cap 14
As férias finalmente haviam acabado. Finalmente para Hermione. Queria rever Draco, estava com saudades. Ela riu. Saudades do Malfoy, quem diria.
Uma coruja pousou ao seu lado com um pergaminho preso na pata. Ela retirou e leu.
“ Me encontre na sala do diretor
M”
Estranhou o conteúdo do bilhete, mas foi ate lá.
Quando estava chegando perto ouviu vozes exaltadas saindo de dentro da sala.
-Não sei o que aconteceu mais exijo uma solução imediatamente. Essa escola não da segurança alguma aos alunos!
-Compreendo perfeitamente, mas não a motivos para...
Alguém puxou seu braço e a levou para trás de uma parede.
-Draco! Que susto!
-Você esta linda como sempre. – Disse suavemente alisando a bochecha dela.
Ela o abraçou respirando profundamente o perfume de que tanto gostava. Como era bom sentir o toque dele novamente.
-Senti saudades suas – Disse ele beijando-a de modo intenso.
-Sentiu mesmo saudades. – Disse ela baixo com o rosto vermelho. Ele riu afagando os cabelos dela.
- Espero que tenha gostado da pulseira.
- Adorei. Principalmente o que fez com o quarto.
Ele ouviu passos.
-Trouxe outro presente. – Falou puxando um embrulho cinza de dentro do casaco.
Ela ia falar alguma coisa quando ele pos um dedo em seus lábios. Os passos estavam se aproximando.
Ele a beijou mais uma vez e a abraçou logo em seguida.
-Por favor, me desculpe – sussurrou em seu ouvido – Eu não tenho escolha. Não posso deixar que machuquem você de nenhuma forma por minha causa. Fale com Harry. – Olhou para ela. Estava confusa. – Eu amo você Hermione.
Doeu dizer seu nome. Sabia que poderia ser a ultima vez. Saiu de traz da parede e fez sinal para que ela ficasse quieta. Segundos depois Lucio e Minerva apareceram.
-Por favor, Malfoy, me acompanhe.
Ela o observou sair com a diretora e o pai, cada um a seu lado. Ele não olhou para trás.
“Eu amo você, Hermione”.
Ele nunca tinha dito isso a ela ate aquele momento. Alguma coisa estava acontecendo.
“Fale com Harry”
Será que entendera certo?
Olhou para o embrulho cinza e começou a abri-lo depressa. Havia um pergaminho enrolando o presente que ele lhe trouxera. Era uma correntinha com um pingente de cristal lapidado. Ela pos a correntinha no pescoço, logo que o fechou o cristal mudou de cor ficando vermelho.
Então leu o pergaminho.
Um único bilhete.
"Caso alguma coisa aconteça, por favor,
lembre-se do que sou agora.
Lembre-se quem eu fui com você”.
Correu para procurar Harry logo em seguida.
Malfoy entrou na enfermaria.
Minerva chamou Madame Pomfrey em um canto. Pareciam estar discutindo por alguns minutos. A contra gosto ela pegou um vidro verde de um dos armários.
-Pense por um minuto Sr. Malfoy. Pode ser perigoso dar isso ao menino. O senhor disse que ele se lembra de tudo.
-Sou o pai dele. Ainda tomo as decisões e vou correr o risco. Mesmo por que ele esta de acordo não é Draco.
Ele assentiu com a cabeça
-Por favor, Papoula.
Madame Pomfrey foi ate Malfoy e deu-lhe a poção. Ele tomou de uma só vez sem nem reparar na cor do liquido. Então, deixou escapar de sua mão o frasco que se quebrou no chão. Logo depois desmaiou.
Hermione encontrou Harry no portão de entrada. Parecia estar esperando por ela.
-O que esta acontecendo Harry? Draco pediu para falar com você.
Ele suspirou e deu duas cartas para ela.
-A primeira é minha.
-Por que...
-Leia.
“Harry, Talvez não possa cumprir a promessa que fiz a você.
Peço que mostre essa carta para alguém que acredite. Os pais de Hermione estavam correndo perigos. Meu pai ameaçou mata-los se eu não o obedecesse. Espero que a poção não surta efeito algum. Tenho certeza que mandaram alguém para protegê-los assim que lerem isso.
Meu pai tem artigo das trevas ainda em poder. De um jeito do ministério saber. Eu poderia telo feito, mas tenho certeza que o avisariam antes e ele saberia que fui eu, de um jeito ou de outro os pais de Hermione iriam pagar.
Assim que o ministério avisar, ele vai escondê-los. O lugar fica em uma passagem subterrânea na casa. Espero que ele pegue bastante tempo em Azkabam assim não poderá perturbar ninguém.
Sei que não preciso pedir, mas cuide dela. Talvez tenha que proteja-la de mim.
Ela tem razão, você é um ótimo amigo Harry.
