O tempo não para
Title: Ódio ou Amor?
Author name: Ana Jully Granger
Category: Drama/ Romance
Shippers: Harry e Hermione
Disclaimer: Harry Potter infelizmente não é meu, se fosse eu seria rica e provavelmente não estaria escrevendo esta fic e sim o sexto livro da serie e já contando os milhões que ganharia com ele... ai mais chega de besteira e vamos logo pro que interessa.
Sinopse do capitulo: as coisas nem sempre são como imaginamos. Às vezes tiramos conclusões precipitadas e deixamos que a raiva e a desconfiança vençam. Daí é que surgem os problemas, principalmente quando se quer esconder...
CApitulo VIII
Hermione nem ao menos conseguiu ir à aula naquele dia e ao chegar em casa trancou-se no seu quarto e so reapareceu no dia seguinte porque realmente tinha que acabar uma matéria no jornal e ajudar Marc na loja. Ela tinha vontade de sumir. Esquecer todos os problemas que a rodeavam e ser feliz. Mas isso seria impossível enquanto a sombra de Harry pairasse sobre a sua cabeça ou pior pairasse sobre seu coração.
- Eu sou uma completa estúpida mesmo... Riu gostosamente.
Depois de se arrumar desceu para o café da manha que Laura já havia preparado a algumas horas. Ela sempre era a ultima a ir dormir e a primeira a levantar e colocar tudo em ordem.
- bom dia! Cumprimentou a menina assim que desceu as escadas e viu Laura sainda da cozinha.
- Boa dia querida! Dormiu bem?
- Ah! Sim claro. Muito bem. Mentiu (isso já ta virando costume)
- fiquei preocupada. Ontem você não foi para a faculdade. Esta se sentindo bem?
- estou sim. Só estava muito cansada ontem (que desculpa mais esfarrapada)
- eu não sei como voce agüenta essa sua carga horária isso sim. Eu provavelmente já teria enlouquecido.
- não é tão difícil depois que você se acostuma. E papai já acordou?
- hoje ele madrugou e foi direto para o escritório no centro da cidade. Acho que so vem para o jantar. E voce vem almoçar?
- infelizmente não. Prometi dar uma ajudinha para o Marc e vou almoçao essa semana la na loja dele.
- e como ele esta?
- bem, ou melhor, ele esta levando as coisas. Você sabe que ele não aceita as decisões do papai. Ele queria dizer tudo logo de uma vez e parar com esses segredinhos.
- seria o melhor, mas nunca vi um homem mais cabeça dura como seu pai.
- bom não adianta nos discutirmos isso agora. Eu tenho que ir ou minha editora vai me matar.
- não vai tomar café?
- tomo no caminho. Disse pegando uma torrada e saindo correndo em direção a porta de entrada. Tchau!!!
- ate mais tarde.
- Ah! Se me ligarem fale que...que...que eu sai da cidade e que você não tem nem idéia de quando eu vou voltar.
- nossa por que tudo isso?
- apenas faça o que estou pedindo. Não quero falar com certas pessoas.
- tudo bem então.
“Como se ele fosse me ligar” pensou com o semblante magoado.
- Você esta atrasada Hermione. Dizia uma voz irritada que estava sentada atrás de uma enorme mesa de mogno preta em uma suntuosa sala de escritório que ficava no ultimo andar de um antigo prédio.
- desculpe Lhaila, mas eu não consegui pegar o primeiro ônibus que vinha para ca.
- não me interessa. Eu quero produtividade e não desculpas.
- falta pouco pra mim fechar aquele bloco de matérias. Hoje mesmo eu te entrego.
- acho bom mesmo. Não é porque que você é considerada a melhor desse setor que vai levar vantagem em cima dos outros. Alem do mais suas matéria de uns tempos para ca tem caído muito de qualidade.
- desculpe! Mas isso não é verdade. Elas continuam as mesmas. Eu jamais entregaria um trabalho que não valesse a pena.
- pois para mim você perdeu parte da sua essência. Eu quero algo grande. E ultimamente você só tem em trazido casos insignificantes. Desse jeito não tem condição.
- o que você quer? Fofocas desprezíveis sobre a vida de celebridades?
- claro que sim. Barraco vende minha querida, quanto mais sujo o passado mais interessante se torna o presente. É isso o que o leitor quer saber, todos os podres de seus tão “intocáveis” e supostamente “perfeitos” ídolos.
- pensei que nossa função fosse passar informação.
