"Russell é Levada"
-Olá, Russell Prince Black - cumprimentou ele, olhando-a diretamente nos olhos - precisarei levá-la comigo agora, e é melhor colaborar sem lutar. Se tentar resistir, será pior.
E desacordando-a sem feri-la, ele a toma nos braços e a leva, desaparecendo dali e reaparecendo em outro local. Era uma espécie de castelo sobre uma altíssima montanha dentro de um parque de diversões do outro lado da cidade, já no mundo das pessoas não-mágicas. Era uma imensa mansão de vidros azuis-turquesa e a moça fora colocada em um imenso quarto, já preparado para recebê-la, ainda dormindo.
-Ela está atada, senhor? - indagou um criado jovem e ruivo, em italiano.
-Não, mas não sairá daqui - assegurou Imperator - não se preocupe. E se sair, apenas irá ao parque, mas não irá mais além do mesmo.
-Não virá algum parente procurá-la? Cuidado, senhor, sequestro é crime, hein?
-Não se esqueça que sou um Evolution, Ricci - devolveu o outro - nada me detém.
-E qual é o nome da jovem? - indagou o criado.
-Russell apenas. Melhor chamá-la apenas assim - respondeu o outro - se me der licença, preciso ir ver como andam as coisas no Runner´s Park. Algum equipamento em manutenção?
-Não, senhor - respondeu o ruivo - ontem houve parada técnica no High Drop, mas já foi devidamente consertado. Foi a notícia que tive.
E o moço se foi, desceu as escadas e caminhou para o portão que dá acesso á um caminho de pedras são tomé , descendo a montanha e chegando ao seu parque.
-Boa tarde, Imperator - cumprimentou um dos funcionários do parque - gostaria de acompanhar o primeiro teste da Xcelerator?
-A montanha-russa já está pronta? Puxa, vocês são muito rápidos! - elogiou ele.
-Levou essas duas semanas, ela é muito complexa - explicou o funcionário - outros engenheiros se empenharam na montagem e instalação. Onde você estava?
-Precisei fazer uma pequena viagem - respondeu o moço - mais alguma novidade ou manutenção em algum brinquedo? Não quero acidentes, por favor!
Uma hora depois, ela foi acordando lentamente e olhou por todos os lados, tentando descobrir onde se encontrava: em um imenso quarto de piso e teto branco e paredes azuis-claras e saída de vidro para uma imensa sacada. Parecia um quarto de alto luxo, digno de aposento real. Levantou-se e caminhou pelo quarto.
-Onde estou? - perguntu-se - porque ele me trouxe para cá?
Colocou a mão sobre o peito, sentindo a ausência de um cordãozinho que comunicava -a com outra pessoa, mesmo á distancia. Na verdade, com Snape, que também utilizava o mesmo cordão. E também Russell Hitchcock. O cordão havia-lhe sido retirado para impedir a comunicação com seus amigos.
-Droga, ele pegou meu cordão, se descobrir que estou com Russinho? Ai, queira Deus que não! - murmurou ela, logo avsitando um notebook sobre a escrivaninha. Sentou-se e o ligou, começando a usá-lo, enviando um e-mail para o cantor, avisando onde estava, e que havia sido raptada por um moço que morava sobre uma alta montanha.
Mensagem enviada, fechou sua página de e-mails e navegou um pouco em outras coisas, a maioria sobre suas aulas que não poderia perder em Hogwarts e sobre os shows da nova tour da banda de Russell naquele país. E logo desligou e o deixou como estava, aberto sobre a mesa do quarto.
-Ufa! - suspirou ela, aliviada - pelo menos, ele saberá onde estou e avisará aos outros e no colégio. Agora é só ter paciência e esperar. Enquanto isso, brinco de atriz e finjo um pouco de desespero pra ninguém desconfiar.
Nisso, o criando ruivo Ricci bateu com o nó do dedo á porta, pediu licença e entrou para avisar de que o dono da casa a esperava no living.
-Sim, estarei lá, obrigada. Por favor, peça a ele para espera uns minutinhos.
-Sim, pedirei. Com licença - disse, fechando a porta e desceu a escadas.
-Não irei - pensou ela - vou bancar a rebelde só pra me divertir um pouquinho.
NA SALA DE ESTAR...
-E então, Ricci? Avisou á ela para descer?
-Sim, ela apenas pediu alguns minutos para dar uma ajeitadinha em algo e logo virá.
-Esperarei apenas 20 minutos, não mais, pois preciso retornar ao parque daqui há uma hora - avisou Imperator - se ela não descer, subirei até lá.
Os minutos passam e nada dela descer. Ele então sobe e entra em seu quarto.
-Russell, pedi que Ricci a avisasse que eu a aguardava na sala de estar e não desceu.
-Ah, certo. Desculpe-me se esqueci, comecei a ajeitar meu cabelo e não percebi o tem
po passar. Aliás, porque me trouxe para cá, oque quer comigo?
-Tê-la para mim apenas - respondeu ele - é meu maior objetivo e por esse motivo, fui
a Hogwarts e precisei disfarçar-me de diretor. Ninguém desconfiou, acredito eu, né?
-Eu desconfiei - disse ela - tenho o dom da premonição e da percepção, posso prever
e pressentir oque irá ou não acontecer. Ás vezes, meus dons falham, mas logo voltam.
-Ora, muito bom saber - sussurrou ele, sentando-se quase deitado sobre a colcha
azul-clara de cetim fino da cama.
-Tê-la apenas como... objeto sexual, sme amor, nem nada mais?
-Não penso em objeto sexual, doce Russell - sussurrou ele -quero tê-la em TODOS
os sentidos, não apenas em um só. Há anos, desde que Claudia, minha esposa me
deixou e sumiu, venho procurando por outra, carinhosa, doce, inteligente e companhei
ra em tudo. E jamais sair de perto de mim. Venha, quero te levar a um lugar muito especial para mim. Gostaria que o conhecesse, creio que irá adorar.
-Está bem - assentiu ela - irei com você a este lugar, mas depois, por favor, me leve
de volta a Hogwarts, tenho semana d eprovas se aproximando e não posso faltar.
-Pedirei as folhas da prova e trarei para que as faça aqui - disse ele.
-Não pode, elas têm de ser feitas diante dos professores, principalmente as provas
práticas de magia.
-Então vocês são bruxos e bruxas? - deduziu ele.
-Sim, você mesmo já sabia que era uma escola de magia!
-Caramba, é mesmo, que distração a minha! Vamos, Russinha.
E lá se foram os dois, ele a envolvendo pela cintura. Desceram as escadas, saíram da
casa e caminharam pela montanha até o parque, ele a guiando vendada.
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