Hogwarts e seu Tesouro
HOGWARTS E SEU TESOURO
A viagem foi digna de muita diversão, Deolyn estava contando á eles suas aventuras quando era jovem em Hogwarts, Kain não entendia nada é claro nunca esteve em Hogwarts uma vez na vida.
- Segundo as minhas expectativas, eu estava na frente do Trasgo – disse Deolyn.
- E o que aconteceu? – perguntou Julia.
- Sirius apareceu na hora e estuporou o Trasgo – disse Deolyn – e a minha varinha estava toda quebrada.
- Sirius? Sirius Black? – perguntou Julia.
- Sim ele mesmo – disse Deolyn – porque?
- Esse cara é fantástico! – disse Julia – ele é padrinho do Harry Potter!
- É, eu o conheci – disse Deolyn.
Kain olhou para eles não entendendo nada, é claro, nunca ouvira falar do famoso Harry Potter, aquele que enfrentou o maior bruxo das trevas de todos os tempos.
- E o Harry Potter? – perguntou Julia – o encontraram?
- Não – disse Deolyn – até hoje não viram um sinal dele.
- Ele morreu? – perguntou Kain – ou não?
- Segundo teorias, ele não morreu, porém ninguém nunca mais o viu – disse Deolyn.
Kain ia colocar um doce na boca, mas fora interrompido pela sugestão de Julia.
- Então, dá se ao fato que ele morreu – disse Julia – ele só deve estar morto então!
- Não, ele não está morto – disse Deolyn – há pessoas que o viram, poucas, mas viram.
Kain olhou para o doce, era um feijãozinho vermelho – que tipo de doce é esse? – perguntou Kain á eles.
- É um feijãozinho de todas as cores e gostos – disse Julia – essa série é especial, é a série vigorosa.
- Vigorosa? – perguntou Kain – porque?
- Esses feijãozinhos lhe darão alguma coisa á mais – disse Julia – experimente!
Kain meteu o feijão na boca, ele pareceu ter ficado um pouco mais forte.
- E então? – perguntou Deolyn.
Kain pegou o caldeirão de abóbora e o espremeu até virar uma placa de metal.
- Força – disse Julia – guarde estes doces, talvez precise um dia.
- Por quanto tempo fica ativo? – perguntou Kain.
- Meia-hora – disse Julia – porém, coma um de cada vez, dê pelo menos uns cinco segundos para engolir outra!
- Porquê? – perguntou Deolyn – o que acontece?
Julia fez um gesto bem claro na mão dela – BOOM! – disse Julia.
- Explode? – Disse Kain – é isso que acontece?
- Na verdade não – disse Julia, Kain pareceu ter um pouco mais de alívio no rosto – porém se você engolir todas da caixa de uma vez.
Kain reparou que não podia fazer isso de jeito nenhum.
A viagem estava sendo muito divertida, todos contaram quem eram, onde moravam, Deolyn não quis falar de parentes que estudaram em Hogwarts, a tarde pairava, deviam ser seis horas da tarde, Kain olhava para as colinas e montes que passavam pela janela, vacas nos pastos, laguinhos brilhantes pelo sol da tarde, oceanos de árvores verdes...
Deolyn se levantou, olhou para as crianças e disse – galera, arrumem-se, daqui á pouco estaremos nos terrenos de Hogwarts.
Julia olhou para Kain, ele entendera o olhar de “cai fora”, porque não seria nem um pouco delicado uma moça se trocar na frente de um garoto!
Poucos minutos depois Julia deixara a cabine para Kain trocar de roupa.
- Pode entrar – disse Kain.
Kain estava vestido com o casaco de Hogwarts, preto e com uma costura estranha por dentro.
Eles se sentaram e ficaram olhando para fora, já escurecia, a noite tomava conta das cabanas que estavam longe, é de repente ele via um lago escuro, escuro não pela noite, mas sim pela tonalidade dele.
E sim, ele vira um castelo, grande, enorme, com várias torres, luzes acesas e a lua dava uma tonalidade bem gótica para o momento.
