Ato 1- Decisões e Motivos
Ato 1
Decisões e Motivos
Era tarde da noite e chovia copiosamente, olho da janela e vejo que os relâmpagos cortam os céus. Amanhã é o dia. Amanhã minha vida terá fim. Qualquer sonho, qualquer esperança, qualquer chance se acabara. Sinto o gosto amargo em minha boca. Nunca tive chance nenhuma, nehuma esperança. Sou um Malfoy e para mim nunca restou nada, a não ser uma vida amarga, vazia e cheias de desilusões, e sonhos não realizados.
Não sei, e não posso precisar como aconteceu, acho que começou com aquele soco no terceiro ano. Quando percebi, ela simplesmente estava em mim. Assim... sem permissão. Tentei odiá-la ainda mais a cada segundo. A cada sorriso que a via dar aos outros, e sabia que eles nunca seriam dirigidos a mim. Percebi as lágrimas no final do baile, as lágrima no sexto ano, quando o idiota arrumou uma namorada. Tentei odiá-la. Principalmente por amá-lo. Mas estava além de mim, tentava me aproximar pelos corredores, tentava sentir o cheiro dela... impossível, ela sempre estava com os dois idiotas. Passei noites imaginando o sabor daquela pele, o calor daqueles lábios. Ilusão. Nunca sentirei. Durante a guerra temi por ela, quis notícias, mas como era de se esperar ela estava com eles, tão ocupada que não percebeu em nenhum momento meu sofrimento ou meu olhar de súplica que pedia ao menos um sorriso. Não havia motivos. Por isso tentei matá-la na Sala Precisa em Hogwarts. Talvez se ela morresse ali, esse sentimento acabaria. Inútil. A morte dela seria meu fim. Assim como será o dia de amanhã. Ela ainda está lá, feliz, vivendo seu conto de fadas com o Weasley. Soube que espera um filho dele. Mas uma vez ele venceu. Esteve num lugar onde jamais estarei. Aperto o frasco em minha mão... tenho medo...
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