A Roda de Quadribol
N/A: Mais um cap, espero comentários, principalmente os me xingando pela demora... desculpa mesmo, mas já tenho mais 2 caps escrito, e estou escrevendo o 3.
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Gina acordou na enfermaria. Ela lembrava muito vagamente dos acontecimentos das últimas horas. Uma hora ela estava voando atrás da Goles, e na hora seguinte ela tinha se desequilibrado e estava caindo.
Era só isso que ela lembrava. Abrindo os olhos ela percebeu que a sala estava vazia. Tentando se levantar ela sentiu o mundo rodar e resolveu ficar quieta.
Aparentemente ela não tinha nenhuma atadura pelo corpo, o que deveria ser um bom sinal. Então alguma coisa pareceu se mexer perto de Gina, mas antes que ela identificasse o que era, as pálpebras começaram a pesar e ela dormiu.
*****
Assim que Harry colocou Gina no chão eles foram cercados pelos jogadores da Grifinória e pelos da Lufa-lufa também, todos preocupados com Gina.
Antes que Harry percebesse alguém tinha tirado ela dos braços dele e a levado para longe. Ele estava correndo atrás dela quando Malfoy surgiu na sua frente.
- O que foi Malfoy? – Perguntou ele, desinteressado.
- Você devia tirar esse sorrisinho presunçoso do rosto Potter. – Falou ele.
- Que sorriso? – perguntou Harry. Pensando porque ele ainda perdia tempo com Malfoy, quando ele precisava ver Gina.
- Enquanto você corria atrás da Weasley, o apanhador da Lufa-lufa capturou o pomo.
- Do que você está falando? – Resmungou Harry, virando para o campo.
No campo, em meio a grande confusão, o placar mostrava a Grifinória com 70 pontos e a Lufa-lufa com 210. Harry sentiu algo revirar dentro do estômago.
A Lufa-lufa tinha mesmo capturado o pomo, assim como acontecera no terceiro ano. Mas Gina era mais importante que isso, e Harry precisava saber se ela estava bem.
Sorrindo, ele se voltou para Malfoy:
- Sabe, o melhor de tudo é saber que eu fiz a escolha certa. De qualquer jeito, se for pra nós ganharmos o campeonato, é o que vai acontecer.
Dizendo isso ele correu para a enfermaria. Gina não corria perigo, mas ainda dormia. Ele sentou do lado dela e esperou.
*****
Gina abriu os olhos e percebeu que estava cercada de gente.
- Ela acordou! – Ouviu alguém gritar. Virando para o lado ela percebeu que tinha sido Hermione. Fora ela PO, Rony, Henry, Lila, MJ, Rob e Drica também estavam na sala.
- Que susto Gina, eu quase mandava uma carta pra mamãe. – Rony falou, aliviado.
- Você ta louco? – Retrucou ela, com uma voz fraca. – Ela seria capaz de me tirar da escola, só para poder ficar de olho em mim.
Todos riram.
- Muito bem, mas agora a garota precisa descansar, saiam todos daqui. – Falou a enfermeira.
Gina viu Hermione se levantar da mesa e deixar um livro ao lado, ela já ia falar alguma coisa, quando Madame Pomfrey enfiou uma colher cheia de um liquido verde na sua boca.
Depois disso ela foi embora, deixando Gina sozinha. Mas menos de 10 minutos depois Hermione voltou.
- Esqueci meu livro aqui. – Falou ela, pegando o livro em cima da mesa.
- Hermione – falou Gina calmamente. – Estamos sozinhas, pode falar a verdade, eu vi você colocando o livro em cima da mesa.
Hermione olhou para os lados e depois falou, em voz baixa.
- Não sei do que você está falando Gina, eu realmente esqueci o livro aqui. – Gina ergueu as sobrancelhas, descrente. – Mas talvez você gostasse de saber que Harry passou o dia todo aqui. Da hora do jogo até pouco antes de você acordar.
- E porque ele foi embora? – Pergunto Gina, numa voz que ela pretendia que fosse casual.
- Eu mandei ele ir embora. – Falou Hermione, parecendo pedir desculpas. – Achei que você não fosse acordar tão cedo.
- Tudo bem...
