Meu, Seu, Nosso Futuro
Olá leitores!
Eu me empolguei tanto com o último capítulo que tive que escrever esse o mais rápido possível. Embora esses dois capítulos tenham sido bem melancólicos, prometo que as coisas vão melhorar, e ainda vamos ter boas traquinagens e várias risadas com esse grupo. O título do cápitulo é o nome da Fic porque ele resume muito bem o que eles sentirão de agora em diante, até porque tem várias revelações...
Respondendo o comentário da Deusa Potter, eu também me imagino nessa situação... deve ser doloroso saber que seus amigos morrerão, ou que voce vai morrer antes de muita gente... complicado! Garanto que o capitulo mais dificil dessa fanfic foi esse, tive que pesquisar a história de muita gente! Além de ter que fazer várias pesquisas das entranhas da historia do Harry... Viva o Wikipedia!
Espero que gostem desse capítulo, já comecei a escrever o próximo! To super empolgada, MESMO! Ainda mais vendo que o número de leitores só cresce...
Boa leitura!
Cap. 11: Meu, Seu, Nosso Futuro
Um silêncio mortal tomou a sala. Todos olhavam para Dumbledore sem expressão. Os joelhos de Samantha fraquejaram e ela caiu sentada no chão. Tiago foi para trás tateando algum lugar, até encontrar o degrau perto da mesa, onde ele sentou e cobriu o rosto com as mãos. Lilian permaneceu com a cabeça baixa, sem saber se ria ou chorava com aquilo. Domenick encostou na parede, olhou para o teto e fechou os olhos. Remo e Sirius se olharam e permaneceram em silêncio.
- Eu sei o quanto isso é doloroso... mas já que estão aqui, eu não tenho outra alternativa.
Samantha deitou sobre os joelhos e começou a chorar. Lilian foi até a amiga, sentou do lado de Samantha e a abraçou, fazendo com que grossas lágrimas escorressem por seu rosto também.
- Professor... – Tiago disse com a voz bem rouca. – Conte-nos o que aconteceu.
Dumbledore também abalado sentou-se ao lado de Tiago, nos degraus perto de sua mesa.
- Pouco tempo depois que vocês todos saíram de Hogwarts, eu montei um grupo secreto de defesa contra as artes das trevas. O nome desse grupo era a Ordem da Fênix, e vocês se integraram a esse grupo. Nós combatíamos os Comensais da Morte, como são conhecidos os seguidores de Lord Voldemort. Encontrávamos-nos todas as semanas, e investigávamos possíveis ataques, que o Ministério encobria para evitar o caos no mundo bruxo. Vocês dois... – ele apontou para Tiago e Lilian. – Se casaram algum tempo depois, e Lilian ficou grávida em alguns anos de casados.
Tiago olhava para os próprios pés, e não pode deixar de sorrir com o que ouviu. Lilian permaneceu em silêncio, ainda abraçando Samantha, embora a loira já tivesse parado de chorar e escutava o diretor com atenção. Dumbledore continuou:
- Em um certo dia, quando Lilian já estava perto de dar à luz, uma profecia foi feita, dizendo que um menino iria nascer de um casal que tivesse enfrentado Voldemort três vezes, e que Voldemort o escolheria para ser O Eleito. Esse menino travaria uma batalha com Voldemort, e um deles seria destruído, e apenas esse menino teria tal poder para matar Voldemort. Dois casais que haviam enfrentado Voldemort três vezes, saindo vivos das três vezes, esperavam filhos naquela época: Lilian e Tiago Potter, e Alice e Frank Longbotton. Os dois casais eram da Ordem da Fênix e tiveram seus filhos no dia 31 de Julho, e aí nosso mundo caiu.
Dumbledore caminhou pela sala mais uma vez, escolhendo as palavras certas. Parou diante da janela, onde uma forte tempestade ainda caía.
- Alice e Frank foram capturados pelos Comensais quando Neville, o filho deles, ainda tinha um mês. Foram torturados para soltarem informações sobre os membros da Ordem, mas não entregaram ninguém. Os dois acabaram perdendo a razão depois de tanta tortura, e hoje estão no St. Mungus. Com esse incidente, tivemos que esconder o outro menino, Harry Potter. Tiago, Lilian e Harry foram escondidos em uma casa em Godric’s Hollow, e sob o feitiço Fidelius. O Fiel do Segredo, o único podia espalhar onde vocês estavam era um amigo de vocês, Pedro Pettigrew. Vocês sabiam que escolher Sirius ou Remo, que eram muito melhores em magia que Pedro, seria algo arriscado e óbvio. O problema é que todos nós pensávamos que Sirius, que era o padrinho de Harry, era o Fiel.
