Parte Dois
Título: Mande Fudge
Autora: Annibug (annibug gmail com)
(Título Original - Send Fudge)
Traduzida por Walfreeda Myrddin (mrvitta yahoo com br)
Disclaimer: Harry Potter® e os demais personagens da obra de J. K. Rowling são dela, e só dela, e ela resolveu ceder o direito de exploração para a Warner, para a Bloomsbury e para mais um monte de gente, e não para nós, fazer o quê... eu nunca disse que a propriedade intelectual não pertence a ela e eu meto um processo nas fuças de alguém que disser que eu disse uma coisa dessas (hahahaha). Bem, o fato é que sabemos muito bem de quem é a propriedade intelectual destes personagens (não é minha, nem de ninguém que escreve as fics, mas da Rowling, com cessão para a Warner e para quem mais ela quis), e não estamos explorando as marcas ou auferindo lucro, nosso único objetivo é homenagear a autora e nossos personagens favoritos. Portanto, s’il vous plaît, não nos processem, sim? Somos do bem, e não ganhamos nada com isso...
Parte Dois
Draco estava deitado, tentando ignorar a entrega que havia recebido em mãos. Harry Potter acabara de retornar da temporada de uma semana com os Weasleys. Ele tinha um sorriso que parecia estar fixado permanentemente no seu rosto, o que fazia Draco querer azará-lo da pior forma possível.
“Isto é pra você,” Harry disse, lançando a ele um olhar furtivo enquanto atirava o pacote ao garoto loiro. Ele foi parar bem no meio do peito de Draco, e lá estava até agora, quase uma hora depois. Porra, porra, porra, ele pensava mais uma vez. A vontade de saber o que estava no pacote o matava lentamente. Ele odiava essa vontade louca que sentia de saber. Ela não deveria ter o poder de afetá-lo dessa forma. Ela era uma Weasley e, por Merlin – um demônio ruivo, pobre e nobre que havia acendido algo dentro dele, sobre o qual ele não queria tomar conhecimento, muito menos perder tempo avaliando. Mas, foda-se; lá estava ele, com Gina incrustada no seu cérebro. Ele se amaldiçoou, mais uma vez, por não ter ido vê-la. E então se amaldiçoou novamente por querer ter ido vê-la. Dane-se ela! “Melhor que tenha algum fudge nesse pacote”, ele pensou enquanto sentava no chão onde estivera deitado e começava a abrir o embrulho.
Analisando cada item que estava dentro do pacote por vez, ele sorriu quando encontrou um que de fato revelou-se ser mais fudge. Ele então abriu uma pequena caixa para examinar seu conteúdo. Draco soube imediatamente que pedra era aquela e qual o seu significado. Seu sorriso ficou maior ainda enquanto ele colocava o colar e escondia-o sob a camisa. Ele então passou para a carta, que cuidadosamente abriu. Uma foto caiu de dentro do pergaminho bem em cima do seu colo. Era de Gina no que ele supunha ser o Baile de Natal, pelas roupas escandalosamente reveladoras que ela vestia. A súbita vontade de matar Colin Creevey, seu acompanhante e, muito provavelmente o fotógrafo foi reprimida juntamente com os demais sentimentos que tinha por Gina Weasley e que não podiam ser expressados no momento. Ele guardou a foto a salvo dentro do bolso de sua jaqueta e passou a ler a carta.
24 de Dezembro
Querido Draco,
Seu canalha! Como você ousa fazer joguinhos comigo? Estou tão brava com você por me fazer passar pelo carão de explicar a sua presença a meus pais, por me preocupar se você odiaria ficar n’A Toca, por me estressar por ter você e Rony dormindo juntos no mesmo quarto, por ter que agüentar os olhares de “é melhor você me dizer o que está acontecendo” do Harry. Mas, acima de tudo, e eu não posso acreditar que eu estou admitindo isso, eu estou brava com você porque eu queria que você estivesse aqui. Eu não convidei você porque eu senti pena, e eu faria tudo para assegurar que meus irmãos fossem civilizados. Afinal, estamos trabalhando todos pelo mesmo objetivo. E eu tenho certeza que eu poderia fazer algo para manter seus pensamentos longe de seus pais. Eu apenas queria você aqui. Por mim. Canalha estúpido.
