parte dois'

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Por: Nand Person. ; beta: Tina Sodré.

Parte dois.

(Green eyes, pride and time)


                                                                                                                                    

                                                                                                                                    Chapter 4

                                                                                                                                 Green Eyes.

- Fingida, isso sim que ela é – Parvati murmurou, passando um brilho nos lábios. Gina sorriu pelo nariz, com uma pitada bem acentuada de deboche, raiva ou o que quer seja.

- Oportunista – resmungou – Não sei como pude confiar nela.

Parvati virou-se para a amiga, colocando a mão no ombro da ruiva.

- Tem certeza que, sei lá, eles não estavam juntos? – ela chegou mais perto, cochichando – Antes de tudo?

Gina gargalhou, os olhos faiscando. Virou-se para o espelho do banheiro feminino e alisou os cabelos. Ela, sim. Ela era linda. Tinha a pele branca, olhos verdes, cabelos longos e de uma cor invejável. Nada que uma Grangerzinha qualquer tinha. Aliás, ela não tinha nada. Ela era Gina, uma sangue-puro acima disso. Sorriu para sua própria imagem. Quem olharia para Hermione tendo uma Gina por perto?

- Olha para mim, Patil – disse – Acha mesmo que ele me trairia?

Parvati riu, como se desdenhasse do próprio pensamento. É claro que Harry Potter nunca olharia para Hermione Granger, tendo Gina Weasley a seu lado. Quero dizer, nenhum homem olharia pra castanha sem sal com a ruiva por perto. Ela era Gina, oras. Simplesmente a fatal e atraente, muito embora escorregadia e ardilosa.

- Talvez não – Parvati respondeu – Mas, você não se... incomoda com isso?

Gina virou-se para a amiga.

- Amor, se eu fizer isso – e estalou os dedos – Harry Potter volta a ser meu, entende?

Parvati levantou a sobrancelha, voltando a si mirar no espelho grande do banheiro. Sua imagem não conseguia ser mais bonita do que a de Gina, e isso lhe levava a ter o quê de inveja.

- Será? – murmurou – Ele parece tão apaixonado pela Granger.

- Nem me fale. Eles me dão nojo, sinceramente – ela riu, mesmo que não achasse graça alguma. Harry Potter com sua melhor amigazinha idiota e sem sala – a qual, erroneamente, já chegara a ser sua amiga também – lhe dava nos nervos. É como se fosse uma afronta a sua beleza e astúcia. Ela se sentia trocada, mesmo que ela fosse responsável por tal situação. Trocada por uma Granger.

- Sabe, pensei que não deixaria assim. – Parvati disse, debochada.

Gina olhou-se no espelho, os olhos adquirindo um brilho diferente. Perigoso.

- E não vou.

Chapter 5

Pride 

Sabe, acho que não deveria morder o lábio assim. Você sabe provocar, Granger.

A Granger arregalou os olhos, mesmo que um sorriso maroto estivesse puxando seus lábios. Viu o professor Binns floreiar a varinha e algumas palavras aparecerem no quadro. Ela até queria copiar, se não fosse pelo sorriso desafiador que o garoto ao lado, sentando com Rony, lhe lançara. E isso ela odiava. Quero dizer, aquele negocio chato de sempre querer se provar, afinal o Potter realmente achava difícil que aquela brincadeirinha fosse mesmo levado a sério. Mas, ela não daria esse gostinho a ele. Não mesmo.

Não tenho culpa, Potter, se tudo que faço agora seja... provocante. Sou inocente.

Harry riu discretamente, olhando de soslaio para a melhor amiga. No entanto, podia ver com perfeição as cores rosadas que o rosto dela tinha adquirido. Totalmente adorável. Se ele se esticasse um pouquinho, ele podia sentir o quanto estavam quentes.

Pois não creio nisso, Granger. Não tenho culpa se você parece irremediavelmente linda nesse instante.

Você não vai me conquistar com galanteios, Potter.

Não preciso, Granger. Já o fiz.

Você é tão prepotente.

Eu sei, mas não me culpe. Você está criando um monstro.

Juro que diria o contrário.

Assume que a conquistei?

Não seja idiota. Sou sua melhor amiga e não a Gina.

