Trato as garotas como merecem



A menina não pôde deixar de rir, ele era realmente convencido. Soltou um suspiro.


               - Sério Chuck, por que você é tão estúpido com as meninas?

               - Trato as garotas como merecem ser tratadas.

            
 Gabrielle fez uma careta de perplexidade.

            
   - Se uma garota se comporta como uma qualquer, então é assim que eu vou tratá-la, se ela se comporta como uma dama, então ela é uma dama pra mim. – Ele a olhou atenciosamente nos olhos e sorriu.

                 - É, é justo. Mas uma garota é uma garota, você não acha? – suspirou, sentindo um frio na barriga ao ouvir o que o menino disse, e não entendeu o motivo, mas resolveu ocupar seus olhos num enfeite de leão ali por perto.

                 - Não. Existem garotas e garotas.  
                - Você não acha que todas merecemos respeito? – rindo nervosamente, ela arqueou as sobrancelhas.

                  - É como eu disse, depende da garota. Fica óbvio pra mim o tipo de intenção.

                  - Como se fizesse diferença, você vai partir pra cima dela de qualquer forma. – Gabrielle revirou os olhos, rindo divertidamente.

                   - Não é bem assim meu amor. – E com um dramático suspiro ele se deitou. – Só me interesso pelo que é bom, não aceito nada que seja de segunda mão.

                   Gabrielle grudou uma das mãos no cabelo, indignada com a atitude de Chuck, ele estava precisando que alguém enfiasse a mão na cara dele, e sentiu-se feliz ao se lembrar que havia acabado de fazer isso.

                     - Uau... Você é realmente um merda.

                     Chuck riu baixo, colocando os braços por trás da cabeça.

                     - Sério, você acha que é o quê? Somos pessoas, se você não está lembrado disso.

                     - Eu não sou qualquer um, você já percebeu. Existem seres, pessoas, e apenas um Chuck Black.

                      - Ah Chuck, você é hilário sabia? – Gabrielle riu divertidamente enquanto jogava um pedaço de papel escrito Gemialidades Weasley, na lareira e imaginou que deveria ser de um de seus kits mata-aula.

                      - Hilário? – ele riu – Isso não é nada. Eu sou mais do que isso, sou exatamente tudo o que você queria.

                  
   AUHUHAUHAUHUHAUHAUHAUHAUHUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHUHAUHAUHAUHAUHUHAUHAHU

             
       Gabrielle se contorcia de rir no tapete. Chuck balançava a cabeça negativamente, olhando para ela enquanto sorria, como se dissesse Pode rir, alguma hora eu te mostro. A menina achava tudo aquilo muito engraçado, a convicção de que ele era realmente maravilhoso, ok, ele era, mas não deixava de ser divertido. Jogou então uma almofada de veludo nele, que fez uma careta.

                     
- Me diz... Isso funciona com as garotas? Quando você fala coisas assim?

                     
Chuck não respondeu, olhando para ela com aquele mesmo sorriso costumeiro, passou a mão nos cabelos brilhantes e se sentou. Gabrielle enxugava as lágrimas de riso do rosto, ainda rindo baixinho.
                      
- Escuta, você vai se afastar da Felicia?

                   
   Ótimo, ela quer continuar com esse assunto. Pensou ele.

                    
  - E por que me afastaria? – ele arqueou uma sobrancelha, aparentando curiosidade.- Está com ciúmes?

                        - Não. Estou te oferecendo cem galeões dessa vez.

                        - Você é má. - riu-se

                        - Má? – se deitou exatamente como Chuck fizera a pouco, cruzando os braços atrás da cabeça - Eu sou muito mais do que isso, sou exatamente tudo o que você queria. – Fechou os olhos, imitando Chuck com perfeição, colocando o mesmo tom que usara na voz.

                         - Sabe de uma coisa? Eu gosto de garotas más que se parecem comigo.
                       
 Gabrielle riu, ele era mais do que hilário.

                     
   - Que coisa, não é Chuck? Você deve adorar tudo o que se refere à... Você.                 

                        
Ela abriu os olhos quando sentiu cheiro de perfume sofisticado que começava a se tornar familiar, tendo uma visão ampla do rosto de Chuck a centímetros do seu novamente, e se assustou. Chuck recuou lentamente após ver os olhos assustados da menina, se divertindo por tê-la intimidado.

                        
- Desista, seu babaca. Não sou pro seu bico. É melhor se manter longe se não quiser meu punho na cara outra vez. – e se sentou, arrumando a roupa, carrancuda.

                         - Não existe não no vocabulário de Chuck Black meu amor. Daqui a alguns dias você estará profundamente apaixonada por mim. – e sorriu. – E talvez eu me apaixone por você se continuar me imitando tão perfeitamente.

                      
 Chuck ofereceu a mão para a menina se levantar, o rosto ainda abrigando aquele sorriso irritantemente lindo.

                        
 - Meu deus... Como você é irritante.

                          - Olha só, você já me ama. Quando começar a jogar coisas em mim saberei que já podemos casar. – Piscou.

                        
 Ela não pôde deixar de rir.

                       
  - Acho que vou ter que me acostumar com seu jeito... Diferente. – suspirou

                          - É o que você faz de melhor, não pode com ele junte-se a ele.

                          - E eu não posso com você? – Arqueou uma sobrancelha

                          - Isso é o que vamos ver. – Ele sorriu, se retirando para o dormitório masculino em seguida.


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