aquele em que eles gritam.



 


N/A: Sim, esse é o primeiro capítulo. Não, não tem prólogo. Porque eu tenho um probleminha bem especifico e insistente que me impede veemente de fazer resumos ou apresentações de determinadas situações sem que eu, de uma forma inacreditavelmente eficiente, desvirtue completamente o assunto em questão. Então, vou começar com essa bagaça direto do X da questão. :D  


 


 Aviso: Menines e menines, eu quero deixar bem entendido aqui que essa fic contém palavras de baixo calão, comportamentos inadequados, dissimulação e tal. Eu quis ser fiel á personalidade e as reações humanas dos personagens na história. Se voce se sentir ofendido, por favor não me denuncie ou mande alguém vir aqui na minha casa chutar meu baço –q, voce foi avisado :D. Boa leitura. 


 


 


 x
 


  


&








- EU TO PUTO! – Albus gritou entrando igual um furacão no salão comunal da Corvinal, e continuou gritando até parar na frente de Scorpius. Espalmou violentamente as mãos na mesa em que o loiro estava estudando; encarando Scorpius com uma expressão que poderia matar certos primeiranistas.


Poucos alunos estavam ali, já que era tarde da noite, e esse pouco, ao ouvir o escarcéu do moreno, pararam o que estavam fazendo e o olharam inquisitivamente com expressões não muito alegres por terem sido interrompidos.


- EU TO MUITO PUTO! EU VOU CUSPIR NA CARA DA MÃE DE ALGUÉM! – Gritou novamente e exemplificou, caso não tivesse sido claro o suficiente; se abaixando até ficar á altura de Scorpius, que estava sentado.


Scorpius ponderou por um segundo enquanto olhava faíscas saírem dos olhos de Albus, mas resolveu que não iria se dar o luxo de perguntar o que todos estavam pensando – “POR QUÊ?” – e resolveu apenas levantar uma sobrancelha, com o rosto totalmente inexpressivo.


Albus crispou os lábios, tentando conter uma nova onda de raiva. Sentia o sangue correr quente e violentamente por todo o seu corpo. Após fechar os olhos e dar um longo suspiro, tirou um papel de dentro do bolso da calça jeans e entregou agressivamente para Scorpius. O loiro pegou o papel com certo desinteresse e desdobrou-o.


Quando seu cérebro processou o conteúdo apresentado diante de seus olhos, seu rosto foi tomado por um vermelho intenso, seus olhos, normalmente de um cinza inacreditavelmente pacífico, ficaram subitamente negros, como um mar revolto. Ele levantou-se, bateu na mesa, e gritou. Gritou muito. Até sua garganta doer e seu pulmão precisar de ar.


- AAAARRRRRGGGGHHHHH! – Exclamou indo em direção á janela, fechando os punhos com força.  


As cinco pessoas que estavam presenciando á cena não iriam ficar surpresas se os moveis perto dos dois subitamente se consumissem em chamas de ira e ódio. A raiva dos dois era quase palpável no ar, estava á um passo de se tornar uma terceira pessoa no meio deles.


- Eu não acredito. – Scorpius começou a falar, com a voz afetada, como se sua boca estivesse cheia de gelatina – Quem te mandou isso? Quem foi o imbecil desmoralizado que fez isso? – Seus olhos brilhavam com uma loucura que Albus jamais vira.


- Esse é o problema, eu não sei. Eu achei isso aqui sem querer! – andava aflito de um lado para o outro mexendo no cabelo preto, espetando-o pra cima. Coisa que só fazia quando estava muito bravo e/ou contrariado.


- Olha Albus, eu sempre desconfiei disso sabia? – Falou olhando para os lados, com um ar paranóico - Eu confesso, mas eu achei que era idiotice minha, afinal, NÃO FAZ NENHUM SENTIDO! ISSO É UM ABSURDO! A GENTE NUNCA DEU BRECHA PRA ISSO! Bom, mas uma confirmação de que eu nunca devo desconfiar do meu intelecto tão superior – Disse a ultima parte num sussurro, deixando uma nota á si mesmo pra, depois de todo o problema ter passado, ele poder se lembrar de como era perspicaz.


- Eu também Scorpius! – Albus levantou o dedo indicador no ar e girou sobre os calcanhares, ficando de frente pro loiro, que estava encostado na parede com os braços cruzados e uma expressão azeda – Eu via assim de canto de olho umas meninas dando algumas risadinhas de vez em quando... Uma vez eu até ouvi uma conversa louca de que as pessoas escreviam sobre isso, escreviam SOBRE NÓS NESSAS CONDIÇÕES.


- O QUE? – Scorpius berrou tão alto que sua voz provavelmente ecoou por todo o castelo. – E COMO VOCE NÃO ME FALOU ISSO ALBUS? – Scorpius estava, literalmente, de queixo caído. Seus braços estavam escandalosamente abertos, suas mãos com as palmas para cima, e suas sobrancelhas pareciam que a qualquer momento iriam entrar em colapso uma com a outra e simplesmente virariam pó.