M”
Abriu o segundo envelope. Estava endereçada a ela
“Hermione
O cordão que dei ficara vermelho assim que o puser no pescoço. Esta enfeitiçado. Enquanto estiver desta cor significa que continuo pensando em voce, mesmo talvez te esquecendo. Não acredito que isso possa acontecer então fique tranqüila. É apenas uma garantia.
Pena só ter dito que te amo uma única vez. Deveria ter dito mais.
Vejo você em breve
M”
Ela largou as cartas no chão indo direto para a enfermaria. Mas quando abriu a porta não tinha ninguém lá dentro.
Voltou então para onde Harry estava e foram até a diretoria. Enquanto caminhavam ele tocou em seu braço.
-Sinto muito Mione.
-Esta tudo bem Harry. Você leu o que ele escreveu. Meus pais estão a salvo agora e ele não acredita que alguma poção vá da certo.
Tinha que ser confiante. Já aconteceu uma vez. Ele iria voltar a se lembrar. Olhou para o pingente. Continuava vermelho. Apertou um pouco mais aliviada.
Entregaram a carta de Harry para Mcgonnagal. Ela leu ficando espantada quando terminou.
-Pobre menino. – Falou tão baixo que os dois não ouviram.
Ela mandou dois bruxos vigiarem a casa dos Granger e alertou o ministério da magia. Iriam inspecionar a casa de Malfoy no dia seguinte.
Pela manha alguns bruxos foram à mansão para revista-la. Foi exatamente como Malfoy havia previsto. Olharam em tudo e não acharam nada, mas graças à sugestão anônima acharam à passagem que levava para debaixo da casa. Com tantos itens das trevas levaram Lucio direto para ser julgado. Mantiveram segredo sobre a carta. Queriam manter a segurança na casa dos Granger.
Hermione acordou logo cedo. Arrumou-se e saiu passando pelo quadro da mulher gorda. Olhou em volta. Ele não estava parado a porta como sempre fazia.
Na terceira aula o viu de longe e deu alguns passos até ele, parecia estar normal então o chamou.
-Draco?
Ele se virou e a olhou. Por um minuto parecia que nada tinha acontecido, ate que ele passou por ela derrubando seus livros no chão.
-Mas cuidado por onde anda Granger.
Disse rindo com os habituais colegas de turma. Ela o olhou por alguns instantes. Ele viu os olhos dela se encherem de lagrimas.
-Olha só ela vai chorar – Disse debochando com seu grupo rindo – Não dei liberdade para usar meu nome sua desastrada.
Ela saiu correndo para o outro lado do corredor. A sonserina em peso ria ate que Harry chegou andando rápido ate ele.
-Não vai consolar sua amiguinha Potter?
Harry fechou o punho e deu um soco forte em Malfoy fazendo-o cair no chão.
-Vai me agradecer por isso um dia.
Disse passando por ele entrando em outro corredor.
Hermione não podia acreditar. Não era possível. Tanto tempo juntos e ele não se lembrava dela.
Passou três vezes pela parede e entrou na porta já conhecida.
Olhou em sua volta. As borboletas uma a uma estavam desaparecendo. Desbotando devagar ate sumirem de vez.
Ela começou a chorar se arrastando pela porta ate se sentar no chão.
Olhou para o cordão. Ainda estava tão vermelho quanto antes. O pos de volta dentro da blusa.
Talvez ainda houvesse alguma esperança.
As provas chegaram ocupando a cabeça de Hermione. As semanas se arrastavam lentamente para ela. Sabia que era motivo de alguns comentários sobre o suposto romance que tivera com Malfoy. Tinha certeza que ele havia ouvido algo a respeito, mas parecia ter ignorado, talvez pensasse que era uma brincadeira de mau gosto.
Ele costumava se lembrar das coisas toda vez que alguém o contava algo. Parecia que isso também era passado.
Sonhos começaram a surgir, todos eram iguais. Uma borboleta surgia em sua janela e ela correia para ve-lo que sorria e logo desaparecia. Acordava logo em seguida olhando na direção do vidro vazio.
Ela começou a perder as esperanças quando notou que a cada dia que se passava o cristal ficava sempre um pouco mais claro.
-Ele não vai mais voltar. – Disse baixinho em seu quarto. Apertou o cordão com força.
Uma lagrima solitária rolou em seu rosto.
A semana de provas passou e o natal já havia chegado. Cinco meses já haviam se passado desde o incidente no corredor. Tanto Harry quanto Roni evitavam tocar no assunto com Hermione. Os flocos caiam intensamente formando uma camada de neve pelo gramado. Aos poucos as coisas começaram a voltar ao normal.
Ela estudava e encaixava matérias para não ter a cabeça livre. Devagar ela voltava à vida com os amigos rindo e conversando como antes, mas sempre mantendo o cordão que ele lhe dera no pescoço.
°°°°°°°°°°°°°°°°°°CAPITULOS FINAIS. AGUARDEM°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°
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