Enfim, sossego.
Potter. Sim, esse era o nome da família que muito comemorou quando o poderosíssimo você-sabe-quem havia caído. O mundo mágico celebrou semanas, e, para os Potters, não poderia ser diferente, afinal, agora, seu filho de quase um ano teria um futuro calmo pela frente.
- James, tenho que lhe contar uma coisa! – gritava uma mulher de cabelos vermelhos e olhos extremamente verdes. Tinha um sorriso no rosto que demonstrava o quão grande era sua felicidade.
- Lilly? – respondeu um homem com aparência cansada e olheiras profundas. Estava deitado no sofá lendo seu Profeta Diário. O mesmo abaixou o jornal até seu colo, mexeu em seus cabelos e focalizou a mulher. Nunca havia a visto tão feliz desde a gravidez de Harry, seria isso possível?
- Potter, acho que você é capaz de pensar. – respondeu a mulher fingindo estar irritada, cruzando seus braços.
- Lilly Potter, é realmente verdade? – respondeu o maroto enquanto corria para abraçar a mulher.
- Sim! Amor, estou GRÁVIDA! – Líllian gritava como nunca. Finalmente formariam uma família completa, finalmente, teria paz para curtir essa novidade.
James parou de pensar, esqueceu completamente o caos que estava o ministério, só conseguia ver aqueles olhos verdes, aquela pele branca como a neve, só conseguia ver Líllian. Uma criança, um irmão para Harry, a felicidade estava à porta, ou melhor, a sua frente. Como que por instinto, como reação de tamanho amor, James simplesmente beijou a mulher, um beijo apaixonado e intenso, apertava a mulher para perto de si, queria agradecer, queria que ela soubesse que era responsável por tanta felicidade: um casamento maravilhoso, companhia para toda hora e agora dois filhos, pronto, era felicidade na certa.
- TSC, TSC...
Líllian e James se soltaram em um susto e olharam rapidamente para a porta da casa.
- Que maneira mais educada de entrar na casa dos outros, caro Almofadinhas. – disse o moreno em tom divertido para o amigo.
- Tinha que fazer algo, Pontas, afinal, meu caro afilhado não pode ver cena tão medíocre, francamente, a mãe dele consegue coisa bem melhor! – respondeu Sirius Black em meio a gargalhadas carregando Harry nos braços.
- Às vezes, acho que conseguiria coisa melhor, mas fazer o que, casei muito rápido! – disse Lily enquanto ria e caminhava até a cozinha.
- O que você quer dizer com isso? – perguntou James com tom mais baixo e sem seu costume ar maroto.
- Nada, estava apenas brincando. – Líllian segura uma risada. – Aceita uma xícara de chá, Sirius? – perguntou a mulher enquanto entrava na cozinha.
- A, sim, por favor, Lilly! – gritou Sirius. Carregava Harry no colo até então, o colocou no sofá. – Pontas, o garoto adora voar, nunca o vi rindo tanto como o vi rindo hoje na minha moto.
- Só não comente isso com a Lilly, se ela souber que Harry anda com você naquela moto, eu e você correremos sérios riscos de sermos azarados!
- Pontas, posso saber o motivo por tamanha felicidade?
- Como assim? Estou como sempre, Almofadinhas! – respondeu James começando a corar.
- Você sabe que sempre foi um péssimo mentiroso, aliás, você não consegue esconder nada de mim, e nem precisa ser tão íntimo para perceber tamanha felicidade que está estampada nesse seu rosto de idiota, vamos, desembucha. – disse Sirius em meio a risadas.
- Erm, a Lilly está gra... – a última palavra foi como um sussurro inaudível.
- Não entendi, a Lilly está... – respondeu Sirius levantando uma sobrancelha.
- Grávida, a Lilly está grávida. – James começou a gritar. – Vou ser pai mais uma vez, Harry vai ter com quem brincar! – O sorriso de James ficava cada vez mais radiante, agora, estava de orelha a orelha.
**
Depois que Sirius descobriu, não demorou muito até todos os conhecidos dos Potter mandarem suas corujas com suas devidas felicitações. A gravidez de Líllian passou muito rápido e de certa forma, tranqüila. Os maiores transtornos na gravidez de Lilly foram o enjôo e os desejos exóticos, o humor da Sra. Potter oscilava entre uma calma sem fim até o humor equivalente ao de uma bomba atômica prestes a ser lançada.
- JAMES POTTER, VENHA AQUI AGORA! JÁ DISSE MILHÕES DE VEZES PARA VOCÊ SE LEMBRAR DE ABAIXAR A MALDITA TAMPA!
- Mil perdões, amorzinho, na próxima eu não esqueço. Prometo. – respondeu James com a voz falha, rezando em pensamentos para que a mulher acalmasse.
- NA PRÓXIMA? QUE PRÓXIMA? VOCÊ VAI ABAIXAR ESSA TAMPA SIM, MAS VAI SER AGORA!
- Qualquer coisa que você pedir, ruivinha, qualquer coisa. – James respondeu rapidamente e já atravessou o corredor sob os olhares furiosos da mulher até chegar ao banheiro e, finalmente, abaixar a tampa do vaso sanitário. – Pronto, viu amor? – a pergunta saiu com voz fraca, James tremia com medo de outra explosão.