Obrigada pelo colar. Ele é lindo e eu o adorei. Tive que mostrá-lo a Fleur porque o bebê dela o pegou enquanto eu estava com ele no colo. Ela teve que desenroscá-lo das mãozinhas dele e disse que fosse quem fosse o rapaz misterioso (notei uma certa excitação nessas palavras, como se houvesse motivo), ele tinha um bom gosto para metais preciosos. Platina? Você realmente não deveria ter feito isso. Não tenho idéia de como você fez para comprá-lo, onde quer que você esteja. Embora, até onde eu sei, você poderia estar exatamente neste momento em Hogsmeade.
O floco de neve parece esquentar de vez em quando, ele é enfeitiçado?
Bem, acho que eu tenho que lhe agradecer por me mandar meu sétimo irmão para casa. Ele e Hermione ficaram com o meu quarto, é o mínimo que eu poderia fazer por ele estar bancando o garoto de recados para mim. Eu não vou nem pensar no que eles estão fazendo e eu vou queimar meus lençóis quando ele for embora. Consegui fazer você imaginar a cena? Ótimo, você merece isso por não estar aqui. Então, estou encolhida no sofá em frente ao fogo, escrevendo pra você nesta noite de véspera de Natal. Todo mundo está dormindo, menos eu, e talvez Harry e Hermione. Agradeço a Merlin pelos feitiços silenciadores. Eu acho que vou parar neste adorável pensamento.
Espero que você tenha tido um feliz Natal, e eu estarei pensando em você – contra a minha vontade.
Com carinho,
Gina
P.S. O que você achou da fotografia que o Colin tirou?
31 de Dezembro
Querida Gina,
Não fique estressadinha, minha jovem. O que eu posso fazer se você me acha tão irresistível que você não pôde suportar a idéia de me ver escapando por entre os seus dedos? Não se preocupe, eu ainda tenho uma folga pra tirar, e se você se comportar direitinho talvez eu vá lhe ver.
Pedra de Sangue, hein? Eu ouso dizer que você está preocupada comigo. É lógico, eu te dou platina, e você me dá uma pedra. Parece justo. Tire essa expressão do rosto, você sabe que eu estou brincando. É um ótimo presente, e eu gostei muito.
Bem, mas a foto também foi um presente completamente adorável. Se o seu vestido fosse um pouco mais curto, a foto seria indecente. E isso sim seria um presente! Peça para Creevey tirar uma dessas fotos. Pensando bem, não ouse pedir!
Potter anda muito feliz nos últimos dias. E agora eu imagino cenas perturbadoras dele e da Granger toda vez que o vejo, graças a você. Pentelha!
É meia-noite, 1º de Janeiro. Feliz Ano Novo, Gina.
Draco
P.S. Sim, o floco de neve está enfeitiçado.
6 de Janeiro
Querido Draco,
Você é um canalhazinho arrogante. Eu pude praticamente ver você com aquele risinho pretensioso na cara enquanto eu lia a sua carta. Você tem sorte que eu tenha senso de humor para essas coisas. Por outro lado, se você é o irresistível, porque está me pedindo fotos indecentes? Eu poderia deixar Rony dar uma olhadinha na sua solicitação, e então Voldemort seria a menor das suas preocupações.
Então, quando você vai tirar uma folga? Você tem alguma idéia? Eu provavelmente poderia estar disponível, você sabe, se você implorasse. Eu poderia até deixar que você mesmo tirasse a foto. Não há muito sentido em envolver Creevey, você deixou isso bem claro.
Bem, eu tenho que trabalhar num ensaio de Poções. Foi bom ouvir notícias suas, e Feliz Ano Novo pra você também.
Com carinho,
Gina
P.S. Você não vai me dizer qual o feitiço que você colocou no floco de neve?
7 de Janeiro
Querida Gina,
Eu sou um fracasso.
Draco.
9 de Janeiro
Querido Draco,
O que está acontecendo? Você está me deixando com medo. Aconteceu alguma coisa? Você não pode me mandar uma carta como essa e não me explicar nada.
Fale comigo.
