A volta da Ordem
Capítulo 3 – A volta da Ordem
(10 de Setembro de 1991, Sala do Diretor, Hogwarts)
POV’s Autora:
Muitos pensavam que Alvo Dumbledore era um velho gagá, que já estava na época de se aposentar, antes que a escola fosse para “o brejo”.
Já outros, pensavam que ele o maior bruxo do século, o Bruxo dos Bruxos. E, agora que Voldemort voltara, o que iria derrotá-lo.
O Mundo Mágico realmente ficara chocado de saber que Harry Potter, O-Menino-Que-Sobreviveu e derrotara Você-Sabe-Quem, fora morto pelo último, que retornou, sabe-se lá como.
As notícias só falavam disso. Da história do garoto, de como fora morto, de como a volta d’Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado era um mistério, entre outras várias coisas.
E, agora, com a volta d’Ele, os ataques a trouxas também voltaram.
O Quartel dos Aurores estava quase sempre vazio, pois a maioria dos aurores saía em alguma missão para ajudar na guerra. Muitos bruxos, de até mesmo outros setores, eram vistos para lá e para cá, ajudando onde pudessem.
E todo esse caos já se instalara em menos de um mês. E, isso fez com que a decisão de Dumbledore fosse correta.
Seu escritório tinha uma sala do lado, escondida por uma instante, tinha a Sala de Reuniões, que há anos não era usada, mas agora era necessária.
Acomodou-se melhor na cadeira quando viu que o último, Kingsley Shaclkbolt, já tinha sentado. Ali estavam os Potter, os Blacks, os Weasley, Lupin, Moody, Quin, Horácio Slughorn, Minerva, Severo Snape, Hagrid, Flitwick, Sprout, Dawlish e Dédalo Diggle.
O que restara da antiga Ordem da Fênix.
- Muito bem – vendo que todos prestavam atenção nele, continuou – Como sabemos, Voldemort está de volta.
Alguns hesitaram com o nome.
- Por isso, achei necessário reunir a Ordem novamente – falou Dumbledore – mas, dessa vez, mais abertamente.
Lílian franziu o cenho, e perguntou: - Mais abertamente?
- Deixar mais pessoas entrarem, convidem pessoas que acham de confiança, convidem chefes das seções do Ministério, aurores, acessores do Ministro, esse tipo de pessoas – explicou rapidamente Alvo.
- Bom, muitos aurores estão se formando... – começou Tiago, que era chefe dessa seção.
- E certamente posso convidar pessoas muito fluentes no Ministério, tenho acesso a isso com minha seção – ponderou Amélia Bones.
- Então, está decidido. A Ordem da Fênix voltou a funcionar – declarou Dumbledore.
Conjurou alguns braceletes e anéis. Os braceletes eram vermelhos, com um fênix prata em cima. Os anéis eram de prata, com uma pequena fênix feita de rubi em cima.
Dumbledore distribui para os homens os braceletes, que eles logo colocaram, e para as mulheres, que puseram também.
- Esse vai ser nosso contato. Para mandar mensagens tem que realizar o feitiço “Phoenix Minssge” – explicou Dumbledore, ele olhou para Lílian – Teste.
Esta mostrou-se surpresa, mas logo apontou a varinha para o anel e disse:
- Phoenix Minssge! – e de lá, pareceu sair um tipo de holograma.
Era ela, em miniatura, não chamaria a atenção de ninguém, a não ser que a pessoa estivesse ao seu lado. Seu holograma estava parado ali, de braços cruzados, esperando, a luz de seu holograma saía do anel.
- Está esperando a mensagem. É feita por voz – disse Alvo.
Lílian assentiu, entendendo.
- Genial, Alvo – falou para o seu holograma, e, dito isto, ele voltou para dentro.
Mas, assim que Lílian-holograma voltou para dentro da fênix do anel, saíram várias mini-hologramas de Lílian de cada bracelete e anel, de cada holograma.
Todos se viram escutando ao mesmo tempo a voz de Lílian.
- Genial, Alvo – e ela sumia de volta.
Todos os integrantes mostraram-se exultantes com a ideia, e rapidamente concordaram e aprenderam a fazer o feitiço.
- Sempre que alguém entrar na Ordem, conjurem um anel ou um bracelete – falou Dumbledore – Mais algumas dúvida? Algum assunto a tratar?
Marlene pronunciou-se.
- Alvo, você poderia... Você saberia dizer como Voldemort voltou? – perguntou.
Todos entreolharam-se. Sabia que era um assunto delicado para se tratar, ainda mais na frente de Lílian e Tiago, não fazia nem um mês que tinham perdido o único filho.
Os olhos verdes da ruiva logo ficaram brilhantes, mostrando que se fossem mais a fundo, iria chorar e cair em desespero.
Dumbledore rapidamente lançou um olhar para Snape, e disse: - Ainda não, Marlene, mas Severo está pesquisando, voltando a fingir ser um Comensal. Um espião para a Ordem.
Tiago mostrou-se furioso.
- Mas, Alvo, foi ele que entregou a profecia a Voldemort! – acusou.
