cap 15



Era o primeiro dia da semana de recesso das provas, o inverno chegara. Todos saíram para os jardins aproveitando a pausa que a tempestade dera. Os três foram visitar Hagrid e, logo depois Harry e Roni se juntaram em uma briga de bolas de neve que havia começado. Hermione preferiu ficar afastada dizendo que os encontraria mais tarde e foi em direção ao lago.


 Ela parou para observar as águas escuras e congeladas. Sentiu o vento frio no seu rosto e fechou os olhos. Ha muito tempo não se dava ao luxo de ficar sozinha com seus pensamentos.


Derrepente sentiu uma pressão nas costas e virou-se. Fora atingida por uma bola de neve. Parou para procurar por Harry e Roni, mas eles estavam longe. Então viu Malfoy rindo e falando alto.


-Não falei pra vocês que conseguiria acertar ela? – Falou gritando para um grupo risonho de sonserinos que observavam a alguns metros de distancia dele.


Ela o olhou com ódio e foi em sua direção. Ia dizer para deixá-la em paz quando ele começou a falar.


-O que foi? Não agüenta brincadeira sangue r...


Não o deixou completar a frase dando-lhe um tapa forte no rosto. A violência foi tão grande que sua mão ardia.


-Nunca mais se atreva a me insultar desse nome novamente! Não acredito que algum dia pude gostar de você, fui ingênua ao pensar que a sua mudança ia durar.Faça o favor de ficar longe de mim! – Puxou a pulseira que ainda estava em seu pulso e jogou na neve. – Fique com isso. É uma perda de tempo continuar usando.


Passou por ele encarando o grupo a frente que no mesmo instante parou de rir e foi se juntar aos meninos.


Harry a viu se aproximando com cara de poucos amigos.


-O que ouve Mione? Esta tudo bem?


-Esta sim. – Disse disfarçando. – Só um infeliz contratempo.


-Cuidado Hermione! – Gritou Gina, quando a bola de neve que ela havia jogado em Roni foi em sua direção pos o menino se abaixou a acertando em cheio.


Ela riu se esquecendo da raiva e se juntou ao grupo tentando acertar Gina com outro punhado de neve


Enquanto isso Malfoy ainda permanecia no mesmo lugar. O choque das palavras e do tapa o fez ficar sem reação alguma . Olhou para o chão e pegou a pulseira. Tinha a sensação de já ter a visto em algum lugar.


 


Três dias se passaram. O castelo andava cada vez mais silencioso por causa da tempestade de neve que voltara. Todos preferiam ficar nas salas comunais bebendo algo quente. Hermione voltava do corujal. Mandara uma carta aos pais para saber se estavam bem. Ia passando por um corredor quando avistou alguém de longe, não acreditou, era ele novamente. Só podia ser perseguição. Estava sentado no muro de uma janela com um olhar vago. Não havia mais ninguém por perto. Contou ate três e atravessou o corredor como se não houvesse ninguém ali. Depois do tapa com certeza ele não iria se meter com ela novamente.


-Granger?


Ela parou na hora. Já estava afastada uns dois metros dele. Fechou os olhos com força, desejando que esse nome não fosse o dela.


-É verdade então? Tivemos alguma coisa?


-Por que quer saber?


-Vai chegar mais perto ou prefere ficar gritando?


Ela deu a volta contrariada.


-O que você quer? – Fez a pergunta dando um suspiro cansado.


-O que esta escrito na pulseira? – Questionou ele erguendo o delicado fio de ouro.


-Descubra sozinho. Você que escreveu.


-E o que ela fazia com você?


Sentiu um peso enorme em ter que responde-lo.


-Você me deu.


-Por que te daria alguma coisa?


-O que esta insinuando?


-Pensei que fosse mais inteligente.


-Esta dizendo que acha que eu roubei?


-De que outro jeito poderia ter conseguido isso?


Ela levantou uma sobrancelha. Aquilo era demais.


-Quer saber, não sei por que voltei. Não preciso ouvir isso.


-Espera.


Ela já havia ido na direção oposta. Gritou mais uma vez. Ela sumiu no corredor em frente. Decidiu segui-la. Ninguém o deixava falando sozinho.


Subiu mais dois andares e se escondeu atrás da parede. Observou ela andar de um lado para o outro três vezes ate surgir uma porta. Ela abriu e entrou rápido fechando-a com força.


Ele correu ate a parede que estava voltando ao normal e pegou na maçaneta antes que desaparecese. Se ela estava escondendo alguma coisa ele iria saber. Entrou devagar encostando a porta silenciosamente.


Hermione não percebeu a presença de Malfoy. Estava de costas arrancando todas as flores que estavam em seu alcance.


