Capítulo 1 - O Expresso e a Se



N/A - Rowling revelou que Tonks era lufa-lufana em entrevistas.


A canção do Chapéu Seletor é uma merda, mas é necessária para a história   


                     Capítulo 1 – O Expresso e a Seleção


            Alvo sentia-se tonto acenando para o pai pela última vez, quando ele já não passava de um rosto dentre milhares na multidão, quase identificável. Ele e Rosa, sua prima, estavam na cabine vazia que eles tinham escolhido. Ele virou-se e viu Rosa abrindo o livro “Hogwarts, uma História”. Alvo suspirou. Por mais diferente que fosse da mãe, Rosa tinha isso em comum com ela: As duas são devoradoras de livros, e no tempo escolar cdfs de mão cheia. Ele ouviu alguém bater na porta da cabine, e abriu-a. Era uma garota branquela de leite, com cabelos de tom castanho-claro e olhos azuis. Ela era mais alta do que Alvo, tinha mais ou menos a altura de Rosa, pela qual Alvo batia no ombro.


            - Pode entrar, aqui só temos eu e minha prima – Convidou Alvo, com um sorriso encorajador. A garota finalmente sentou-se no banco ao lado de Rosa, que ainda estava entretida na leitura.


            - Eu sou Arianna White, e vocês? – A garota falou, sorrindo um e depois para outro (mas Rosa obviamente não viu, estava lendo pela vigésima vez o terceiro capítulo de Hogwarts, uma História).


            - Sou Alvo Potter, e essa é Rosa Weasley, minha prima. – O garoto tentou falar seu nome como fosse um nome comum, para caso ela fosse nascida trouxa. Não queria muita atenção aquela hora.


            - Nossa! Dizem que um tal de Harry Potter venceu o maior bruxo de todos os tempos! Vocês são parentes? Eu sou nascida trouxa, mas me disseram que meus ancestrais eram bruxos, então pesquisei em todos os livros de história que pude na Floreios e Borrões. – Ela falou animadamente, e Alvo se sentiu nervoso.


            - Eu sou filho dele, mas não é grande coisa... – Tentou começar Alvo, mas foi cortado pela prima.


            - Ele não gosta de muita atenção, sabia? – Ela disse, e Arianna acenou com a cabeça, como se tivesse entendido.


            - Sei... – Comentou Arianna, e ficou um silencio incomodo na cabine, até que Rosa encostou o livro ao seu lado no banco e resolveu falar.


            - Arianna, você sabe sobre as quatro casas de Hogwarts?


            - Hein? Não sei não. Tudo em Hogwarts é novo pra mim. Eu li vários livros de história, mas nenhum falava de Hogwarts... – Respondeu a garota interessada.


            - Existem quatro casas: Grifinória, Sonserina, Lufa-Lufa e Corvinal. Aqui no livro uma descrição sobre elas. – Explicou a garota, entregando o livro na pagina para a garota.


            “As casas de Hogwarts serão sua moradia caso você estude lá. A Grifinória, Fundada por Godric Grifinória, preza a coragem, a ousadia, o sangue frio e a nobreza. Seu símbolo é um leão, suas cores são vermelho e dourado. A Sonserina, fundada por Salazar Sonserina, preza a ambição e a astúcia, seu símbolo é uma serpente e suas cores são verde e prata. A Lufa-Lufa, fundada por Helga Lufa-Lufa. A casa preza a justiça, a lealdade, o trabalho duro e a ausência de medo da dor. Suas cores são amarelo e preto. A Corvinal foi criada por Rowena Corvinal, e preza a curiosidade e sabedoria. Suas cores são azul e bronze.”


            - Que legal! Eu acho que quero ser da Lufa-Lufa. Tem as melhores características: Não têm medo da dor, são justos, leais...


            Rosa a cortou.


            - Grifinória é melhor. É a casa dos maiores magos de toda a história bruxa.