- não minha querida essa é a versão infantil do jornalismo. Nos vivemos em um mundo selvagem. Dominado pela ganância e cobiça as coisas do próximo e saber que aqueles tem mais do que a gente também pode ter a vida transformada em lixo nos torna mais humanos.
- você quer dizer mais doentes não é mesmo?
- interprete como quiser. Apenas me traga uma grande historia. Ou isso ou rua.
- sendo gentil desse jeito não tem como eu não entender.
- não me interessa o que voce acha. Apenas faça. Agora volte para a sua mesa e comece a trabalhar.
- com licença pediu se retirando da sala da sua editora chefe.
Ela odiava o modo como a sua chefe brincava com a vida das pessoas. Tudo para ela era motivo para escândalo. Ninguém tinha o direito a vida provada se tivesse uma historia triste e interessante para se contar aos leitores. Exploração selvagem dos problemas alheios era o que melhor definia o que o jornal fazia agora. O sensacionalismo barato valia a pena. Esse era o lema de sua editora o que não gera escândalo não promove lucro e nos (jornalistas) temos o dever de sugar ate a ultima gota de informação possível para assim criar um verdadeiro caos sensacionalistico.
- e ai a chefinha ta brava? Ela tava bufando e destilando veneno para todos os lados antes de você chegar. Comentou um rapaz alto de cabelos loiros e intensos olhos azul acinzentado que acabara de sentar na beira da mesa de Hermione.
Ela nem ao menos levantou os olhos para encarar o jovem que a observava discontraidamente.
- o de sempre Paul. Disse Hermione dando de ombros e finalmente levantando a cabeça para encará-lo. Ela só quer mais produtividade da minha parte.
- e isso porque você é quem produz a maioria das matérias que são editadas. Acho que ela acabou se acostumando a te explorar. Ninguém aqui trabalha tanto quanto você. Por que voce atura tudo isso?
- é meu trabalho.
- você é muito profissional.
- talvez esse seja meu defeito não é mesmo?
- definitivamente.
- hehehehe! Você não tem nada para fazer não?
- nossa se tava querendo me dispensar era só falar.
- chato. Não é isso e voce sabe disso. Onde esta Amy?
- despedida.
- o que?! Exclamou perplexa.
- ela não entregou a matéria dela e a Lhaila simplesmente colocou ela no olho da rua.
- o poder subiu a cabeça daquela mulher.
- que cabeça?
- tem razão. Duvido profundamente que tenha algo a ser perdido dentro daquela caixa craniana.
- hahahaha. Gargalhou Paul com vontade. Vou apressar o pessoal da redação. Disse se levantando de cima da mesa de Hermione
- Ah! Por favor, pede para me mandarem as matérias para impressão antes das nove. OK?
- claro.
Paul começou a atravessar as inúmeras estandes com mesas que ficavam dispostas na imensa sala de informação e edição de matéria.
Ele realmente conseguia melhorar o humor da menina com o seu carisma ate mesmo o seu mordaz sarcasmo fazia com que a sua personalidade se tornasse ainda mais interessante. Era uma das poucas pessoas que podia chamar de amigo.
- ora, ora quem diria que a perfeita Granger perfeita estaria encrencada? Ainda não foi demitida queridinha?
- caso você seja cega e não esteja me vendo trabalhando não eu não fui demitida.
- pois deve ser muito bom ser a protegida do chefe, já que nem mesmo a Lhaila pode te tocar. Ou será que você é mais que isso?
- deixe essas insinuações estúpidas guardadas para você mesma Sherry eu tenho muito trabalho a fazer.
- eu suponho que tenha mesmo. Ou pelo menos finge que tem.
- olha aqui Sherry eu ate admito que você não goste de mim
- te odeie.
- que seja. Mas eu não te dou o direito de criticar meu trabalho.
- cuidado Granger as coisas mudam e eu ainda vou te humilhar, basta uma oportunidade e eu vou te machucar onde mais te dói.
- por que? Por que tanto ódio por mim?
- você não sabe mesmo?
- não.
- você sempre teve tudo o que queria. Nunca precisou trabalhar pelo seu sustento, nasceu em berço de ouro e ainda por cima tem uma inteligência superior a qualquer um de nos. Você chama isso de justiça? Pois eu acho que você já teve demais. Eu sempre lutei e nunca consegui ter metade do que você tem. Me sujeitei aos mais variados tipos de humilhações para chegar ate aqui e quando eu penso que teria alguma chance de melhorar de vida você aparece e me transforma em uma pessoa obsoleta. Você sabe o que é isso?
