Barganha Infame





Title: Ódio ou Amor?


Author name: Ana Jully Potter



Category: Drama/ Romance



Shippers: Harry e Hermione



Disclaimer: Harry Potter infelizmente não é meu, se fosse eu seria rica e provavelmente não estaria escrevendo esta fic e sim o sexto livro da serie e já contando os milhões que ganharia com ele... ai mais chega de besteira e vamos logo pro que interessa.



Sinopse do capitulo: as coisas nem sempre são como imaginamos. Às vezes tiramos conclusões precipitadas e deixamos que a raiva e a desconfiança vençam. Daí é que surgem os problemas, principalmente quando se quer calar o que o coração não para de gritar.







Ódio ou Amor?

Capitulo

XIV
Barganha Infame





"Duas coisas indicam fraqueza - calar-se quando é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se.”



Provérbio Árabe






Hermione levantou a vista para Harry, ele estava serio, intocável no seu lugar de ditador das regras, por lógica Hermione não tinha como fugir da irrefutável idéia de que se casaria com ele.



Casaria para satisfazer as vontades de um homem que não podia ser contrariado, casaria para salvar não só sua família, mas também todos os trabalhadores do jornal, casaria simplesmente por não ter saída, casaria porque o amava e ele a odiava.



Seria fácil querer acreditar que tudo aquilo não passava de um pesadelo,mas o mais difícil seria viver nele.



Na verdade não era bem Harry que trazia tanta angustia ao seu coração e sim o seu próprio medo. Medo de ter que voltar ao passado e perceber que tudo fora uma mentira, que todos os momentos felizes ao lado desse homem haviam sido um devaneio de alguém desesperado por ter um amigo e agora essa era à realidade. Realidade que por tanto tempo fugira. Medo de sofrer por um futuro incerto. Medo de se tornar fraca. Mas principalmente medo de não conseguir deixar de amá-lo.



As coisas estavam complicadas, mais complicadas do que elas jamais estiveram. Mas ainda faltava se resolver uma coisa: Quais os termos que ele ainda estabeleceria nesse maldito acordo nupcial?



- Quais são os seus termos? Perguntou após depois de um longo suspiro.




Ele apenas deu um sorriso cínico antes de responder de maneira calma e fria, como se aquilo não passasse de uma de suas barganhas comerciais, como se aquilo já fosse rotina. O que era absurdo, já que não é todo dia que você se vê chantageada e obrigada a casar com alguém que te odeia...




- Ah! Você chegou exatamente onde eu queria. 1º. Assinaremos um acordo pré-nupcial onde você desiste da metade da minha fortuna em caso de divorcio e desiste do nosso filho, caso venhamos a ter um.



- Não!



A recusa era instintiva e completamente inconfundível.



- Na?Preciso te lembrar que quem esta dando as cartas sou eu?



- Não me interessa quem esta distribuindo as cartas. Ninguém vai tirar meu filho de mim.



Aquela conversa não poderia estar acontecendo. Ninguém poderia ter tamanho sangue-frio, falando de casamento e amor materno como se não passasse de uma transação de negócios.



Ele riu.



- Você ainda nem o tem!



- Você disse que se tivéssemos um filho.




- Meu filho. Acrescentou.


- É meu também. Não pode me tratar como uma reprodutora! Não concordarei com isso. Nem por cem milhões de dólares. Nenhuma mulher aceitaria! Se insistir, o negocio esta acabado.



- Não é como se isso viesse a acontecer Hermione, não pretendo estar preso a você por uma criança. Esse detalhe apenas faz parte do acordo matrimonial. São negócios como eu já lhe disse e eu gosto de ter sempre tudo acertado antes de fechar um acordo.



- Ótimo, mas que fique bem claro, eu não sei que tipo de pessoa você acha que eu sou e eu não pretendo ter um filho com você, quanto menos pessoas participarem dessa barganha infame melhor. Alem disso a ultima coisa que eu quero é submeter meu filho a isso.




Harry ficou em silencio por algum tempo observando atentamente como se refletisse o que ela tivesse acabado de lhe dizer antes de voltar a falar sobre seus termos.




- 2º. Não aceitarei que você tenha casos amorosos enquanto estivermos juntos...



