control it.
“Droga!”. Foi a vez dela de exclamar. Enquanto a pena corrigia uma falha em seu pergaminho.
Era sempre assim. Coisas insignificantes, falhas, quer fossem escolares ou não, eram erros. E Hermione Jane Granger não aceitava de si menos que a perfeição.
Riscava com força o papel envelhecido, força o bastante para a fina ponta da pena furá-lo.
“Argh!” Falou, dessa vez com a voz inconstante.
A tinta vazou e correu por cima do seu relatório de Runas Antigas, como um corte de sangue negro. Sangue. Dela. Contudo, a garota sem notar a razão – talvez pelo ódio de ver seu trabalho destruído -, tentou limpar o feixe, o que apenas manchou mais o papel e a fez bufar de revolta.
Harry – apesar da invisível placa pós-estresse de ‘não se aproxime’ na cara de sua melhor amiga -, permitiu-se sentar a seu lado.
Ela moveu o rosto em sua direção, com amargura.
“Não pode controlar tudo, Mione.” A voz do moreno afirmara, para em seguida passar a mão em volta de seu ombro.
Então, como num flash, ela lembrou-se: Eles (Gina e Potter) de mãos unidas! E doeu. Apertos sucessivos que comprimiam por dentro. Lágrimas cuidadosamente armazenadas para momentos no chão do banheiro do seu quarto.
“Eu deveria.” E falsificou um sorriso, tão boa atriz que até ele já não notava sua atuação ¹.
Segurou o pergaminho e logo em seguida o amassou, jogando-o fora:
A vida era o seu palco e essa peça nunca teria um fim.
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n/a: Escrevi isso meses atrás, em um dia meio deprê. e meio sem sentido, devo acrescentar.
¹Créditos ao Caio F. s2
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