- Não sei se alguém te disse, mas foi ele que te salvou da queda da vassoura.
Então Hermione foi embora, deixando Gina com a sensação de ter engolido 10 mini-pufes.
*****
No outro dia Gina teve alta. Harry não teve tempo de falar com ela, e nem saberia o que dizer quando ela estivesse por perto, mas a verdade também é que ele não conseguia deixar de pensar nela.
- Oi Harry! – Harry olhou para frente, ele estivera andando sem nem perceber para onde estava indo, agora se encontrava em frente a Cho.
- Oi Cho. – Cumprimentou ele, desanimado.
- Não te vi ontem. – Falou ela, esquadrinhando ele. – Como está a Weasley?
- A Gina está bem. – Falou ele.
- Certo, então não tem porque você ficar triste. – Falou ela, roubando o beijo dele. – Vamos passear.
E os dois saíram para os jardins do castelo, os pensamentos de Harry longe.
*****
Todos pareciam estar esperando Gina na Sala Comunal da Grifinória. Ela teve a impressão de contar mil vezes como caíra da vassoura, e como Harry a tinha salvado, mesmo sem lembrar-se dessa parte.
Quando não aguentava mais, ela falou:
- Vocês não querem discutir outra coisa? – Como todos se mostraram interessados, ela prosseguiu. – Que tal uma roda de Quadribol?
Rony correu para o lado dela.
- Ouvi falar em roda de Quadribol?
- Isso mesmo Ronald. – Riu-se Gina. – Pegue uma cadeira, um pôster do seu time favorito, a tabela do campeonato, e vamos nos divertir.
A roda começou com três pessoas, mas no fim já tinham 20. A maioria parecia torcer pelo Chuddle Cannons, que mesmo não indo bem no campeonato, era um time com nome.
- Do que adianta nome se eles não ganham a três rodadas? – Gritou um menino do quarto ano.
- Nem mesmo em casa. – Debochou um do sétimo.
- Mas eles têm vários troféus. – Berrou Rony.
- E esse tal do União de Puddlemere, só ganhou no ano passado. – Gritou PO. Recebendo um olhar de admiração de Rony.
- Quem vive de passado é museu. – Sentenciou Gina.
Aos poucos as pessoas foram se dispersando, até só restar PO, Rony e Gina.
- Você teve argumentos muito bons. – Falou Rony para PO, olhando para os próprios pés. Gina revirou os olhos.
- Verdade, mas eu só tive forças graças aos seus primeiros argumentos. – Falou ela, fazendo Gina levantar a cabeça, espantada. – Sabe, nós podíamos sair, trocar argumentos...
Gina quase engasgou, essa parecia ser a pior cantada de todos os tempos. Hermione também tinha notado isso, e parou o movimento de tentar transfigurar uma rã no meio, fazendo com que esta fugisse.
- Claro. – Falou Rony, ficando vermelho como um pimentão. – Mas acontece que eu tenho que fazer um trabalho, ninguém quis me ajudar. – E ele olhou de esguelha para Hermione, que convocou a rã tão desajeitadamente que ela bateu na própria cara.
- Eu te ajudo! – Falou PO, sorrindo. – Já fiz todos os trabalhos.
Rony sorriu de volta, e Hermione lançou um feitiço, quase gritou ele, que transformou a rã em um mine-dragão, ao invés de em um pássaro.
*****
Antes que Rony saísse da sala Hermione pegou todas as suas coisas e correu para o dormitório. Quer dizer que Rony agora a culpava por não fazer o trabalho por ele?
Ela jogou as coisas em cima da mesa e depois se deixou cair na cama. Antes que ela pudesse evitar, algumas lágrimas rolaram pela sua bochecha.
- Hermione? – Falou uma voz fraca.
Hermione correu para enxugar as lágrimas.
- Entre Gina. – Falou com uma voz trêmula.
- Você está bem? – Falou ela, sentando na cama onde Hermione estava, já com o livro na frente do rosto.
- Claro, estou estudando, aprimorando o trabalho de Snape.
- Aham... E o quê que o livro de transfiguração tem a ver com isso?
Hermione abaixou o livro, envergonhada.
- Estava só... olhando... estudando...
- Mione, olhe, eu sei que você g...