Juro que não tinha percebido isso.

Você disse que faria tudo por mim, não nego que isso possa ser recíproco, afinal não estariamos encenado nesse instante.

Quem disse que estamos encenando?

Eu digo agora. Metade da sala está nos olhando, afinal você não é o mais discreto dos seres. Em cerca de meia hora e vinte e sete segundos, isso correrá por toda a Hogwarts.

Porque eu sempre levo a culpa?

Não sou eu que tenho a fama de conquistador.

Não sou eu que caí nas garras do Potter.

Ela virou o rosto para ele, intrigada. Ele riu, lhe dando língua. Desde quando ela caíra nessas garras? Não explicitamente, é claro. Afinal para todo mundo isso era que tinha acontecido. Ela sorriu, balançando a cabeça.

Não caí em garras nenhuma, só frizando.  Diga isso às milhares de garotas que dão encima de você.

Sabe que nunca percebi?

É por isso que você é míope.

Tão engraçado, Granger. Digamos que quem eu queria que caísse, não o fez.

Orgulho ferido, Potter?

Estava prestes a responder quando o sinal tocou, estridente, fazendo com que os ruídos de penas e roncos – sim, roncos. Não é como se todo mundo anotasse as aulas do professor Binns – cessaram para dar lugar as cadeiras arrastanddo e conversas paralelas. Harry arrumou rapidamente seus pertences, antes de chegar perto da garota que ainda copiava as últimas linhas do que tinha no quadro.

- E, quem disse, Granger – ele sussurou no ouvido dela , mordiscando-o devagar como castigo que a mesma merecia. Ela sorriu, esquecendo momentaneamente do que escrevia. – que eu desisti?

Chapter 6.

Time

Ele podia ouvir com exata clareza o tique-taque de seu relógio, mesmo que estivesse no Salão Comunal que estava lotado. E, contando mentalmente, faltavam trinta e quatro minutos para que a ronda acabasse e ele definitivamente desistisse de tentar ler o livro. Não era como se ele conseguisse mesmo saber como os dementadores nasciam e, na verdade, ele se perguntava o porquê se tornarava difícil – impossível – ler, decifrar ou apenas entender um parágrafo se quer do seu livro de Defesa Contra as Artes das Trevas que pegara mais cedo, na biblioteca, mesmo que sua cabeça lhe desse suposições por tamanha inquietação e desconforto.

Trinta e três minutos.

Suspiro. O moreno passa mais uma página e mira a imagem negra bem acima do que parece ser um humano na página seguinte. Beijo de dementador, tinha a legenda que rouba momentaneamente a sua atenção. Os olhos verdes passeam pela página, procurando algo que o distraía. Não é algo fácil. Mais um suspiro. E mais um tique-taque.

Quero dizer, não tinha problema, tinha? Draco Malfoy não fazia o estilo dela. Era claro que não. Harry sabia o estilo de Hermione Granger. Sabia muitissimo bem. Um sorriso maroto formou nos lábios dele pela primeira vez em exata uma hora. E porque diabos algo dentro dele rugia quando a morena chegava perto – cinco metros, três ou quando a mesma falava com ele – da doninha irritante? Mexeu-se desconfortável na poltrona, o sorriso murchando dando lugar àquele sentimento para lá estranho. No entanto, ele não poderia 'mexer' e/ou aquietar o monstrinho dentro de si.

Trinta minutos.

E porque raios tanta demora? Não, melhor, porque raios ele não tinha sido eleito o monitor-chefe? Ele tinha sido um bom aluno, se isso conta. Não tinha necessidade de colocar um sonserino e uma grifinória como monitores chefes. Isso era inaceitável. E daí que as Casas não tinham mais as rixas de antes? Ainda tinham lá suas diferenças. Harry Potter sentiu uma raiva estranha pela professora Minerva e sua mania de 'estreitar relacionamentos'. Sonserina era Sonserina. Grifinória era Grifinória. Não há misturas, certo?

Certo?

E ele estava prestes a enlouquecer.

