Festa de 31 de Julho



Harry Potter acordou naquela manhã, extremamente cansado. Demorou um tempo até perceber que era seu aniversario. 31 de julho.


  Tomou um banho rápido e vestiu-se.


  Saiu de seu quarto e foi para a cozinha. Estranhamente, não tinha ninguém lá.


  Saiu em direção a sala de estar e quando viu tinha algumas pessoas lá. Ele entrou e ouviu aquele famoso “Surpresa!” e foi abraçado por alguém.


  Agatha Mirella Black, sua melhor amiga desde sempre.


- Parabéns Harry! Ai, que legal né? Eu adoro festas surpresa – falou ela animada, ele lhe deu um sorriso.


  Lá estavam Tiago Potter e Lilian Potter, seus pais, Sirius Black e Rebecca Black seu padrinho e madrinha, Jake Kian Black seu amigo, Nicholas Lupin, amigo como Agatha desde sempre, Remo Lupin e Naomi Lupin, praticamente tios ou padrinhos, e seus amigos Rony e Gina Weasley, Hermione Granger.


- Vem, Harry! Vem ver seus presentes! – falou Agatha puxando o amigo pela mão e sentando ele no sofá. Ela sentou ao seu lado e lhe entregou um presente.


  Era um embrulhinho pequeno com papel azul. De Rony e Gina.


  Ele rasgou o papel e viu um bisbilhocópio novinho em folha.


- Obrigado. Sabe, desde que meu ultimo bisbilhoscópio quebrou, estava precisando de um novo – comentou Harry sorrindo.


- De nada Harry – disse Gina sorrindo, sentada no colo de Nick.


- É, cara. Você vivia dizendo o ano passado: “Pena que meu bisbilhocópio quebrou, eu poderia saber que tinha algo suspeito”. Pronto, agora ‘ce pode parar de nos perturbar com isso – falou Rony rindo.


- Que insensível – falou Hermione.


- O que eu tenho de insensível? – perguntou Rony confuso.


- Isso lá é coisa que se fale Ronald? Agora você pode parar de nos perturbar. Insensibilidade, Ronald – falou Mione.


- Ah, fala sério, Mione, se devia parar com isso e... – ele foi interrompido por Agatha.


- Vamos parar com isso que ia ser uma boa briga e terminar de ver os presentes do Harry. Ó, toma – falou entregando para o amigo uma caixinha amarela. Remo e Naomi, tinha na etiqueta.


  Abrindo a caixa pode ver um lembrol e um gravol.


- Obrigado, Remo, Naomi – falou Harry sorrindo para os mesmos.


- Ah, não foi nada Harry querido – disse ela gentilmente.


- É. Bem, você já sabe para que funciona, lembrol lembra, gravol grava – falou Remo simplesmente.


- Você é tão óbvio, Remie – falou Sirius gargalhando, parecia mais um latido.


- NÃO ME CHAME DE REMIE! – exasperou Remo.


- Ok, ok, Aluado – disse Sirius erguendo as duas mãos em sinal de rendimento.


  Harry sorriu para a briga deles e pegou mais um presente da mesinha de centro. Era um embrulho quadrado. Obviamente um livro. Rasgando pode ler o nome “Lendas Bruxas”.


- Obrigado Nick – falou Harry para o amigo.


- De nada Harry. Imagino que você vá gostar – falou Nicholas sorrindo.


- Lendas Bruxas é um livro muito interessante, quase tanto quanto Hogwarts: uma história e...


- É Hermione, já sabemos da sua velha paixão por livros – interrompeu Rony.


- Você tem o emocional de uma pedra Ronald – falou ela ríspida.


  Todos riram.


- Vocês não param um minuto de brigar – disse Agatha.


- Dizem que o amor parte do ódio – falou Harry para eles.


- Eu sempre disse isso para Lílian, agora ela e Tiago são casados – falou Rebecca dando uma risadinha.


- Certo, se eu me casar com Rony por favor me internem no St. Mungus – falou Hermione, apesar de estar mentindo.


- Olha lá em Hermione, minha Foguinho dizia a mesma coisa para mim – falou Tiago dando um beijo estalado na bochecha de Lily sentada ao lado dele no sofá.


- Foguinho? Faz tempo que não ouço você chamá-la assim Tiago – comentou Naomi.


- Pois é, me lembrei de repente. Foguinho é divertido, gosto desse apelido – falou ele animado.


- Pois eu não gosto dele – disse Lilian teimosa.


- Certo – disse dando um beijo nela.


- Quero ver isso não – falou Agatha. – Tem crianças presentes.


- Own, que fofa, Agatha! Uma criancinha – disse Jake apertando a bochecha da irmã.


- Na verdade, querido irmão – ironia pesada – estava falando de você.


  Todos riram da cara de Jake Kian.


- Continua aí a rodada de presentes – falou Rony quando parou de rir.


  Harry pegou o presente que Jake deu para ele. Rasgou o papel verde que cobria e viu ser um espelho de duas-faces.


- Obrigado, Jake – falou Harry.


- A é, você quebrou o seu ano passado quando estava com raiva, e não pode ficar sem né? Todo mundo aqui tem um para conversar – falou ele.


- Bem, melhor do que o presente do ano passado – falou Harry lembrando-se.


- Ah, cara. Aquele coelho mutante era legal – disse Jake.


- Fale por você, maninho – disse Agatha.


  Jake fez uma cara emburrada, mas logo desmanchou.


  Harry pegou o presente de seus padrinhos. Era uma caixa média embrulhada num papel laranja chamativo.


  Desembrulhou e abriu a caixa. Tinha uma bolinha peluda, de olhos verdes e pêlos dourados.


