Consequências





Oi! Sou eu de novo...

E não sei, mas acho que vou mudar o nome...

De qualquer modo, espero que gostem...

Valeu e Vamos ao que interessa:


Cap. 1 - Conseqüências


Seu rosto lívido à fraca luz do ambiente, seu corpo gélido.

Uma garota, melancólica, encontrava-se ao seu lado de mãos atadas àquele corpo quase sem vida. Duvidava que ainda pudesse chorar... Duvidava que, ao menos, ainda tivesse lágrimas.


Hermione andava rápida pelos corredores de Hogwarts, estava com uma aparência nervosa, angustiada. Só se podia ouvir passos pelo local, os seus.

Com um estrondo abriu a porta da Ala-hospitalar.


-O que está havendo aqui? – Madame Pomfrey não estava nos seus melhores dias.


Hermione não respondeu. Estava transtornada demais para isso. Seu olhar estava vago, olhando para cada cama do ambiente.


-O que você quer Srta. Granger? – Alvo Dumbledore indagou observando-a.


-Onde ele está? – ela perguntou puxando a persiana que cobria um dos leitos, o mais próximo.


-A mocinha não pode fazer isso! – Pomfrey a trouxe para outro canto, afastado das camas.


-Não me diga o que posso ou não fazer. – ela exclamou exasperada, soltando-se com certa brutalidade dos braços da enfermeira.


-Srta. Granger... Acalme-se. – Alvo proferiu. – Disse que avisaria quando Harry acordasse, o Sr. Weasley não lhe informou? Pode voltar para sua cama. Quando ele despertar, vocês serão os primeiros a serem avisados.


-Eu quero ficar aqui.


-A menina está alterada. – sussurrou a enfermeira para velho ao seu lado. – Nunca a vi assim, ela não quer obedecer. Acho que precisa de uma poção calmante.


-Eu não preciso de calmantes! – ela gritou. – Eu estou bem. – murmurou soltando o ar que percebeu estar prendendo. – Só preciso vê-lo, quero ver o Harry. – ela disse para Alvo.


Alvo a observou por sob seus óculos meia-lua. – Papoula faça o que ela pediu.


-Mas professor... Tenho que lhe dizer que não é aconselhável e...


-Só faça.


A mulher contorceu o rosto em desgosto.


Céus! Como foi chocante vê-lo daquele jeito. Tão, tão sem vida... Nunca tinha visto Harry assim, entre todas as situações onde já passei com ele, nunca, em tempo algum, tinha presenciado tal brutalidade em seu corpo.

Parece que Pomfrey não conseguiu curar seus ferimentos corretamente, ele tem que tomar uma poção reparadora a cada trinta minutos... Está perdendo muito sangue. Há cortes por toda extensão do seu corpo e a cada minuto parece que perco o pouco da minha esperança.

Estava enganada, ainda tinha sim uma quantidade de lágrimas para serem derramadas. Como conseguiria ver meu amigo assim?

Rony estava tão preocupado quanto eu, mas diferente de mim, não teve coragem, não, não é coragem que lhe faltou... Ele não tem condições psicológicas para ver Harry nesse estado vegetativo e tardiamente descobri que também não tenho...

Harry era um rapaz com tanta vivacidade, entretanto seus sonhos foram detidos, ele conseguiu finalmente derrotar Voldemort, no entanto, aquilo poderia ter lhe custado à vida... E o início de um pesadelo sem fim para mim.

Ainda lembro de Harry sorrindo da minha cara...


–Não quero que você vá sozinho.


-Mas eu preciso, e você sabe. Já conversamos sobre isso.


-Não quero que você se machuque...


-Eu não vou... Hum. – ele parou. – Não se preocupe, vou dar o máximo de mim.


-Isso que me dá medo. – baixei meus olhos.


-Hey! – ele segurou meu queixo. – Já sobrevivi a tantas coisas, acho que você já deveria estar acostumada, não?! – ele sorriu.


-Não tem graça Harry! – disse alto. – Nas outras vezes estava com você e ao menos poderia tentar ajudar. Desta vez é diferente! Não percebe?! Aquela profecia muda tudo! Sei que sempre correu risco de vida, mas agora... Agora você vai lutar até um de vocês morrer, e... E se f, for você?


-É um risco que tenho de correr.