Dumbledore caminhou mais pela sala, agora olhando profundamente para Lilian.
- Na noite do 1º aniversário de Harry, Pedro Pettigrew que sofria muitas ameaças, traiu os Potter, revelando a Voldemort o esconderijo e juntando-se aos seus fiéis seguidores. Voldemort invadiu a casa, lutou com Tiago que protegia a mulher e o filho, e o matou. Logo depois, Lilian que estava no quarto tentando fugir com Harry foi surpreendida. Voldemort prometeu poupar a vida de Lilian se ela o deixasse destruir Harry. Você se recusou, e ele a matou. Quando ele se dirigiu para Harry, algo aconteceu. – ele ainda fitava Lilian nos olhos, ele pigarreou um pouco e continuou. – Tiago deu a vida por vocês dois, e depois você deu a vida ao filho. Com a sua morte, Lilian, Harry foi protegido por um feitiço muito poderoso e muito antigo, que pelo amor que você tinha por Harry impediu que Voldemort o matasse, fazendo o feitiço da Morte virar-se contra o feiticeiro. Voldemort desapareceu naquela noite, e Harry virou o Menino que Sobreviveu, e naquela noite, Harry foi escolhido como O Eleito. Sirius que era inocente foi preso pelo Ministério e condenado à prisão perpétua em Azkaban, e Pedro se escondeu na forma de Rato, e como era animago ilegal, o Ministério julgou que ele tivesse morrido. Harry foi mandado para a casa de sua irmã trouxa e o marido dela, para que cuidassem de Harry e o mantivesse protegido na casa onde ainda havia o sangue de Lilian Evans...
De repente Sirius bateu com força a mão na mesa, assustando todos ao redor com o barulho. Seus olhos estavam marejados. A idéia de perder o melhor amigo e ser culpado por esse fato o revoltou profundamente, ele sentia uma onda de raiva e dor em seu peito. Dumbledore colocou a mão no ombro do rapaz para tentar acalmá-lo.
- Meu rapaz, eu sei que isso é revoltante, ainda mais agora que sabemos que depois de 13 anos preso, você sempre foi inocente.
- Eu... EU VOU MATAR O PEDRO! – berrou Sirius a plenos pulmões.
- Sirius...
Tiago foi até o amigo e o abraçou. Sirius começou a chorar muito, todos ficaram surpresos, apesar de saberem a dor que ele devia estar sentindo. Quando Sirius se recompôs, Dumbledore continuou, agora fitando Sirius.
- Ano passado, descobrimos que o verdadeiro Fiel do Segredo era Pedro Pettigrew. Você fugiu de Azkaban e tentou se aproximar de Remo, que se tornou professor de Defesa Contra as Artes das Trevas no ano passado, e de Harry, para poder provar sua inocência. Quando você e Remo acharam Pedro, Harry e dois amigos estavam presentes, e Sirius contou tudo o que aconteceu para Harry, quem era o verdadeiro Fiel do Segredo, quem realmente tinha traído Lilian e Tiago. Pedro conseguiu fugir, e Harry então o ajudou a lutar contra dementadores e encontrar algum lugar seguro, e hoje você ainda está sendo perseguido pelo Ministério, apesar de estar sob minha proteção e ter o apoio de Harry e Remo sempre que pode, além de alguns outros bruxos de extrema confiança, como Molly e Arthur Weasley, alguns professores de Hogwarts...
- E o que aconteceu conosco? – disse Domenick, referindo-se a ele e a irmã.
- Você, Domenick, foi enviado em uma missão para se tornar um Comensal espião da Ordem. Era nossa missão mais perigosa, e você conseguiu mantê-la, até Pedro trair todos nós. Ele disse o nome dos principais membros da Ordem, inclusive o seu e de sua irmã. Samantha foi seqüestrada e torturada na sua frente para que você revelasse outros nomes da Ordem, mas antes que você pudesse revelar mais informações, ela conseguiu se matar com uma adaga que tinha escondida nas vestes. Você foi morto logo depois. – terminou Dumbledore.
Domenick olhou para a irmã, que recomeçou a chorar. Lilian lhe deu espaço, e ele a abraçou carinhosamente.
- Isso não é justo. – pronunciou Lupin. – Eu não fiz nada pelos meus amigos! Sinto-me fraco perto de toda essa história.
