Doença, beijo, namoro.

            Chegamos depois de todos no salão principal, sentamos a mesa e ficamos esperando que a diretora começasse o seu discurso de inicio de ano letivo. Não teve discurso. Teve seleção, e depois Minerva soltou um “Aproveitem o jantar”.

            Me servi conversando com Rose sobre os NOM’s. Na verdade, mal toquei na comida, estava pensando como seria esse ano, se tudo daria certo etc etc.

            - Chel, você mal tocou na comida – Hugo observou

            - Não estou com muita fome – argumentei

            - Está tudo bem? – James perguntou, estendendo a mão para minha testa.

            Tira a mão daí seu idiota, isso só me deixa mais desnorteada.

            - Agradeço a preocupação, mas eu não sou mais um bebe.

            - Mas é meu bebe – respondeu Rose

            - E meu também – ouvi um murmúrio.

            - Vou indo para o salão comunal. – falei, estava precisando pensar um pouco.

            - Já? – perguntou Rose – eles iam contrabandear cerveja amanteigada para todos – ela sorriu

            - Eles quem?

            - Alvo e Hugo.

            - Ah, pega uma para mim? – ri

            - Claro.

            - Eu acompanho a Chel, ela está pálida, pode desmaiar – falou James.

            - É por isso que você vai, Jay?

            Quando ele ia responder, minhas pernas fraquejaram e eu caí. Ouviu-se uma exclamação de todos os alunos. Não caí no chão, caí de alguma forma nos braços de Scorpius, meu irmão. Devo ter ficado inconsciente por alguns 30 segundos. Me senti sendo transferida para outros braços, James. Murmurei algo como:

            - Onde está me levando?

            - Enfermaria, lógico.

            - Não – dei tapinhas nas costas dele pedindo que me soltasse, ele não soltou.

            - Fique quieta, não vai ficar lá mais de uma hora, e eu estarei ao seu lado o tempo todo.

            Senti isso como uma promessa. Ele me largou numa cama e sentou-se ao meu lado.

            - Como está se sentindo?

            - Ótima, me tira daqui.

            - Não, sua pressão baixou muito, você não comeu nada no jantar e nem no trem e possivelmente nada o dia inteiro, acalme-se.

            - JAMES SIRIUS POTTER! ME TIRA DAQUI AGORA! – gritei

            - Olhe, acalme-se. A enfermeira está trazendo uma canja para você, aí você toma o remédio e eu te levo para o dormitório, sã e salva.

            - Promete que ficarei aqui só o tempo necessário e nenhum segundo a mais?

            - Prometo. – ele se inclinou e me deu um beijo na testa.

            A enfermeira chegou, me deu uma canja, e largou o remédio em cima da bandeja:

            - Tome tudo e depois o remédio, então seu namorado a leva para o dormitório.

            Ri.

            - Ele não é meu namorado.

            - Que seja. – e saiu.

            Tomei a canja e depois tentei esconder o remédio no bolso das vestes. James me flagrou.

            - Me dê aqui esse remédio. – ele falou sério

            - Mas...

            - Me dê aqui esse remédio. – repetiu

            Entreguei a ele.

            - Você não ia tomar?

            - Não.

            - Mas vai. – botou o comprimido na minha boca e empurrou com água.

            - Agora, me leva daqui – exigi ele ia me pegar no colo – não, eu vou a pé, você só me segura.

            Perto do retrato da mulher gorda, algo inesperado. Ele me botou na parede e me beijou, tipo QUE MERDA É ESSA JAMES POTTER? AGORA, NA CALADA DA NOITE, EU COM BAFO DE CANJA E VOCÊ ME BEIJA AGORA? Não que eu não tenha gostado, só para deixar claro.

            - Quer namorar comigo? – ele pediu suplicante mente sedutor e estonteante.

            - Quero. – e me debrucei nos ombros dele, sorrindo.

            - Agora entre, você ainda está muito fraca.

            Entrei e subi, lentamente ao meu dormitório, Rose dormia, respiração leve, cabelos ruivos em uma trança para o lado. Botei o pijama, prendi meu cabelo em uma trança de dormir e deitei, sonhei com James, nosso namoro... 

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