-Você não se cansa? – perguntei irritada.


Tinha muito medo por ele, todo que ele não sentia, não queria que nada acontecesse ao meu melhor amigo. Tremia ao pensar nele sem estar ao meu lado, sem que pudesse protege-lo, sim proteger, porque eu sentia que Harry estaria perdido sem mim, ou que eu estaria perdida sem ele, como se ele fosse meu complemento.


-De que?


-Você sempre tem que bancar o herói – Harry fez uma careta. - E tem que salvar... – ele não me deixou terminar a frase, pressionou seus lábios contra os meus.


-Não diga o que depois poderá se arrepender, Hermione. – ele segredou, afagando meus cabelos. – Às vezes você fala demais. – Disse sorrindo do meu espanto.



Tenho um sorriso em meu rosto agora. O qual esta sendo dividido por lágrimas e esse sorriso. Um raro momento que se pode considerar ‘alegre’. O primeiro, depois da descoberta de Harry ainda estar vivo.

Naquele dia descobri que estava perdidamente apaixonada por ele. Irônico...

Esse sentimento é tão forte que chega a doer... E quando via aquele sorriso travesso e alegre a dor amenizava. Mas agora... Ah. Eu não sinto nada, a não ser a quase morbidez dele.

Queria tanto ver novamente aquele brilho.

Eu sinto falta de qualquer coisa que venha dele, seja de abraços amigos ou de desculpas exageradas.


-Hermine preciso falar com você.


-Já está falando.


-Não seja grossa! Estou falando educadamente com você!


-Não grite comigo. E nem me venha dar lições de moral! – pronunciou ela.


-Não estava gritando!


-Harry. Não tenho todo o tempo do mundo, o que quer? – disse ela sem dar muita atenção.


-Falar com você. – ele falou cansado. Era tão estressante discutir com a garota.


-Estou ouvindo.


-Dá pra falar direito comigo? Você não é assim. – disse Harry tentando olhá-la nos olhos, mas Hermione desviava o olhar. – Por que não olha pra mim? – perguntou nervoso.


-Porque não quero.


-Mione. Por favor,... – ele implorou.


-O que quer falar? – ela disse olhando pra ele. Harry sorriu fracamente.


-Obrigado. – murmurou. – Quero saber porque não está a falar direito comigo.


-Você ainda pergunta?! – ela exclamou em um tom de voz muito baixo.


-Não sei porque tanto estardalhaço por causa de uma brincadeira! – Harry suspirou irritado.


-Eu não gostei! – Hermione falou. – Se você acha uma brincadeira isso, eu não acho!


-Você está sendo criança. – Disse ele nervosamente.


-Criança? Criança?! – ela quase gritou. – Agora eu sou a criança?! Faça – me o favor, Harry Potter! – Hermione passou a andar.


-Eu ainda não acabei. – Falou exacerbado a seguindo.


-Ah é?! – Lhe deu as costas. - Por isso que você quase foi pra sonserina. - isso o fez parar.


-Isso o que? – Perguntou com uma sobrancelha erguida.


-Sua arrogância.


-E por isso que você não foi pra corvinal. É muito corajosa. – Harry disse com as sobrancelhas parecendo uma linha.

-Você não me faria mal. – ela disse mudando de idéia de repente e chegando perto.


-Você acha que me conhece muito bem, não é mesmo?! – Rebateu venenoso.


-Eu não acho, tenho certeza.


-Talvez você quebre a cara, menina. – ela lhe deu as costas para prosseguir andar, sem dar atenção a frase dele.


-Hermione volte aqui!


-Se você acha que seu tom mais mandão vai me fazer voltar está muito equivocado.


-Mione! – ele segurou seu braço. Ela o olhou com raiva.


-O que quer desta vez?!!


-Que você pare de ser tão infantil. – Hermione riu amarga.


-Eu posso até está sendo infantil... – Disse pensativa. – Mas prefiro continuar assim a ser chamada de falsa e interesseira. – articulou a moça.


-Eu não lhe chamei de falsa, muito mesmo de interesseira.


-A carapuça lhe serviu?


-O que você quer que eu faça?! – perguntou irritado jogando as mãos pro alto.


-Eu não quero que faça nada. Ou melhor, quero sim, me deixe em paz. – Ela ia sair.


