Capítulo I
Sabe quando você olha para o seu lado e não vê soluções, olha para o outro e se sente mais perdida? É assim que eu to me sentindo. E como eu cheguei nesse ponto? Essa é uma pergunta difícil, e pra explicar, vou precisar voltar no tempo...
-Filha, abaixa isso!! – minha mãe gritou do andar de baixo. Bufei. Cedo ou tarde ela ia falar isso, eu já sabia.
Sabe, a minha mãe não entende o que a música significa pra mim. E eu já tentei explicar tantas vezes que eu cansei.
-Logo na melhor parte!
Levantei-me e desliguei o rádio de uma vez. Resolvi descer e encontrei minha mãe no hall, procurando alguma coisa.
-Achei!! – ela segurou as chaves da casa no alto, sorridente. Finalmente levantou os olhos e notou minha presença – Ah, você já desceu, que bom! Então, como estou?
–Formal. -sorri de volta.
-Como pede a ocasião! Bom, eu tenho ir. A Conferência Européia da ONU lembra?
-Ah, claro! A que não te deixa dormir faz dias, né?
Ela concordou me fazendo sorrir. Minha mãe é uma bem sucedida dentista, bastante conhecida na região. Mas desde que eu me entendo por gente, ela é muito ligada à coisas sociais. Ela faz parte de algumas ONGs, sempre tem alguma festa beneficente pra ir, ou então organiza bazares ou ainda visita orfanatos e hospitais. Vez ou outra sou eu que a acompanho. Essa é outra coisa que me deixa orgulhosa da minha mãe.
-Seu pai deve chegar em dez minutos do supermercado. Ajude-o com as compras, ok? Qualquer coisa é só ligar.
-Pode deixar comigo. Agora vá pra não se atrasar como sempre, mãe. Amo você!
-Também te amo, querida.
Esperei até ouvir o “click” da porta e corri escada acima pra ouvir um pouco mais de música até meu pai chegar.
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O resto do dia correu tranquilamente: ajudei meu pai com as compras, brinquei com meu gato, restaurei alguns móveis velhos com papai, almoçamos e até dormi de tarde. Lá pras 16 horas, sugeri:
-Que tal um lanche?
-Huuuum, ótimo. Comprei umas salsichas, o que você acha de uns cachorros-quentes?
-Deixa que eu faço! - corri para a cozinha. Outra coisa que eu adoro é cozinhar. Me sinto tão bem, no controle de tudo!
Meia hora depois, estávamos na frente da TV, com dois cachorros-quentes e assistindo á um filme. Quando acabou, continuamos ali. Adoro passar os finais de semana comendo e vendo TV. E escutando música, claro. Eu sei que não é a coisa mais inteligente e proveitosa de se fazer nos finais de semana, mas eu gosto. De repente, começou o jornal noturno.
-Tira daí filha, só tem desgraça!
-Sshh, eu gosto de me informar, peraí!
-Greve de bancários pára o trânsito no centro de Londres. Homenagens a John Lennon nos 30 anos de sua morte.Primeiro foguete privado volta a Terra. E ainda: todas as informações sobre o Massacre da Conferência Nacional da ONU. Agora, no Jornal Noturno (N.A.: Desculpa aê gente, eu não sabia que nome colocar pro jornal, aí foi esse mesmo!).
Meu coração parou por alguns segundos e assim que consegui me levantei de um pulo. Fui até a mesa e peguei meu celular, discando aqueles números que eu conhecia tão bem. Minha mão tremia.
-Caiu na Caixa Postal. – consegui sussurrar para meu pai e logo corri para o sofá para segurar a sua mão. Ficamos lá, estáticos e em silêncio até a hora em que começaram a falar da Conferência.
- E as informações do Massacre com a correspondente Anne Lee.
-A causa das mortes já está sendo investigada tanto pela Polícia Militar quanto pelo Instituto Médico Legal. As informações que temos no momento é que as mortes não foram causadas por alguma arma, já que os corpos não apresentam qualquer marca. Portanto, a hipótese mais provável é que as mortes tenham ocorrido por envenenamento. É preciso lembrar que qualquer pessoa que possua informação que possam ajudar na identificação dos culpados por essa chacina, que não deixou sobreviventes, deve ligar para o Disque-Denúncia. Nesse momento, o presidente da ONU começará uma entrevista coletiva.
-Obrigada pelas informações, Anne. Agora iremos ao vivo até o local onde acontece a entrevista coletiva do presidente da ONU.
-(N.A.: Quem vai falar agora é uma jornalista qualquer.) Sr. Presidente, porque o senhor não estava presente na Conferência Européia, um evento tão importante?