- Remo, você todos esses anos ajudou-me a proteger Harry, ajudou Sirius a se livrar de um destino horrível, e ainda sempre foi fiel a Dumbledore! – disse McGonagall, que estava bem séria. – Você viu todos seus amigos morrerem e sofrerem, e mesmo assim manteve-se firme, lutando sempre para que a justiça prevalecesse.
- Sim, mas enquanto Sirius sofria em Azkaban, eu mantive-me em silêncio por 13 anos!
- Todos pensavam que Sirius era o culpado. – disse Dumbledore. – E agora que sabemos da verdade, lutamos pela inocência dele. Sua luta está só começando.
Ele ficou em silêncio novamente. Lilian levantou-se e disse rapidamente.
- Eu... preciso de um tempo.
Ela saiu da sala.
- Acho que vocês todos precisam pensar em tudo que lhes contei. Teremos que conversar amanhã de novo, podem voltar de manhã para minha sala, por favor?
Os jovens assentiram com a cabeça.
- Vocês passarão vários dias aqui, portanto terei que alojá-los em algum lugar, criarei dois quartos nos dormitórios da Grifinória, um para as moças e outro para os rapazes. – disse Prof. Flitwick, saindo da sala e indo para a Grifinória.
- Acho que todos precisam de uma boa noite de sono para processarem tudo o que lhes disse... aqui está. – Dumbledore foi até seu armário e tirou seis frasquinhos de uma poção azul escuro, e entregou-a aos presentes. – Essa é uma Poção do Somo, vai descansá-los para o dia de amanhã, fazendo-os dormir sem sonhar. Por favor, Samantha, entregue a Lilian quando ela for pro quarto.
- Sim diretor. – Samantha falou com a voz meio fraca ainda, pegando dois frasquinhos.
- Pedirei aos elfos que levem o jantar de vocês nos quartos, se quiserem comer. Muito bem, uma boa noite a todos. – Dumbledore disse finalmente.
Eles saíram da sala do diretor acompanhados pela Profa. McGonagall, ainda meio zonzos com tanta informação. Não conseguiam falar um com o outro, estavam entorpecidos o bastante para isso. Nos corredores, alguns alunos voltavam para suas casas para dormir, e ficaram curiosos com aqueles jovens com uma cara bem triste. Logo depois, alguns monitores vieram e conduziram esses alunos para suas casas.
Eles chegaram à Grifinória. Flitwick havia acabado de terminar os quartos. A sala comunal estava cheia, com amigos que se reencontravam depois do Natal conversando alegremente, mas todos ficaram em silêncio quando eles entraram.
- Muito bem senhores, para a cama! Amanhã vocês têm um dia bem cheio! – disse McGonagall enxotando os alunos.
Sob alguns protestos, os alunos subiram para seus dormitórios. McGonagall virou-se para os jovens.
- Podem subir agora, se quiserem... precisam descansar.
- Espere, e a Lilian? – disse Tiago. – Ela ainda não voltou!
- Eu irei atrás da Srta. Evans, Sr. Potter. Não se preocupe.
McGonagall saiu da Sala Comunal atrás de Lilian.
- Espero que ela não faça alguma bobagem. – disse Tiago, subindo para seu quarto.
Lilian andava pelos corredores sem saber muito aonde ir, ela só queria tentar esquecer tudo aquilo, tentar se acalmar. Ela desceu até o térreo, onde chuva caía incessante lá fora, e a brisa úmida que vinha dos jardins parecia tentadora. Ela foi até o jardim e deixou toda a água lavar aquelas mágoas, tentar arrancar aquele sofrimento que ela carregava no peito. Quando estava totalmente ensopada, ela sentiu seu estômago revirar, um enjôo muito forte, e tentou correr até um banheiro, em vão, pois vomitou no pé de uma escadaria. Ela odiava vomitar, mas estava muito nervosa, seu corpo não suportava tanta coisa nova em uma só noite. Ela lembrou que às vezes vomitava depois de estudar muito em um dia inteiro.
- Ei, você está bem?
Ela se assustou ao perceber que tinha alguém observando aquela cena desagradável. Ela ergueu o corpo, limpou a boca nas vestes e com o aceno de sua varinha, o local onde havia passado mal com um feitiço Limpar estava limpo novamente.
- Quer ajuda?
Uma menina de cabelos castanhos encaracolados sorriu pra ela. Lilian não sorriu de volta, mas corou um pouco.
- Não obrigada, eu só estava um pouco enjoada, e não consegui chegar a um banheiro...
- Entendi. Quer companhia? Eu estava voltando pra minha casa agora, se quiser podemos ir juntas, já que pelo jeito você também é da Grifinória. – a menina apontou para o brasão vermelho nas vestes de Lilian. – A propósito, meu nome é Hermione.