Com carinho,
Gina
14 de Janeiro
Querida Gina,
Nós estávamos nos escondendo no Beco Diagonal depois de interceptar uma informação que mencionava vagamente um ataque planejado para logo após o réveillon. Então, nós esperamos e esperamos. Potter e eu ouvimos rumores sobre uma explosão em Hogsmeade e que éramos necessários lá, então conjuramos nossa unidade para explicar as mudanças e rapidamente aparatamos em Hogsmeade. Assim que chegamos lá, estávamos separados da unidade e nos vimos cercados por Comensais da Morte. Eles nos tinham exatamente onde queriam – um pequeno grupo de soldados ali, momentaneamente vulneráveis. Só no ataque surpresa nos perdemos quatro homens em feitiços fatais antes de aparatarmos de volta aos nossos postos originais, ao redor do Beco Diagonal. Nós rapidamente conjuramos uma área anti-aparatação que deveria restringir as movimentações na área pelo menos pelas próximas vinte e quatro horas.
Estava um pouco além da Floreio e Borrões quando meu mundo virou de cabeça para baixo. Antes que eu pudesse perceber, dei de cara com Comensais da Morte; homens do passado do meu pai. Foi a primeira vez que eu tive que ficar cara a cara com um colega de escola. Blaise Zabini, o garoto que costumava se gabar de suas conquistas sexuais enquanto jogava Snap Explosivo em frente à lareira do salão comunal, me encontrou. Nós dois congelamos. Ele retomou seus sentidos primeiro e lançou uma azaração de amarração da qual eu mal tive tempo de evitar. Nós continuamos a tentar, relutantemente, azarar um ao outro em meio a uma guerra verbal que pareceu fazer muito mais danos. Ele falava sobre o traidor que eu era, enquanto eu tentava atingi-lo com a inabilidade dele de pensar por si próprio. Eu disse a ele que ele era apenas um seguidor dos passos de seu pai e que Voldemort não poderia se importar menos com qualquer um deles. Ambos eram apenas marionetes. Como poderiam ser subservientes a um mestiço, meio-humano, um psicopata cujo o foco principal partiu da pureza do sangue, que ele próprio não tem, para a destruição de um menino de dezoito anos que ele está tentando matar nos últimos dezessete? Nessa hora eu tinha conseguido encurralar Blaise num canto do beco. Eu tinha a minha varinha no peito dele. Eu mencionei que não há prisioneiros de guerra, para ambos os lados? Uma vez encurralado, um dos lados não pode sair vivo.Eu aposto que o Profeta não fala sobre isso, sobre como o precioso lado "da luz" tem o seu próprio lado escuro. Em todo o caso, eu estava lá, varinha a postos, aqueles olhos negros ardendo dentro dos meus. Ele podia ver a minha batalha interna. Eu sei que podia. Era tudo o que o bastardo podia fazer sem sorrir. Eu deixei ele ir. Porra, eu deixei ele ir, Gina. A partir daquele momento, qualquer assassinato cometido por Blaise Zabini pode ser considerado como cometido diretamente por mim. No fim das contas, nós perdemos a metade da nossa unidade. A batalha foi até altas horas da manhã. Todos os Comensais da Morte foram mortos, incluindo Blaise, mas eu não sei quantos de nós ele matou antes dele próprio ser morto. Potter jura que não houve nenhum, mas eu não acho que um dia eu vá acreditar nele. Além disso, eu fracassei e é tudo o que importa.
-Draco
“Ei, Malfoy, eu preciso que você acompanhe o Finnigan ao St. Mungos e faça um relatório com o diagnóstico deles. O último ataque teve nele um efeito maior do que ele admite, e eu quero um atestado de saúde antes que ele seja necessário na batalha novamente”, comandou Harry.
Draco arqueou uma sobrancelha para Potter, em sinal de irritação. “Este é um trabalho que requer o cérebro de um “verme-cego”. Mande Longbottom, ele é melhor qualificado.”
“Mas eu estou mandando você, então mexa o seu traseiro rabugento e vá andando. Estou cansado de olhar pra sua cara.” Harry disse.
Draco saiu pisando duro, indo buscar Finnigan, despercebendo por completo a expressão de divertimento de seu antigo inimigo.
“Com todo o respeito, medi-bruxo Krantz, psicologia não é realmente a minha área. Por que eu estou assistindo este paciente?” Gina perguntou, um pouco frustrada em ser retirada da ala cirúrgica. Essa era a única distração que tinha para não pensar tão constantemente em Draco.