-(N.A.: Agora é o presidente) No momento em que houve o massacre eu estava no trânsito, a caminho da Conferência. O que aconteceu foi o seguinte: eram aproximadamente umas 14 horas quando eu recebi uma ligação do meu secretário, que a esta hora já estava lá. Ele me pareceu muito nervoso e estava sussurrando. Ele me disse pra parar onde eu estivesse e não ir até a conferência. Ele achava que iam ser assassinados, porque encapuzados haviam entrado lá e trancado todas as entradas e saídas. No momento seguinte, ouvi gritos em alguma língua estranha e o telefone ficou mudo.
-(N.A.: Outro jornalista. ) E essa língua estranha já está sendo examinada?
-Sim, está. As minhas ligações ficam gravadas no meu celular, e ele já está a disposição do governo, que está tomando as devidas providências pra descobrir de que língua se trata e tentar chegar mais perto dos assassinos e de seus motivos para cometer tamanha chacina.
--(N.A.: Apresentadora do jornal.) Qualquer novidade sobre o caso será noticiado aqui, no Jornal Noturno.
Não sei quanto tempo eu fiquei ali no sofá, de mãos dadas ao meu pai. Eu só sei que não me mexi uma vez sequer e não percebi quando finalmente caí no sono.
Quando acordei no dia seguinte, pude sentir todo o meu corpo dolorido pela noite mal dormida e cheia de sonhos. Na verdade, pesadelos. Não consegui ver minha mãe em nenhum deles, mas pude sentir toda a dor. Entrei no banho pra ver se despertava e tudo não passou de um pesadelo. Mas não adiantou. A verdade só desabou em mim de uma vez, me deixando mais fraca.
Meus pensamentos se desviaram para o meu pai. Não o vi em nenhum lugar ainda. ‘Onde será que ele tá? Pelo amor de Deus, o senhor não fez nenhuma loucura, por favor!’ Mas ele só estava no jardim, pegando um pouco de sol. Ele não se virou quando eu me sentei do seu lado, mas eu me senti um pouco melhor. O jardim sempre me acalmou.
Uma coruja apareceu no horizonte, voando em nossa direção. Era uma coruja grande, imponente, que chama atenção mesmo. Parecia bem selvagem, olhando rapidamente. Peguei a carta e comecei a ler sem pressa:
Cara Hermione,
Dentro de alguns minutos estaremos chegando em sua casa. Por favor, avise seu pai. Precisamos ter uma conversa séria e muito importante com você.
Atenciosamente,
Lupin, Tonks, Moody e Shacklebolt.
A minha cabeça tava dando voltas. O que seria de tão importante que eles queriam falar comigo? Será que era algo relacionado a ontem? Meu coração se apertou quando pensei nisso. Me virei para meu pai e disse:
-Pai. Pai! Alguns bruxos estão vindo aqui pra conversar comigo. Parece ser importante.
-Como disse?- ele olhou pra mim com os olhos inchados e vermelhos.
-Bruxos, estão vindo me ver.
-Certo, certo, sem problemas.
Em pouco tempo, Tonks, Moody, Shacklebolt e Lupin apareceram na rua, andando rapidamente até nós.
Nos cumprimentamos com alguns abraços e apertos de mão. Apresentei meu pai a eles e Lupin se adiantou:
-Podemos conversar agora, Hermione? Em particular.
-Claro. Pai, o senhor se importa?
-O quê? Ah, não, acho que não.
Entramos e disse a todos pra se sentarem.
-E então, o que vocês querem me falar?
-É sobre a chacina que aconteceu ontem. –começou Moody, bastante “sensível”.
Engoli em seco e concordei com a cabeça.
-Pelo que sabemos, sua mãe estava lá, não?- continuou Shacklebolt.
-Estava sim.
Levantei minha cabeça imediatamente. Como eu não pensei nisso antes? Tudo bem que eu não consegui pensar em nada direito desde ontem a noite, mas...Um feitiço? Me senti fraca e me segurei pra não cair. Por que minha vida tinha que virar de cabeça pra baixo desse jeito?
-Vol...vol...?
-Ele mesmo. Todas as mortes foram causadas por eles. Estamos fazendo de tudo possível para encontrar os assassinos. O primeiro-ministro trouxa será informado ainda hoje pelo Ministro da Magia.
-Mas as informações que conseguimos apontam que o principal responsável pela chacina não foi Voldemort. Mas é claro que foi tudo feito com seu consentimento. - continuou Lupin.
-E quem foi? Quem foi o principal responsável?
Eles se entreolharam antes de me responderem.
-Draco Malfoy.
Senti meu corpo todo ficar quente tamanha a raiva que eu senti. Então foi ele o causador da morte de minha mãe? O assassino de todos aqueles trouxas que estavam se reunindo por uma coisa boa?
