Um natal nada convencional.



Alguém ainda lê essa fic?? Bem, desculpem-me pela demora, mas a falta de tempo está me consumindo. Pretendo atualizar essa fic, no mínimo, uma vez por mês. Sei que nada justifica essa demora por capítulos novos, mas, espero que não desistam de acompanhar a história de Sophie!


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  Era véspera de natal, Sophie dormia profundamente, sonhava que estava em Hogwarts, em um salão, com um chapéu na cabeça. O objeto estranho falava com a garota, dizia suas qualidades e defeitos, analisava sua mente. A garota começou a ficar irritada, tinha vontade de gritar e rasgar aquele pedaço de pano. Sua raiva só aumentou quando a veste começou a gritar, sua voz era aguda e tinha um tom de raiva que ela só reconhecia em sua mãe, começou a mandar o chapéu ficar quieto, tudo em vão, ele gritou mais alto:


 


_ Sophie Potter, SOPHIE POTTER!


 


  A garota acordou assustada. O sol já penetrava em seu quarto iluminando-o totalmente, atingindo com seus raios o rosto da pequena. Tudo não passara de um sonho, ou melhor, quase tudo.


 


_ SOPHIE POTTER, LEVANTE AGORA! HARRY, SEUS AMIGOS E FAMÍLIA CHEGARÃO EM POUCO TEMPO, ACORDE! – Sophie revirou os olhos, respondendo apenas um “Acordei”. Provavelmente, sua mãe estava cozinhando a ceia de natal.  


 


  O plano da garota sairia perfeito! Ginny passaria o natal com ela, tinha a chance de entregar o “apanhadorzinho” e suas notas que, ela tinha certeza, estavam baixas. Foi em direção ao espelho de seu quarto, estava linda, seus longos e lisos cabelos cor de chama estavam arrumados. Achava-se linda, não era patética como seu irmão, pensava. Sentiu um mal estar. “Merda”! Ela pensou. 


 


  O ano tinha trezentos e sessenta e cinco dias e logo na execução de seu plano, ela pegou uma gripe. Uma maldita gripe. Seus olhos ardiam, sentia fraqueza e frio e, para piorar, seu lindo nariz estava muito vermelho e parecia uma torneira, tamanha era a quantidade de liquido que saia de lá.  “Estou tão patética quanto o Harry, devo estar com o funcionamento do meu corpo igual ao dele. MERDA.”


 


_ SOPHIE POTTER! AGORA, VENHA TOMAR SEU CAFÉ! – sua mãe gritou. Sophie revirou os olhos de tédio.


 


_ Não estou me sentindo bem. – Sophie respondeu com voz de choro. Ela tinha que usar a gripe a seu favor, ela devia, ou mudava seu plano de mostrar o quão superior em magia ela era, ou desistia do mesmo.


 


  Foi só a menina responder que estava indisposta que a mãe correu para o quarto imediatamente, o semblante demonstrando uma preocupação um pouco desnecessária, afinal, ela não estava assim tão ruim. Era apenas um resfriado e não uma doença contagiosa para a mãe estar daquele jeito.


 


_ O que você está sentindo, Sophie? – o tom era meigo, suave, preocupado, totalmente diferente do anterior.


 


  Sophie começou a chorar, ou melhor, fingir que chorava. Um pouco de drama não faria mal a ninguém e ela o fazia muito bem, precisava usá-lo também a seu favor.


 


_ Sophie? Amor? Está tudo bem? – Lily estava começando a ficar desesperada.


 


_ Só estou indisposta, e meus olhos ardem, muito! – aumentou a intensidade do seu choro. “Venci”, pensou satisfeita consigo mesma.


 


_ Acho melhor você voltar para a cama, amorzinho... – Lily disse preocupada.


 


_ Não! Tenho que te ajudar, mamãe! – Sophie falou, passando a mão no nariz que insistia em escorrer. 


 


_ De maneira nenhuma! Vá dormir, eu mesma faço tudo, volte agora para sua cama! Vou te fazer algumas poções para mal estar, agora, descansando! – sua mãe ordenou.


 


  Sem reclamar, Sophie voltou a se deitar. A senhora Potter passou o dia dividindo seu tempo entre preparar a refeição e ir cuidar da filha. Monstro e Dobby ficaram responsáveis por arrumar a casa e preparar a mesa. Tudo estava acontecendo como ela havia previsto. Harry e seus amigos chegariam com os Weasleys, o casal Granger chegaria com James, e o jantar aconteceria a qualquer instante. Verificou o relógio, estava quase na hora, iria se trocar e mandaria Sophie fazer o mesmo.


