miracles happen
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Segunda, 8 de fevereiro, 7:30
Lily:
Já havia se passado uma semana desde que eu conhecera James e descobrira o que minha melhor amiga, virara ex - melhor amiga.Eu sei que isso não é da minha conta, mas todo esse misterio dele é meio irritante ás vezes. Ele é algum tipo de mudo ou o que? Juro para vocês que ele nunca falou nem sequer uma letra pra ninguem desde que chegou. Ah, e tem mais, ele some na hora do lanche, no começo e no término das aulas. E todas as garotas estão doidinhas por ele. Decidi que hoje eu vou...
Ain minha santa mãe do céu! O que é isso? Havia um bilhete da Lene, escrito com caneta roxa brilhante, em um papel preto na parede ao lado do meu armario.
‘’Eu não faço a minima ideia do que você pretende me mandando isso. Já está na cara que você sente algo pelo James, alias, porque você não grita logo para o colégio todo ouvir? Porque sinceramente, isso é um desaforo. Mas o que isso importa não é, duvido que ele goste de pessoas como você. ’’
Estava terminando de ler quando James entrou no meu campo de visão, vindo de um corredor paralelo ao meu, amassei logo aquela porcaria, com o máimo de força que eu pude, antes que ele pudesse ver algo. Aliás, espero que ninguém tenha visto.
E como sempre, ele passou sem dizer nada.
Chega.
- Você é mudo, ou tem algum problema? – Perguntei de supetão, droga, devia ter formulado uma pergunta melhor, isso soou... grosso demais.
Ele se virou, aqueles olhos azuis me encarando.
- Desculpe a grosseria. – não pude deixar de dizer. - Isso nem é da minha conta mesmo...- Eu já estava pronta para sair dali, quando ele me surpreendeu murmurando;
- Você não é a primeira pessoa e com certeza não será a ultima a perguntar isso. - Então começou a caminhar em minha direção, parando de frente para mim.
Ele era relativamente alto, magro mas eu vi o abdomem dele sob a camisa lalalala, seus cabelos eram castanhos claros, seus pés pareciam flutuar sob o chão tamanha a rapidez com que se locomovia.
- Meu nome é James, James Bond Potter. – disse ele abrindo um sorriso.
- Eu sei, sou a Lílian Evans, prazer. - Ficamos meio sem assunto por uns segundo, até que eu quebrei o gelo dizendo qualquer coisa estúpida que me veio a mente. – É... então, você não vai para a educação física?
- Anh, na verdade tenho que ir devolver alguns livros na biblioteca, mas eu vou depois.
- Bem, então até logo.- Mas que conversa produtiva.
Esperava que pudessemos conversar no caminho, no entanto, a única coisa que dissemos um para o outro foi o que já sabiamos, que eu já sabia.
- E aí Lil, onde você estava? – perguntou-me Dorcas, assim que eu cheguei no vestiario.
- Nada, nada de importante, quer dizer, lugar nenhum, quer dizer... foi importante sim, mas acabou rapidinho...
- Explique-se melhor ruiva. -Interrompeu Emmeline enquanto corríamos pelo campo.- Já disse que eu odeio educação física?
- Okay. Veja, encontrei James no corredor e decidir falar com ele, se bem que de inicio eu fui meio grossa, mas enfim apenas nos apresentamos, eu chamei ele para vir comigo e conversar ,mas acabou que ele teve que ir para a biblioteca – humpf revirei os olhos.
- Pelo menos ele fala. – Conclui Dorcas sorrindo.
- Ah tá. – Suspirei enquanto Emme mandava um “danhh” - Isso não é tudo, encontrei um bilhete no meu armário. Tomem, dêem uma olhada, é da Lene.
Não demoraram nem um minuto, e já estavam balançando a cabeça em sinal de desgosto.
- Ela esta insuportável desde que brigou com a gente. - murmurou Emme, jogando a bolinha no cesto de lixo.
- Olha lá sua oportunidade...
- Correção Dorc: lá estava a oportunidade de descobrir sobre o Potter, parece que a Lene viu primeiro. - Emme apontou o outro lado do campo.
