"De Volta ao Colégio"

-Já era noite quando o busão roxo de dois andares parou em frente aos portões do imenso castelo, com suas luzes acesas. Pegando suas bagagens e seus mascotes, os cinco agradeceram ao condutor e ao motorista e desembarcaram. Hagrid vinha caminhando até os portões e os abrira, recebendo-os e falando baixo, Canino aos seus calcanhares.
-Umbridge ficou uma fera com a ausência de vocês. Ela chegou dois dias antes - contou o gigante, sério - mas Dumbledore sabia que viriam e as portas estão abertas para vocês, agora vão, rápido!
-Sim - disse Russell - obrigada, hagrid, e boa noite, fui!
Quase meia hora depois, os cinco já estavam no Salão Comunal da Grifinória.
-E aí, Angie? - indagou Russell para Angelina, já no dormitório - alguma novidade desde a volta da Umbridge?
-Ah, ela voltou mais terrível do que antes - respondeu a colega - dá até medo!
-Cruz-credo! - exclamou a outra, benzendo-se ao deitar e cobrindo-se - como foram de Festas?
-Fui bem e você? - interveio agora Lilá.
-Muito bem, obrigada. Boa noite, pessoal!
-Boa noite e até amanhã - respondeu Cátia.

Chega o dia seguinte, 5a feira, e dia de Harry encarar Snape á noite após o jantar, e ele já estava apreensivo desde a manhã, á mesa do café matinal.
-Como está se sentindo, Harry? - indagou Mione ao seu lado - parece preocupado.
-Reforço de Poções hoje á noite - murmurou ele. Hermione e Russell compreenderam a mentira necessária, pois havia mais gente por perto.
-Meu dia é amanhã - sussurrou Russell - mesmo horário. Olha, meu irmão pode até te zombar como de costume, mas não te fará mal algum, ele também só quer que você aprenda, certo? Essa zombaria toda que ele te faz é, no fundo, apenas para te dar um empurraõzinho, uma força para você se dedicar, se esforçar para aprender mais. Sei que é difícil, mas tem que fazer um esforcinho, ok?

Snape explicou a Harry sobre ambas as práticas e suas funções, acrescentando que só estaria aplicando-lhe estas aulas a pedido de Dumbledore.
-Nestas aulas, eu tentarei penetrar em sua mente e você tentará resistir. Feche sua mente e prepare-se!
O rapaz preparou-se, a varinha em mãos para defender-se. O moço então estendeu a varinha e contou:
-1, 2, 3... Legilimens!
Imagens desfilavam pela mente de Harry como a um filme, na velocidade de montanha-russa. Todos os momentos desde a perda dos pais, a convivência com os tios e o primo, o ingresso em Hogwarts e o convívio com os colegas e professores no colégio, os momentos amorosos. Até que ele não aguentou a pressão do professor invadindo sua mente, deu um berro e caiu sentado ao chão, arfando rapidamente. O homem, pegando-o apertadamente pelo braço, o pôs de pé com violência. Foi assim na segunda vez e, na terceira, Harry gritou 'PROTEGO!' e penetrou a mente do professor.
Batidas á porta alguns segundos depois, foram ouvidas e protegendo-se contra a invasão de Harry, ele abre aporta e avista Malfoy, que viera avisar que Montague havia se instalado em um vaso sanitário. Avisando ao garoto para concentrar-se e fechar a mente, o professor fecha a porta atrás de si e acompanha o garoto rapidamente escada acima. Minutos depois, ao retornar, viu-o na penseira, observando os momentos da vida do professor desde a infância.
-Divertindo-se, Potter?
-Hã? Não era minha intenção, mas não consegui controlar minha curiosidade!
-Não me diga! - zombou ele, o tão conheciso sorriso crispando em seus lábios - aliás, diga sim, o que é que você viu aí?

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