Hermione estava perplexa com tudo aquilo.
- eu..eu.. não sabia.
-ah! Mas é claro que não sabia. A srt. Perfeita não se importa com os outros que estão ao seu redor. Sempre fria e arrogante. Tem que ser a melhor em tudo não é mesmo? Não importa quantos sonhos você destrua para chegar aos seus objetivos. Já pensou de quantas pessoas você tirou a chance de trabalhar por causa dessa mania de querer fazer tudo sozinha?
- pare por favor;
- parar? Eu nem ao menos comecei. Duvido que você tivesse amigos na escola. Não ninguém seria louco o suficiente para ficar perto de você e correr o risco de ser esmagado por essa sua ambição desenfreada. Coitado daquele que te amar pois este vai estar condenado a viver na sua sombra assim como todas as pessoas que estão ao seu redor. Você não quer deixar ninguém brilhar mais do que você. E é por isso que eu não só te odeio mas te desprezo profundamente. Srt perfeição. Dizia Sherry muito alterada e quase gritando para que todos na redação ouvissem.
Ninguém mais naquela imensa sala estava prestando atenção no seu trabalho, todos tinham a atenção voltada para aquela calorosa briga que acontecia no canto mais afastado da imensa sala de redação.
- você..você... é... indagava Sherry com raiva nos olhos.
- eu pararia ai se fosse você.
Todos se viraram imediatamente para a voz masculina que vinha da entrada da redação. Todos prenderam a respiração ao ver a figura altiva daquele homem olhando com fúria para a mulher que bravejava ofensas a Hermione.
Sherry congelou ao ouvir os passos do dono daquela voz tão fria e seca. Ele caminhou lentamente sendo seguido apenas pelos olhares curiosos dos funcionários.
- algum problema aqui senhorita Granger?
- Her... não.. não. SR. Roth esta tudo certo.
- por que tanta gritaria?
- Sherry estava apenas me mostrando seu ponto de vista.
Sherry a olhou com um olhar de fúria. Como ela ousava ainda bancar uma de vitima inocente e boazinha.
- não preciso de sua ajuda menina. Disse ferozmente. Deixe sua compaixão para quem a queira.
Hermione apenas afundou ainda mais na cadeira. E realmente não tinha idéia de que era tão odiada.
- tome cuidado com as suas palavras Srt. Pattenger. Disse Roth. Agora voltem todos ao seus trabalhos. Completou fazendo um gesto com as mãos para que todos continuassem o trabalho. Isso inclui você também Sherry. Trabalho agora.
- humf! Soltou um suspiro furioso e saiu de perto de ambos.
- quanto a você Hermione. Disse em um tom mais carinhoso. Vamos a minha sala.
- sim senhor. Assentiu desolada.
Eles caminharam pelo corredor sendo seguido pelos olhos atentos de todos. Ate que dobraram o corredor da sala do SR. Kyan Roth o dono do jornal.
- e então o que foi tudo aquilo? Perguntou retirando o palito e colocando-o sobre a cadeira.
- apenas ouvi mais do que queria.
- não ligue ela tem muita inveja de você.
- não o que ela sente por mim é ódio. Puro ódio e desprezo.
- se voe queria ser amada deveria ter escolhido outra profissão. Ser jornalista significa ter inimigos já que muitas vezes as matéria que publicamos prejudicam outras pessoas.
- eu sei. Mas não pensei que seria tão difícil assim. Disse se sentando na cadeira em frente a mesa de vidro do seu chefe.
Aquele era o maior escritório de todo o andar. Possuía uma janela de vidro que ocupava toda uma parede e lhes dava uma bela visão de toda a cidade e seus imensos arranha céu. Ela desviou o olhar de seus próprios pés e encarou as costas de Roth que admirava a paisagem através da imensa janela.
- o que eu posso fazer Kyan? Não agüento mais.
- o que você tem? Não é mais a mesma. Suas matéria perderam a qualidade e a única coisa que eu consigo ver são palavras escritas sem nenhuma emoção. Um texto sem valor. Acredito que ate mesmo a Lhaila já tenha percebido isso.
- mas... eu sei. Disse resignando-se. Vou melhorar. Nem que eu tenha que...
- o que?
- não sei. Mas eu vou voltar a ser como antes prometo. Só estou um pouco confusa.
