Um novo Potter.
O tempo passou muito rápido, Líllian já estava no nono mês, a criança nasceria a qualquer minuto. Como precaução, James deixou Harry com o padrinho, afinal, não se sabia quando iriam ao hospital esperar a criança.
- James, James, pelo amor a Mérlin, acorde! – Lilly gritava na cama enquanto cutucava as costas do marido.
- Lilly, são três da madrugada, o que foi? – James resmungou.
- NÃO FALE ASSIM COMIGO! Ai, ai, ai. – depois do grito, a voz da ruiva se tornou um sussurro, um gemido, a mulher, imediatamente, colocou a mão sobre a barriga.
- Ruivinha, é agora? – James beirava o pavor, medo e felicidade estavam lado a lado.
- VOCÊ AINDA PERGUNTA? É CLARO QUE É AGORA! – o rosto da mulher suava e tinha uma coloração de vermelho forte.
- Vamos ao St. Mungus?
- Não, imagina, posso dar a luz aqui mesmo, correndo o risco de você desmaiar e me deixar desamparada. JAMES POTTER, POR QUE VOCÊ AINDA NÃO PEGOU A BOLSA DE ROUPAS?
Antes mesmo de Líllian terminar de gritar, James já correu até a sala para apanhar a bolsa, saiu de sua casa, estava quase aparatando quando alguém gritou, ele conhecia muito bem aquela voz, era nítido um único sentimento: ódio.
- VOCÊ PRETENDE LEVAR APENAS A BOLSA? E EU? JAMES POTTER! COMO CONSEGUIU ESQUECER A PRÓPRIA MULHER? – Líllian estava apoiada na porta da casa e segurava a barriga, tremia de dor e de ódio.
- Me de-des-desculppp, venha, vamos aparatar até o hospital. - a voz do maroto estava falha, o nervosismo tomava conta do moreno, era a segunda vez que passava por aquilo, mas parecia a primeira.
- APARATAR? VOCÊ QUER MATAR A CRIANÇA? TEREMOS QUE IR DE CARRO! POSSO SABER O MOTIVO PELO QUAL NÃO O ESTOU VENDO IR BUSCAR A VAN?
James, imediatamente, correu até a garagem, e saiu com o carro. Líllian estava tremendo de dor, como o marido podia ser tão esquecido e atencioso ao mesmo tempo? Não se passaram dois minutos e ele já estava a carregando para dentro da van. Dirigia desesperado, olhando, sempre, de esguelha, para a mulher. Vinte minutos torturantes para ambos dentro daquele carro. Lilly urrava de dor, James tremia de pavor. Suor. Medo. Tensão. Alívio. Chegaram ao St. Mungus.
James saiu do carro e carregou a mulher no calo, estava entrando no edifício, quando Lilly gemeu:
- A bolsa, volte para pegá-la. - James, imediatamente, ainda carregando a mulher no colo, voltou ao carro para pegar a bolsa.
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Um homem, de cabelos pretos e olhos castanhos, entrou na recepção com os braços ocupados por uma mulher e uma bolsa pessimamente carregada. O mesmo migrou até a recepção e gritou desesperado:
- Ela está em trabalho de parto, um quarto, urgente!
- JAMES POTTER, TENHA EDUCAÇÃO, A ATENDENTE NÃO TEM CULPA DOS SEUS PROBLEMAS! Por favor, a senhora poderia adiantar o processo para o nascimento do nosso filho?
- Cl-claa-claro, só um minuto. – respondeu a mulher de olhos azuis e longos cabelos loiros. A atendente parecia assustada com a oscilação no humor da mulher.
Rapidamente, apareceu um curandeiro e conjurou uma maca, Líllian foi colocada sobre a mesma e levada para a sala de parto.
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Na sala de espera, James andava de um lado para o outro, e se não desse certo? Tensão. Continuava andando de um lado para outro.
- Pontas, você quer furar o chão? Senta em alguma cadeira e sossega! – disse um Sirius Black meio irritado ao mesmo tempo em que achava graça naquilo.
- Cale a boca, Pulguento! – respondeu James.
- Pontas, peça perdão! Não ouse descontar sua frustração em mim! – respondeu Sirius com um tom irônico.