- Gina, não me ofenda! – Gritou Hermione, mais vermelha do que nunca.
- Certo. – Falou Gina, brincando com a pena de Hermione. – Quer desabafar então? Me dizer porque você saiu correndo?
- Eu já disse que tenho que estudar. – Falou Hermione, pegando o livro de poções. Ela parou por um instante, e depois falou. – Além do mais, a Pâmela já estava me enchendo o saco.
- A PO? Ela nem estava falando com você...
- Sim... ela fica lá... gritando... e ele... de risinhos...
- Hermione! – Falou Gina, indignada. – A culpa é da PO? Mas é você que está juntando a PO e o Rony.
- O que? – Falou Hermione, pálida. – Gina, eu vou ter que te pedir pra sair daqui.
Gina pareceu envergonhada e saiu da sala, deixando uma Hermione pálida, mas decidida.
*****
Neville, que também estivera na roda de Quadribol. Saiu caminhando, sem rumo, pelo colégio, assim que ela terminou. Ele não sabia para onde estava indo.
Mas seus pés pareciam percorrer o mesmo caminho de sempre. Em pouco tempo ele tinha chegado aos jardins. O lugar onde ele andava passando todos seus horários vagos.
Como ele esperava, mesmo sem saber que esperava por isso, Luna estava lá.
- Demorou hoje. – Ela falou, sem se virar para ele.
- Nós tínhamos marcado um encontro? – Ele perguntou.
Luna deu de ombros e estendeu para Neville uma vasilha onde ele sabia conter sopa de dilátex. A maior parte das pessoas poderia achar ruim, mas a verdade é que ele gostava.
O mais estranho, é que sempre que ele tomava a sopa, tinha vontade de fazer coisas diferentes. Ele não sabia explicar, mas era um sentimento bom.
- Como você sabia que era eu? – Ele perguntou novamente, mas sem ter certeza de querer ouvir a resposta. Ele gostava disso na Luna, o mistério.
- O modo como você anda. – Falou ela, se virando para ele e sorrindo. – Você é a única pessoa que eu conheço que anda forte e delicadamente...
- Como assim? – Perguntou ele, sentando ao lado dela.
- Cada casa geralmente tem um jeito diferente de andar. Os Sonserinos pisam forte. Os da Lufa-lufa pisam suavemente, mas você consegue ouvir seus passos. Os da Corvinal mal pisam, os seus passos não se escutam. Já os da Grifinória geralmente pisam decididos.
- Como os da Sonserina? – Perguntou ele, sem querer ser comparado a essa casa.
- Não! – Falou ela, parecendo pensativa. – Sabe, em uma batalha não é bom você pisar forte. Como a Corvinal é a casa da sabedoria, nós já nascemos disfarçando nossos passos.
“Os da Lufa-lufa não tem estratégia, eles pisam com o coração não são capazes de dissimular, mas eles são delicados, então os passos são suaves.
“Os Sonserinos são arrogantes, incapazes de imaginar que qualquer pessoa possa vencê-los, então eles não se importam com isso.
“Já a Grifinória é a casa da coragem, vocês não negam uma luta, não vão querer disfarças os passos, vão querer lutar! Por isso seus passos são ouvidos. Mas isso é geralmente.”
- Como assim? – Perguntou ele de novo.
- Como eu disse, os seus passos deveriam ser ouvidos, mas eles parecem mais como os passos de alguém da Lufa-lufa, mas não é só você. O Harry, Rony, Hermione, Gina, todos você pisam assim, eu não entendo por que.
- Vai ver que é porque somos inteligentes e temos estratégia... – Sugeriu ele.
- Não, acho que está mais para a Lufa-lufa, apesar de vocês quererem lutar, vocês são gentis, amigos, eu não sei... Isso é um enigma para mim...
Neville sorriu, recebendo um belo sorriso de volta.
*****
É claro que ela sabia que tinha uma boca enorme, mas dessa vez Gina tinha passado dos limites. Quer dizer, quem ela era pra dar conselhos amorosos para qualquer pessoa?
Mas de uma coisa ela tinha certeza, ela precisava falar com a PO. Descobrir porque que ela tinha chamado o Rony para sair, se a sua amiga estivesse gostando dele, ela temia que ela se machucasse.