- Dane-se oras, se ele quiser ele vem falar e pronto, eu não vou ficar correndo atrás de ninguém. As pessoas tem que aprender a ir atras dos outros tambem ué. - As meninas deram de ombros.
- Hey garotas, vocês vão a festa de hoje não é? É ás 20:00 na casa do Collins. - Disse Sirius, chegando por aqui. Collins esta no time de futebol, e é muito popular aqui.
Nós nos entreolhamos, é, uma festa com certeza cairia bem.
- Tá, tudo bem, a gente se encontra lá então. - eu respondi.
- Isso não vai prestar, definitivamente, não vai prestar meeeeeeeeeeeeeesmo. – Disse Emme, logo depois balançou a cabeça negativamente.
X
Segunda,8 de fevereiro, 14:00
Lene:
Estava terminando meu trabalho de historia na biblioteca quando Sirius chegou e sentou na mesa ao lado, lendo um livro qualquer, estava me evitando ja faz um tempo.
- Sirius. - Eu o chamei.
- Anh, oi.
- Será que dá para vir aqui ou tá difícil? - cantarolei.
Ele se levantou lentamente e sentou ao meu lado, ainda sem tirar os olhos do livro.
- Chega, quer parar logo com isso? - Falei irritada, abaixando o livro dele e chegando mais perto.
- Parar o que?
- Parar de me evitar, caramba.
- Eu não...
- Nem venha com essa historia de ‘’não estou’’, porque comigo não cola. Fala logo qual é o problema. - atirei o livro dele do outro lado, para que ele não pudesse mais se distrair.
- Não existe problema algum. – Disse ele simplesmente.
- Como você mente mal Black, será que é tão difícil contar?
Me levantei e parei atrás dele, abraçando-o pelo pescoço e falando em seu ouvido.
- Black, o que quer que eu tenha feito ou dito, ou qualquer problema seu, pode me contar okay? É para isso que servem os amigos. - Dei um beijo estalado em sua bochecha e me dirigi a porta.
- Lene,espera.
Me virei.
- Eu preciso falar uma coisa, tá me dando agonia.
Puxou meu braço e me arrastou para fora dali.
- Para onde estamos indo? - perguntei ao perceber que ele não parou do lado de fora da biblioteca.
Entramos numa sala desocupada ,ele trancou a porta e soltou meu braço logo em seguida.
- Não podia falar isso na frente das pessoas.- Ele murmurou.
- Okay, mas... é alguma coisa muito séria? Algum problema seu, ou...
- O assunto é você. - Tá legal, com essa eu choquei.
- Hummm, comece, ué. - Eu tentava parecer natural, mas por dentro estava morrendo de curiosidade e ao mesmo tempo medo.
- Eu sei que isso não é da minha conta, e que eu não deveria ter ouvido, mas... lembra daquela conversa com a Lil no primeiro dia de aula?
- Você... ouviu? Quero dizer, tudo, tudinho mesmo? - Acho que estava da cor de um tomate. Eu não via como poderia falar disso com o Black.
- Cada detalhe. Isso é verdade Mckinnon? - Ele perguntou,serio.
- Anh, bom... Sim, mas...eu não fiz não é mesmo, isso não importa mais. Não me chame pelo sobrenome, me faz parecer uma criminosa. Mesmo sendo totalmente esquisito falar disso com você, eu vou contar. Eu estava de TPM na festa da Caroline ano passado, bebi todas e o Brad pediu para ficar comigo. Já estavamos no quarto quando a Lily chegou e me salvou daquilo. Resumidamente foi isso, mas o pior é que eu gostava do Brad naquela época e até agora nas férias.
- Até agora? E o que fez você desistir, hein? - Ele sorriu, curioso.
- Ah Black, me poupe né, também não é como se eu fosse contar tooooooooooda a minha vida pra você.
- Tudo bem, era só isso que eu queria saber. - Ele se aproximou, deu um beijo na minha testa e ia saindo quando eu o chamei.
- Sirius, não vai continuar a me evitar, vai?