- eu não me importo com os meios e sim com os fins. Não me importa o que voce tenha que fazer eu quero a minha Hermione de volta.
- ela vai voltar. Prometo. Disse levantando-se e caminhando em direção a porta.
- espere.
Hermione parou e voltou a encarar Kyan que agora a olhava atentamente.
- seu chefe já disse o que tinha que ser dito. Agora seu amigo quer saber em que pode te ajudar.
- em nada Kyan. Isso eu tenho que resolver sozinha.
- não quero te ver triste desse jeito. Disse se aproximando da morena e abraçando-a com carinho.
Hermione afundou a cabeça no ombro de Kyan buscando o conforto que seu coração tanto precisava. Ela não conseguia entender o porquê de estar se sentindo daquele jeito.
- eu vou melhorar. Indagou dando um fraco sorriso para ele. Mas agora em deixe trabalhar sim.
- não.
- como assim não?
- vá para casa e descanse só volte aqui quando estiver realmente bem. Uma mulher doente só da trabalho.
- nossa você é um poço de egoísmo. Disse em tom de brincadeira e eu inocente pensando que você estava preocupado comigo.
- eu faço tudo pelo meu lucro, você é meu “As” de ouro não posso te perder.
- deixe de ser mentiroso, se você fizesse tudo pelo dinheiro mesmo não teria quase falido no ano passado. Esse jornal poderia ter lucros muito mais exorbitantes e não dois sabemos disso.
- oras, aquilo foi apenas um pequeno descuido e quer me fazer o favor de não me fazer parecer um fraco?
- hahahaha. Tudo bem Sr. Roth
- agora vá pra casa.
- já disse que não. Os outros já falam besteiras demais sem eu me aproveitar dos meus “privilégios” imagine se eu desse motivos saindo mais cedo que todo mundo só por que tive uma simples discussão.
- você é muito orgulhosa menina.
- é o meu jeito.
Ele apenas sorriu abanando a cabeça.
- desapareça. Disse apontando para a porta. Eu quero toda a matéria pronta ate o meio dia.
- sim senhor chefe. Disse debochada saindo da sala.
- sempre perfeita, minha doce Hermione. Indagou fechando os olhos e sentindo o cheiro da menina que ainda impregnava a sala.
Hermione voltou a sua mesa só voltando a levantar a cabeça da imensa pilha de matérias que se acumulavam em cima de sua mesa quando Paul foi lhe entregar a matéria a ser revisada. Mas ele estava com um semblante serio e não falou ou fez nenhum de seus mordazes comentários. Apenas deixou o trabalho em cima da mesa e antes de sair murmurou:
- não é verdade. Ela não sabe o que diz.
- obrigada. Agradeceu emocionada.
Trabalhou duro e as onze e meia já havia colocado tudo em ordem. Foi a edição e entregou a matéria que deveria sr publicada no dia seguinte. E dirigiu-se a saída do prédio sem encarar ou falar com ninguém.
As coisas na vida dela realmente haviam saído completamente de ordem. Nada mais fazia sentido. Tudo antes era mais fácil e menos complicado. Agora ate mesmo colegas de trabalho furiosas faziam parte do seu diário.
- é uma maravilha mesmo.
Caminhou de cabeça baixa e com um semblante triste ate o ponto de ônibus sem encarar ninguém na rua.
- bom não adianta ficar sofrendo. Disse erguendo a cabeça. Não a nada como um dia atrás do outro e eu já passei por situações piores.
Não te queixes nem te desesperes
Só porque, hoje, te ocorre tudo mal;
Aguarda confiante o dia de amanha,
Que poderá vir a ser tão com
Quanto aquele em que foste feliz.
(Dante Veoléci)
N/A:
Nossa gente desculpem a demora mas eu tenho andado mt ocupada.... Espero que gostem desse capitulo.... Eu sei que o Harry ta meio sumido e da saudades dele, mas essa sumida é necessária.
Obrigado a todos que tem votado e lido a fic e em especial a Leticia Potter( Espero que esteja gostando... e estou mt feliz por essa ser uma das suas favoritas... obrigada...bjs!!!) e a Lynezinha (um xuper bjao pra vc menina... não tenho nem comentários pra agradecer todas as vezes que vc deixa algum comentário... espero que você continue gostando e qt ao Harry Sorry por ele ter estado sumindo... mas era necessário... hehehe..bjs!!! valeu por postar sempre)
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