar o riso e um casal de ‘amigos’ muito vermelhos olhando para onde ele saíra. Hermione foi quem voltou ao normal primeiro e foi correndo para a cozinha, com o amigo em seu encalço.
—...Não, Jorge! Ela é irmã da Hermione, mesmo. Eu também fiquei impressionada, mas saberia se fosse uma Weasley. –Molly falou para o filho.
—É, Mione, você venceu. –Ele entregou a pequena para a irmã – Mas pelo menos já sabemos como será a filhinha de vocês dois!
—JORGE! –Molly olhava brava pra ele –Vá lá pro quintal ajudar seu pai e pare de falar bobagens! Você quer matar a Hermione do coração? Olhe só a cara dela!
Realmente, a morena estava quase explodindo de vergonha. Deu graças a Deus quando Jorge saiu.
—Não ligue para o Jorge, querida. –a matriarca tinha um tom de voz bem diferente agora, era doce e carinhoso –Mas é verdade, vocês formam um casal lindo, além de que você seria uma nora adorável.
Ela abraçou Hermione que estava estática e foi para o jardim verificar o trabalho, deixando pra traz um clima bem pesado.
— “Dina”...
Elas voltaram para a sala.
O jantar transcorreu muito animado. Hermione e Ron fizeram um acordo mudo de deixar o que aconteceu na chegada de Jorge de lado. Felizmente, Jorge também não tocou no assunto, embora olhasse estranhamente para o irmão e a amiga.
Quando todos terminaram de comer, Gui se pronunciou:
—Bom, Weasleys e convidados –ele sorriu e olhou para onde Harry e a morena estavam –Nós convocamos esse jantar porque temos um noticia importante para dar. –ele olhou para Fleur –Vamos ter um bebê!
Foi aquele rebuliço. A Sra. Weasley chorava, enquanto o marido sorria como jamais fizera na vida. O primeiro neto Weasley. Depois de muitos parabéns, Fleur, Gui, Carlinhos e Percy foram embora. Jorge se reuniu com os irmãos mais novos, Harry e Hermione na sala. Os Srs Weasleys já tinham ido dormir.
—Como está na Gemialidades, Jorge? –Perguntou a morena.
—Está indo de vento em popa! –ele respondeu animado –montamos uma filial em Hogsmead. Lino Jordan está me ajudando a tocar o negócio. Montamos um novo quite mata-aula. Agora também possui o incha bolha, a pessoa simula uma falta de ar e fica roxa, tem também o...
Ele parou de falar. Assim como tinha feito mais cedo, Marina saiu do colo da irmã e se ajeitou nos braços de Ron. “Já está irritando”, pensou a morena aborrecida.
O Ruivo mais novo ficou sem jeito, mas arrumou a menina que adormeceu quase instantaneamente. O mais velho disse:
—Ela pode não ser uma Weasley, mas adora um ruivo, hein? O único problema é que escolheu justo o da irmã. Ta podendo, hein, Roniquinho?
Se desviando de uma almofada e um olhar assassino lançados por Hermione, ele se levantou e disse:
—Tchau, crianças. Tenho que ir. Boa noite, e... –Ele apontou para a irmã e o namorado –Juízo com a minha irmã, Potter. E o mesmo vale pra você, Granger.
Ele desaparatou a tempo, pois duas almofadas , lançadas por Harry e Hermione, foram naquela direção.
—Dá ela pra mim, Ron. Vou colocar um pijama nela e depois vou dormir. –Ela pegou a irmã no colo e acrescentou –Boa noite.
Hermione subiu as escadas em direção ao quarto. Quando não puderam ouvir mais os passos dela, Harry disse:
—Não fique chateado, Ron. Ela gosta de você. Cara, você não ta pensando em desistir, né?
—Nunca, Harry. Eu a amo.
O que eles não sabiam era que Hermione ainda estava na escada, escondida, ouvindo tudo o que eles diziam. Com um sorriso enorme ela continuou a subir silenciosamente.
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