- Quietos, os dois! Sabemos que o Pontas está nervoso, não é Almofadinhas? – Sirius revirou os olhos. – E sabemos também que não somos sacos de pancada para você aliviar esse seu nervosismo, não é, Pontas? – Remo Lupin disse cansado.
- Cale essa boca, Aluado. Eu sei que o Pontas está nervoso, não preciso de babá! – Remo suspirou e retirou um livro de seu paletó velho e amassado e começou a lê-lo.
Antes que qualquer um pudesse realizar outro comentário, um curandeiro adentra a sala de espera e diz com um sorriso no rosto:
- Quem é o pai da mais nova garotinha?
- É uma garota? – perguntou James não contendo tamanha felicidade.
- E das saudáveis. – respondeu o curandeiro.
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James, Sirius e Lupin estavam no quarto do hospital em que Líllian se encontrava. A mulher amamentava a filha e olhava para o marido com tanta felicidade, que até fez James secar os olhos.
- Chorando, Pontas? Mas é para chorar mesmo, duas ruivinhas em casa. Você está perdido! – Sirius disse em meio a gargalhadas.
- Ela não é linda? – Perguntou James enquanto acariciava os cabelos vermelhos da filha. – Branquinha, como a mãe.
- Ela tem seus olhos, Jay. – disse uma Lilly em meio a lágrimas enquanto parava de dar de mamar para a menina.
- Já sabem qual nome dar? – perguntou Remo Lupin, com um sorriso no rosto. – Ela é linda, Pontas, Lilly, parabéns! – aluado deu um abraço em James e colocou a mão com carinho na cabeça da ruiva. Sirius fitava a bebê com um sorriso abobalhado.
- Pensei em Sophie, Sophie Potter, acho um nome lindo, o que você acha, Potter? – disse Líllian com a voz branda e meiga.
- Sophie é realmente lindo. Mas acho que só Sophie Potter não fica perfeito. Minha garotinha será perfeita, e para isso, terá que ter o nome da mulher mais maravilhosa que conheço. Bem vinda à vida, Sophie Líllian Potter. – o homem beijou a testa da filha e, em seguida, um selinho na mulher.
- Sirius, onde está o Harry? – Líllian levantou suas sobrancelhas.
- Relaxa, Lilly. O entreguei a sua irmã, expliquei que era por que você estava tendo o segundo. – Sirius respondeu tranqüilo.
- Você o quê? Vá pegá-lo, rápido. Petúnia consegue ser muito maldosa quando deseja! – essa frase foi dita como um sussurro, afinal, Sophie estava dormindo. – E não me volte aqui até estar com o Harry nos braços. Que tipo de padrinho é você, Sirius?
-Do tipo que está indo resgatar o afilhado! – Sirius respondeu e já saiu correndo para ir buscar Harry.
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Depois de tanta confusão, finalmente o sossego, a paz reinava na casa dos Potters. Sophie era uma garota tranqüila, quase não chorava à noite e isso era bom, porque assim os jovens pais conseguiam dormir e descansar um pouco.
Deitado na cama, James lia o Profeta Diário, enquanto Lillian fazia a nova filha dormir. Assim que a mulher coloca o pequeno bebê ruivo no berço, ela se vira para o marido com um ar preocupado e fala:
- Estive pensando Jay, que tal nós chamarmos o Remo para ser padrinho da nossa filha?
- Acho uma excelente idéia, ruivinha. – ele concorda sem tirar os olhos do jornal bruxo.
- Mas, tenho receio. Será que ele vai aceitar? – ela perguntou deitando ao lado do marido.
- Hã! É, talvez. – James respondeu ainda sem tirar os olhos do profeta.
- James Potter!!! QUER PARAR DE LER ESSE JORNAL IDIOTA E PRESTAR ATENÇÃO EM MIM? – ela gritou, irritada com a falta de atenção do moreno.
- Me desculpa, ruivinha, tinha uma noticia muito importante do ministério. – ele explicou sua total desatenção e desinteresse sobre o assunto que sua mulher tratava com o mesmo.
