"Os N.O.Ms"
-Russell, prova de Poções daqui a pouco - avisou Gina - vamos! Ah, você já guardou todo o seu material...
-O material de Poções fica lá na sala - murmurou ela.
Ao chegarem nas masmorras da Sonserina e entrar na conhecida sala escura, Russell sentiu uma profunda tristeza: Snape não estava ali monitorando a prova, mas sim o Sr. Tofty, examinador do Ministério.
-As instruções estão na lousa e os ingredientes no armário. Terão 40 minutos, podem começar, e sem conversa, por favor. E guardem os livros, não haverá consulta.
Russell respirou fundo, pegou os ingredientes no armário e começou a preparar sua Poção da Paz, mentalizando dá-la a Riccie. Mas, ao mentalizar o empregado ruivo, Imperator também veio em seu pensamento, dando-lhe uma intensa agonia por estar longe dele. Já à noite, veio em sonhos, como a Umbridge dias atrás, quando ainda não o conhecia. Mas ao contrário dela, Russy pedia à ele, murmurando em sonhos, para vir buscá-la, apertando o pingentinho do cordão, que a comunicava com o moço, que também o sentia em sua casa.
-"Minha Russy, oque estão fazendo com você, te torturando, aprisionando? Vou buscá-la imediatamente, por favor, aguente firme!"
-"Impy, meu Luty, vem.. vem me buscar..."
E adormeceu, embalada por ele em sonhos, como se ele ainda falasse com ela.
-Russell - chamou uma voz feminina - já são 8 horas, vamos descer para o café, que às 9 recomeça a maratona de provas! A primeira é Defesa Contra as Artes das Trevas!
-Ah, obrigada.. Impy...
-Russy, sou eu, a Mione! Tava sonhando com o Evolution, não é? Ouvi você murmurando à noite.
-Droga, não era pra ouvir! Faça a Oclumência, por favor hahaha
-Desculpe, mas parecia que falava alto. Mudando de assunto, soube que Snape veio te pedir desculpas ontem...
-Veio sim - confessou a amiga.
-Foi super mal da parte de todo mundo oque te fizemos e você tem toda a razão de se zangar ou chatear com a gente! Gosta muito dele, não é?
Por sorte, somente Snape sabia do caso dela com seu tutor Russell Hitchcock, ninguém mais o sabia.
E Imperator disse que, se os dois se unissem, iria dar a maior confusão, principalmente em locais públicos, por terem o primeiro nome exatamente igual: "O" Russell e "A" Russell. Pior é que ele tinha razão, mas não estava a fim de rir agora, mesmo lembrando-se disso. À mesa do café, comeu pouco, não estava com muito apetite. E logo foram fazer as provas do dia.
Alguns dias depois, quase ao fim do ano letivo, Dumbledore retornou á escola e, na tradicional reunião no Grande Salão, disse á todos:
-Vocês receberão os resultados em casa via coruja, antes do ano letivo seguinte. Espero sinceramente que todos tenham ido bem.
-Quando os receberemos, professor? - indagou a avoada Luna.
-Assim que estiverem prontos, embora possa demorar um pouco. Como disse, antes do ano letivo seguinte, para terem em mente quais disciplinas poderão cursar.
Russell Black, te peço, por favor, que fique com os Hitchcock, sim? Eles foram nomeados seus tutores e seria mal-agradecimento e egoísmo trocá-los por outra pessoa. E mais: pelo menos até os 17 anos, quando terminar seus estudos e se formar. E sei que gostam imensamente de você, tanto quanto gosta deles, com a mesma intensidade.
-Então não poso mais ver o Impy?
-'Sr. Imperator', Russell - corrigiu o diretor, bondoso, mas sério.
-Ela tem liberdade para chamar-me como preferir - disse o moço ali parado.
-Mas aqui dentro, todos os alunos devem tratar aos mais velhos com respeito - voltou-se o velhote - e pedi á ela que fique com os tutores dela, os Hitchcock, até completar 17 anos e se formar. Vocês dois podem se ver nas férias, mas ela não poderá ainda ficar pra valer com você. Sendo assim, pelo que, por favor, respeite a minha decisão, e saberei onde ela estará, se a levar para outro lugar, independente do cordão com o pingente-comunicador. Se você aceitar ficar umas 2 semanas por férias com ela na residência dos Hitchcock, se não for atrapalhá-los, ótimo! Resta obter a permissão dos mesmos, escreverei-lhes. Russell Black, pode ir até ele e abraçá-lo.
-Russy, oque houve? - indagou ele, estranhando a atitude da amada.
