<u>outsider.</u>
Outsider
Miss Laura Padfoot
Notas
Jurado 1: 9
Jurado 2: ?
Jurado 3: ?
Leitores: 9,1
Média final: ?
ÓTIMO, PORQUE EU NÃO PRECISO DE VOCÊ!... ÓTIMO, PORQUE EU NÃO PRECISO DE VOCÊ!... ÓTIMO, PORQUE EU NÃO PRECISO DE VOCÊ!... ÓTIMO, PORQUE EU NÃO PRECISO DE VOCÊ!...
As palavras que eu dissera há algumas horas ao meu namorado ecoavam em minha mente, palavras que no calor do momento me pareceram cheias de personalidade, mas que agora não me pareciam nada, senão estúpidas.
Eu havia saído de casa como se tivesse asas nos pés, pois antes que eu percebesse já estava num parque das redondezas, descalcei meus converses vermelhos, tirei minhas meias e pisei na grama. De certa forma, esse contato direto com a grama era a única coisa que me impedira de chorar.
Pisar na grama descalça e ouvir N.I.B. do Black Sabbath, o que era um pouco estranho já que aquela não era a música certa para o momento, eram as únicas coisas que ainda me impediam de chorar.
Não sei quanto tempo fiquei deitada no parque com os meus pés na grama, nem ao menos sabia se chegara a dormir em algum momento, estava inconsciente de mim mesma e de tudo que estava ao meu redor até ser despertada pela voz de alguém.
“Hey...” eu ouvi para então me virar e encontrar um par de olhos cinza-chumbo a poucos centímetros de mim. “Hey...” eu disse com a voz um pouco falha, o dono daqueles belos olhos era ridiculamente bonito. Os cabelos tão pretos que beiravam o azul eram ligeiramente compridos para um homem e caíam-lhe sobre a face com certa elegância displicente, seus lábios permaneciam num sorriso divertido, que me iluminara por dentro de tal modo que não consegui evitar sorrir.
“Eu prefiro o seu sorriso, sabe.” ele disse com desenvoltura, fazendo com que eu segurasse minha respiração e me envergonhasse por ter sido pega observando-o, não que eu estivesse me preocupando em ser discreta “Não precisa ficar vermelha.”
“É, claro.” eu disse com o sarcasmo, que já era inerente a mim, e desviei meu olhar para o céu que estava ligeiramente cinza. “Vai chover a qualquer momento.” ele disse, e eu concordei. Eram raras as tardes em que não se chovia aqui em Liverpool.
“Que acha de irmos ao The Leaky Cauldron?” ele perguntou, e eu o encarei sem entender “A não ser que você queira ficar na chuva...” ele disse divertidamente. Mordi meu lábio inferior num claro sinal de dúvida “Ora, vamos...”
“Está bem.” eu disse por vencida, que mal poderia haver, certo?
Eu comecei a calçar meus sapatos, enquanto o observava se levantar e tirar qualquer resquício de grama que pudesse ter permanecido em suas calças, então ele simplesmente passou a mão por seus cabelos para depois oferecê-la para mim com um sorriso no rosto.
“Pronta?” ele perguntou. Eu sorri em resposta, aceitando sua mão e me levantando. “Obrigada”.
“Sempre que precisar.” ele disse, e eu ri levemente.
“O que você estava ouvindo?” ele perguntou curioso, e eu arqueei uma de minhas sobrancelhas para ele “Que foi?”
“Nada, eu estava ouvindo N.I.B.” Eu respondi.
“Follow me now and you will not regret, leaving the life you led before we met. You are the first to have this love of mine. Forever with me till the end of time.” ele cantarolou baixinho para depois dizer “Ótima música.”
Nós não trocamos nenhuma palavra até chegarmos ao The Leaky Cauldron, sentamos ao balcão e Tom nos encarou com um sorriso no rosto “O que vão querer hoje?”
“O de sempre pra mim.” Respondi, e ele apenas afirmou que desejaria o mesmo que eu. Logo Tom nos entregava duas garrafas de cerveja.
“Então...” Ele disse sorrindo para mim, colocando furtivamente sua mão em cima da minha.
“Então...” Eu disse em resposta, tirando minha mão debaixo da dele.
