<u>aceito.</u>
Aceito
Anne Diehl
Notas
Jurado 1: 8
Jurado 2: ?
Jurado 3: ?
Leitores: 8,9
Média final: ?
A morena estava sentada à janela, encarava o vazio, desatenta, seu coração pulsava fortemente. Ela subiu a mão e segurou o peito, como se assim pudesse fazer com que as batidas desacelerassem. Ele a disse que esperasse na janela. Disse que estaria lá. Ela fechou os olhos e conteve um soluço respirando profundamente.
Repentinamente a porta se abriu. Longas madeixas ruivas se projetaram porta adentro. Num movimento desesperado a morena segurou os ombros da dona das melenas.
- Ele já chegou Lily?
- Ainda não, mas tenho certeza que já está a caminho, Marlene! Você sabe como ele nunca foi pontual!- a morena negou com a cabeça e fez um ruído de descrédito
- Ele não vai chegar a tempo e eu terei que me casar.
- Marlene! Casamento não passa de uma palavra e um pedaço de papel. Negue a palavra, rasgue o papel, e pare de sofrer!
- “Aceito” – ela disse com pesar – como é que uma palavra pode mudar tanto uma vida? Quero dizer, não passa de um verbo!
Ela andou até a cama, onde um longo vestido branco jazia. Marlene o segurou contra o peito e deixou que uma lágrima solitária caísse sobre o tecido.
-É isso, ele não virá. Eu cansei de esperar
Lily abriu a boca, na tentativa de argumentar, mas a verdade era que não tinha argumentos. Tornou a fechá-la e abaixou o rosto. Marlene colocou o vestido e se virou para a amiga, como se pedisse sua opinião com um fraco sorriso.
- Está linda. – a morena assentiu com a cabeça, enquanto seu fraco sorriso se desfazia.
Lily saiu do quarto, cabisbaixa. Marlene lançou um último olhar para a janela. Era o fim. Teria que fazer isso. Ela desceu as escadas lentamente. Todo o ambiente era branco. Grandes flores brancas estavam espalhadas por toda a casa. Flocos de neve gigantes pendiam do teto. Ela passou a mão pelo pingente em forma de floco, um presente muito prezado.
A morena esticou a mão para abrir a porta que dava para o quintal. Ela segurou a maçaneta com força. Sabia o que a esperava do outro lado. Como se pudesse ver pela madeira ela encarou a porta, em sua imaginação via a cena do outro lado perfeitamente.
Várias pessoas sentadas em cadeira cochichando ansiosas, querendo ver a noiva. Um homem loiro de terno parado em frente ao altar, orgulhoso e lindo, esperando por ela. Marlene se sentiu péssima pelo que estava prestes a fazer. Adora o orgulhoso homem loiro que a esperava, sentia carinho, afeto e gratidão por ele, mas não amor. O homem que amava não era loiro, mas sim moreno. Com o cabelo negro como a noite, encantadoramente desarrumado e um ar desleixado e cafajeste que a fazia derreter por dentro desde que colocara os olhos nele pela primeira vez.
Mas era isso, não tinha mais o que fazer. Iria se casar. Só teria uma única chance de dizer “aceito” na vida e a estava desperdiçando com um homem que não amava, ela pensou. Secou novamente as lágrimas.
- Marlene! – uma voz masculina a chamou. Ela conhecia aquela voz. Seu rosto se iluminou conforme ela virava para encarar o dono do brado – Marlene, por favor!
- Sirius! – ela disse jogando os braços em torno do homem de cabelos negros como uma graúna – eu pensei – ela disse deixando que lágrimas rolassem livremente – eu pensei que você não viesse que tivesse desistido!
- Desistir de você? Nunca! – ele disse a puxando pelo braço – agora vamos, eu deixei a moto ligada, para uma fuga rápida – ele piscou marotamente para ela.
Ele não usava terno como as outras pessoas presentes na casa. Usava uma calça jeans, uma jaqueta de couro e óculos escuros. Um sorriso maroto brincando livremente em seus lábios enquanto o vento projetado pela moto bagunçava seus cabelos. Marlene o segura com força pela cintura conforme corriam na estrada, a brisa brincava delicadamente com a barra do vestido branco longo que caia em cascata ao lado da moto, sem nunca tocar o chão.
Sirius estacionou a motocicleta no alto de uma colina florida, com um enorme roble. Ele saiu do veiculo e ajudou Marlene a fazer o mesmo. Ele a olhava ternamente e segurava seu rosto entre as duas mãos, acariciando-lhe as bochechas.
- Eu acho que roubei a noivinha do casamento do ano.
- Concordo.
- Nesse caso, eu te devo um casamento, não é? – Marlene sorriu e aquiesceu com cabeça.
- Acho que sim.
Sirius colocou a mão dentro da jaqueta de couro e tirou uma caixa azul escuro de veludo. Ele brincou um pouco com ela entre os dedos. Sorrindo, abriu a caixa, exibindo dois anéis idênticos de ouro.
- Você só me dá trabalho McKinnon.
Ela sorriu entra as lágrimas
- Eu sei.
- Me diz Marlene McKinnon, você aceita ser minha esposa, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza?
O rosto da morena se iluminou e um lindo sorriso branco se formou no rosto dela. Ela condescendeu loucamente com a cabeça e jogou os braços em torno de Sirius dando-lhe centenas de beijos carinhosos e apaixonados
- Aceito!
n/anne: ?
Aceito - Anne Diehl. Concurso Coffee Maker.
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