(Un)Happy New Year



Disclaimer: It's all yours, dear J.K.











Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin


Chapter 19: (Un)Happy New Year: The Final Surprise


Fora algumas picardias entre Narcissa e Malfoy, o jantar foi bastante agradável. James e Tom tinham conseguido cozinhar um fabuloso rolo de carne, que foi rapidamente devorado por todos os ocupantes da mesa.


Algumas horas depois, já perto da meia-noite, encontravam-se todos na sala: Tom e James jogavam xadrez perto da lareira, sendo atentamente observados por Narcissa, que se divertia a usar silenciosamente o seu dom para adivinhar os movimentos que cada um estava a planear fazer; Claire estava sentada numa das poltronas perto da janela e Draco voltara para o mesmo sofá onde se estendera antes. Ninguém falava muito, a presença do loiro fazia-os sentir ligeiramente desconfortáveis.


-Narcissa? – chamou Claire, ainda olhando para lá do vidro, como que esperando que o seu olhar atento fizesse a chuva abrandar.


- Ainda faltam 40 minutos para a meia-noite, Claire. – respondeu Cissa, antecipando a pergunta que a irmã estivera a fazer incessantemente durante a última hora.


- Não é isso, Ci. – fez uma pausa. – Acho que devias ir lá fora. – A morena olhou-a, indignada.


-Estás louca, Claire? Está um tempo horrível!


- Eu sei, mas devias mesmo ir lá fora. – insistiu Claire, sem desviar os olhos da janela.


- Mas porquê? O que raio se passa? – perguntou, levantando-se e dirigindo-se à irmã, olhando também lá para fora. E o que viu…


- O Jack acabou de se materializar no jardim. – respondeu finalmente Claire. A atenção dos rapazes rapidamente se voltou para Narcissa. ' POR MERLIN! Já não chega de dissabores!', pensou, fechando os olhos e cerrando os punhos.


- Não disseste que ele tinha ido para Liverpool? – inquiriu, voltando-se para Tom, que parecia extremamente confuso.


- Sim, foi o que ele disse na carta. – levantou-se e foi também ter com as irmãs. – Mas ele está apenas ali parado, à chuva! – baixou o tom de modo a que apenas elas o pudessem ouvir. – Será que veio aqui por tua causa, Cissa, para pedir desculpas?


- É claro que veio aqui por causa da Cissa, Tom. – respondeu Claire, revirando os olhos. – Não foi com certeza para te ver.


- Mas afinal, o que é que lhe fizeste, Narcissa? – perguntou James, que se tinha aproximado.


- Longa história. – disse Claire.


- Eu tenho tempo. E além disso, ele não parece com muita vontade de entrar. – volveu James, tentando espreitar por entre as cabeças dos primos.


- Cala-te, James! Vai ter com ele, Ci. – disse Claire.


- Não sei se deves. – opinou James.


- Claro que deve, eles ficaram com muito por falar.


- Bom, eu acho…


- É, de facto, uma bonita reunião de família, mas se continuam terei de vomitar e, por uma questão de educação – e não olhes assim para mim, Jones, eu sou educado -, não quero fazê-lo no vosso tapete. – interrompeu Malfoy, repugnado.


- Não estás a falar com os teus elfos domésticos, Malfoy. – respondeu-lhe Tom, com um sorriso amarelo. O loiro olhou-o, sorriu de lado e tornou a estender-se no sofá, sem mais. 'O Malfoy a dobrar-se perante a vontade de Tom? Mas está tudo maluco?', pensava Cissa, completamente estupefacta.


- Ignora-os, Cissa, e vai ter com ele. – insistiu Claire.


E, finalmente, Cissa voltou-se e saiu de casa directamente para a chuva torrencial, ficando encharcada em menos de segundos.




 


Jack encontrava-se perto do miradouro, no fundo do jardim, e olhava o mar revolto lá em baixo. O barulho das ondas era ensurdecedor.


- Jack. - Ele virou-se rapidamente e avançou uns passos da direcção da morena.


- Olá, Ci.


- O que estás aqui a fazer? Tom disse-nos que tinhas ido para Liverpool.


- E fui. Mas depois de pensar muito no assunto, decidi que não queria começar um novo ano com as coisas esquisitas entre nós. – Cissa nada disse, limitando-se a cruzar os braços e a olhá-lo com interesse. – Ci, eu sou completamente apaixonado por ti desde os meus 15 anos, desde que passámos o teu 13º aniversário nesta mesma casa. – Fez uma pausa. – Eu sei que na altura te disse que gostava de ti, mas não te expliquei com clareza a natureza real dos meus sentimentos, e só Merlin sabe como tu precisas que te digam essas coisas com todas as letras. – Cissa desviou o olhar, corando ligeiramente. – Também sei que é assim que és, que este alheamento não é culpa tua. Mas tens de perceber o quanto magoou ouvir-te dizer que, depois de tudo o que tínhamos passado juntos, não sentias o mesmo por mim!


- Eu percebo, Jack, a sério que percebo. – respondeu Cissa, num tom triste. – E peço desculpa por te ter causado tamanho dano, por te fazer sentir usado. Garanto que essa nunca foi a minha intenção.


'Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?


- Cissa, por Merlin, qual era a tua intenção, então? – perguntou, exasperado. – Por favor, explica-me onde achavas que o nosso...-hesitou. – compromisso ia dar.


'Cause I saw the end before we'd begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.


- Não sei, Jack. – respondeu a morena, confusa. Nunca tinha pensado realmente nisso e só agora se apercebia da sua falha. - Sinceramente, não sei.


- Não sabes! – indignou-se ele. – Envolveste-te comigo sem pensar no resto? No depois?


So I took what's mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.


- A vida está no aqui e no agora, não no além e no depois, Jack. Além do mais, e como tu bem sabes, eu não fazia ideia de que querias um 'depois'. – respondeu, suspirando. – O que eu achava que nós tínhamos, e disse-te isto naquela noite, era uma coisa sem compromisso, só para nos divertirmos. Agora vejo que cometi um erro grave ao não falar contigo sobre isso.


- Então na tua opinião eu ia pôr a nossa amizade em risco por puro divertimento? – Cissa não respondeu, ele bufou. – Tu não fazias mesmo ideia nenhuma?


You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.


- Não, Jack, lamento.


- Nem te davas conta quando eu te observava às refeições? Ou nos treinos de Quidditch?


And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.


- Jack…


- Ou quando te tocava? – continuou ele. – Ou quando te beijava? Ou até quando fazíamos amor? – A morena olhou-o tristemente.


I've kissed your lips and held your hand.
Shared your dreams and shared your bed.


- Ouve…eu quero dizer-te isto sem te magoar, mas… - suspirou. – Jack, eu nunca fiz amor contigo. Para mim, era só sexo. – Ele olhou-a muitíssimo irritado. 'Porra, não devia ter sido tão dura'.


- E há dois anos atrás, Narcissa! O que raio foi aquilo! Também foi 'só sexo' para ti! – a morena franziu o sobrolho.


I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you


- Não sejas idiota, Jack, não há comparação possível! – respondeu, começando também ela a irritar-se. – Eu perdi a virgindade contigo naquela tarde! Podes acusar-me de ser fria por não retribuir os teus sentimentos ou por não ter 'feito amor' contigo quando era o que fazias comigo, porque aí admito que talvez possa ter sido. Mas não podes dizer que aquilo foi 'só sexo' para mim. Foi especial. Tu és especial.


Goodbye my lover.
Goodbye my friend.


- Sou especial…mas não o suficiente para que me ames.


You have been the one.
You have been the one for me.


- Não da maneira que tu gostarias que eu o fizesse.


I am a dreamer and when i awake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.


- Então de que maneira, Narcissa! – Cissa olhou-o, exasperada e já bastante frustrada por ele não compreender o quanto lamentava tudo aquilo.


And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be


- Amo-te como um amigo, um bom amigo. Envolvi-me contigo porque me sentia atraída por ti e é só. Mas acredita, arrependo-me mesmo muito de o ter feito. Olha só o que aconteceu. Éramos os melhores amigos e agora…


I've seen you cry, I've seen you smile
I've watched you sleeping for a while


- E agora aqui o 'idiota' é que está a sofrer, não é? – interrompeu ele. – Já que, aparentemente, isto só te afecta na medida em que estás mesmo arrependida de teres sido a minha pseudo-namorada durante umas semanas! – Agora sim Cissa estava irritada. ' Como é que ele se atreve!'


I know your fears and you know mine.
We've had our doubts but now we're fine,
And I love you, I swear that's true


- Sabes, Jack, começo a ficar realmente farta dessa tua atitude de imbecil sempre que as coisas não te correm de feição. Acho que tens de começar a aprender a perder. E agora, ouve com atenção, porque vai ser a última vez que te vou dizer isto: não me devia ter envolvido contigo sendo tu um dos meus melhores amigos. Devia saber que as coisas não iam acabar da melhor maneira. Lamento muito, sinceramente, ter-te magoado da maneira que o fiz. Nunca foi esse o meu desejo. És muito importante para mim, e espero que, lá no fundo, debaixo de toda essa amargura, saibas isso.


- Poupa-me!


- CALA-TE, e deixa-me terminar! – vociferou Cissa. – Aceito as tuas desculpas, se é que alguma vez pensaste em desculpar-te ao vires aqui. Mas agora, Jack, e por favor, vai-te embora. Volta para Liverpool. Preciso de um tempo longe de ti e das tuas birras para repensar a nossa amizade.


Goodbye my lover
Goodbye my friend
You have been the one
You have been the one for me


Ele não respondeu logo, limitando-se a alternar o olhar entre ela e o mar. O silêncio reinava mas, ainda assim, nenhum deles se apercebeu de uma terceira pessoa que se aproximara entretanto.




 


- E, mais uma vez, James Solomon, o mestre do xadrez, vence! – exclamou James, contente. Tom bufou.


- Não é muito justo quando estamos a jogar com um sobredotado.


- Ah, vá lá, Tommy, não podes ficar contente por mim?