- Eu não estava propriamente te evitando Lene, só estava meio confuso com aquilo, mas agora que você explicou, tudo faz mais sentido.- e então saiu.
Eu ainda fiquei sozinha ali por um tempo, eu tinha certeza que ele não ia contar, era meu amigo. Mas mesmo assim era estranho conversar sobre isso com ele.
Tudo bem, eu já contei e pronto, não adianta lamentar agora né. Eu devieria ter voltado para aula á 10 minutos atrás e não fiz isso, com isso sim eu tinha que me preocupar.
- srtª Mckinnon, nota-se que esse relógio em seu pulso não serve para nada. - reclamou a professora de geografia.
“Ah, mas eu já tenho uma idéia pra ele, que tal tapar sua boca?”
X
Segunda, 8 de fevereiro, 20:20
Lily:
Já estávamos no carro da Dorcas, a caminho da festa, com Emme murmurando toda hora que essa festa não ia dar certo. Já disse que odeio pessimismo?
Deixemos a loira pra lá, eu estava mesmo afim de dançar e socializar com as pessoinhas da festa.
- Emme, quer parar com isso? Já chegamos.
- Tudo bem, depois não diga que não avisei. – Tá legal Emmeline,você não avisou.
A maioria das pessoas ainda estava para chegar, mas já tinha gente suficiente para divertir a festa. Principalmente porque o James já havia chegado.
Peguei um drink azul, que eu particularmente não sei o que, e fui ate ele.
- E aí, vai contar o porque de ser tão calado, ou vai escapar de novo? - sorri.
- Digamos que eu sou assim, meio solitario, “mudo”...
- Pensativo, inteligente, enigmático e outras coisas mais que você ainda não contou. - completei.
- Bem, acho mais prático lhe dar minha ficha completa então. - Ele sorriu, arqueando uma sobrancelha.
- É, atá que não seria um mau negócio.
- Bom, meu nome é James Potter, tenho 16 anos, moro com minha avó, tenho um irmão que mora na Califórnia, minha cor favorita é azul, não sou muito fã de rock, e passo a maior parte do meu tempo livre lendo.
Acho que isso é o suficiente.
- E seus pais? Eles... – Tive medo de continuar, por que li nos olhos dele, que realmenre era verdade.
- Já morreram, faz um tempo.
- Poxa, que chato. Desculpe, eu não que... – Mas ele balançou a cabeça negando.
- Tudo bem. E que tal falar de você agora?
- Tá, mas a minha vida não é nenhum livro de ação que vale a pena ser lido. - Ele continuou com a mesma expressão de quem esperava eu continuar. - Tá bem, eu gosto de pop, Lady – Minhas palavras se perderam - James? James?
Ele fitava o nada, tentando se concentrar em algo, como se não estivesse ali.
- James. - voltei a repetir.
- Precisamos ir ao banheiro feminino. - murmurou ele me puxando.
Vou confessar que, de início passaram pensamentos pervertidos pela minha cabeça, mas James não parecia o tipo de cara que faria isso.
O que diabos ele queria no banheiro das mulheres?
- James, o que esta havendo? – perguntei enquanto me esquivava das pessoas.
- Marlene está com problemas.
O que? Como? Quem? Como ele poderia sequer pensar nisso? Como poderia saber?
Não demorou dois minutos para que estivéssemos na porta do banheiro. James disse que iria esperar do lado de fora, mas qualquer coisa eu poderia chama-lo.
Abri a porta lentamente, com medo do que me esperava ali.
Do outro lado havia uma Marlene ajoelhada no chão do banheiro, com o antebraço ensanguentado. Levei as mãos à boca, meu Deus.
- Lene! Lene, o que aconteceu? - Perguntei abraçando-na.
- Nada, não aconteceu nada! Aliás, o que você esta fazendo aqui? - disse ela se levantando.
- Lene, eu só quero ajudar, só isso. Quero poder conversar com você, como duas pessoas civilizadas.
- Eu nem mesmo sei o que fez isso, e não estou a fim de conversar sobre aquilo. – Ela lavou um braço de cada vez e enxugou as lágrimas, e depois se dirigiu até a porta.