“Você foi expressamente requisitada pelo Comandante, Srta. Weasley. Além disso, a experiência será boa para você. Você precisa entender a psique de um soldado em combate.”
Entraram no quarto andar, que consistia principalmente numa área para pacientes atingidos por feitiços e azarações irreversíveis. Gina esteve lá uma meia dúzia de vezes para visitas pessoais. Havia também uma ala de psicologia situada na extremidade para ajudar a tratar dos aspectos neurológicos dos pacientes, e não somente de bruxos atingidos por azarações. Mais e mais soldados eram trazidos dentro para a avaliação após serem expostos ao combate. Gina tinha ouvido algumas das histórias horríveis sobre estes pacientes. Muitos sofriam de alucinações que não eram induzidas por magia, mas sim manifestações de seu cérebro. O quarto andar era um dos poucos lugares do St. Mungos onde haviam medi-bruxos e médicos trouxas trabalhando juntos, e foi lá que Gina encontrou Simas, esperando sua avaliação. Seus olhos marejaram com lágrimas ao ver o rosto familiar e ela arremessou-se em torno dele com um abraço.
"Diga alguma coisa, Simas, eu senti falta dessa sua voz," disse, sua própria voz abafada por ter seu rosto amassado no seu pescoço.
"Ah, Gina, garota, você está linda. É bom ver você, "disse, carregando do sotaque irlandês, como ele costumava fazer em Hogwarts, quando flertava com as garotas. Por um momento, eles poderiam fingir que esse era o caso. Eram apenas Simas e Gina, de volta do salão comunal da Grifinória.
Enquanto isso, Krantz parou atrás deles, murmurando alguma coisa sobre medi-bruxos, pacientes e condutas impróprias.
Depois que uma avaliação completa, ficou determinado que Simas Finnigan teria uma estadia noturna, para que fosse feitos mais exames, mas Krantz sentiu que ele ficaram preocupados com isso.
"Apenas por segurança," disse, olhando por cima do prontuário de Finnigan para Gina. "Agora, por favor, vá e informe o acompanhante dele que ele ficará aqui esta noite, ele poderá retornar amanhã pela manhã para buscá-lo. Eu acredito que esteja no Salão de Chá, no andar de cima. E então eu quero que termine aquela papelada que está acumulada na sua mesa".
Gina estava na metade das escadas quando se deu conta de que não sabia quem estava procurando. Bem, não deveria ser tão difícil descobrir. Dificilmente alguém usava o Salão de Chá agora que o novo Salão de Jantar havia sido inaugurado no primeiro andar. Seguindo seu caminho em direção à entrada do Salão de Chá, seu coração parou quanto ela viu um jovem sentado, de costas para ela. O cabelo escandalosamente loiro denunciava sua identidade.
“Draco,” ela mal sussurrou, mas foi o suficiente. Ele virou-se para ela.
Gina vinha percebendo um calor sendo emanado do floco de neve enfeitiçado nos últimos dias. Quando seus olhos encontraram os de Draco, o calor intensificou-se numa suave chama, que ela podia sentir até a ponta dos dedos dos pés.
Era como se o tempo desacelerasse enquanto Gina o olhava ali, de pé, em frente a ela, observando as mudanças no seu rosto, no seu corpo. Ele era mais alto do que ela se lembrava e estava mais magro do que ela gostaria de vê-lo. Havia manchas escuras sob seus olhos e ele não era bonito de uma forma convencional. Seu nariz era muito pontudo, a pele muito pálida e os lábios muito finos. Mas os olhos... Ah, aqueles olhos de um azul metálico e as bochechas, altas e delicadas, o faziam quase lindo. Ela poderia ter derretido num segundo.
Ele caminhou em direção a ela com uma graça que ela nunca havia visto em homem algum. Ele estava hipnotizando-a, e ela não desviou o olhar, ela não queria desviar o olhar. Gina quase tinha medo de falar, medo que sua voz despedaçasse o sonho, porque depois de tudo, aquilo tinha que ser um sonho. Não havia outra explicação para aquele desejo de seu coração de saltar pra fora, buscando as mãos dele para que acariciassem seu rosto. Ela inclinou-se sob o seu toque com um suspiro.