“O que uma garota fazia sozinha deitada no meio do parque?” Ele me perguntou tomando um pouco de sua cerveja, e eu não pude deixar de rir. Isso era uma tentativa de cantada?
“Tentando me acalmar, briguei com meu namorado por causa do ciúme doentio que ele sentia por mim. Daí lá estava eu, entediada, sozinha e depressiva.” Disse acidamente para depois tomar um longo gole da minha garrafa.
“Até eu, o cavaleiro de armadura brilhante, apareceu para te salvar.” ele terminou, e eu o encarei rindo ceticamente, mas concordei. “Sabe, eu acho que seu namorado deve ter seus motivos para sentir ciúme de você...”
“Aham, claro... Como se eu desse motivo para ele ter ciúmes.” eu disse sarcasticamente, e ele abriu um sorriso galanteador.
“E lá precisa de motivos?” ele perguntou, e eu o encarei sem entender “Você não tem espelho em casa? Você é linda, todos os caras do bar estão olhando para você.” Ele disse, e eu o encarei descrente, então ele me disse “Olhe a sua volta, eu sei que você quer olhar. Olhe e me aponte um que não esteja olhando para você.”
Eu fiz o que me foi mandado e fiquei extremamente constrangida ao constar que o que ele falara era nada mais nada menos que a verdade. “Mesmo assim, não é motivo para ele ficar totalmente paranóico.” disse por fim.
“Talvez ele só não saiba demonstrar os sentimentos dele.” ele tentou, e eu ri maneando a cabeça.
“Acho que ele consegue sim.” eu disse não conseguindo evitar que um sorriso malicioso brotasse em meus lábios.
“Sabe é?” ele perguntou, erguendo uma sobrancelha “Duvido, não sei o que ele faz, mas tenho certeza que ele poderia melhorar.” ele disse esvaziando sua garrafa até a metade.
“Melhorar? E como ele poderia melhorar?” eu perguntei desafiadoramente, mas curiosa.
“Ele poderia ser mais como eu.” ele disse fazendo com que eu me engasgasse com minha cerveja.
“Como?” perguntei rindo descrente devido o absurdo que acabara de ouvir. “Você me ouviu.” ele disse rindo, terminando com o conteúdo de sua garrafa de uma vez.
“Eu acho que vou embora agora.” eu disse, colocando o dinheiro de minha cerveja no balcão.
Eu não conseguia acreditar no que havia acabado de ouvir. Dizer que eu estava surpresa era pouco. Como ele fora me dizer isso?
Inacreditável, insolente, estúpido, pedante...!
Eu estava prestes a virar a esquina, quando senti alguém segurar meu braço e me virar. Qual fora a minha surpresa ao encontrar aqueles absurdos olhos cinza-chumbo.
“Mais uma chance.” ele pediu, e eu estava pronta para lhe dar um tapa na cara, mas ele segurara a minha mão antes que eu conseguisse fazê-lo. “Deixa eu te provar.”
“Me deixa...” eu comecei a dizer, mas não tivera tempo de terminar, pois ele me calara pousando seus lábios sobre os meus.
Minha primeira reação fora de choque, mas logo recuperada tentei me afastar contorcendo-me de todas as a formas possíveis na esperança de escapar, contudo ele era extremamente mais forte que eu, impedindo-me de fazer o que eu queria.
Não sei o que me dera, mas em um momento eu tentava afastá-lo de mim a todo custo, no outro eu tinha meus braços em seu pescoço, correspondendo ao beijo.
Sentia suas mãos me apertarem contra si, fazendo com que eu arfasse levemente. Seus lábios exploravam meu pescoço, enquanto eu depositava uma de minhas mãos no cós de suas calças e a outra arranhava suas costas fortemente, fazendo com que ele sorrisse enquanto me beijava.
Ele andava lentamente nos levando até perto de uma parede na qual ele me prensara e capturara meus lábios novamente. Puxei seus cabelos levemente, fazendo com que um gemido de dor saísse de seus lábios e que me apertasse ainda mais contra a parede.
Uma de minha mão brincava com a barra de sua camiseta, enquanto a outra permanecia em sua nuca e meus lábios mordiam levemente sua orelha.