-E agora, jovem Granger –falou Moody – você tem uma importante decisão a tomar. Creio que agora você está perto de alcançar a maioridade.
-Não, eu já alcancei.
-Certo. Então, esse é um momento de decisões. Tenho certeza de que você não vai querer ficar parada em casa com estes assassinos a solta.
-Alastor, não é assim que você deveria...- começou Shacklebolt, mas eu o cortei.
-Você está certo Moody. Eu quero vingança.
-Você tem a chance de agora entrar na Ordem da Fênix. Mas isso não implica somente em correr atrás de Comensais da Morte, pronta para se vingar a qualquer custo, Hermione. Entrar para a Ordem da Fênix é uma coisa séria, e você teria regras a cumprir.
-Que seriam?
-Pra começar, você tem que obedecer às decisões tomadas pela Ordem. Obedecê-las sem contestá-las. Você poderá ser encarregada de missões a qualquer momento, missões que podem ser perigosas, ou mais simples, mas todas de grande importância. Haverá momentos, no entanto, que muitos membros sairão em alguma missão e você deverá ficar. Não poderá desobedecer a essas ordens.
-Eu estou disposta a cumprir todas essas regras para entrar na Ordem.
-Não acaba por aí, Hermione. – continuou Tonks.- Toda vez que você não tiver uma missão a cumprir e desejar sair da sede, deverá informar pra onde vai e quanto tempo deseja ficar fora. Apesar de você ser maior de idade, nos preocupamos com todos os membros.
-Eu sei disso.
-Que bom que você concorda com tudo, Hermione. Mas o mais difícil ainda está por vir. Você teria que se distanciar de seu pai.
-O que você quer dizer por distanciar?
-Vou ser direta. Você teria que ficar aqui em Londres, e seu pai em algum outro país, de preferência na América ou em algum lugar na Ásia. E teríamos, ou melhor, você teria que alterar sua memória. Tudo pela segurança de seu pai.
-Pela segurança dele... – repeti.
-Isso. Você está disposta a tudo isso, Granger?- Disse Moody.
Parei pra pensar um pouco. Ir pra Ordem da Fênix é tudo que eu quero agora. Mas meu pai... Ele iria ficar sozinho, longe de mim, sem ninguém. Ele conseguiria ser feliz assim? Mas é tudo pela sua segurança. Talvez seja melhor isso mesmo. Por ele.
-Eu estou.
Tonks abriu um sorriso, Lupin soltou um suspiro. Moody mancou até mim e deu uma palmadinha em minhas costas, enquanto Shacklebolt parecia mais calmo.
-Mas e meu pai? Pra onde ele vai, quando e como faremos isso?
-Bom, confiamos em você para pensar em alguma coisa. Se precisar de ajuda, estaremos a sua disposição. Mas se apresse, sim? Agora já é hora de irmos.
Nos despedimos rapidamente e eles foram embora. Fui falar com meu pai pouco depois.
-Pai?
-Sim, filha.
-Que tal nos mudarmos para o Brasil?
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N/A: Hey people!! Aqui estou eu, no primeiro capítulo da minha fic queridinha.
E antes, que eu me esqueça (eu já esqueci uma vez, né...): Ignorem o livro HP e as Relíquias da Morte. Nada que acontece lá aconteceu aqui, ok?
Eu tenho vários planos pra essa fic, talvez até uma segunda temporada, quem sabe =D Mas eu garanto pra vocês que pelo menos a primeira parte eu vou terminar, mesmo que eu não tenha leitores (mas não deixem isso acontecer, por favor!). Esse primeiro capítulo foi pequeno, pra dar um gostinho procês. No entanto, os outros capítulos não vão ser muito maiores... me desculpem por isso, mas é que eu não consigo escrever capítulos muito grandes. Eu vou tentar melhorar os próximos pra vocês, e vou tentar postar em 2 semanas no máximo! Podem cobrar!
Então, por favor, comentem bastantee mesmo, pra que eu possa ter mais ânimo, ok? Confio em vocês! Podem criticar avontade, elogiar, dizer o que vocês acham que vai acontecer... enfim, o que quiserem!
Aah, se quiserem dar uma passadinha na minha songfic, eu agradeço, queridos. O nome é Whatever Happens; http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=37669 Não é muito boa, mas dá pro gasto uashaushausuhas
Eu vou tentar fazer uma capa, mas se alguém quiser fazer pra mim, vai ser ótimo, por que eu não tenho muito talento com isso, não.
Beijos gigantes pra vocês, Feliz Natal e um Ano Novo muuuuuuito melhor!
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