- UÉ, ISSO É OBVIO! EU ACHEI QUE FOSSE CONVERSA FIADA! NUNCA QUE EU LEVARIA Á SÉRIO! VOCE TAMBEM NÃO IRIA SE DAR AO TRABALHO DE ME CONTAR UM ABSURDO DESSES! – Mesmo em meio á ascendente raiva, Scorpius teve que menear a cabeça e concordar com isso.


Nesse ponto, todo mundo já tinha largado tudo o que antes estavam fazendo, independente se fosse importante ou não, e prestavam atenção ao misterioso escândalo armado pelos dois.


Alguém no fundo parecia já estar organizando um bolão sobre qual era o motivo da indignação dos dois. Todo mundo palpitava assiduamente, muito interessados e, principalmente, curiosos.


Scorpius e Albus obviamente não estavam vendo nada disso. Eles estavam concentrados demais no problema em particular expresso no tal papel.


- Isso é ridículo. Totalmente patético. – Scorpius se jogou numa poltrona, desolado.


- As pessoas são muito imaginativas, isso não é certo. Principalmente “nesses” casos. – Albus jogou-se da mesma forma na poltrona do lado.


Todo mundo aguçou o ouvido – já que agora eles falavam mais baixo – para terem certeza de que não iriam perder um palavra sequer.


- Se isso fosse verdade, seria muito clichê. Seria praticamente insuport * src="includes/tiny_mce/themes/advanced/langs/en.js" type="text/javascript"> te;vel de tão clichê e óbvio. – Scorpius estava com seus cotovelos no apoio da poltrona, e mexia seus braços avidamente, como um italiano tentando provar para um inglês que molho de tomate ia bem, sim, com praticamente quase tudo.


- Com certeza! Ah, devido aos nossos pais serem eternos rivais, e depois nós ficarmos na mesma casa, que não é á de nenhuma dos nossos pais, e surgir uma amizade “proibida”... – Albus disse a ultima palavra com o máximo de desprezo que conseguiu, e afundou seu rosto nas mãos, balançando a cabeça negativamente.


Algumas pessoas resolveram mudar seu palpite no bolão, que á cada frase ficava mais e mais disputado.


Scorpius levantou-se subitamente, como se toda a raiva que sentia tivesse de repente duplicado e controlado todo o seu cérebro e suas ações. Deu dois passos vacilantes, pois tremia de tanta raiva. E no maior supetão virou-se, com uma expressão que poderia assustar até a diretora Minerva, e disse com uma voz que parecia ter vindo diretamente do inferno:


- MAS NÃO PENSAR QUE TEMOS A PORRE DE UM CASO DE AMOR PROIBIDO! PUTA QUE PARIU! VÃO TOMAR NO CU! FILHO DA PUTA DESGRAÇADO INFELIZ QUEM COMEÇOU COM ESSA MERDA DE HISTÓRIA! VERMES INSOLENTES¹! MANOLO, QUE RAIVA! VAI SE FUDER! AH SE EU DESCOBRIR, EU MATO! AAAAH EU MATO, NINGUEM ME SEGURA! COMO ASSIM ESSAS PESSOAS OUSAM PENSAR QUE UM MALFOY TERIA UM CASO DE AMOR PROIBIDO COM OUTRO HOMEM? Nada contra quem tem... – baixou o tom por um segundo, como se isso fosse um parênteses no meio do seu discurso irado, mas logo voltou ao tom alterado – SE EU FOSSE TER EU IA ESFREGAR NA CARA DE TODO MUNDO! NÃO EU IA FICAR ESCONDIDINHO POR AÍ! MAS NA MINHA FAMILIA NÓS NÃO TEMOS HISTÓRICOS DISSO! E EU NUNCA INSINUEI NADA! NADA NADA NADA NADA NADA! – A cada ‘nada’ que ele dizia ele batia na mesa com força - EU ATÉ TIVE UM ROLO COM AQUELA MENINA... como é o nome dela mesmo, Albus? – Albus respondeu o nome da menina num fio de voz – ISSO, A MCGREEN! E VOCÊ QUE NAMOROU POR QUASE UM ANO AQUELA OUTRA MENINA MENINA DA GRIFINÓRIA! que eu também esqueci o nome... E COMO OUSAM PENSAR ISSO DE NÓS? AS PESSOAS NÃO SABEM MAIS O QUE É AMIZADE E SÓ AMIZADE, PORRA! – E pegou um vaso decorativo que estava dando bobeira ali por perto e tacou com força na parede, fazendo-o se espatifar, só pra dar mais ênfase no discurso irado.


Todos, exceto Albus, ficaram totalmente sem ação, estacados sem saber como reagir á aquilo, simplesmente porque nunca viram, nem sequer imaginaram, Scorpius Malfoy descer “dos tamancos” daquele jeito e armar um escândalo de tais proporções, principalmente com todos aqueles palavrões e a violência gratuita.


- A gente precisa dar um jeito nisso... – Scorpius falou passando a língua nos lábios, apontando ameaçadoramente para Albus, com as sobrancelhas formando um V. Uma expressão daqueles mafiosos em filmes, de quando o esquema deles caiu por água abaixo e todos os seus planos falharam, mas ainda existe aquele ‘ás’ na manga que ninguém imaginava que eles tinham.  


