A Rosa
Draco acordou no dia seguinte cansado e atordoado.
Não tinha dormido muito bem. Algo estranho tinha assombrado sua mente, ele tinha tido pesadelos.
Enquanto dormia, Draco se viu sentado em um jardim repleto de flores, ele apreciava cada raio de sol sob seu rosto e estava em paz. Ao menos até ela aparecer.
Quem era ela ele não sabia dizer, seu rosto estava escondido por seus lindos cabelos dourados. O vento batia em seu vestido florido e em seus cabelos e ela soltava uma risada alegre e tranquila.
Ele ficou apenas parado, observando-a.
Quando se deu conta ela estava correndo para longe, tentou alcançá-la levantando de súbito, mas de nada adiantou seu esforço.
Ela corria com muita facilidade e já estava bem longe do sonserino.
Ele parou e ofegou, porque estava correndo atrás dessa menina desconhecida? E porque ela chamou tanto sua atenção?
Draco Malfoy, o Draco Malfoy comensal nunca imaginaria que algum dia ia ser rebaixado a tal ponto.
Ele nunca correria atrás de uma mulher, por mais encantadora que fosse ela. Ele era um ser frio e arrogante, como seu pai e sua mãe, e até como seu mestre.
Ele desprezava a vida e tudo ao seu redor, então porque estava parado em um campo florido completamente cheio de vida, e sendo obrigado a ir atrás de uma mulher que ele nem sabia quem era?
Esse não era o Draco que ele conhecia, essa era uma parte dele que ninguém nunca tinha visto.
E ele não gostava disso.
Parou e sentou-se ignorando a risada insistente da mulher a sua frente. Ela continuava lá, correndo e rindo, mas ele não deu atenção, não quis dar atenção.
Ignorou-a ao máximo que conseguiu, e depois de algum tempo ouviu um grito. Hesitou, mas acabou olhando para ela, e se deparou com uma cena horrivelmente repugnante.
Alguma criatura que ele nunca tinha visto antes segurava a mulher que gritava freneticamente.
Ela se virou, mas antes que ele podia ver seu rosto uma rosa voou para ele. Uma rosa ensangüentada.
Draco acordou assustado e até com um pouco de medo, mas como podia? Como podia um comensal ficar com medo? Bom, parece que nada é impossível não é mesmo?
Ele passou a mão na testa e olhou para a mesa de cabeceira.
Deu um pulo ao ver o que estava ali. Uma rosa ensaguentada e disse:
-Não é possível.
-O que disse Draco? - perguntou Crabbe.
-Nada. - ele respondeu pegando a rosa e examinando-a criticamente. Como a rosa de seus sonhos poderia estar aqui ao seu lado? Mesmo no mundo da magia algo assim não podia ser considerado normal. Não mesmo.
Isso tudo só tinha uma explicação: A mulher "perfeita" de seus sonhos estava por perto, talvez mais perto do que ele pudesse imaginar.
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