- Então esta é Hogwarts?! – perguntou Kain.
- Sim – disse Julia – incrível não?
- Demais! – disse Kain fascinado.
O trem parara, era a hora de descer.
Eles se levantaram e se moveram para á saída, havia uma senhora bonita, cabelos ruivos e olhos verdes.
- Veteranos, sigam-me – disse a mulher.
- Novatos, por favor, me acompanhem! – disse Deolyn.
- Vamos Kain – disse Julia.
Eles seguiram Deolyn, várias crianças acompanhavam o homem. Eles desceram para uma gruta que havia ali perto, lá haviam canoas com lamparinas penduradas por varas.
- Escolham suas canoas – disse Deolyn.
Julia e Kain se sentaram na canoa mais próxima, era muito grande, deviam caber umas sete crianças nela.
Logo os espaços vazios foram preenchidos por outras crianças.
Todas fingiam que Kain e Julia não estavam lá, porém uma criança de cabelos castanhos escuros e olhos da mesma cor do cabelo fora falar com eles.
- Noite fria não é? – disse ele.
- Com certeza! – disse Kain entusiasmado.
- É verdade – disse Julia – qual o seu nome?
- Raphael – disse ele – e o de vocês?
- Kain – disse ele. Julia – ela disse.
Eles foram conversando durante o caminho para o castelo, era um lago muito grande, Kain tinha a impressão de ter visto um polvo debaixo d’água.
Eles chegaram á uma pequena caverna, pareciam estar debaixo do castelo.
- Venham crianças – disse Deolyn – irei mostrar o caminho á vocês!
E novamente andaram, o castelo tinha um tom muito que antigo, secular era um tom de vista para ele.
Eles pararam diante de uma porta grande, de bronze maciço.
- É – disse Deolyn – até que enfim deram uma limpada nessa porta!
As crianças riram do que Deolyn disse.
- Bom galera – disse Deolyn – vou deixá-los aqui, a prof. Helena os guiará daqui a diante!
E ele foi para o final do corredor e dobrou na primeira esquina.
Era muito, de fato, o nervosismo estava estampado na cara de Kain, era óbvio que dali em diante ele seria um bruxo, mas será que ele ia ao lugar certo?
Kain realmente não estava com pensamentos sóbrios na sua cabeça, ele estava viajando mais do que o normal, mas ele fora interrompido por uma voz aguda vindo de uma moça.
- Por favor, façam fila aqui – ela disse.
Era realmente muito grande a fila que se formava, Kain olhou para trás, depois para á frente, ele era o quinto da fila.
- Entrem – disse ela abrindo a porta com a varinha.
Era um salão gigante, havia quatro mesas com vários alunos, e no final se encontrava uma mesa com um senhor de cabelos prateados, e várias pessoas nela, era de fato, os professores da escola.
Na frente da mesa havia um chapéu velho com uma costura que parecia uma boca, e ele começou a cantar:
Bem vindos alunos de coração
Seu futuro e sua majestosidade estão aqui neste castelão
Onde ficarão? Só eu direi, sim, esse chapéu lindão
Nas suas cabecinhas irei explorar seus sentimentos
E seu mais profundo desejo de viver
Onde ficarão? Na Grifnória? Onde seus alunos
São sangues-frios e corajosos, que nunca terão medo de morrer?
Ou será na Corvinal? Onde sábios e inteligentes alunos
Serão capazes de usarem as estrelas para viver?
Será na Lufa-Lufa? Onde seus alunos são a verdadeira amizade
Leais e fieis até o ultimo momento da sua vida?
Ou na Sonserina? Onde são os donos da inimizade
Contudo são espertos, e grandes magos com poderes maiores ainda?
Venham alunos, não tenham medo de serem felizes
Colocarão nas suas cabeças o papai aqui
Para lhes concederem o direito de permanecer aqui
Porquê vocês são nada mais nada menos do que
O tesouro de Hogwarts, por isso no meu coração (?)
Estarão para sempre!
Kain entendera que a única coisa a fazer era colocar o chapéu na cabeça para saber o que iria acontecer.