-Foi você mesmo quem disse que me esperaria aquele dia pegar meu material e, quando voltei aqui no salão, já havia ido embora, não aguentou tanta pressão e acabou cedendo, obedeceu e se retirou, sem nem lutar. Isso por acaso é atitude de um Evolution imponente e poderoso como diz ser? - indagou ela, sem altera a voz e sem olhar. Todo mundo ficou de boca aberta, sem ousar sequer respirar. Imperator ficou paralisado e sem reação, todos reconhecendo, com muita vergonha, terem pisado feio na bola e destruido a amizade e confiança dela. Russy pediu licença, saiu da mesa e retirou-se do salão. Uma vez longe, ela pôde correr á torre da Grifinória, entrar no quarto e pegar o resto do material, arrumando-o dentro do malão e de sua bolsa esportiva de mão, fechando-os muito bem. Com um feitiço, enviou o malão para a casa de seu tutor Russell e manteve a bolsa consigo, pois tinha algo de que poderia precisar. Pendurou-a no ombro e ficou ainda um tempo ali. Viu as fotos sobre a mesinha de cabeceira e, abrindo a bolsinha externa da bolsa, colocou-as ali e fechou novamente. Permitiu-se chorar um pouco, silenciosamente. Arranjou ali um pedaço de pergaminho e uma pena e tinteiro de alguém que havia deixado ali e escreveu um bilhete para o diretor:
"Sr. Prof. Dumbledore,
Por favor, não precisa mais enviar-me a lista de material para o ano seguinte, pois não mais voltarei. Me ingressarei em um colégio comum. Envie-me apenas o resultado das provas. E por favor, não me peça explicação alguma. Obrigada por tudo e desculpe qualquer coisa. Adeus para sempre, fui!
Atenciosamente,
Russell P. Black
Hog. Grif., 5a S.
Jul. 1995
Enrolou e, com um aceno de varinha, selou-o e o deixou ali, escrito por fora "Ao Prof. Dumbledore". Guardou a varinha dentro de sua caixa e a colocou em sua bolsa, saiu do quarto e deixou o salão da torre, dirigindo-se ao grande salão, onde todos se reuniam para se despedir e tomar o trem de volta para casa.
"GOODBYE" - AIR SUPPLY
(LETRA)
I can see the pain living in your eyes
And I know how hard you try
You deserve to have so much more
I can feel your heart and I sympathize
And I'll never criticize
All you've ever meant to my life
I don't want to let you down
I don't want to lead you on
I don't want to hold you back
From where you might belong
You would never ask me why
My heart is so disguised
I just can't live a lie anymore
I would rather hurt myself
Than to ever make you cry
There's nothing left to say but goodbye
You deserve the chance at the kind of love
I'm not sure I'm worthy of
Losing you is painful to me
I don't want to let you down
I don't want to lead you on
I don't want to hold you back
From where you might belong
You would never ask me why
My heart is so disguised
I just can't live a lie anymore
I would rather hurt myself
Than to ever make you cry
There's nothing left to say, but goodbye
You would never ask me why
My heart is so disguised
I just can't live a lie anymore
I would rather hurt myself
Than to ever make you cry
There's nothing left to try
Though it's gonna hurt us both
There's no other way than to say goodbye
(TRADUÇÃO)
"ADEUS"
Eu consigo ver a dor vivendo nos seus olhos,
E eu sei o quão duramente você tenta.
Você merece ter muito mais
Eu consigo sentir seu coração e me compadeço,
E nunca criticarei
Tudo que você algum dia significou para minha vida
Eu não quero te desapontar,
Eu não quero te iludir,
Eu não quero te manter afastada
De onde você talvez pertença
Você nunca me perguntaria por quê
Meu coração é tão dissimulado.
Eu simplemente não posso mais viver uma mentira
Eu preferiria magoar a mim mesmo
Do que algum dia te fazer chorar
Não sobrou nada para dizer, exceto adeus
Você merece a chance em um agradável amor
Eu não tenho certeza de que sou digno.
Perder você é doloroso pra mim
Eu não quero te desapontar,
Eu não quero te iludir,
Eu não quero te manter afastada
De onde você talvez pertença
Você nunca me perguntaria por quê
Meu coração é tão dissimulado.
Eu simplemente não posso mais viver uma mentira
Eu preferiria magoar a mim mesmo
Do que algum dia te fazer chorar
Não sobrou nada para dizer, exceto adeus
Você nunca me perguntaria por quê...
No salão, ela mistura-se entre os outros alunos que tomarão o Expresso de Hogwarts de volta para suas casas, quando sentiu alguém segurar seu braço.
-Vem comigo, Russinha - chamou - precisamos conversar um pouco, e você vai comigo para casa.
-Oh, Impy! - exclamou ela - não posso, não ouviu Dumbledore? Tenho que ficar com os Hitchcock!