            - E de Pedro Pettigrew – Interferiu Alvo. – Não acho que a casa defina se você vai ser bom ou mal bruxo. Eu tinha medo de entrar na Sonserina por causa disso, mas meu pai falou que meu nome do meio foi inspirado num sonserino.


            - Sério? – Perguntou Rosa surpresa. – Meu pai fala muito mal de sonserinos. Disse que a maioria trabalhava para Voldemort.


            - Se meu pai disse que o cara que inspirou meu nome foi diretor de Hogwarts e era sonserino – interviu Alvo. – Não acho que todos são assim.


            Rosa ponderou por um momento para depois dizer.


            - Tem razão.


            Alvo sentiu que ela tinha dito isso só para agradá-lo, mas sua opinião continuava a mesma. Mas deixou quieto.


            Eles continuaram conversando sobre as casas de Hogwarts. Rosa e Alvo obviamente queriam ser grifinórios, mas ninguém poderia convencer Arianna que a melhor casa para ela não era Lufa-Lufa.


            - Meu pai disse que a pior coisa é ser Lufano. Vão mexer contigo a escola inteira.  – Disse Rosa. – E você vai ficar longe da gente.


            - Como se decide em que casa você fica? – Perguntou Arianna curiosa.


            - Pelo Chapéu Seletor. Ele te diz aonde você fica. – Respondeu Alvo.


            - Então não é escolha. – Percebeu Arianna desapontada.


            - Meu pai disse na estação que você pode interferir na escolha. – Tentou confortá-la Alvo.


            - Então está bem. Mas se a decisão não é nossa, como sabem que irão pra Grifinória? – Perguntou Arianna curiosa.


            - Toda nossa família foi da Grifinória. – Rosa disse.


            - Ah, vocês são parentes, né?


            - Primos.


            - Então tomara que fiquem na Grifinória. Se é isso o que vocês querem...


            O carrinho de comida passou e eles pegaram feijãozinhos de todos os sabores, e ficaram comendo e conversando a viagem inteira.


            Quando chegaram à estação, um homem enorme veio ao alcance dos alunos.


            - Ele é gigante?


            - Meio gigante – Respondeu Alvo. Conhecia Hagrid desde que nasceu praticamente. Ele era um dos melhores amigos do pai dele.


            - Alunos primeiranistas, venham por aqui! – Chamou Hagrid, e uma fila de alunos o seguiram até a beira de um lago, da onde era possível ver Hogwarts.


            - É enorme! – Se surpreendeu Arianna.


            - Bem vinda ao clube. – Se divertiu Rosa.


            Logo atravessaram o lago de barco e estavam subindo as escadas do castelo. Chegaram a um lugar aonde uma mulher, que Alvo julgara ser Minerva McGonagall, bloqueava a entrada ao Salão Principal. Ela deu as instruções que Alvo e Rosa tinham dado a Arianna, sobre as casas e citou alguns membros bons de cada uma, Grifinória, Harry Potter, é claro. Corvinal ela citou Luna Lovegood, que agora era uma pesquisadora famosa ao lado de Rolf Scarmander.  Lufa-Lufa ela citou Ninfadora Tonks, que tinha sido uma grande auror e lutou contra os servos de Voldemort na batalha da Hogwarts.


            - Viu como existem membros bons na Lufa-Lufa? – Arianna disse convencida. Rosa bufou e Alvo riu. Obviamente a prima não sabia que a mãe de Teddy era lufana.


            E por fim, ela falou da Sonserina e de Severo Snape, diretor e um herói afinal. Alvo sorriu orgulhosamente, sabendo que seu nome do meio se devia a ele.


            - Então nem todos sonserinos são das trevas afinal. – Finalmente Rosa entendeu o que Alvo quis dizer no trem.


            Após o discurso, a porta se abriu e eles entraram no Salão Principal, onde todos os alunos veteranos já estavam em suas mesas. Eles seguiram, a maioria olhando o céu estrelado que Alvo sabia que era feito por magica. Arianna estava encantada, então Alvo preferiu não estragar a alegria da amiga contando a ela. Quando finalmente estavam em fila no final do caminho, o Chapeú Seletor começou a cantar.