Líllian olhou para o marido, começou a andar em sua direção, decidida. James olhava para a mulher e tremia, sabia que seria agora, sabia que seria agora o momento no qual a mulher finalmente o azararia. A ruiva estava mais perto. O moreno estava em choque, imobilizado. A distância, agora, era ínfima, menos de um palmo. Olhos verdes fitavam olhos castanhos domados pelo pavor. Silêncio. Tensão. Finalmente, o silêncio foi quebrado.
- Jay, sabe, estou com uma vontade de comer uma sobremesa. – disse Lilly com tanta sutileza e delicadeza na voz que James sentiu medo. – Você poderia arrumar para mim?
- É... – ele precisava agir rápido, precisava aceitar, a mulher não poderia irritar-se novamente. – Claro, ruivinha, qualquer coisa! – seu tom era de falsa confiança.
- James, você é o melhor homem do mundo! – a ruiva colocou seus braços em volta do pescoço do marido , iniciou um cafuné. Aproximou seu lábio do ouvido esquerdo do homem, sussurrou um singelo “eu te amo” e desceu até o pescoço, beijava o pescoço de James enquanto massageava seus cabelos. O maroto, instintivamente, levantou a cabeça da mulher e começou a beijá-la, um beijo intenso, pensou se poderia tocá-la. Pôs suas mãos na cintura de Líllian, o beijo continuou, começou a descer suas mãos, pensou em tocar o glúteo da mulher. Adrenalina a mil, parecia até o primeiro beijo, não sabia até onde podia por a mão, sua ruivinha podia estourar a qualquer momento. Dúvida. Desço ou não desço minha mão? Optou por descer, encostou, pronto, caminho livre. Tomou cuidado para não forçar a mulher na parede, afinal, a barriga de Lilly já estava elevada, 7 meses de gestação. O beijo continuou, James queria esquentar a situação, contudo, no momento que apalpou os seios da mulher, o beijo se desfez, era necessário respirar. Silêncio. Troca de olhares. Mistura de verde e castanho. Lilly foi novamente até o ouvido do marido e sussurrou: - Compre para mim 30 sapos de chocolate, por favor?
Balde de água fria, James deu um sorriso amarelo e concordou. Atravessou o corredor, iria sair de sua casa e aparataria. Todavia, houve um empecilho, James Potter tropeçou, causou um barulho infernal, uma mandrágora de brinquedo pertencente a Harry. O brinquedo começou a gritar, um som insuportável, James amaldiçoou Sirius e aquele presente maldito. O barulho acabou, olhou desesperado para a mulher, alívio, o sorriso continuava lá, o olhar sereno também. O silêncio foi quebrado por um barulho agudo, parecia até choro, choro de bebê. Não podia ser! James se recusava a acreditar, Harry não podia estar chorando. Não agora.
- JAMES POTTER! NÃO ACREDITO, VOCÊ ACORDOU O HARRY! ELE NÃO TEM CULPA DA SUA MOLEZA! PEGUE O MENINO, ACALME-O, LEVE-O COM VOCÊ E, QUANDO VOCÊ VOLTAR, EU QUERO MEUS SAPOS DE CHOCOLATES E O HARRY SORRINDO, ESCUTOU? SORRINDO!
O maroto nem pensou duas vezes, pegou o filho no quarto, andou com ele até a garagem onde estava uma van cinza, simples carro trouxa, e foi comprar os doces para Lilly.
**
NA: Bom, esse é o primeiro capítulo, espero que tenham gostado! Não sei bem o que dizer, então vou optar pelo mais clichê: COMENTEM! Bem ou mal, comentem, é sempre bom saber como anda a escrita e se estou agradando! ^^
Até a próxima! ;*
Comentários (4)
Adorei o enredo da estória, muito envolvente, prende o leitor do começo ao fim. Felipe, você escreve muito bem, muito mesmo. Amo suas fanfics, você é um ótimo escritor, já pensou em escrever suas próprias estórias? Com certeza fariam sucesso!! Bjs e muita inspiração!
2011-08-26Oizinho! Já tô gostando... *Risos* TRINTA SAPOS DE CHOCOLATE? QUANTA FOME, ATÉ PARA UMA GRÁVIDA!
2011-06-09Depois de mó tempão enchendo seu saco, eis que Ana da o ar da graça. hahahaha Vocês são umas puritanas, isso sim. ¬¬" "Aqueles" Saudades docê, muié. :***
2011-05-07Bom, eu ja conheço essa história, ou melhor essa parte da história; Não sei se é pq já tem um tempinho q eu li, mas senti q houve modificações e p melhor xD O gostoso dessa leitura eh q ela e envolvente, até d+...kkkk Aquelas ^^ E o tom de ironia do autor sempre presente, só q com + cautela A quebra da parte envolvente da cena q causou tanta polemica quando lemos...kkkkk eh amelhor!!! Continue escrevendo, p q eu tenha motivos de risadas, no bom sentido, claro! ^^
2011-05-07