- Eu jamais faria isso. Bufou de raiva.



Harry fez que não havia ouvido-a e continuou a falar:



- e 3º. Ninguém além de nos dois saberá sobre nosso acordo. Meu avô, Tonks, Lupim, Gin, Rony... Bom e o resto de nossos amigos não entenderiam muito bem essa situação.



- Não é exatamente motivo de orgulho para mim também, já disse quanto menos pessoas souberem melhor.



De repente Hermione percebera que Harry a infectara com algum tipo de loucura. Se estivesse em sã consciência jamais aceitaria essa barganha infame.



- Quando você sugere que o casamento ocorra? Perguntou a ele.



- Como já disse o mais rápido possível, mas ainda teremos que discutir alguns detalhes, como a festa de noivado e as aparições em publico.



- E o que deverei fazer ate lá? Ficar em minha casa? E o que falarei para os meus pais?



- Não creio que seu pai se importe. Afinal estou salvando a pele dele. Com certeza dará pulinhos de alegria.



- Meu pai não é o monstro que você esta pensando. E faça o favor de não insultá-lo na minha frente.



- O que quer que eu diga... Eu não consigo me controlar, chega a ser algo natural.



- Seu hipócrita, murmurou. Meu pai é um homem bom, mas que cometeu alguns erros... isso eu admito.



- Isso porque você gosta de ficar se iludindo. Ou então no mundo em que você vive pessoas como ele são consideradas boas. Sorriu maliciosamente.



- Harry você é a pessoa mais hipócrita e egoísta que existe em todo o mudo.



- E por acaso você conhece o mundo todo ? Perguntou irônico.



- Idiota!



- Nossa quantos adjetivos. Satisfeita agora? Mas saiba que como a futura senhora Potter deveria saber se controlar melhor, como eu disse eu tenho um nome a zelar.



- E você quer que eu fique feliz pelo que você esta me fazendo passar?



- Isso em nada me interessa. Claro que seguirei o praxe e pedirei sua mão. Ate lá você ficara comigo no Manchester.



- Mas isso é errado... Nós não somos... Ela abaixou a cabeça.



- Ah! Minha querida àquela matéria não sugere que nós estejamos esperando ate o dia do casamento. Alem do mais assim despistamos um pouco mais os jornalistas quanto a nossa tão repentina união. Pareceremos simplesmente um casal apaixonado na frente das câmeras, já por trás não importa o que aconteça.



- E se eu insistir em voltar para minha casa?



Harry arqueou as sobrabcelhas:



- Sua vontade em nada em interessa! Esta decidido.



Hermione se desesperou. Não queria voltar para o Manchester e reviver o pesadelo daquela... Simplesmente era demais.



Harry não queria apenas humilhá-la, mas parecia que seu sofrimento o divertia. Sim provavelmente esse era o motivo de toda aquela insinuação. A vida deles não passaria de uma trama dividida entre o Ódio e o Amor.




- Não vou ficar naquele quarto de hotel com você. Disse por fim



- Por quê?



- Por que eu... Porque não há lugar para... Onde você dormiria? No sofá? Indagou.



Harry sorriu desdenhoso.



- Duvido. Aquele sofá me trás lembranças eróticas demais para servir bem a alguém que pretenda dormir nele. Até seu perfume ainda esta nele... Mas não se preocupe minha querida. – A suíte tem dois quartos.



Hermione mordeu o lábio inferior furiosa. Desviou o olhar, para que Harry não visse a magoa refletida em seus olhos.



- Harry... Suspirou com a voz já fraca... Isso tudo é mesmo necessário?



- Totalmente. Tudo seguira como eu planejei.



- Você não percebe o que esta fazendo?



- Foi você quem começou com tudo isso Hermione. Respondeu calmamente.



- Eu... Eu... Prometo sumir da sua vida. Dessa vez pra sempre, mas, por favor, se isso for longe demais... Nada mais vai restar alem de...



- Não queira bancar a puritana Hermione. Nos dois sabemos que essa imagem não lhe convém.