- Não me interessa saber sobre a DROGA da reportagem. O assunto é de extrema importância e quero sua total atenção. É a decisão do padrinho de sua filha e você nem faz questão de prestar atenção. – ela falou indignada.
- Desculpa, desculpa. Você disse que queria que o Remo fosse o padrinho de Sophie, certo? – disse James com um sorriso maroto no rosto.
- Sim, mas não sei se ele vai aceitar. – Lilly disse com mais calma.
- Claro que ele vai aceitar, deixa de ser boba, Lilly. Para que essa preocupação? – ele perguntou puxando sua esposa para perto de si, beijando seu pescoço.
- Para James. – ela pediu, porém o moreno insistia com as carícias – Para James – continuava a depositar leves ósculos pela pele branca de Lillian – VOCÊ QUER PARAR AGORA? – ela gritou colérica.
James lançou-lhe um olhar confuso e de frustração, enquanto ela apenas revirou os olhos. Se levantou da cama, deixando o marido com raiva sentado na mesma. Caminhou até a porta e antes que sumisse das vistas do moreno, ela falou praticamente dando uma ordem:
- Chame o Lupin para um chá e então você trate de conversar com ele sobre ser padrinho de Sophie. Veja o que ele acha disso e insista para que ele aceite o convite. Qualquer coisa, estarei lá embaixo lendo um livro. – depois ela desapareceu.
**
A campanhia toca e James vai atender. Já sabia quem era, estava aguardando a um bom tempo a chegada dessa pessoa. Ao abrir a porta, apenas confirmou o que já tinha certeza. Lupin estava parado com um ar sério e preocupado. Como um bom anfitrião que era, Potter convidou Remo para entrar e tomar um chá. O convite foi aceito e Líllian foi preparar a bebida quente. Enquanto ela estava na cozinha fazendo o chá, os dois homens se sentaram no sofá.
- Por quais motivos me chamou às pressas, Pontas? – Remo perguntou desconfiado.
- Nada de importante, na verdade é sim. – ele desmentiu. – Eu e Lilly queremos lhe fazer um convite. – James disse sério.
- Então o faça,assim poderei aceitar. – Lupin disse mais aliviado.
- Quero que você seja padrinho de Sophie. – James disse sorrindo. Achou que seria mais difícil a aceitação do amigo.
- Não. – Remo respondeu curto e grosso.
James apenas o olhou incrédulo. Não conseguia acreditar no que tinha acabado de escutar. Seu amigo tinha se recusado a ser padrinho de sua preciosa e perfeita filha. Antes que ele retrucasse a decisão do lobisomem, Lillian tinha chegado com a bandeja de chá e servira os homens que aceitaram de prontidão. Antes que ela pudesse se reunir a conversa, Sophie começou a chorar, clamando pela atenção da mãe.
A mesma então se desculpou e disse que voltaria mais tarde, assim que amamentasse a faminta de sua filha. Com um sorriso alegre no rosto, ela caminhou em direção ao quarto em que se encontrava a pequena criança, deixando assim os dois homens sozinhos na sala. A tensão no ar era enorme, Remo encarava James, o qual escolhia bem as palavras para dizer.
- Por que você não quer ser padrinho da minha princesa? – ele indagou, parecia decepcionado.
- Porque não sou ideal para ela, ou você já se esqueceu de que sou um lobisomem? Não posso ser, desculpe, Pontas. – Remo abaixou o olhar, sentia vergonha.
- Deixa de ser criança, Remo. Essa sua resposta não me convenceu. – James falou, cruzando os braços frente ao peitoral e fechando a cara.
- Não posso ser padrinho de sua filha porque sou um lobisomem, está difícil de entender? Quer que eu escreva? – ele perguntou grosseiramente.
- Não vou permitir que você se recuse. Tenho certeza de que Lilly não vai gostar nada disso e vai ficar muito chateada contigo. Lembrando, você não quer ver minha ruivinha chateada novamente não é mesmo? – ele ameaçou, dando um sorriso de canto.
- Já tomei minha decisão, Potter, agora vê se para de insistir. – Remo permaneceu estóico.
- Por Merlin, você é muito chato, Aluado. Deixa de ser babaca, estúpido, infantil. – James já estava à beira de um ataque de raiva.
