Quando não se sabe o que dizer
Aqui está finalmente o cap 3 de Liv, na verdade um mini capitulo, por que ele está bem pequeno. Mas eu não queria colocar mais nada nesse, e sim deixar para o proximo que vai ter muito mais movimento.
Espero que esteja aceitavél.
bjss
Capítulo 3 – Quando não se sabe o que dizer, nada melhor que ficar calado.
Mansão dos Zabine, Londres. Inlgaterra.
A semana de preparação para uma festa em uma casa costuma ser repleta de pessoas saindo e entrando, caminhões de entrega e vizinhos curiosos. Mas nada disso acontece em uma festa da família Zabine. Em primeiro lugar porque eles não possuem vizinhos, ou então eles moram longe demais para poder ver algo; segundo, porque uma festa da “alta sociedade” você só fica sabendo de duas maneiras: ou você foi convidado (ou conhece alguém que foi) ou viu no jornal no dia seguinte.
Então como em qualquer outro evento da família, a propriedade se mantinha no mais absoluto silêncio. Mas lá dentro, a coisa era um verdadeiro inferno, ainda mais com Allison Zabine e sua mãe para ajudar.
--- Essa cortina azul está horrível! Como alguém pôde pensar em algo assim? --- Disse a Sra. Zabine. Ela, Alisson e Denise, a pobre encarregada dos preparativos, estavam no meio do salão fazendo uma vistoria.
--- Essa foi encomendada pela senhora ... --- Começou a explicar Denise.
--- Está dizendo que a minha mãe tem mau gosto? --- Perguntou Allison.
--- De modo algum. Deve ter havido um erro na entrega. --- Explicou Denise, mesmo sabendo que era mentira.
--- Então resolva.
Coitada de Denise. Existe um ditado trouxa que diz que ninguém leva uma cruz mais pesada do que pode carregar. Mas isso não acontece se for uma Zabine que distribuiu as cruzes.
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Casa dos Potter, Londres. Inglaterra.
A caçula dos Potter estava reunida na sala com os seus primos Rose e Hugo.
--- Eu não aguento mais isso, bem que as aulas podiam começar logo. --- Comentou Rose.
--- Você está louca? Quem em sã consciência iria desejar uma coisa dessas? --- Resmungou Hugo, deitado no sofá.
--- Alguém que pensa no futuro.
--- Vamos pessoal, sem discussões agora. --- Interrompeu Lily entediada. Antes que algum dos primos pudesse falar algo, uma grande coruja entrou voando pela janela, deixando um envelope cair no colo da jovem Potter. Era de cor verde musgo, com as letras em prata. De um papel fino e caro, ficava evidente que só podia ser obra de uma família muito rica.
--- “Alvo Potter e Familia” --- Lily leu no envelope.
--- De quem é? --- Perguntou Hugo, sentando no sofá, curioso.
--- É dos Zabine. --- Contou Lily abrindo a carta. --- É um convite.
--- Pra que? Convenção dos ricos metidos e malignos? --- Hugo brincou.
--- Os Zabine estão organizando uma festa de final de verão. Vai ser em algumas semanas.
--- Uau! Uma festa! Vocês repararam que o convite veio em nome do Alvo? --- Comentou Rose.
--- Deve ser por ela ter mais proximidade com o Al. --- Disse Lily.
--- Ah, se a Liv escuta isso... --- Rose brincou.
--- A Liv não vai se incomodar. Ela é perfeita demais pra isso. --- Sonhou Hugo. As duas garotas reviraram os olhos. --- Então tenho que pedir a mamãe que compre uma roupa de festa pra mim.
--- Nem sonhe, Hugo. O convite é para os Potter, e não é esse o seu caso.
--- Como assim? Nós somos primos da Lily!
--- Mas não se brinca com uma festa da alta sociedade. Ao menos que tenhamos um convite em nosso nome, vamos ser expulsos de lá. --- Explicou Rose. --- Acho que não quer passar por essa vergonha, quer?
--- Uf. --- Hugo fechou a cara.
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San Jose , Costa Rica.
Alvo estava deitado na cama, fitando o teto pensativo. A noite de ontem passava repetidas vezes em sua cabeça.