-É exatamente para lá que te levarei - tornou ele a dizer - Dumby escreveu á ele e concedeu permissão para ficar lá com você por 2 semanas. Não sei porque ele decidiu por você pra ficar lá, se você não é mais nenhum bebê! Caramba, parece até que não é capaz de tomar as próprias decisaões sozinha, já tem 16 anos!
(In)felizmente, o diretor estava caminhando por perto e ouviu, mas não foi interromper a conversa dos dois, pois achava que não era educado fazê-lo. E eles continuaram.
-E depois - voltou-se ela - não quero mais ninguém me acusando. Se me der licença, vou pegar o trem com os outros, ele logo irá partir e Russell Hitchcock está à minha espera.
-Já disse que te levo, e a seus amigos também!
-São muitos e você, em sua forma original, só tem 16 cadeiras pra 4 pessoas cada, só cabem 46 pessoas!
-Mas vou te levar, esteja certa! Não estou confiando muito nesse trem, aquela mulher deve tê-lo sabotado!
-Srta. Black, precisa ir tomar o trem com seus colegas - ordenou a professora Minerva.
-Eu a levarei, Sra. Minerva - foi logo dizendo ele.
-Não pode, Sr. Imperator, é a regra.
-Regras só existem para afastar as pessoas e fazê-las felizes - cortou ele - quebre, supere-as!
-E perco meu emprego! - retrucou ela - oque hoje em dia é muito difícil encontrar! Solte-a agora, por favor!
-Já chega! Russell não é mais nenhum bebê e ninguém mais na face da terra irá nos separar, que fiquem todos muito bem avisados! Vamos, Russy! E por favor, é melhor dar uma boa olhada nesse trem antes de deixá-los embarcarem!
-O que está havendo aqui? - veio logo indagando Sirius Black. E Minerva contou-lhe tudo.
-Ora, deixem minha Russell em paz, ela estará bem com o Imperator, os Evolutions são protetores por natureza! - disse ele e, virando-se para os dois - vocês dois têm meu apoio e permissão para serem felizes juntos onde estiverem! E tenho certeza que Russell Hitchcock e sua família ficarão imensamente felizes também, ao verem-na crescendo e adquirindo independência, autonomia e capacidade para ser dona de suas próprias decisões, atos e passos que der na vida.
-Valeu, obrigado, Sirius - voltou-se o outro, e os dois se abraçaram como irmãos, quando Snape chegou.
-Ah, Severus! - exclamou ele.
-Imperator - chamou o profesor - sei que se gostam demais, então só peço que cuide bem dela e a faça feliz, e NUNCA MAIS permita áquele seu empregado se aproximar dela, muito menos, tocá-la, molestá-la, isso é crime grave!
-Eu a protegerei, sabem disso - prometeu ele - juro pelo Criador nunca mais deixá-la.
-Mas ouviram oque Dumbledore disse - retrucou a professora novamente, em tom severo - Russell deve ficar com os Hitchcock até completar 17 anos e se formar!
-Eu a levarei para ele, mas ficarei junto! E posso levar alguns alunos, se quiserem, cabem 46 pessoas aqui!
-Ah, lamento, mas não pode, não há como fazer isso! - aproximou-se o diretor.
-Afastem-se bem, para trás, por favor - pediu o Evolution. Todos o obedecem e se afastam. Então, ele retorna á sua forma original, diante de todos presentes.
-OOOOOHHHHH!!! - exclamaram em côro, fascinados, diante do belíssimo e imponente Evolution preto e prateado, que girava, subia e descia, logo parando e abrindo suas cadeiras para receber quem quisesse subir á bordo, mas infelizmente, todos haviam comido demais no café da manhã, agora há pouco. Aí já viu, né?
-Mas todos aqui acabaram de tomar café, poderão passar mal no caminho - retrucou a Prof. Sprout - e como farão com as malas? Russell, cadê seu malão?
-Enviei já para a casa dos Hitchcock com o feitiço 'Locomotor' - respondeu a moça.
-Todo mundo para o trem, agora! - ordenou Umbridge, chegando ali. Com um toque da varinha, prendeu todos os alunos a bordo, com bagagem e tudo e o fez partir. Por sorte, Russell já estava muito bem presa pelas travas de Imperator em uma de suas cadeiras. Segurando muito bem sua bolsa de mão, bem fechada e pendurada ao ombro, deu sinal á ele para começar, mas sem virar de ponta-cabeça. Ele assentiu e começou.
-Adeus, pessoal, e obrigada por tudo, fui! - despediu-se ela pelos dois.
E lá se foi ele com Russell a bordo, girando para pegar impulso e ganhando altitude.
-Pelas barbas de Merlim! - excmamou o Prof. Flitwick, enxugando a testa com seu inseparável lenço. Sirius assobiou alegremente, Minerva encarou com seriedade e desaprovaçãoo alto onde os dois se encontravam agora e Snape deu um breve aceno e entrou novamente, assobiando.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!