- Mas esse babaca aqui não vai ser padrinho de sua filha. Você quem é o infantil, sempre foi. Quem é que procurava confusão a toa? Quem é que queria tudo e todos aos seus pés? Não era eu, mas sim você. – Remo disse contrariado, uma veia saltada já era visível em seu pescoço.
- Agora você vai ficar desenterrando o passado? Isso não interessa. Eu te faço um convite e você recusa. Pior, você se recusa a ser padrinho da MINHA FILHA. – disse o moreno gritando a última frase. Ele estava totalmente exaltado, podia-se ver uma veia saltando de sua testa. Ambos se levantaram.
- POR QUER VOCÊ ESTÁ GRITANDO? – Remo perguntou, elevando a voz.
- POR QUE VOCÊ É QUEM ESTÁ GRITANDO? – James indagou.
- POR QUE OS DOIS ESTÃO GRITANDO? VÃO ACORDAR SOPHIE. CALEM A BOCA. – Lily berrou para os dois homens que estavam quase se atracando. - Querido, suba e olhe nossa filha, pode deixar que eu conversarei com Remo. – A mudança de tom assustou ambos. Remo e James se entreolharam.
O moreno não discutiu, subiu rapidamente as escadas em direção ao quarto da pequena e doce criança. Lillian ficou a sós com Lupin, convidando o mesmo a se sentar no sofá púrpura. Ele fez o que ela lhe pediu, permanecendo com seu semblante sério. A mulher então cortou o silêncio.
- Por favor, Remo, Sophie precisa de um padrinho e não conheço candidato melhor! Não aceito a desculpa de que você é Lobisomem. – ela pediu já com os olhos cheios de lágrimas.
- Não posso, Lilly. Você sabe que... Sem chantagens emocionais. – ele pediu vendo que a ruiva estava quase chorando.
- Mas você pode tomar aquela poção, como é mesmo o nome dela? Poção-mata-cão.
- Eu sei, porém...
- Porém nada, aceite, Remo! – ela pediu novamente, insistindo. Silêncio. Remo fitava Líllian, os olhos verdes carregados com lágrimas, um olhar de decepção. Sentiu-se imundo, sujo, um covarde. Finalmente, o silêncio foi quebrado.
- Desisto, vocês venceram, serei o padrinho da pequena Sophie. – ele suspirou. Lilly gritou por James para dar lhe as novas notícias, abraçando-o e beijando-o logo em seguida.
- Oi! Estou aqui! Deixem para fazer isso quando eu sair, pode ser? – Lupin perguntou rindo.
- Agora sim nosso amigo está de volta! – James falou dando lhe um soco de leve no ombro.
E assim que aconteceu. Remo aceitou ser padrinho de Sophie, fazendo os Potters felizes. Tudo estava perfeito até então, enquanto a pequena garotinha ainda era uma criança inocente e quieta. Mas como as crianças têm que crescer, tudo pode ficar mais difícil...
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NA: Espero que gostem desse capítulo, finalmente a pequena Sophie nasceu, agora é só ver o que ela vai aprontar e vivenciar uma família Potter feliz, ou não. Bem, só ler e descobrir.
Agora, só pedir que comentem!!!! Preciso de combustível e saber o que vocês estão achando, né?
Rosana Franco: Acho que não é só a gravidez que deixa a Líllian nervosa. Não sei porque, mas imagino essa mulher com um gênio parecido com o da Hermione, só que mais estourada, vá entender...
Maggie Lynn Dias: Obrigadão, sério. Me motivou bastante! :DDDDD
Quanto ao tamanho dos capitulos, pretendo que continuem desse tamanho mesmo. Espero que você realmente acompanhe e conheça a irmãzinha do Harry.
Grande abraço a todos que leram e não comentaram, e uma abração especial para quem comentou, obrigado, de verdade! Agora, rumo ao capítulo três! o/
Comentários (1)
Essa Sophie vai aprontar, tenho certeza!! Bjs e muita inspiração!! Obs.: Esse coment ficou pequeno pq eu to louca pra ler o próximo cap...
2011-08-26