 


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 _ Harry, mamãe andou perguntando como estão suas notas, e, devo confessar, também estou curiosa! – disse Sophie, agora menos gripada, seu tom era meigo e doce. Os olhos demonstrando uma inocência falsa.


 


  Harry ficou imóvel, sentiu suas bochechas corarem, sabia que a atenção de todos na mesa estava nele. Ficou desesperado, encarou a irmã, verde e castanho se misturaram, uma troca de olhares intensa. Parte dele dizia que a irmã estava agindo de má fé, contudo, seu coração, dizia o contrário, podia ser apenas preocupação. 


 


  Sua doce irmãzinha seria incapaz de destilar tamanho veneno.  Buscou o olhar de Ron, contudo, o ruivo estava estático, suava. Harry começou a rir, sabia que seu amigo, desde o encontro com sua irmã, criara verdadeiro pavor de Sophie, só não imaginava que seria tanto.


 


_ Errr, Sophie, minas notas... – Harry gaguejava, contudo, foi interrompido por outra pessoa.


 


_ Não temos como saber como estão nossas notas, afinal, fizemos apenas alguns exercícios e recebemos observações sobre os mesmos. Saber, realmente, como está nossa situação na escola, só mesmo após as provas finais. – Hermione disse rapidamente. Encarava Sophie com um olhar espreito, como se estivesse medindo a garota. Sophie fazia exatamente a mesma coisa, uma garota media a outra.


 


  Do outro lado da mesa, Giny, os Weasley, os Grangers e os pais de Harry conversavam, animadamente, sobre o mundo trouxa. O Sr. Weasley parecia muito interessado no que Lily e os pais de Hermione diziam sobre as invenções e praticidade trouxa, tudo terminava em um “impressionante” do senhor Weasley, uma revirada de olhos da senhora Weasley e gargalhadas dos outros devido a alguma palhaçada de James, o qual recebia um olhar de censura da mulher. Uma batida na porta, Sophie e Harry olham para o pai que se resume a dizer animadamente:


 


_ Deve ser o Almofadinhas e o Aluado, dois sem um pingo de consideração com o horário. – disse risonho.


 


  No momento em que o Senhor Potter vai atender à porta, Sophie pega a varinha do pai e esconde sobre as vestes, dando um olhar significativo à Giny, a qual discretamente devolveu um olhar cúmplice como resposta. Ambas sorriram divertidas, o show começaria. 


 


 


  O jantar passou muito rápido e de maneira super agradável. Todos já haviam terminado suas devidas sobremesas e conversavam animadamente. Harry chamou seus dois mais novos amigos para acompanhá-lo até o quarto, onde poderiam conversar a sós, sem que sua irmã caçula ou seus pais se intrometessem. 


 


  Sophie percebeu a intenção do seu irmão, mas nada fez. O que ele pretendia com aquilo não instigou sua curiosidade, portanto, ela deixou-o ir livremente. Ela estava mais preocupada em sair dali com sua amiga Ginevra. Queria mostrar a ela os feitiços que aprendera, apenas lendo um livro que seu pai tinha guardado no porão.


 


  Lembrou-se de quando esteve no porão procurando por livros de feitiços mais poderosos, mas, ela só encontrou velharias, troféus e outras coisas que seu pai tinha ganhado quando estudou em Hogwarts e que provavelmente ele escondia de Lily, para que a mesma não os eliminasse. Apesar de não ter encontrado o que tanto desejava, Sophie, sem querer, tinha tropeçado em um livro velho e repleto de poeira.


 


  O livro pertencia, na verdade, a sua mãe, mas que por alguma razão que ela desconhecia, seu pai tinha conservado. Ele falava sobre os diversos feitiços que poderiam ser usados contra seus inimigos. Imediatamente Sophie gostou dele e escondida,  levou o livro para o seu quarto, guardando-o debaixo do colchão de sua cama para que sua mãe não o encontrasse.


 


  Todos os dias, quando não tinha nada de interessante para fazer, ela fugia para seu quarto e se trancava lá. Com uma colher, ela imitava o movimento dos feitiços e os dizia em voz baixa, treinando. Agora, ela tentaria com uma varinha de verdade e sua euforia era tão grande que mal conseguia conter seu sorriso de vitória e malícia que se formava em seus lábios. Lançou um olhar para Giny, fazendo um rápido movimento de cabeça, chamando-a.