“Você é mais bonita do que eu me lembrava,” ele disse a Gina, que ruborizou sob seu olhar examinador, embora não tivesse deixado de encará-lo.
Encontrando finalmente a sua voz, ela perguntou, “O que... Quer dizer, por quê? Por que você está aqui? Você trouxe Simas?
“Um-hum,” ele confirmou, ainda encarando-a fixamente.
Draco olhou ao redor do Salão. Lá haviam dois outros ocupantes, um cuidando do Salão de Chá e o outro, um cliente. Ambos estavam obviamente observando o casal com interesse.
“Saiam!” ele ordenou, num tom que deixava claro que ele não era um homem que pudesse ser contrariado. Ambos os bruxos levantaram-se rapidamente e apressaram-se para a saída.
“Você sempre consegue o que quer?” Gina perguntou num sorriso divertido, já sabendo a resposta.
“Sempre”, ele disse com um sorriso no canto dos lábios, inclinando-se sobre ela e encostando gentilmente seus lábios contra os dela, delicadamente no começo, mas tornando-se cada vez mais ansioso a cada momento. Gina mergulhou sua mão nas suas mechas loiras e curtas, que eram tão macias quanto ela poderia ter imaginado, fazendo com que ele soltasse um leve gemido.
As mãos dele desceram da sua cintura para os quadris, e empurrou-a delicadamente, conduzindo-a para trás Ele pressionou seu corpo contra o dela, enquanto mordiscava seu lábio, como que pedindo por autorização, que não foi negada. Eles exploraram um ao outro avidamente. Línguas se acariciando e dentes mordendo. Ele nunca havia experimentado nada como Gina Weasley – algo entre menta e mais alguma coisa muito única e própria dela. Ele afundava-se no corpo dela e, no meio disso tudo, apoiou-a contra a porta.
Ele a pressionava entre o seu corpo e a porta. Ele precisava sentir cada curva do corpo dela e banir qualquer espaço existente entre eles. Agora ela sabia que estava sonhando. Gina havia beijado uma boa porção de garotos, mas nunca havia sido tão bom. Tão provocativo.
Suas mãos moveram-se mais para baixo outra vez, pegando-a no colo e levantando-a, puxando para si ainda mais. Instintivamente ela passou suas pernas em torno de sua cintura, gemendo enquanto ele a pressionava. Um calor trespassou o seu corpo, causando uma prazerosa dor entre suas coxas. O efeito que ela causava nele tampouco havia passado despercebido, e trouxe um sorriso aos lábios da garota ao perceber que ela era a causa daquela rigidez que era pressionada contra ela.
Draco deslizou sua mão no cabelo dela, puxando delicadamente sua cabeça para trás, dar-lhe o acesso total. Sua língua deslizou languidamente pela nuca da garota, parando para sugar no ponto onde era possível sentir a pulsação rápida, que fundia-se com a dele próprio. Sua outra mão serpenteou por baixo do uniforme branco, alisando suas costas. Precisava sentir a pele dela. Seus quadris e as coxas pressionando suas costelas eram a única coisa que suportavam o leve peso da garota. Isso era o que o faria continuar nas noites solitárias no acampamento. Quando as coisas parecessem impossíveis, perdidas e solitárias, ele teria apenas que procurar por essa lembrança e recordar que quando tudo estivesse acabado, ele teria algo que fazia valer a pena voltar para casa.
Quando ele sentiu as pequenas mãos dela no botão de sua calça, num estado de semi-frenesi, ele teve que tomar fôlego para murmurar seriamente. “Eu não acredito que eu estou dizendo isso, e se você repetir isso um dia, eu vou jurar que você está mentindo, mas... Nós estamos indo muito rápido. Sua primeira vez não deveria ser na porta do Salão de Chá”.
“Tem um sofá logo ali”, ela disse, toda séria, apontando para o outro lado do salão.
Ele encostou sua testa na dela. “Você não está ajudando,” ele sussurrou, antes de colocá-la novamente em pé. Gina franziu as sobrancelhas, abrindo sua boca para dizer algo, apenas para ser interrompida pelos lábios dele nos dela. Ela fechou os olhos enquanto pressionava seu corpo contra o dele, acariciando suas costas com mãos ágeis. Ele parou de beijá-la, segurando-a pela cintura e dando um passo para trás. “Não me tente, Gina.”