-Você quer que me ajoelhe? Eu me ajoelho. – Hermione parou de andar novamente e olhou pra trás incrédula. Mas sim, Harry estava ajoelhado.


-Pare com isso! – Ela sibilou. E se aproximou.


-O que você quer mais?


-Pare já com isso. – Hermione olhava para o corredor, que por incrível que pareça estava vazio, ou melhor, só tinha os dois.


-Vamos? O que quer que eu faça agora pra voltar a falar comigo? – Harry tinha um ar divertido.


-Pare com isso, Harry! Eu não parei de falar com você. – Ela agora tentava fazê-lo levantar.


-OK. Eu vou reformular a pergunta. O que quer que eu faça pra você parar de me evitar e me tratar mal?


-Não quero nada. – Estava contrariada, ele não se levantava.


-Quer desculpas? – Ele perguntou. – Por favor, me desculpe. Mione. – pediu agarrando a perna dela. Que não conseguiu conter o riso.


-OK. OK. Você venceu.


-Ainda bem, já estava com meus joelhos doloridos. – Harry a abraçou. – Desculpe, sério mesmo. Eu não tive a intenção de te magoar. – ele falou em seu ouvido, baixinho.


-Certo Harry.


E é por isso que preciso dele comigo, não posso, eu não consigo, como é duro para eu admitir, mas eu não consigo viver sem estar olhando os belos olhos verdes dele que mais parecem faróis... Não consigo ficar sem senti-lo, sem vê-lo sorrir, sem vê-lo brincar ou brigar, só... Não posso. Como se tivesse dado uma parte de mim, bem, eu acho que realmente deu, a mais importante de todas, meu coração.

E agora, está nas mãos de Harry decidir se vou ou não sobreviver. Se vou ou não ser feliz ou se simplesmente vou tentar esquecer e falhar... Se somente vou vegetar, como, atualmente, ele está...

Talvez possa até enlouquecer... Ou ainda morrer, greve de fome? Talvez... Ou ainda me voltar para meu trabalho e nunca mais pensar em nada. Para os outros isso é anormal, mas com certeza alguns deles vão entender, os que verdadeiramente amam...

Me pergunto se uma garota de dezessete anos pode sentir tudo isso, e quem sabe? – Minha face está ilegível. Mas se me olhar com concentração poderá perceber que é só um disfarce, um dos muitos que tenho.

Por exemplo, o que mais costumo usar é o de: “Hermione, a garota inabalável”. Mas de inabalável, não tenho nem o nome...

Essas duas últimas semanas estão acabando comigo. Primeiro esperar que Harry volte e agora esperar que Harry viva...

Eu não gosto de esperar, no entanto não posso agir, me sinto tão inútil hoje... O que adianta ser considerada a mais inteligente do colégio neste instante? Simplesmente *Nada*... Não sei como agir e nem sei se devo. Isso é totalmente frustrante.

Eu preciso de um sinal, qualquer coisa, fecho meus olhos mais uma vez, só para me lembrar de como era estar com ele... Necessito dos seus olhos, da sua voz, de qualquer coisa que venha dele... Eu...


Harry começa a se debater na cama, suando e sangrando mais. Rapidamente Madame Pomfrey sai da sua sala e vem diretamente ver meu amigo.

Estou paralisada observando-o, perturbada. De repente uma onda fortíssima de medo e angustia passa em meu corpo, me fazendo tremer toda.


Não consegui conter meu soluço. - Você prometeu... – eu chorei. - Você prometeu que voltaria! Não faz isso comigo, por favor! Harry! Harry! Por favor... – Queria me agarrar a ele, mas parecia que nossa distancia cada vez era maior, não conseguia ao menos estender meu braço direito para segurar sua mão. Era desesperador.


-Srta. Granger, eu preciso que você volte para seu dormitório agora! – a mulher disse muito séria.


Contudo não tenho condições de estar em pé... Meus joelhos estão fraquejando, está tudo girando, minha vista está escurecendo, estou perdendo meus sentidos...


^^’^^’^^’^^’^^’^^’^^’


(continua)




Bom, desculpem qualquer erro... Espero que gostem...

E comentem, por favor!
Bjos,

Yasmin

Ah! As partes em Itálico, são lembranças.

P.s.: Logo, logho eu posto os outros cap's ^^'

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