- Todos em fila - disse a mulher – ótimo, prossigam!
Essa era a única voz que ecoava na mente de Kain, ele estava muito nervoso naquela hora, o que aconteceria se ele colocasse o chapéu, mas não acontecesse nada?
Seria um terrível engano e seria mandado direto no primeiro trem para Londres?
- Andressa Hawk – disse a mulher.
A garota foi até o banquinho e colocou o chapéu na cabeça.
Minutos se passaram até que o chapéu gritou – Corvinal!
A garota foi feliz para a mesa ao lado esquerdo.
- Camila Hooch – disse a mulher.
A menina morena foi até a cadeira e se sentou, pegou o chapéu e colocou na cabeça – Grifnória!
A garota saiu para a mesa ao lado direito.
- Jack Willow – disse a mulher agora.
Jack foi até o chapéu e o colocou, o chapéu ficou bastante pensativo, e de repente – Son...Não espere, Grifnória!
Jack pareceu meio que desapontado com a decisão e foi para a mesa da Grifnória.
- Raphael Howler – disse a mulher.
Raphael sentou na cadeira e colocou o chapéu, ele pensou mais uma vez e gritou – Grifnória!
Era a vez de Kain agora, estava constrangido demais para continuar o caminho, mas de repente – Kain Rellen!
A mulher chamara pelo nome dele, ele se dirigiu até a cadeira e colocou o chapéu na cabeça.
- Ah, hum, que cabecinha estranha – disse o chapéu – tem medo, mas tem muita coragem, sim, a coragem transborda do seu coração, diga filho, de que família você é mesmo?
- Rellen – disse Kain – aliás, eu sou o único bruxo na família.
- Hum, muito interessante – disse o chapéu – você é bruxo puro, e ao mesmo tempo um trouxa puro, podemos dizer que você nasceu para estar na GRIFNÓRIA!
O coração de Kain pulou de alegria e nervosismo, ele saiu da cadeira com as pernas bambas.
- Julia Heathdagger – disse a mulher.
Julia se sentou, o chapéu mais uma vez pensativo proclamou – Grifnória!
E Julia foi se sentar ao lado de Kain e Jack.
Vários alunos foram escolhidos, Lufa-Lufa, Corvinal, Sonserina...
A seleção terminara, e o senhor de cabelos prateados se levantou.
- Boa noite meus caros alunos veteranos e calouros – disse ele – meu nome é Auronel Colones, eu sou seu diretor, eu desejo um bom ano letivo para vocês, e como diria Dumbledore: Pateta! Chorão! Besta! Beliscão! Obrigado!
E sentou-se, todos bateram palmas, Kain não sabia se ria ou ficava sério.
Mas nesse momento o pensamento desaparecera da cabeça dele, a mesa estava cheias de uvas, maçãs, frangos assados, batatas fritas, tudo o que Kain imaginaria de comida gostosa estava ali.
- Com comida assim quem precisa de casa? – disse Jack pegando um peito de frango para colocar no seu prato.
- Eu não sei – disse Julia.
- Só sei que essas batatas estão uma delícia! – disse Kain.
A noite foi divertida, até que...
- Bom meus alunos – disse Auronel – estão prontos para ir dormir?
As pessoas se retiraram das mesas e formaram um fila novamente para fora do salão.
- Grifnória – disse um garoto alto – siga-me!
Era um monitor, sim o monitor da Grifnória, eles subiram uma escada, e pararam em uma sala cheia de escadas que se moviam sozinhas.
Seguiram o monitor até um quadro com uma mulher gorda.
- Inervatas – disse o monitor.
- Com certeza – disse a mulher no quadro.
Ela dera uma passagem para dentro do quadro, fazendo todos alunos entrarem.
- Garotas lado esquerdo – disse o monitor – garotos lado direito.
Ele estava se referindo aos aposentos – Esta é a Sala Comunal, aqui será sua casa e sua moradia, tomem conta dela!
Quase todos subiram, mas Kain ficara sentado no sofá, pensando que aconteceria no dia seguinte.
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