 


  As duas sorriram e saíram da sala de jantar, subindo as escadas até o quarto da pequena Potter, com o cuidado de não fazer barulho, para que assim os adultos não dessem pela falta delas. Sophie trancou a porta de seu quarto e mandou Ginevra se sentar na cama e apenas observar. 


 


_ Veja o que eu aprendi. Vou tentar abrir essa caixa lacrada. – ela falou e Giny arqueou uma sobrancelha.


 


_ Tem certeza de que é seguro? Sabe mesmo como executar o feitiço? – a Weasley caçula perguntou. Estava desconfiada, aquilo era errado e ambas sabiam que ainda eram muito novas para executar qualquer feitiço. Não era tão simples assim aprender apenas com livros, tudo exigia uma técnica. 


 


_ Absoluta. Apenas preste atenção... – Sophie falou, tirando seu olhar que antes estava pousado em Giny e voltando a fitar a caixa. Ela fechou os olhos, concentrando e quando os abriu falou o feitiço com firmeza, movimentando a varinha e apontando para a caixa – Bombarda. – Uma luz brilhante pode ser observada na caixa antes da varinha causar uma explosão. O quarto de Sophie explodiu junto, provocando uma fumaça e mandando as meninas longe.


 


  Todos na casa se assustaram e logo correram para ver o que tinha acontecido. Quando chegaram à escada não puderam ver nada, devido à grande fumaça cinzenta que obscurecia absolutamente tudo. Lily levou a mão à boca, desesperada e preocupada com seus filhos.


_ Sophie, Harry, crianças? Vocês estão bem? – ela gritou. 


 


  Contudo, nenhuma resposta veio. James então procurou por sua varinha no bolso para tentar ajudar seus filhos, mas não a encontrou. Ele achou estranho, já que não a usou para nada. Tinha certeza que estava guardada em seu bolso. Lembrou-se, portanto, de sua pequena e levada filha. 


 


_Sophie! – ele murmurou para si. – Querida, sem enlouquecer, por favor, mas acho que nossa filha pegou minha varinha sem que eu percebesse e foi brincar com a mesma. Ela deve ter disparado um feitiço sem querer e causado uma explosão. 


 


_ James Potter, faça alguma coisa então e rápido! – Lily já se encontrava desesperada.


  Sirius e Lupin pegaram suas varinhas, conjuraram um feitiço para desaparecer a fumaça e correram para o quarto junto com a família Potter e Weasley em seus encalços. Encontraram Harry chorando em cima de um pequeno corpo feminino, um Ron desmaiado e uma Hermione totalmente assustada.


 


_ Sophie! – Lily gritou, pegando sua filha nos braços. A criança estava desacordada, o rosto sujo de cinzas. A mãe pegou o pulso da menina tentando sentir seu coração. Conseguiu perceber que ele ainda batia, ela estava viva. – Rápido Sirius e Remo, fiquem com as crianças. Eu, James, Molly e Arthur vamos para o Hospital St. Mungus agora. ANDE LOGO JAMES POTTER, PEGUE A DROGA DA SUA VARINHA E NOS FAÇA DESAPARATAR, ANTES QUE SUA FILHA MORRA. – Lily disse aos berros, completamente insana. 


 


  O homem tratou de fazer rápido o que sua mulher mandou. Pegou a varinha no chão e segurou os braços da esposa, desaparecendo do quarto imediatamente. Os Weasleys fizeram o mesmo, seguindo a família Potter. Foram aparecer na recepção do Hospital St. Mungus. Lily correu até a recepcionista.


 


_ O que posso lhe ajudar? – ela perguntou, lançando um olhar indagador para a mulher a sua frente, a qual estava com um semblante assustador na face. 


 


_ Minha filha tentou fazer um feitiço e acabou explodindo o quarto, preciso de um médico agora. – ela falou com o tom mais calmo que podia.


 


_ Você já possui cadastro aqui? – a mulher perguntou.


 


_ Não e...


 


_ Então, antes precisamos fazer o cadastro. 


 


_ Meu marido fará isso por mim depois, mas antes eu quero que você chame um curandeiro. – Lily falou pacientemente. 


 


_ Não posso solicitar um curandeiro sem um cadastro e a Sra. vai precisar preencher uma papelada também. – a recepcionista disse, não se permitindo intimidar pelo olhar assassino que a ruiva lhe mandava a cada instante.  