Ah, eu tenho algo a dizer:


Esse ano muitas surpresas irão surgir


Lendas irão ressurgir,


Preconceitos, reflexões,


Nesses nobres – e não tão nobres – corações.


Fiquem atentos pois esse ano é especial,


Sem superficialidade, a escola não é banal.


É aprendizagem pra vida inteira.


 


Foi incrivelmente rápida a canção, e deixou Alvo pensando no que ela poderia dizer. Mas logo foi tirado de seus pensamentos quando Bryan Adams, que devia ser nascido trouxa, foi chamado para a seleção. Ele sentou-se no banquinho e, em segundos, o chapéu soou:


- Corvinal!


 alunos da casa azul e bronze aplaudiram amigavelmente. David Thewlis se tornou um grifinório, Brad Color um lufano e Caroline Porter foi para a Corvinal. Outros vários alunos foram selecionados quando chegou à vez de Arianna, que foi alegremente para o banquinho e travou uma conversa com o Chapéu. Já era um minuto de conversa quando o Chapéu anunciou:


            - Lufa-Lufa!


Os Lufanos, sempre calorosos, aplaudiram bastante. Arianna foi-se sentar na mesa amarela e preta, aonde foi super bem recebida.


            A seleção continuou. Ao todo, vinte e três alunos seriam selecionados. Alvo sentiu-se nervoso quando o décimo oitavo foi anunciado um lufano, pois logo chegaria sua vez.


 


            - Alvo Severo Potter! – Chamou a professora Minerva.


 


            O salão inteiro virou-se para ele. Alvo tropeçou de nervosismo, fazendo todos rirem. Alvo conseguiu recuperar o equilíbrio e sentar-se no banquinho. Sentiu o chapéu ser colocado e atrapalhar sua visão.


            “Oras, outro Potter. Seu irmão é uma cabeça muito tediosa, mas vejo que você tem muito de seu pai. Mas é diferente. Seus desejos são diferentes. Ele desejava cumprir suas expectativas, você deseja superá-las. Sinto muito, você não é material grifinório!”.


- Meu pai disse que eu poderia escolher! – murmurou Alvo, para que ninguém mais ouvisse.


            “Eu sei ler mentes, rapaz, não precisa falar”. Você não tem o sangue-frio grifinório. Eu deixaria você escolher se você tivesse características grifinórias como seu pai. O que não é o caso.”


            “Eu sou corajoso!” Pensou raivosamente Alvo.


            “Você tem coragem, mas um tipo de coragem diferente dos grifinórios. A coragem Grifinória é de sangue-frio, você tem o sangue quente rapaz. Você é nobre sim, mas sua coragem é atrevida e desafiadora, até meio arrogante. Você não é grifinório. Você é astuto, você tem a ambição de superação, você quer sempre mais. Você é um sonserino.”


            Alvo não conseguiu pensar em nada para argumentar. Então, o chapéu soou para o Salão:


            - Sonserina!


            O salão ficou em choque, até os sonserinos começarem a aplaudir. Politicamente, como fazem com todos os alunos. Alvo decidiu que não iria receber tratamento especial por ser um Potter, e gostou disso. Tiago, seu irmão, berrava obscenidades para o chapéu. Alvo acenou para ele, como que dizendo que estava bem e sentou-se ao lado de Escórpio Malfoy, recém-nomeado sonserino também. Não deu tempo para muita conversa, Rosa fora chamada logo após ele.


            Parecia uma eternidade a espera para qual casa Rosa iria ser sorteada. Lembrando as palavras do tio Rony na estação, desejou pelo bem da prima que ela fosse grifinória. O chapéu gritou finalmente “Grifinória” e Alvo sentiu um alivio no peito. Avistou Rosa indo se sentar ao lado de Tiago, que ainda estava emburrado, e olhou Arianna, que estava em uma conversa animada com uma nova amiga. Arianna percebeu que Alvo estava olhando e sorriu. Alvo retornou o sorriso. Aquele seria um longo ano.


 


 

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