Preocupação. Era isso. Muita preocupação com sua melhor amiga e, bem hipoteticamente, namorada. Ele definitivamente não se importava com o que poderia acontecer com o Malfoy caso passasse do acordo bem estipulado de simpatia. Confiava em Hermione. O probleminha besta é que ele não confiava no Malfoy. Isso atrapalhava as coisas.

Harry olhou para o relógio novamente. Vinte e oito minutos.

''Poderia passar bem mais rápido, que tal?'' pensou, azedo.

Ergeu os olhos, desisitindo antencipadamente de ler seu livro - sabia que estava se tornando uma tarefa fracassada. O Salão Comunal estava parcialmente cheio, com alguns primeiranistas fazendo atividades, outros alunos apenas jogando Snap Explosivos e outros namorando. Ele sorriu. Como seu amigo ruivo, que parecia ter esquecido a capacidade de respirar junto com a Lovegood. Por um instante ele se perguntou se era permitido uma corvinal entrar no Salão Comunal da Grifinória, mas isso logo foi esquecido quando uma ruiva entrou no Salão.

Harry estreitou os olhos, percebendo que a mesma chorava e tremia quase que convulsivamente. Ele já tinha jogado o livro de lado para se levantar e ver como ela estava, quando a mesma se sentou a seu lado. O moreno franziu o cenho quando ela começou a soluçar alto.

- Você está bem?

Estúpido, murmurou para si. É claro que ela não está bem.

Gina suspirou, balançando negativamente a cabeça, antes de – para sua total surpresa – se jogar nos braços dele, murmurando coisas com a voz embargada. Harry hesitou antes de abracá-la com maior firmeza. Algo dentro de seu estômago deu uma cambalhota e ele não sabia bem ao certo o porquê.

- Gina? – ele a chamou, acariciando as costas dela para que se acalmasse. Os cabelos ruivos cheiravam a lavanda. Por algum motivo, ele achou um pouco enjoativo, sendo que antes ele adorava. – Gina, o que houve?

Ela balançou a cabeça, em negativa, no entanto se acalmando. Harry se afastou um pouco, apenas para olhá-la. O rosto estava vermelho, quase se confundindo com os cabelos. Os olhos verdes brilhavam por causa das lágrimas que corriam por ele.

- Hey, não chore – ele pediu, carinhoso e percebeu que o modo como falou não foi exatamente como sairia há meses atrás. – Quem te fez isso?

- E-eu briguei com o L-Lino – suspirou, passando a mão nos cabelos e depois nos olhos. – E-ele... – e tornou a abraçar Harry, chorando copiosamente.

Algo bem no fundo de si disse para ele que deveria comemorar. No entanto, não parecia algo coerente a se fazer. Na verdade, ele se deu conta com um enorme grau de confusão, que estava quase indiferente com o que estava acontecendo. Estava sendo cavalheiro, afinal, para todos os efeitos, ela era irmã de seu melhor amigo. Convivera com ela. Tecnicamente, Gina era sua amiga.

Bem, mas não era isso que o jovem Potter contava.

- Vai ficar tudo bem – ele disse, dando tapinhas que ele achava que ia confortá-la. – Só se acalme.

Gina balançou a cabeça, afirmando, recuando dos braços dele em seguida. Só que por um pequeno espaço, a qual suas bochechas se roçaram. E os olhos verdes arregalaram-se quando os lábios da ruiva atacaram os seus, mesmo que ainda estivesse soluçando. Talvez, ele poderia entender o porquê que seus sentimentos estavam tão... controversos. E ele até estava atrás disso, digo, dessa resposta enquanto beijava Gina, se não fosse pelo fato de que... Ela. Não. Cheirava. A. Flores.

Na porta do Salão, sua hipotetica namorada, assistia tudo.

n-a: vergonha master de postar algo, quase morrendo de vergonha, é sério. Desculpe, tipo, mesmo, eu realmente não tive tempo e estava passando por péssimas situações. Bem, eu não desisti dessa fanfic, nem desisitei, eu adoro escrevê-la. Não sei quando vai ser o próximo capítulo, por isso que peço que tenham paciência e ajudem com comentários, eles são importantes demais. A atualização, pelo menos da próxima parte, vai ser em breve, já que ela está quase pronta. Agradeço os comentários, foram realmente de muita importância.

Sem mais.

Np.

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