Albus se levantou num pulo. Um burburinho de alegria surgiu entre a pequena platéia. O vencedor do bolão.


- É! – Albus disse e tacou outro infortunado bibelô no chão.


- Nós vamos mostrar pra essas pessoas, seja lá quem forem e o quão limitado sejam suas faculdades mentais, quem nós somos de verdade! Elas mexeram com o Malfoy e o Potter ERRADO!


- É! – Albus exclamou e quebrou outro objeto. Scorpius parou de falar bruscamente e olhou bufando pra ele, com uma expressão do tipo: ‘dá pra parar de quebrar as coisas? O momento já passou’.


- Vamos descobrir quem está liderando esse... movimento – olhou para o lado, indagando se essa era ou não a palavra certa. – E vamos provar que estão totalmente errados.


- Como? – Albus perguntou.


Toda a platéia agarrou almofadas e prendeu a respiração de tanta expectativa.


Scorpius apoiou o queixo no dedão e pressionou o lábio inferior com o dedo indicador, fazendo sua melhor cara de pensativo. Quase dava pra ver seus pensamentos através de seu olhar, que parecia que iria abrir um buraco no chão á qualquer segundo, tamanha sua intensidade.


- Isso... – disse num suspiro, com a voz estranhamente calma. Todos os espectadores se inclinaram pra frente, possuídos de uma curiosidade indescritível -... Eu te conto daqui a pouco Albus, agora vamos ir pro quarto.


Abraçou Albus pelos ombros, no maior estilo fulano-é-um-bom-companheiro, e os dois, entre cochichos incompreensíveis, sumiram através da entrada do dormitório do sexto ano.


Os gritos de frustração e curiosidade ferida dos cinco alunos que assistiram á tudo aquilo duraram mais tempo do que seria considerado razoável.


- Entendeu a primeira parte, Albus? – Scorpius perguntou num sussurro, já devidamente vestido com seu pijama listrado azul marinho e branco e deitado de baixo de suas macias cobertas. Albus, que estava na cama ao lado, usando apenas uma cueca samba-canção das tartarugas ninjas, soltou um suspiro áspero, demonstrando sua relutância.


- Eu entendi. Só não sei se gostei muito... – Scorpius ao ouvir isso se sentou bruscamente na cama.


- E você acha que eu gosto? – Falou tentando gritar e sussurrar ao mesmo tempo. – Imagina que desgraça se meu pai por um acaso descobre esse acontecimento? – Albus abriu a boca pra falar mais Scorpius não o deixou – Mas pense bem! Pior do que um acontecimento isolado, seria se nossos pais ficarem sabendo de toda essa história!


Albus estremeceu só de pensar em como seu pai reagiria se descobrisse essa história. Mesmo que Albus depois desmentisse, a relação deles provavelmente nunca mais seria a mesma, a confiança teria sido quebrada. E então quase surtou quando imaginou o Senhor Malfoy descobrindo uma coisa dessas! Scorpius ficaria de castigo numa masmorra pro resto de sua vida, como punição por ter sujado o nome da família.


 - Ta. Ta bom. – Albus concordou por fim. – Agora eu vou dormir. Boa noite. – Virou-se e, um minuto depois, já estava roncando.


 Scorpius deitou-se também, porem não dormiu assim tão fácil, sentindo o prelúdio de uma terrível enxaqueca, que provavelmente o atingiria no dia seguinte, latejar em suas têmporas. Porem, não chegou á ver dois rapazes entrarem silenciosamente no quarto e se deitarem calmamente em suas respectivas camas, com sorrisos misteriosos nos lábios.


 



 


¹ - Desculpa, mas eu não me contive, EU TIVE QUE FAZER UMA CITAÇÃO DO VEGETA DE DRAGONBALL! *-*

 


N
/A: Galere, antes de tudo eu quero deixar bem claro que essa fic tem como único propósito divertir. Eu não estou querendo julgar ninguém, limitar o que é certo ou errado, acho que cada um tem o livre arbítrio de fazer o que quiser. O foco da fic é, simplesmente, mostrar como um grande mal entendido pode causar conseqüências hilárias, pois eu sei que, querendo ou não, o assunto ‘sexualidade’ ainda gera certa polêmica.


Na verdade, a idéia pra essa história surgiu exatamente porque, um belo dia estava eu faceira e contente procurando fics do Albus e do Scorpius para ler, e eu não conseguia achar nenhuma história que não fosse slash/yaoi. Daí, já que ninguém escreve somente e apenas sobre amizade e nada mais por trás (sic), eu resolvi escrever.


 AHORA MUCHACHOS, esse primeiro capitulo foi o mais chato (?), pois primeiro capitulo sempre é meio esquisito de escrever, mas depois a coisa embala e fica melhor. OUNÃO –q. Eu estou totalmente aberta á elogios, criticas, sugestões, xingamentos, doações de capas e, na verdade, adoraria recebe-los! :D


 


Bgs na bunda. Capitã Is. 

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