Os quatro amigos tinham ido a um restaurante típico e, por insistência de Scorpius, começaram a tomar uma bebida bem forte, parecida com a tequila. Quando saíram de lá, já estavam bem “altos”. Entre risos, foram para o hotel, e pouco acostumados a esse tipo de bebida trouxa, Scorpius e Helen foram os primeiros a apagar.
--- Não! Você não vai me deixar sozinha! --- Liv pulou em cima da cama, em cima de Alvo.
--- Vai dormir, sua bêbada. --- Resmungou Alvo brincalhão, de olhos fechados. Liv o puxou pelo braço e o moreno se viu arrastado para fora do quarto.
O sol estava começando a dar sinais de surgir no céu. Alvo estava sentado na areia, sorrindo e vendo Liv girar de braços abertos pela areia.
--- Eu quero ficar aqui pra sempre!
--- Claro, como se Draco Malfoy fosse deixar... --- Comentou Alvo risonho.
--- Isso é verdade. --- A loira caiu de joelhos em frente ao amigo. Ela inclinou a cabeça para o lado, com o jeito leve que tem alguns bêbados. --- Mas talvez ele deixasse se você ficasse comigo. Você ficaria?
--- Tem alguma dúvida? --- Alvo se inclinou para mais perto dela. --- Eu iria com você para o fim do mundo.
--- Eu sou louca por você, sabia? --- Liv disse de repente. Alvo sentiu o coração bater mais forte.
--- Eu também sou louco por você. --- Alvo passou a mão pelo rosto de Liv, colocando uma mecha atrás da orelha. Era impossível desviar os olhos dos dela.
Ela se aproximou dele, e Alvo passou a mão que estava em seu rosto para a sua nuca, e a puxou para ele.
As bocas se tocaram, no começo hesitantes, se conhecendo. A respiração deles ficou mais rápida e Liv passou os braços pelo pescoço do moreno. De repente, ela estava sentada no colo dele, e respirar não parecia importante.
Era uma coisa completamente diferente do que já haviam experimentado. A embriaguez parecia ter sumido, e eles tinham consciência de que era errado, mas era impossível se afastar.
Alvo a manteve o mais próximo possível dele. Os dois se afastaram o suficiente para puxar ar, e voltaram a se beijar. Liv passava as mãos no cabelo escuro, em uma carícia sensual. Alvo não conseguiu controlar um gemido rouco que soltou em meio ao beijo.
O som acabou trazendo Liv de volta a realidade, e ela se levantou com as pernas bambas.
A primeira reação do moreno foi puxá-la de volta para seu colo, mas os dois ficaram se encarando mudos.
--- Liv? --- Alvo sussurrou.
--- Eu... --- A garota tentou falar, mas parecia tão chocada que preferiu sair correndo de lá. O moreno olhou pro horizonte, tentando decidir o que fazer. Então levantou e foi atrás dela no hotel.
Liv entrou no quarto dela disparada, passou por Helen, que dormia, e se trancou no banheiro, encostando-se na porta. Ela tentou se acalmar respirando fundo. Como ela podia ter feito aquilo com o Luke? Por Merlim, era o Alvo!
--- Liv? Nós precisamos conversar. --- Alvo chamou do outro lado da porta.
--- Alvo vá embora.
--- Não acha simplesmente que vou deixar passar o que aconteceu, vou? --- Alvo olhou fixo a porta, como se pudesse ver através dela. Ele bateu de novo na porta, só que agora mais forte. --- Que droga, Liv!
--- Al? --- Chamou Helen com a voz rouca de sono. Os olhos meio fechados. --- O que houve?
--- Nada Helen, pode voltar a dormir. --- Alvo falou para a amiga, que encostou a cabeça no travesseiro e apagou.
--- Então é isso que quer fazer? --- Ele perguntou sério a Liv. --- Fazer de conta que não aconteceu? Agir como se tudo fosse culpa da bebida? Ok... Mas eu achava que você fosse mais corajosa, Olivia.
Ele encostou a testa na porta, torcendo por um segundo que ela a abrisse, mas não vendo nenhum sinal de que isso iria acontecer, ele saiu do quarto.
Minutos depois, tudo o que se ouvia ainda era o mais absoluto silêncio.
Alvo não conseguiu dormir a noite toda. Às vezes lançava olhares ansiosos para a porta, esperando que ela aparecesse, mas jamais aconteceu.