- Não é sobre a briga, é sobre o bilhete.
- O que tem ele? Não há nada para explicar sobre aquilo, é a verdade.
- Será mesmo? Ou é você que não consegue parar para pensar um pouco antes de resolver fazer as coisas? - Passei por ela, saindo do banheiro e a deixando ali.
Ignorei James parado a porta e fui tomar alguma coisa. Estava muito puta para falar sobre qualquer coisa. Avistei Sirius agarrando uma garota, assim que cheguei na varanda do segundo andar.
- Sirius. - Eu o chamei, que se dane essa garota, os amigos são mais importantes.
Ele desgrudou da boca da garota e olhou para mim.
- Leve a Marlene para casa, ela se machucou no banheiro.
Ele assentiu, deixou a garota lá e foi procurar Marlene.
James chegou um segundo depois, me oferecendo um copo com água e açúcar.
- Foi mal por deixar você lá, mas devia dar isso a Lene, é ela que está insuportável, não eu.
- Conversei com ela, realmente não sabe o que a atacou. - ele disse calmo.
- E como sabe que não está mentindo?
- Digamos que, eu sei detectar mentiras. - ele sorriu torto.
- Também tem um detector de perigos?
Ele arqueou uma sobrancelha.
- Você era o único que sabia do problema da Lene. - expliquei.
- Não eu só... escutei ela gritando. - e deu de ombros.
- Então tem um ouvido supersônico? Está numa festa super barulhenta, e ouviu uma mulher indefesa gritar por socorro num banheiro fechado á 50 metros de distância? - Concordei, balançando a cabeça positivamente.
Ele riu, levando na brincadeira.
- O que você, por acaso está querendo insinuar?
- Não sei, talvez... talvez você seja apenas um paranormal, ou vidente...
- Ou talvez eu seja uma pessoa normal, com uma audição muito boa, e predisposição para prestar atenção nos detalhes. - ele sugeriu.
- Bem deixa pra lá. Vamos,estamos perdendo o melhor da festa.
Arrastei ele até uma pista de dança que tinha no térreo, dançamos por horas.
Correção: eu dancei, ele tentava. Mas mesmo assim era engraçado vê-lo tentar. Sirius já havia voltado e agora conversava com Emmeline e Dorcas, que já iam no quarto copo de cerveja.
Já exaustos fomos nos sentar em alguns dos pufes que tinham por ali.
Estavamos conversando tranquilamente sobre coisas estranhas, como prever o futuro e blablabla, quando de repente a coisa mais bizarra dessa festa até agora, aconteceu.
- Minha cueca é da Calvin Klein, vocês querem ver? - Gritou um garoto bêbado que acabara de vomitar no banheiro, e estava com as calças arriadas.
E o pior é que ele veio para cima de mim, me agarrando e me beijando antes mesmo de eu conseguir desviar. James é que me livrou daquilo, empurrando garoto que caiu no sofá.
Seria até engraçado se ele não tivesse me beijado, ainda mais bêbado, e vomitado.
- Avery! O que diabos você está fazendo desse jeito? - Gritou uma garota, a qual eu supus ser a namorada do garoto.
- Mas amor, eu ta...- ia dizendo o garoto, enquanto a gente saia as pressas dali, quando...
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n/a:Pois é Cá,você sabe que eu simplesmente adoro ver o cap depois que você beta.ele fica muito melhor.enfim ta ai o cap 2,que eu particularmente achei muito melhor que o 1,e olha que eu escrevi esse em muito menos tempo.espero q gostem comentem.
bjocas ;*
n/b: Tudo bem, eu confesso. Sou a pessoa mais enrolada que já surgiu na face dessa Terra. Esse capítulo está comigo á mais de uma semana e eu não dava jeito de betá-lo.
Maaaaaaaaaaaaaaaaaaasssss, como nem tudo são trevas, cá estou eu com o capítulo betado, maravilhosamente arrumado :D Comentem pra gente, ok?
Beijos,
Cá Black (:
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