- Estou apenas lhe mostrando uma nova saída. Talvez eu tenha te magoado, mas você também me machucou muito Harry. Mais do que você pode imaginar. Será que você não percebe no que nos estamos nos transformando? E tudo só para satisfazer seu orgulho? Você esta pagando um preço muito alto Harry e esta me fazendo pagar um mais alto ainda. Se você realmente me odeia tanto me deixa ir... por favor... pediu em tom de suplica.



- Não, eu não vou ficar como o homem abandonado. De jeito nenhum. Eu não sou mais aquele menininho que você conheceu há dezesseis anos atrás Hermione, não sou mais uma criança fascinada com um mundo melhor do que ela jamais poderia ter imaginado existir. Eu conheço como o mundo é agora e só os tolos se deixam enganar por rostinhos bonitos como o seu, só tolos são governados pelas emoções para depois de verem esmagados pelas mesmas. Disse encarando-a friamente como se pudesse ler sua alma apenas com um olhar.



- Ah! Esse é o seu medo! Ser enganado? É isso que você teme? Quem te fez sofrer tanto assim Harry? Disse com suavidade.



- Não me faça rir. Não me julgue como o fraco que você um dia conheceu.



- Droga! Tão você tem medo de que? Sabe isso seria melhor pra todos, muitas vezes...



-PARE! Eu não tenho mais medo de nada. Disse batendo uma mão na mesa com tanta força que vários documentos foram atirados no chão. – Eu deixei de ter medo dos meus “monstros” há muito tempo, eu já vivi perseguido por pesadelos e agora não resta mais muita coisa que eu tema.




- Não Harry você esta enganado, mas acima de tudo eu acho que você esta se enganando e eu não vou parar ate você entender o que isso significa... Não acha que já sofremos demais por nossas próprias ações? Isso tudo só vai piorar as coisas, vai fazer com que tudo mude entre nos, droga eu vou acabar te odiando por isso...




- Eu pensei que você já me odiasse Hermione... É muito tarde para arrependimentos. Você selou seu próprio destino, agora arque com as conseqüências.



- Sabe de uma coisa Harry, não sou apenas eu quem selou o próprio destino. Você fará de nossas vidas um inferno, mas não serei apenas eu quem será obrigada a viver nele.



Harry fingiu não a escutar e levantou abruptamente indo ate Hermione e passando a mão firme sobre o braço de Hermione arrastando-a para a porta.



- Vamos, o carro esta nos esperando.



- Eu não quero ir com você a lugar algum.




- E eu já disse que você não tem escolha. E dessa vez demonstre um pouco de alegria quando sairmos, você já provou que é boa em fingir... Isso não será um desafio pra você. Metade das mulheres la fora adoraria estar no seu lugar.



- Sabia que você leva a palavra convencido a um nível totalmente novo? Perguntou com sarcasmo.



- Não, eu estou apenas dizendo a verdade. Respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo. E agora sorria.



- Escuta aqui seu... seu.... uhm! Grunhiu vermelha de raiva. “Como alguém podia ser tão convencido e ainda por cima estar certo? Claro que ela sabia que pelo menos metade da redação suspirava só da menção do nome dele,mas pelo amor de Merlin, quem foi o IDIOTA que contou para ele? Como se esse homem já não tivesse motivos o suficiente para saber do seu poder sobre os outros” pensou desesperada ao vê-lo sorrir cinicamente como se soubesse exatamente o que ela estava pensando.



“Qual é o problema desse homem? E se ele não tirar esse sorriso torto da cara Merlin me ajude mas eu juro que acabo com esse nariz perfeito com o primeiro vazo que eu vir pela frente” . Ah! Sim Hermione isso seria perfeito, tentar assassinar o novo dono do jornal no primeiro dia de trabalho, com certeza a Lhaila e a Sherry iam ficar animadíssimas com uma desculpa como essa para te mandar para a cadeia. Respondeu à mesma voz irritante que sempre defendia Harry, será que nem mesmo a minha consciência podia estar a meu favor? Até ela tinha que se mostrar fascinada por esse inglês arrogante?



Ótimo agora eu voltei a falar comigo mesmo, Merlin esse homem estava começando a afetar o seu juízo. E de ligeiramente instável eu estou indo para completamente louca.