Afinal, desde sempre ela soube que Rony só tinha olhos para uma garota, na verdade todos sabiam disso, até o tapado do Harry. Esse pensamento fez Gina sorrir.
PO estava sentada nos mesmo lugar onde Gina a deixara, para ir atrás da Hermione.
- E aí Gina, o que aconteceu com Hermione?
- Nada. Ela só está com... dor de cabeça.
- Certo. – Falou PO, desconfiada.
- PO, você é a minha amiga, e o Rony é o meu irmão, então eu acho que não é muita invasão se eu te perguntar isso. – Falou Gina, parando para respirar. – Você está a fim do Rony?
- Estou. – Falou PO, sem nem parar para pensar, quase fazendo Gina cair da cadeira.
- E você me diz isso assim? Quer me matar do coração?
- Não Ginny, mas é que eu sempre o achei muito fofo, a gente tava conversando, eu senti que uma brecha se abriu, e resolvi apostar.
- Certo, certo... – Falou Gina, pensado. – Eu só quero deixar bem claro que o Rony só está interessado nos deveres que você vai ajudar ele a fazer.
- E você acha que esse é o meu único atrativo? – Perguntou PO, se levantando.
- Não! Ele pode até gostar de você depois, mas nesse momento ele só está interessado nisso. – Tentou explicar Gina, sentindo que ia de mal à pior.
- Pois eu acho que tenho grandes chances com ele. – Gina se controlou para não dizer que na verdade ela não tinha, já que seu irmão gostava de outra pessoa.
- Certo PO, eu não quero brigar com você, já basta o Henry não querer falar comigo, mas me diga uma coisa, eu pensei que você gostasse do MJ...
PO ficou vermelha como um pimentão, o que confirmou as suspeitas de Gina.
- Eu não gosto dele, ele é só meu amigo! – Como Gina fez uma cara descrente, ela acrescentou. – E o que você me diria sobre o Harry?
Gina sentiu o rosto queimar.
- Não é justo! As ruivas ficam vermelhas por qualquer coisa!
PO riu, sendo acompanhada por Gina, que achou melhor deixar esse assunto para depois.
- Certo, que tal você me ajudar naquele dever de transfiguração? – Falou Gina.
*****
Harry voltou do passeio com Cho e foi direto para a Sala da Grifinória. Desde o jogo ele não tinha falado com Gina, e isso o estivera perturbando o dia todo. Cho quase percebera que tinha algo errado com ele.
Como já era tarde, o Salão Comunal estava praticamente vazio. Em uma mesa dois alunos do sexto ano estudavam, mais ao fundo um casal se beijava e em uma poltrona uma pessoa dormia.
Harry olhou para a lareira e descobriu Gina sentada lá, olhando para o fogo. Ele se aproximou em silêncio e se sentou ao lado dela.
Ela não falou nada, mas lentamente encostou o rosto no ombro dele. Estranhamente Harry sentiu o coração pular. Na mesa os dois alunos se levantaram.
- Você está melhor?
- Pareço melhor? – Perguntou Gina.
- Parece ótima. – Falou ele, fazendo Gina rir.
- Estamos sozinhos? – Perguntou ela, se virando para trás e vendo o casal se beijando.
Harry sentiu o rosto queimar.
- Fiquei preocupado com você. – Falou ele, tentando quebrar o clima.
- Estou bem. – Falou ela, voltando a olhar o fogo. – Soube que você me salvou e... e que acabamos perdendo o jogo.
- É verdade, mas nós vamos superar isso. – Falou Harry.
O casal levantou, assim como o garoto que estava dormindo, deixando Harry e Gina sozinhos na Sala.
- Acho melhor a gente ir dormir. – Falou Gina, se levantando e puxando Harry.
Novamente o coração de Harry pulou no peito, e ele sentiu o rosto queimar, mesmo no escuro, ele achava que dava para perceber.
- Boa noite. – Falou ele, dando um beijo na testa dela, e depois subindo para o dormitório.
Finalmente ele sentia que seria capaz de dormir tranquilo.
*****
N/A: Desculpe pela demora, mas segundo ano é f**a...
Vou tentar ser mais rápida!!
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