Lilian assentiu e ela e a menina subiram as escadas, indo em direção à Grifinória. Caminharam um pouco e chegaram finalmente ao quadro da Mulher Gorda.
- Unicórnio!
O quadro se abriu, Lilian viu que nenhum de seus amigos estava na Sala Comunal. “Devem estar dormindo já”, ela pensou. Haviam apenas dois garotos jogando xadrez de bruxo.
- Hey Mione! Onde você estava?
Um garoto de cabelos muito ruivos falou para a menina de cabelos castanhos. O outro garoto que jogava xadrez estava de costas, tinha os cabelos bem pretos.
- Desculpe Rony, eu fui procurar a Profa. McGonagall para saber se posso fazer umas aulas extras de Transfiguração. E encontrei ela - ela virou-se para Lilian – no corredor um pouco mal, e fui ajudá-la.
Desta vez o garoto de cabelos pretos levantou a cabeça e olhou para Lilian, que percebeu que era Tiago.
- Nossa Potter, vejo que você faz amizades fácil.
O garoto fez uma cara de quem não tinha entendido muito bem. Aí Lilian percebeu que Tiago parecia bem mais novo, seus olhos estava bem mais claros que o normal, um nariz um pouco menor...
Ela petrificou.
- Desculpe... acho que não me lembro de você. Já nos conhecemos? – disse o menino agora virado para ela.
Lilian não sabia o que falar. Ela tinha certeza, ele só podia ser...
- Harry! Preste atenção no jogo ou vai perder de novo! – disse Rony para o menino com um olhar reprovador.
Lilian caiu no chão sentada. Hermione abaixou-se aflita para ajudá-la.
- Você está bem??? Vou chamar um professor!
Antes que Lilian pudesse impedir, Hermione saiu correndo pela entrada. Os dois garotos saíram de onde estavam e foram socorrer a ruiva.
- Vamos, sente-se aqui no sofá. – disse Rony ajudando-a se levantar.
Lilian sentou na poltrona, suas mãos estavam gélidas, seu rosto muito pálido, e as vestes ainda pingavam por causa do banho de chuva.
- Você está melhor? – disse Harry tirando suas vestes para cobrir o corpo frio da moça.
Lilian olhou para o garoto. Se colocassem Tiago e Harry próximos, ela jamais saberia a diferença. Exceto pelos olhos, idênticos aos dela. O garoto tinha um olhar objetivo, era bem magro, usava óculos arredondados no rosto. Ela percebeu que ele tinha uma marca na testa, e aproximou a mão para tocá-la. Harry não a impediu, e ela levantou seus cabelos para ver a cicatriz em forma de raio.
- O-onde conseguiu isso?
Harry e Rony se assustaram.
- Como assim moça, em que mudo você vive? – disse Rony estupefato. – Ele é Harry Potter, o Menino que Sobreviveu!
Lilian continuava fitando a cicatriz do garoto.
- Cala a boca Ron! – disse Harry rindo do amigo. – Minha mãe morreu por mim, e essa marca simboliza que ela selou meu corpo com um feitiço poderoso... mas realmente, essa história é bem conhecida. Você é nova por aqui?
Lilian não soube o que responder, e antes que os garotos pudessem dizer qualquer outra coisa, Hermione entrou com McGonagall na Sala Comunal.
- Meu Merlim, onde você estava minha querida? – disse a professora vendo o estado em que Lilian estava: toda molhada, muito pálida.- Você precisa de um banho, ou vai se resfriar.
- Professora, acho que ela está um pouco confusa... melhor levá-la à Madame Ponfrey. – disse Harry dirigindo-se a professora.
Foi ai que McGonagall viu que Lilian estava esse tempo todo com Harry, Rony e Hermione, e se assustou.
- O que vocês três estão fazendo aqui?
Eles se assustaram em ver a reação da professora.
- Estávamos ajudando a... qual seu nome mesmo? – perguntou Rony a Lilian.
- Subam imediatamente! Já passa da hora de ir dormir!
Eles subiram para seus dormitórios, ainda estranhando a reação da professora perante a aluna nova.
- Srta. Evans... vá pra cama. Hoje seu dia não foi dos melhores.
Lilian começou a chorar copiosamente, e a professora a acalmou, enquanto ela chorava. Depois de Lilian se recompor, ela subiu para seu quarto, tomou um bom banho, vestiu um pijama, tomou a poção que Samantha lhe deixou com um bilhete: “Beba antes de dormir” e dormiu profundamente.
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