Perfeito, justamente o que eu tinha em mente, passar os últimos anos de sua vida presa em alguma instituição pra malucos. Sim últimos anos, sem nenhum exagero ou melodrama... bom talvez um pouquinho de exagero, mas isso não vem ao caso. Porque do jeito que a minha vida estava indo, eu não ficaria surpresa se eu tivesse um derrame por estresse e acabasse morrendo. Quem sabe esse não era o plano dele? Me matar sem poder ser acusado por assassinato? Bom se for isso, eu tenho que admitir que ele esta fazendo um trabalho esplendido. Três vivas para o Harry!!!!



- uhum! Ouviu Harry pigarrear.



- O que?



- Ah! Nada. Respondeu sarcástico. Só cansei de esperar para você sair do nirvana que você tinha acabado de entrar. Em que estava pensando?



- Eu estou proibida ate de pensar agora?



- Claro que não, desde que você estivesse pensando em mim, agora admita o que tanto você pensava sobre mim?



- Não me faça rir Potter. Respondeu corada. O que te faz pensar que eu estava pensando em você?



- O fato de você ficar suspirando. Afinal por quem mais você suspiraria alem de mim? Deu um sorriso sedutor.



- Ah! Mas você tem toda razão, toda vez que eu suspiro eu estou pensando no quão insuportável você é.



- Eu não sou insuportáve! Defendeu-se. Sou irresistível. Agora vamos.



“ Sim, insuportavelmente irresistvel.”

Hermione apenas suspirou resignada. Ela havia tentado. Mas ele tinha razão, pelo menos numa parte, se ele realmente queriam que os outros acreditassem que eles estavam noivos tinham que parecer felizes. Mas acima de tudo sabia que se ela não fizesse o que ele queria com certeza seria humilharia na frente de toda a redação. E isso era a ultima coisa que ela queria, que ele esmagasse a ultima centelha da sua dignidade.



Saíram do escritório sem falar mais uma palavra um com o outro, Harry a abraçara pela cintura e a conduzia como se fosse o dono do lugar (bom tecnicamente ele é o dono do lugar... mas pelo amor de Merlin o homem era uma agravação na auto estima de qualquer um... e sinceramente se ele não estivesse me segurando tão forte pela cintura eu acho que as minhas pernas já teriam cedido perante aos olhares inquisidores de toda a redação do jornal... será que todo mundo agora tem que se meter na minha vida particular...humf!!!)

Sem se incomodar com os cochichos das pessoas e os olhares curiosos, Harry fez seu caminho indiferente ate a entrada da sala.

Hermione percebeu Laila na ponta da mesa de Sherry, com uma aparência de quem acabara de perder uma fortuna. Sherry por sua vez não parecia muito melhor.




- Um instante, Hermione. Disse Harry.



Parou de repente e passou a mão pelos cabelos, olhando as pessoas em volta. Foi quando seus olhos encontraram Kyan parado a porta de entrada da redação, olhando tudo como se pertencesse a outra realidade. Harry o fitou indiferente e continuou falando:


O silencio no ambiente era total agora.



- Sei que houve muita especulação a respeito do negocio que fechei. Acho justo informá-los de que não haverá nenhuma demissão no momento. No entanto o cargo que algumas pessoas ocupam será reavaliado, pois esta mais que claro que elas não possuem competência para ocupá-los. . Falou olhando diretamente para Sherry e Laila que paralisaram de angustia.



Seguiu-se um nítido rumor de alivio.



- Mas é claro que todos aqueles que não se sentirem aptos a obedecer as novas ordens por aqui estarão livres para pedir demissão.



Assim que Harry terminou de dar os avisos Kyan saiu de onde estava e caminhou até ele, o ar na sala de repente tornou-se ainda mais pesado, todos observaram atentamente o possível duelo de titãs que aconteceria se ambos entrassem em confronto.



Com passos lentos mas decisivos Kyan parou a alguns passos de Harry no entanto ano lhe dirigiu a palavra e virou-se para Hermione dando a ela um breve sorriso antes de falar com a voz um tanto abatida:



- Desculpe eu não sabia! Disse com um suspiro resignado.



- Sei disso. Tranqüilizou-o com um leve sorriso.



- Jamais teria deixado uma matéria inconseqüente como aquela sair.