Dumbledore suspirou, cansado, parecendo mais velho do que nunca. Ele não gostava de tocar no assunto da profecia, porque, consequentemente, lembrava do filho de seu afilhado.
Porque Tiago era seu afilhado. Quando Felipe Potter oferecera, não tinha como recusar. Gostava de Harry tanto quanto de Tiago, e tocar nesse assunto... O entristecia, tanto quanto aos outros.
Lílian não aguentava mais. Seus ouvidos zuniam. As pessoas nunca parariam de falar? Era como se jogassem em sua cara...
Não lia o Profeta Diário, ele só comentava da volta de Você-Sabe-Quem e como Harry, seu bebê – tudo bem, nem tanto! – morrera. E ela não suportava isso! Não suportava que não entendessem!
- Parem! – pediu, sua voz não estava alterada, mas ela estava lenta, por causa de sua raiva – Vocês ficam aí, discutindo como crianças, enquanto...
Não conseguiu terminar, as lágrimas escaparam dos olhos, a tristeza inundou sua mente.
- Encerrada a reunião – falou Dumbledore, rapidamente.
Lílian e Tiago foram os primeiros a saírem, Lupin, Marlene e Sirius logo depois. Alguns ainda ficaram, para perguntar algumas coisas, tirar dúvidas detalhistas, outros já saíram acenando, e concordando em convidar mais pessoas para a Ordem.
Uma coisa era certa: a Ordem da Fênix voltara, e dessa vez, com maior força.
POV’s Alicia:
A aula de poções do Snape hoje estava muito chata, eu já não aguentava mais, era sempre a mesma cois...
- A Srta. Black se acha sabida demais para não prestar atenção na minha aula? – falou Snape, irônico.
Ai, aquele idiota. Meus olhos se estreitaram. Era uma aula Grifinória e Sonserina, e os Sonserinos riam.
- Menos cinco pontos para a Grifinória – falou Snape, ele ainda tinha aquele sorrisinho que me fazia querer socar sua cara.
Vai, vai, vai, incentivou Universo, e vi uma imagem dele com os pulsos fechados, torcendo, uma cara ansiosa.
A cara de Harry. Porque minha aura era Harry, e a dele era eu. Mas isso já não mais importava, não enquanto ele estivesse longe – porque ele estava longe, não morto.
Vi Susana lançar-me um olhar que dizia claramente “Não responda”. E eu entrecerrei meus olhos, tentando não fazer nenhum vidro de poção explodir com minha raiva.
Quando ouvi uma explosão, olhei para trás e vi que Neville e Rony tinham o rosto queimado, cabelos em pés, e uma fumaça de cheiro horrível saía do caldeirão de Nev. Seu terceiro caldeirão em dez dias de aula...
Hermione fez uma cara de decepcionada, estava sentada na carteira diagonal a minha, consequentemente, ao lado da mesa de Ron e Nev.
Todos tínhamos ido para a Grifinória, até Su. Fiquei surpresa em saber que ela não tinha ido para a Lufa-Lufa, praticamente toda sua família era de lá – inclusive seu primo Jake, que estava no segundo ano.
Mas, eu não reclamava, ficava contente em tê-la comigo. Ela era muito boa amiga, e Mione mostrou-se ser também. Além de Rony e Neville – por mais que o último fosse um tanto... Acidentado.
Quando o sinal bateu, arrumamos nossos materiais e saímos. Íamos tomar a direção da torre da Grifinória, ou das masmorras no caso dos Sonserinos-Nojentos, como todos tomavam.
Era hora do jantar, e guardávamos nossas malas no Salão Comunal, para não ter de ficar carregando. Mas hoje não estava afim.
- Esperem – falei para meus amigos enquanto fazíamos a curva.
Olhei se ninguém que passava olhava em nossa direção, e pegando a mala de cada um, fiz sumir com um movimento de mão (as malas apareceriam em nossas camas).
- Obrigada, Ly – disse Hermione, sorrindo.
Assim que tive a primeira aula com ela, soube que era certinha e nerd. Mas isso parece vir mudando. Admito que, em partes, é minha culpa... *olhar inocente*.
- Não estou afim de caminhar até a Torre – dei de ombros, e começamos a caminhar em direção ao Salão Principal.
Chegando lá, vi que muitos alunos já estavam nas suas mesas e conversavam felizes, não tão preocupados com a guerra que começava a acontecer lá fora. Mas eu sabia que, logo, logo, tudo mudaria demais.
Acenei para tio Aluado, que estava sentado na mesa dos professores – ele era professor de DCAT.
Ele sorriu, e acenou de volta.
- Sabe, o dia hoje foi muito chato – comentou Susana, quando já estávamos sentados a mesa e nos servíamos.
- Concordo, amiga – comentei, divertida – tem aula mais chata que a do Seboso Snape?
- E aula dupla – acrescentou Rony.
Eu e Su nos entreolhamos, sorrimos, e falamos juntas:
- Duas vezes mais chatice.
Enquanto ríamos, pensei se eu poderia manter constantemente esse humor. Sim, sim, eu poderia.
Ficar alegre talvez me ajudasse a não lembrar dele.
Porque eu só queria não lembrar dele, e, não, esquecê-lo.
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