“Mas...” Ela olhou dentro dos olhos dele e viu sinceridade, então apenas suspirou. “É melhor você sobreviver pra voltar e terminar o trabalho, ou então eu vou te encontrar no além pra chutar o seu traseiro.”
Ele a pegou pela mão e a conduziu até a mesa, puxando uma cadeira para ela então sentando-se no lado oposto.
“Sabe, o sofá seria mais confortável,” ela disse, com um brilho malicioso nos olhos. Ele estendeu sua mão sobre a mesa, entrelaçando seus dedos nos dela. “É, eu sei, mas eu não acho que eu possa confiar minha virtude a você”, ele provocou.
Eles sentaram e conversaram por algum tempo, apenas curtindo o fato de estarem juntos, ambos cientes de como o tempo estava passando rápido. Duas horas se passaram antes de Gina relutantemente colocar um fim na conversa.
“Eu tenho uns trabalhos pra terminar antes de ir embora. Quer ir à minha mesa comigo?” ela perguntou, tentando não soar muito desesperada.
“Eu normalmente diria sim, mas você nunca terminaria seu trabalho se eu fosse”. Ele levantou-se e foi até o lado da mesa onde Gina estava, encostando-se na beirada da mesa. “Mas eu posso vê-la amanhã, eu tenho que vir buscar o Irlandês.”
“Eu não estarei aqui amanhã,”, ela disse, triste, levantando-se e encaixando-se entre as pernas e braços dele. Ele apertou ainda mais o abraço antes de colocá-la um passo para trás, olhando para ela intensamente.
“O que você está fazendo?” Ela perguntou.
Sua resposta foi simples. “Prestando atenção”.
Depois de ter certeza que tinha memorizado cada sarda cor de âmbar, cada linha, cada imperfeição, ele disse o seu adeus.
Droga, ela não iria chorar, ela disse para si mesma, olhando ele partir. Partir para longe da segurança que ela pode lhe proporcionar, mesmo que momentaneamente. Saber que aquela poderia ser a última vez que o via doía mais do que ela acharia possível imaginar. Ela não tinha certeza se queria vê-lo novamente se ela fosse se sentir assim cada vez que ele tivesse que partir. Havia uma dor profunda, que pulsava em seu peito, enquanto uma lágrima escapava de seus olhos e escorria pelo seu rosto.
“Draco”, ela chamou, num meio suspiro.
Ele se virou, seu coração quase parando ao ver aquele olhar no rosto dela. “Sim?”
Procurando algo para dizer, qualquer coisa que pudesse mantê-lo com ela por mais um instante, ela disparou, “Por que o feitiço aquece?”
“Você ainda não descobriu? Ele aquece quando eu penso em você”. E então ele se foi.
Depois de jogar uma água fria no rosto no vestiário feminino, ela voltou para a sua mesa, onde uma coruja havia pousado e esperava por ela. Ela livrou a coruja de sua carga e desenrolou o pergaminho. Seu conteúdo trouxe um sorriso ao seu rosto.
Querida Gina,
Considere-nos quites pelo uso do seu quarto no Natal.
Com carinho,
Harry
N/T: Iu-hu!!! Sim, action é o que a gente quer!!! Bem, eu tenho que aumentar os agradecimentos neste capítulo...
Primeiramente, para Kirina_Malfoy, minha betinha linda, que é a beta mais rápida que eu já conheci na minha vida, além de ser extremamente compreensiva, tanto com os meus erros quanto com as minhas confusões... Ah, e ela também vai ser advogada como eu (Wal levitando de orgulho!!!)!!!
Segundamente, para Gabi Malfoy que, muito prestativamente, me disse o que havia, em CdF, no primeiro, quarto e quinto andares do St. Mungos (eu não queria que a tradução ficasse muito diferente da que é feita pela Lia Tyler, e não tinha nenhum livro em português comigo – embora eu tenha que concordar com a Kirina... Blás é difícil de engolir)...
Terceiramente, para quem está lendo esta tradução (acho que sou eu, a Kirina e a minha família... só!!!)
QUERO REVIEWS!!!!!!!!!
Bjks!!!
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