Senti suas mãos pousarem em meus glúteos e protestei, fazendo com que ele gemesse em sinal de descontentamento, mas que colocasse suas mãos em lugares permitidos. Ele buscou meus lábios com os dele novamente, não sei quanto tempo esse beijo durara, mas eu precisava respirar; no entanto quando eu tentara me afastar, ele não permitira me puxando ainda mais para o seu encontro e aprofundando o beijo, que pouco tempo depois ele encerrara, mordendo levemente meu lábio inferior.
Eu abrira os olhos, encontrando os dele a poucos centímetros de mim, olhando-me com uma admiração quase que inimaginável. Ele me abraçara fortemente, como se temesse que eu fosse escapar, mas eu não escaparia dessa vez.
Eu estava feliz ali, apenas ouvindo o som de nossas respirações desreguladas e os batimentos anormalmente acelerados de nossos corações.
Suas mãos faziam um carinho gostoso em minhas costas, fazendo com que eu fechasse os olhos. Senti ele enterrar seu rosto em meu pescoço e suspirar pesadamente, abraçando-me ainda mais forte como se isso fosse possível.
“Me diz que você ainda precisa de mim, por favor.” Ele pediu, e eu senti pelo seu tom de voz que ele se segurava para não deixar toda emoção que sentia transparecer.
Afastei-me ligeiramente dele e levantei seu rosto para que fosse possível manter o contato visual.
“Sempre vou precisar, Sirius.”
N/misslaura: Bom, essa foi minha fanfiction para o Coffe Maker “inspirada” na foto que me foi sorteada. Espero que tenham gostado, particularmente, foi uma fanfiction difícil de escrever, pois a foto não é muito compatível com o meu estilo... Não sei quanto tempo fiquei com o pensamento “o que diabos eu vou escrever?”, por fim OUTSIDER fora o resultado. Nunca a frase de Thomas Edson “Talento é 1% inspiração e 99% transpiração” fora tão bem aplicada a mim, mesmo que “talento” seja algo indubitavelmente questionável.
Bom, admito que minha foto desejada fora a número 2, tipo: UOW! Sirius Black: a womanizer, a philanderer, a casanova, a lady-killer, a ladies man, a gigolo, a skirt chaser, a heartbreaker, a libertine, a gallant, a lothario, a debaucher, a lecher, a scoundrel, a rascal, a tramp, a sexy prince charming, a Don Juan; Sirius Black in flesh and bones... I’M SO IN! Tantos nomes que dizem praticamente a mesma coisa, mas que definem Sirius Black perfeitamente. Não é à toa que JK disse que Sirius nunca teve tempo para casar ou coisa do tipo (é pessoas, S/M não passa de um fannon, o melhor fannon do mundo, mas ainda assim um fannon).
Enfim, apesar da grande desdita de não ter conseguido a imagem 2, tenho certeza que quem a pegou fará jus a imagem, assim como eu espero ter feito jus a minha.
Por fim, apenas esclarecendo para quem não conseguiu pegar, Marlene não é legimente e muito menos tem poderes à Edward Cullen. Não baixou nenhum santo para ela descobrir o nome do Sirius. O fato é que Sirius é o namorado dela, de modo que há evidências em algumas partes da fic, mostrando que eles já se conhecem: 1) “O de sempre pra mim.” Respondi, e ele apenas afirmou que desejaria o mesmo que eu. Logo Tom nos entregava duas garrafas de cerveja. – como Sirius pede “o de sempre” de Marlene se não a conhecesse de antes?; 2) “Aham, claro... Como se eu desse motivo para ele ter ciúmes.” - Marlene não dá motivos para o namorado ter ciúmes, se o namorado não fosse Sirius, ela estaria dando um motivo ao ir a um bar com um cara que acabara de conhecer; 3) “Ele me abraçara fortemente, como se temesse que eu fosse escapar, mas eu não escaparia dessa vez.” – “dessa vez”, isso implica que ela já tivesse fugido antes; 4) “ÓTIMO, PORQUE EU NÃO PRECISO DE VOCÊ!...” (...) “Me diz que você ainda precisa de mim, por favor.” – acho que essa eu não preciso explicar, certo?
Obrigada, Miss Laura Padfoot
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