- Acho que agora é um pouco tarde. O que aconteceu não pode ser mudado ou apagado e como alguém já me disse hoje: “Selei meu destino”. Gesticulou olhando para Harry.





Harry no entanto apenas curvou os lábios em um sorriso irônico e ela não conseguiu distinguir os sentimentos que se fundiam em seus olhos algo parecido com raiva, desprezo e ate mesmo ciúmes por sua intimidade com Kyan? Não isso devia ser imaginação dela.


- Espero não ter estragado sua vida Hermione.



- Você não poderia ter estragado minha vida Kyan. As coisas são como elas são e as vezes não há nada que possamos fazer para mudá-las a não ser aceitar o que nos esta reservado.





Kyan deu um sorriso fraco para ela tentando confortá-la e demonstrar que entendia tudo o que estava acontecendo.



Em seguida virou-se para Harry que continuava observar a cena com profundo desgosto.



- Vou retirar os pertences da minha sala agora mesmo senhor Potter, amanha mesmo a sala poderá ser ocupada por seu novo dono.



Dito isso ele passou por Harry indo na direção a sua ex-sala.



- Espere! Exclamou Harry. Como eu disse ninguém será demitido. E isso inclue você. Continuará dirigindo o jornal, porem terá que prestar contas das decisões a mim e tomar mais cuidado com as publicações. Sou um homem de negócios Sr. Roth, mas acima de tudo pratico, faremos uma reunião com a diretoria e resolveremos as questões que ainda estiveram pendentes. No entanto se achar que não esta apto há trabalhar para mim, terei prazer em aceitar sua carta de demissão. De outra maneira eu estarei lhe esperando amanhã as nove para que o senhor me repasse algumas coisas antes da reunião com a diretoria.



Todos na sala ficaram boquiabertos com aquela novidade, nem mesmo Hermione acreditava no que ouvia.



Harry fez menção de se retirar, mas voltou no ultimo instante.



- Oh! A Senhorita Granger não trabalha mais aqui. Ergueu a mão interrompendo os comentários que se seguiram. – Porque eu e ela iremos nos casar. Anunciou. – Venha, Hermione.



Apesar da situação drástica, Hermione não pode deixar de achar engraçado a expressão de espanto de todos. Principalmente a de Sherry e Laila. Por um momento eu pensei que uma delas fosse vomitar. Realmente alguns momentos podem fazer com que todo o resto valesse a pena.



* * * * * * * * * * * *

- Por que você deixou Kyan ficar? Hermione perguntou curiosa enquanto se dirigiam ao elevador.



- Infelizmente ele é um homem sensato e produtivo, sendo assim não vejo porque demiti-lo. Concluiu a contra gosto. Além do mais é um bom jornalista, claro que é péssimo com negócios, mas ele não é o único, não é mesmo Hermione?



- Se esta falando do meu pai. Não é necessário tanto sarcasmo. Eu mesma garantirei que ele não volte a mexer com o dinheiro alheio.



- Devo dizer que me sinto aliviado.



- Você vai fazer grandes mudanças no editorial? Perguntou tentando mudar de assunto.



- Não. Pretendo fazer apenas coisas simples.



- Pode chegar a demitir alguém?



- Como já disse não é algo que eu pretenda, mas não trabalho com quem não produz. Tem alguma sugestão?



Hermione deu de ombros.



- Isso quem tem que decidir é você, espero apenas que seja justo.



- Quanta nobreza. Zombou.



Hermione não respondeu a ofensa. De nada adiantaria começarem um bate boca no elevador. Isso definitivamente seria cansativo.



Ao chegarem à frente do prédio Hermione viu estacionada uma limusine preta que antes não estava lá. Presumiu que Harry não queria chamar a atenção dela assim que ela chegara.



Harry a apresentou ao seu motorista Tony e ao lado dele estava seu mordomo, Alfred que atendera Hermione a porta da suíte... E Rony!!!



- Mione! Exclamou alegremente... Que saudade...



- Rony... Mas o que?



- Oras você não achou que eu iria perder a festa não é mesmo?



- Como assim?



- Quis dar os parabéns para vocês dois... E devo acrescentar que fiquei muito magoado por não ter sido o primeiro a saber.