E afinal de contas o que ele queria que ela dissesse? O que ele queria dizer? Fazer de conta que não aconteceu, como ela? Que foi culpa da bebida forte? Liv já deixou claro em seu silêncio que era isso que ela queria.
Na verdade, ele queria que ela dissesse que sentiu o mesmo que ele. Aquela sensação de plenitude, de que nada mais importava no mundo. Que ela dissesse que nunca sentiu isso com ninguém, muito menos com o Luke. Que merda!
Alvo jogou o travesseiro na parede oposta e grunhiu de raiva. Scorpius se mexeu na cama ao lado, e sabendo que o loiro não acordaria agora, se dirigiu para o banheiro, para tomar um banho e sair daquele quarto. Ele precisava respirar um pouco.
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Ainda em San Jose, Costa Rica.
Helen sentiu uma claridade incômoda nos olhos. Quando levantou a cabeça, para descobrir de onde vinha a maldita luz, percebeu que esse não era o seu único problema. A cabeça parecia pesar uma tonelada, e abrir os olhos foi uma verdadeira batalha. O corpo doía, provavelmente da posição em que dormiu, ainda com a roupa da saída.
Quando tomou coragem e se sentou com um gemido de dor, percebeu Liv sentada próximo à janela, olhando para fora.
--- Eu sou a única que se sente como se tivesse sido atropelada por um daqueles ônibus trouxas?
--- Bom dia. --- Cumprimentou Liv, voltando o rosto para a amiga.
--- Espero realmente não estar como você. --- Brincou Helen, vendo Liv. A amiga não estava com a mesma roupa de ontem, mas parecia não ter dormido nada. O cabelo esta preso em um frouxo coque e tinha olheiras. --- Tudo bem?
--- Estou bem. --- A loira sorriu. Mas para Helen pareceu mais uma careta. --- Por que não vai tomar um banho enquanto ligo para o serviço de quarto?
--- Não vamos comer com os meninos? --- Helen perguntou enquanto ia para o banheiro.
--- Acho que ainda estão dormindo. Sabe como o Scorp é...
--- Ok. --- A morena olhou desconfiada para Liv, mas preferiu tentar tirar alguma resposta da amiga depois. No momento ela precisava de uma poção para ressaca.
Um tempo depois...
--- Olá, garotos! --- Helen cumprimentou, entrando no quarto dos meninos. O lugar estava vazio, mas Scorpius saiu do banheiro apenas de calça e passando uma toalha no cabelo.
--- Não fale tão alto, Botson. Minha cabeça ainda doi. --- Resmungou o loiro.
--- Ih, que pessoa mais mal humorada. --- Ela brincou, desviando desconfortavelmente a vista do peito do amigo. --- Cadê o Al?
--- Quem sabe? Não estava aqui quando acordei, mas me deixou uma poção para ressaca no criado mudo.
--- Não estava aqui? Isso está cada vez pior...
--- Como assim? --- Perguntou o loiro, sentando na cama.
--- Quando acordei, a Liv estava estranha, olhando pro nada. Depois ela não quis vir aqui comigo, dizendo que ia providenciar as coisas pra hoje. Chego aqui e o Alvo não está, como se ele fosse sair sem a gente por aí. --- Helen contou. --- E eu tenho quase certeza que não foi um sonho, eu ter visto Alvo tentando falar com a Liv no meu quarto ontem.
--- Aconteceu alguma coisa? --- Scorpius questionou, começando a se preocupar.
--- Eu temo que sim.
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N.A: Estou realmente envergonhada pelo tempo sem postar um capítulo. Não vou colocar a culpa totalmente nos vestibulares porque já estamos no dia 21 e os meus acabaram em dezembro. Mas eu sou uma autora preguiçosa. Tenho milhares de ideias na cabeça, mas fico sem escrever.
Outra coisa vergonhosa é o tamanho do capítulo, mas tenho meus motivos. Eu queria que ele fosse focado no acontecimento Liv/Alvo. Mas não se preocupem, o próximo vai ser grande, porque muita coisa vai acontecer nele...
Espero que tenham gostado e comentem!
N/B: Oi! Quase não me lembrava o que é betar uma fic. Minhas autoras sumiram! Mas acho que agora estão de volta - uma pelo menos. Teremos muito Al e Liv, mas acho que Helen e Scorpius prometem. Agora é só esperar. E comentar, óbvio!
Beijinhos e até mais
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