-Eu não acredito! Como ele pode ter me julgado daquele jeito! –Destruiu todos os arranjos que viu pela frente e parou sentando-se no chão apoiando a cabeça na cama, estava exausta, sua voz começou a ficar embargada. Ela retirou o colar de cristal do pescoço – Ele é um completo idiota! Roni tinha razão! Por que você foi gostar dele Mione? Por quê? – Perguntou baixinho.


Malfoy ficou parado por alguns segundos vendo na enrrascada que se metera ao segui-la. Deu alguns passos para trás tentando sair devagar sem fazer barulho, mas ela o ouviu. Se levantou apontando a varinha para ele.


-O que você faz aqui? – Gritou com raiva secando o rosto com as costas das mãos. – Será que não podia simplesmente me deixar em paz?!


Ela tremia de ódio. Não agüentava mais aquela historia toda. Baixou a varinha e sentou-se na cama cansada se apoiando na parede.


Ela não conseguia mais prender o choro.


-Por favor, Malfoy, vai embora.


Era a primeira coisa que queria fazer. Ia se retirar quando viu a correntinha na mão dela. Se aproximou da cama e a pegou.


-Aonde conseguiu isso?


Ela respirou fundo tentando se controlar, estava mentalmente cansada.


-Me seguiu só para me acusar de novo? Saia daqui.


Ele não pareceu ouvi-la, puxou em seguida uma outra corrente que estava em seu pescoço.


Ela abriu os olhos. A correntinha dele era exatamente igual a sua, mas o cristal ainda possuía o tom vermelho.


-Encontrei em cima do meu criado mudo. Estava junto com um bilhete escrito “use idiota”. Mataria alguém se a caligrafia no papel não fosse a minha.


-Por que esta me contando isso?


-Não acredito que realmente tivemos alguma coisa.


- Problema seu se não acredita.


-Isso seria impossível.


-É somente isso?


-Quer parar.


-Para você de me atormentar.


-Como aconteceu?


-Estou saturada dos seus interrogatórios Malfoy. Se você não vai sair eu saio.


Ela se levantou e foi em direção à porta pondo a mão na maçaneta.


-Minha mãe me ensinou a fazer um cordão parecido com esse. Não me interessei muito, mas aprendi mesmo assim. Ela disse que era para medir o amor que uma pessoa sentia pela outra, coisas de mulher. Achei meloso demais, mas fingi interesse por que não quis decepcionar-la.


Ela escutou ainda com a mão na maçaneta.


-Fiquei sabendo que meu pai me mandou a enfermaria para tomar alguma coisa. Talvez tenha esquecido de alguns detalhes. Acho que ele fez isso porque deve ter excedido o limite e não queria que eu comentasse para a minha mãe. Isso explicaria essa cicatriz nova que adquiri do nada. Agora fiquei que nem o Potter.


Disse levando a mão à testa.


-Você caiu do topo da escada


-Como pode saber?


-Te ajudei depois disso.


-Você?


-Se não tem mais nada de útil para dizer estou indo.


-Ainda tenho uma pergunta.


Ela fechou os olhos.


-É mais que obvio que não gosto de você...


-Já terminou?


Ela não queria, mas ouvi-lo falar.


-Não.


-Então termine de uma vez.


-Essa corrente que esta no meu pescoço deve ser sua.


-E daí?


-Daí que ela esta vermelha.


-E?


Ele deu um sorriso convencido.


-Esta apaixonada por mim Granger?


Ela sentiu um calafrio. Parecia que ele estava se divertindo. Ele começou a rir.


-Quer dizer que a senhorita Granger esta gostando de um sonserino. – Disse se levantando.


-O que você tem com isso? – Perguntou o encarando.


Ele a prendeu pondo as duas mãos na porta.


-Chegamos a nos beijar? Você gostou? – Disse perto dela.


Seus olhos estavam lacrimejando com o ódio que estava sentindo dele.


-Por que esta fazendo isso?


-Nunca pensaria em minha vida em chegar perto de você. Muito menos iria querer te beijar. Mas se já aconteceu quem sabe não poderíamos...


Não chegou a completar a frase, o olhar dela se encontrou com o seu por um milésimo de segundo. Estavam molhados, quase chorando novamente. A expressão de divertimento de se desfez e ele vacilou um pouco.


-Hermione. – Balbuciou ele baixinho.


Ela o empurrou com força abrindo a maçaneta da porta.


-Você não tem o direito de brincar comigo desse jeito! Nunca estive na sua vida de verdade então não se meta na minha!


Saiu correndo do quarto deixando Malfoy sentado no chão. Ele levou as mãos à cabeça.


-O que foi que eu fiz... – Disse sem reação.

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°ULTIMO CAPITULO SEMANA QUE VEM. POSTEM COMENTARIOS, E OBRIGADA PELA PACIENCIA DE TODOS.°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

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