- er...er..Bem... Acho que é porque foi uma coisa de momento.



- Tudo bem, mas estou muito feliz por vocês.



- Mas como você soube?



- Oras Hermione, os rumores já correram soltos por todo o mundo mágico, você sabe onde a conversa é excessivamente e a fofocas sobre o nosso querido Harry Potter se tornam sempre um tópico amado e divulgado. Afinal não é todo dia que o solteiro mais famoso e cobiçado do mundo mágico (e não mágico) resolve se casar. Vocês já estão nas capas de todas as revistas e jornais bruxos que eu encontrei no caminho para o trabalho.



Hermione o encarou espantada e sem saber o que falar... Na verdade o dom da fala e do raciocínio pareciam ter se esvaído assim como a força que a mantinha de pé. Por um momento ela pensou que seus joelhos cederiam e agradeceu a Merlin por Harry a estar segurando pelo ombro.



- Obrigado por vir Rony. Disse Harry dando um pequeno aperto no ombro de Hermione para que ela dissesse alguma coisa antes que Rony começasse a fazer mais perguntas. Já que ele já parecia preocupado com o rosto repentinamente pálido da morena.




- Er.. obrigado mesmo Rony, nos também estamos muito felizes por você ter vindo.




Ele pareceu ter se conformado com a resposta. E deu um grande abraço nela e em Harry.




- Bom tenho que ir agora. Só queria ver vocês. Apareçam lá em casa, Luna esta ansiosa. O que não é nada perto da Gina. Nunca pensei que diria isso mas pobre Malfoy... Eu tenho quase pena dele... Hehehe... quase.... Ate mais...



- Ate... responderam ao mesmo tempo



E no segundo seguinte Rony já não estava mais lá...



- Tão estranho... Hermione comentou sorrindo.



- Rony costuma fazer isso.



- Entendo. As coisas não são mais como antigamente.



- Não elas são, mas tudo é completamente diferente, nos é que mudamos não é mesmo?



- Antes as coisas eram mais simples.



- E você prefere a banalidade da vida? Não é o que me parece Hermione.



Hermione foi desprovida de retrucar quando uma terceira voz chamou sua atenção.



- Como vai Srt. Granger? Cumprimentou o senhor jovialmente.



- Bem. Disse sorrindo.



- Fui eu quem lhe atendeu no hotel, provavelmente não se lembra de mim...



- Pelo contrario... Lembro do senhor no Hotel e...


- e...?



- Nada, me desculpe mas eu acho que lhe confundi com outra pessoa. Respondeu sorrindo.



- De fato, Harry a guardou muito bem. Mas fico lisonjeado que tenha se lembrado de mim.



- É um prazer conhecê-lo. Ou melhor reencontrá-lo.



- O prazer é todo meu te encontrar gente tão jovem e educada quanto à senhorita. Disse abrindo a porta da limusine e dando passagem para que ela entrasse.



Ela e Harry sentaram no banco de trás do carro. Harry deu instruções para o motorista para se dirigirem ao Manchester.



- Harry...



- Sim, minha querida. Disse com gentileza pousando a mão sobre o ombro dela.



Hermione entrou em alerta no mesmo instante. O gesto não foi exatamente carinhoso, mas também não foi frio como ela estava acostumada a ser tratada por ele.



“Ele esta fingindo diante do mordomo”. Hermione concluiu.



- E minhas coisas?



- Que coisas?



- Oras, roupas, escova dental...



- Acho que não será difícil comprarmos outra escova dental para você.



- E minhas roupas?



- Existe uma resposta para isso, mas creio que meu mordomo e o motorista ficarão embaraçados se ouvirem. Entretanto, se insistir mesmo em usar isso, daremos um jeito de comprar outras para você.



- Não quero que compre roupas para mim. Meu guarda roupa é muito bom.



Harry tornou-se serio. Não era mesmo um homem acostumado a ser contrariado.



- Estou falando de criações de costureiros famosos. Replicou impaciente. Pode gastar quanto quiser.



- Não quero nada disso! Apenas minhas próprias roupas! Pode ficar com seu dinheiro e todos seus costureiros.



Hermione teve a impressão de ver os ombros de Alfred balançando como se ele estivesse rindo baixinho.