- Ai, que cuty! – falou Agatha olhando também.


  Harry tirou da caixa aquela bolinha de pêlos e colocou a caixa no chão.


- É um puffle. Se transforma no animal que você quiser. – explicou Rebecca.


- Legal, testa aí – falou Gina.


- Se transforme numa coruja – falou Harry.


  O bicho, antes um bolinha, agora era uma linda coruja dourada.


- Uau! – disseram os adolescentes.


- Edwiges vai ficar com ciúmes se ela for uma coruja, Harry – falou Lilian sorrindo.


- Tem razão. Edwiges não admite outras corujas – falou Harry sorrindo e olhou no olhos do bichinho – Se transforme num gato, por favor.


  A coruja dourada agora era um maravilhoso gatinho dourado com os olhos verde esmeralda.


- Qual vai ser o nome dele? – perguntou Agui.


- Tem que ter um nome – concordou Hermione prontamente.


- Sei lá. Tenho a mínima idéia – falou Harry.


- Coloque de Merlin – disse Nick e vendo o olhar questionador dos outros acrescentou: - Merlin tinha o poder de se transformar no que quisesse. Esse puffle vira qualquer animal.


- Merlin então – disse Harry.


- Bem vindo a loucura dessa enorme família de loucos então Merlin Potter – falou Agatha rindo.


- Loucura dessa enorme família de loucos? – perguntou Jake.


- Somos todos, uma enorme família, não?


- Com certeza – concordaram.


  Harry deixou o gatinho ao seu lado no sofá e pegou a caixa de presente que sua mãe lhe dera. Não estava embrulhado diferente dos outros presentes.


  Era uma caixa dourada com rubis vermelhos detalhando. Em cima tinha o símbolo da Griffinória.


  Abriu a caixa e ali tinha uma varinha. Ela era detalhada, e de certa forma, parecia que a caixa fora feita para a varinha mesmo, pois as cores da varinha eram da caixa. Ela era vermelha com rubis detalhando.


- É a varinha de Godric Griffindor – explicou Lílian sorrindo.


- Os Potter são, na verdade, Griffindor. Godric mudou o sobrenome para não sermos perseguidos, entende? E essa era a varinha dele, que passou para o filho dele e o filho dele pro filho dele e assim em diante. Agora é sua – concluiu Tiago.


- É claro que não funciona. Como o Sr. Olivaras mesmo diz, a varinha escolhe o bruxo, mas é uma Relíquia da Família Griffindor Potter.


- Então Harry é na verdade, Harry Tiago Griffindor Potter? – perguntou Jake impressionado – Uau!


- Bem, basicamente sim. Mas Rowena Ravenclaw era casada com Godric então Harry Tiago Ravenclaw Griffindor Potter – falou Lily.


- Uau, que nome grandinho, hein? – brincou Agui.


- Pois é! E... Pera ai! Por que nunca me contaram? – perguntou Harry.


- Antigamente, bem antigamente – disse Tiago destacando o “bem” – a maioridade era atingida quando se fazia 16 anos, e na nossa família a varinha passava quando se completava 16. Virou tradição. Então, não vimos motivo pra falar antes disso.


- Legal – falou Harry.


- Tem mais uma coisa Harry – disse Lilian entregando um livro a Harry.


  Quando ele tomou o livro nas mãos analisou a capa melhor. Era dourado no centro, mas as bordas eram enfeitadas gentilmente de bronze. Alguns rubis e algumas safiras detalhavam o livro, e bem no centro tinha o símbolo da Griffinória e da Corvinal.


- Esse livro conta a história. Era o diário de Godric e Rowena, depois que se casaram escreveram juntos – falou Lily.


- Nossa, é muita coisa para absorver – falou Harry dando um sorriso eu-tenho-32-dentes.


- Pois é. Me lembro do dia que Pontas soube, foi muito engraçado. Ele literalmente desmaiou – falou Sirius rindo.


- Você é que não sabe como é descobrir que você é descendente de Godric Griffindor e Rowena Ravenclaw – comentou Tiago.


- Ok, deixem isso para lá! Eu quero dar meu presentinho – cantarolou Agui entregando um embrulho prateado ao amigo.


  Ele desamarrou as fitinhas douradas e rasgou o papel prateado. Olhou para seu presente, era uma pequena pedra verde, da cor dos seus olhos.


- É uma pedra especial. Se você usá-la, podemos conversar pela mente, pois eu tenho uma azul. Se usá-la quando estiver dormindo, ou quando eu estiver dormindo, pode entrar nos meus sonhos ou pesadelos. É diferente – explicou Agui – Gostou?


- É... – ele começou – É incrível! Quero dizer, é parecido com um espelho de duas faces, só que mais útil.


  Harry pegou a pedra e amarrou em volta do tornozelo com o fio que tinha ali. A pedra era pequena o suficiente para não ser percebida.


“Pode me entender Harry?


“Perfeitamente”.


- Iupi! Funciona! Fabuloso! – disse Agatha batendo palminhas.


  As famílias passaram o resto do dia comemorando o aniversário do Harry jogando quadribol no campo que tinha no quintal da casa dos Potter, magicamente conjurado e não podia ser visto por olhares curiosos.


  Era realmente bom passar o dia sem aquela tensão da guerra. Mas no final do dia a festa acabou. Os Black voltaram para sua mansão naquela vila mesmo, assim como os Lupin voltaram para sua casa. Somente Gina, Rony e Hermione ficaram ali já que moravam mais longe.


  Harry deitou-se em sua cama. Edwiges estava na gaiola e Merlin, em forma de gato, dormia na cama também.


  Antes de deitar a cabeça no travesseiro, já estava dormindo.

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