 


_ ESCUTA AQUI! MINHA FILHA SE ACIDENTOU E ELA NECESSITA DE CUIDADOS O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. EU NÃO VOU FAZER CADASTRO E NEM PREENCHER NENHUMA DROGA DE PAPELADA, ENTENDEU? E SE VOCÊ NÃO QUER ACORDAR EM UMA SALA QUALQUER, PRESA COM CORRENTES, CERCADA POR MILHARES DE COBRAS E ARANHAS FAMINTAS, VOCÊ VAI CHAMAR UM MÉDICO AGORA. – Lily falou em tom alto e ameaçador, agora sem uma gota de paciência. Ergueu sua varinha, apontando para a pobre moça sentada na recepção.


 


_ Claro, só um minuto. – disse a recepcionista tentando manter a postura e a calma, como se nada tivesse acontecido. A verdade é que a jovem estava muito assustada e não queria correr o risco de fazer com a ameaça da ruiva alterada se concretizasse.  


 


  Logo um curandeiro apareceu, pegando a garota e levando-a para uma sala, onde os pais não puderam entrar. O tempo foi passando e Lily ficava cada vez mais nervosa, andando de um lado para o outro. James perdera a conta de quantas vezes teve que trazer um calmante para a mulher que não faziam nenhum efeito na mesma. 


 


  Depois de horas de sofrimento e espera, o doutor aparece e diz que tudo está bem com Sophie, que no momento ela descansava. Avisou que agora eles podiam entrar no quarto, contudo a garota dormia tranquilamente.      Lily não quis saber, ela correu imediatamente para o quarto da pequena, adentrando o mesmo sem qualquer cerimônia. Dirigiu-se até a cama onde a pequena dormia um sono leve.


 


_ Ah! Graças a Merlin minha menina está bem! – ela falou, permitindo que as lágrimas inundassem seus olhos. 


 


_ M-Mãmãe? – a criança indagou acordando ao ouvir a voz da mãe. Abriu com dificuldades os olhos castanhos, tentando enxergar a figura da mulher ruiva que a olhava com carinho – Desculpe-me mãe, eu só queria mostrar a Giny um feitiço que tinha aprendido. – ela falou chorosa.


 


_ Não se preocupe querida, está tudo bem. Só me prometa que não fará mais isso, está claro? Há muitas coisas que você ainda aprenderá, mas tudo ao seu tempo. Tudo tem hora certa para acontecer. Agora quero que descanse, está bem?  - Lily disse, fazendo um pequeno carinho nos cabelos ruivos da filha. A garota obedeceu sem questionar nada pela primeira vez na vida, afinal estava cansada e seu corpo ainda doía muito. Talvez amanhã esteja melhor... Permitiu-se fechar os olhos e pensar em seus sonhos particulares...


 


 

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Comentários (6)

  • Elisa Carvalho

    Meda da Sophie!! Ela é do mal, não adianta negar. Você não tem que chamar psicólogo não, chama um exorcista!! Hermione salve a pátria e mande a Sophie pro inferno!!! [aaaaa]

    2011-08-26
  • Kika.Cerridween

    É difícil acreditar que ela possua algo bom ...quero acreditar !!!(arquivo x) ....rsrsrssr Mas como todos merecem um crédito vamos ver no que dá .....só espero que ela não mate o irmão!!!!..........continuando

    2011-06-08
  • Felipe S.

    Sophie nem é má! D: Td mundo tah comentando isso, ela tah mto incompreendida, tadinha.  Ela só foi marota com o Dobby e tem um humor meio negro, mas ela tem bom coração. Espero que lendo os outros capítulos vc passe a acreditar q a Sophie nem é um demo. Sério, vou criar um psicólogo pra ela, toda incrompreendida, mimimi. xD

    2011-05-06
  • IsaBlack

    Meeeu Deus! Que menina má! huahauha Deu mta dó do Dobby no último capítulo, Felipe! amotantoeleee! hahaha :D

    2011-05-06
  • Felipe S.

    Obrigado pelo conselho, Rosana! Os próximos capítulos não serão focados exclusivamente na Sophie, mas, como ela é a protagonista, tenho que dar certa ênfase na garota. A relação dela com Hermione vai ser muito legal, muitas ideias! :D Sophie nem é uma ruivinha malvada, a garota tem bom coração! Acho que o cap 5 começa a mudar a visão da nova Potter. Espero que esteja gostando da fic! :*

    2011-04-18
  • rosana franco

    A garota realmente é o demo em forma de gente e vai trocar muittas farpas com a Hermione.Só não deixa a fic em um personagem só,que é muito chato.

    2011-04-04
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