- Como quiser. Harry respondeu. Deu novas instruções ao motorista antes de sussurrar ao ouvido dela: - Quanta espirituosidade! Ironizou. Vou gostar muito de domar esse seu gênio.



- Não deixarei que faça isso.



- Veremos é a minha mais profunda intenção.





* * * * * * * * * * * *








No próximo Capitulo:




- Onde diabos esteve? Foi à primeira coisa que ele disse ao vê-la entrar.



Hermione conhecia bem a natureza humana para saber quando uma pessoa alcançara o limite da paciência. E Harry parecia já ter ultrapassado esse limite a muito tempo.



- Fui passear um pouco pela cidade. Explicou, franzindo o cenho.



- Passear? Harry repetiu como se ela houvesse dito algo absurdo. – Como?



- Bem, primeiro você pega um ônibus, depois...



- Chega! Ele explodiu. Resmungou algo tão rápido que ela nem ao menos conseguiu entender antes de voltar-se para ela. – Sua desmiolada! Por que não me avisou?



Hermione olhou-o. Harry parecia mesmo preocupado.



- O que eu fiz? Perguntou a ele, confusa.



Teria esquecido de fechar a porta? A suíte fora roubada enquanto ela estivera fora?



Harry balançou a cabeça impaciente.



- Faz idéia de que, sendo minha noiva , você agora é alvo de possíveis lunáticos.



- Sobre o que você esta falando exatamente?



- Seqüestro! – Adquiriu um tom mais ameno ao vê-la arregalar os olhos assustada. Sim Hermione, isso pode acontecer. Ainda existem Comensais a solta pelo mundo, sedentos por vingança, desesperados pela menor chance me atingir, sem contar algumas pessoas no mundo Mugle que ficariam mais que felizes em me extorquir algum dinheiro. Droga Hermione! Você tem que entender, as coisas já eram difíceis naquela época em que você era só minha amiga e mesmo assim você já era um alvo em potencial, imagine agora sendo minha noiva. Se eu tenho um ponto fraco esse ponto é você.







N/A1: Eu espero que vocês tenham gostado do capitulo e mais uma vez me desculpem pela demora, mas eu fiquei com um bloqueio criativo e não tinha nem idéia de como esse capitulo ia ser. Já o próximo com certeza não vai demorar tanto, eu já comecei a escrever e ta quase pronto, mas é claro que tudo depende de quando eu vou poder voltar a entrar na net.



N/A2: Bom pro pessoal que me mandou e-mails pedindo para o Harry deixar de ser um IDIOTA e começar a tratar a Hermione melhor, eu sinto informar que isso não será possível, pelo menos não ainda. As pessoas não mudam assim tão rápido (o Harry mesmo precisou de dez anos para se transformar nesse... bom nesse ser não tão amável...para alguns claro... mas eu acho que sou masoquista e para mim ele é o Harry entende... precisa dizer mais alguma coisa? ....hehehe. ) e os termos em que ele a pediu em casamento não foram os mais românticos não é mesmo?






N/A3: ah! Eu não posso deixar de agradecer a todos os que deixam reviews ou votam. Saibam que isso me incentiva muito a escrever.
Mas sabem de uma coisa eu estou começando a ficar muito convencida... hehehe... Eu recebi 20 reviews só no capitulo passado e eu tenho que admitir que é impossível não deixar de ficar feliz (e com um ego bem inflado) por perceber que existem tantas pessoas que estão lendo e gostando dessa fic... eu quero agradecer do fundo do coração a todos vocês...



N/A4: Agradecimentos especiais:





Miranda

Leticia Potter
Cecília Freitas de Oliveira Monte

camila de sousa
Thais Potter Malfoy

Mari Gallagher

Malu Wesley

Maria_Potter_Malfoy

Euu

kk

Sissi Granger Potter

Ane

Ana Patrícia

Mione0

lyne potter

*~*Dessa Weasley Malfoy*~*
Kelly Potter





*•._..•´ ¨) -:¦:- LOVE -:¦:- (¨`•.._.•*
•´ .•´¨)*(¨`v´¨) (¨`v´¨)*(¨`•. `•.¸
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