- Sim, James, claro que sim. – olhou a irmã, que andava de um lado para o outro da sala. – O que se passa, Claire? Se é por causa de Narcissa e Jack, não te preocupes, eles resolvem-se sempre. – terminou ele, dispondo as peças no tabuleiro para um novo jogo.


- Não é por causa deles, Tom. – hesitou. - Não sei, sinto que falta qualquer coisa.


- Deve ser só impressão tua, Claire.


- Não me parece. Falta mesmo qualquer coisa. – insistiu, ainda andando de um lado para o outro.


Tom encolheu os ombros e começou um novo jogo com James. Mas Claire continuava inquieta, sabendo que havia qualquer coisa que não estava bem. Ou melhor, que havia qualquer coisa que não estava sequer. Olhou em volta, observando o ambiente de modo a descobrir o que faltava. A lareira continuava acesa, as fotos estavam sossegadas nas paredes, Tom e James jogavam xadrez, e o Malfoy…


- Thomas, onde é que está o Malfoy?




 


- Não me digam que os pombinhos se desentenderam! – exclamou Malfoy, aproximando-se de Jack e da morena.


E mesmo no meio da acesa discussão com Jack, Cissa não conseguiu deixar de pensar na visão que era Draco Malfoy completamente encharcado: a camisa branca que envergava deixava adivinhar os seus bem torneados abdominais, resultado de muitos anos Quidditch; as mechas de cabelo loiro que se lhe colavam à cara davam-lhe um ar simplesmente…encantador. E quando ele parou perto de Narcissa, ela pôde constatar uma coisa na qual nunca tinha reparado antes, em tantos anos de convivência: até as pestanas dele eram loiras. Se o momento não fosse aquele, tinha-se rido com tal observação. No entanto, aquela não era, de todo, a altura adequada para tais devaneios. Forçou a concentração para a acção que estava a decorrer à frente dos seus olhos.


- Malfoy, sai daqui! Eu e Narcissa estávamos a ter uma conversa séria. – afirmou Jack, enervado.


-Deveras? – perguntou ele, olhando para Narcissa. – Ia jurar que te tinha ouvido gritar, Jones.


- Não era um pedido de ajuda, Malfoy. E mesmo que fosse, eras a última pessoa a quem eu a pediria. Portanto escusavas de ter vindo aqui fora – 'Mostrar esse teu corpo fantástico' -intrometeres-te onde não és chamado.


- E perder a oportunidade de te ver irritada? Pensei que me conhecesses melhor do que isso, Jones.


- Malfoy! – vociferou Jack, colocando-se entre Narcissa e o loiro. – Vai-te embora daqui de uma vez por todas! Nós queremos terminar a nossa conversa.


- Ora ora, Sloper, tem calma. E julguei que a conversa já tivesse terminado. Aquele ' preciso de repensar a nossa amizade' da Jones foi bastante definitivo.


- Seu… - começou Jack, avançando ameaçadoramente na direcção do loiro.


- JACK! – gritou Tom, correndo até eles e chegando a tempo de agarrar o amigo. – Acalma-te!


- Larga-me, Tom! – Jack esperneava e tentava libertar-se das mãos do amigo. Cissa olhava-os, triste.


- Podes largá-lo, Thomas. – Malfoy olhou-a, de sobrancelha arqueada. Tom largou Jack, que olhava mortalmente para Narcissa.


- Jones…


- Cala-te, idiota. – respondeu Narcissa, fria, zangada, olhando para o loiro. – Jack, por favor, vai-te embora. Já não há mais nada a dizer. – Jack olhou-a espantado.


- Tens a certeza? Não há mesmo mais nada a dizer? – perguntou ele, com um ligeiro tom de ameaça. Cissa bufou de irritação.


Goodbye my lover
Goodbye my friend
You have been the one
You have been the one for me


- Não achas que já dissemos o suficiente?


Jack não respondeu e, zangado, desmaterializou-se dali para fora. Cissa suspirou, exausta. Odiava aquela situação. ' Isto nunca devia ter acontecido'. Olhou o horizonte. ' E agora, já não há volta a dar'.


- Ci, estás bem? – perguntou Tom, colocando uma mão no seu ombro. – Se calhar é melhor irmos para dentro, faltam 5 minutos para a meia-noite.


- Não te preocupes comigo, Thomas. – respondeu, com um sorriso triste. – E vai andando que eu já lá vou ter.


Tom voltou-se mas, antes de se dirigir para dentro de casa, parou junto a Malfoy e murmurou:


- Ficas?


Draco olhou-o e, dando um dos seus sorrisos, assentiu, vendo em seguida Tom a afastar-se rumo à casa. Cissa, que não se apercebera desta pequena troca de palavras, continuava a fixar o horizonte, tentando abstrair-se do que acabara de acontecer para que pudesse pôr uma cara decente e voltar para dentro, para festejar o ano novo com a família.


Suspirou, exausta. Odiava aquela situação. 'Nunca me devia ter envolvido com ele. Fui uma idiota.', pensou, fechando os olhos e deixando as lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Apesar de todos os desentendimentos, Jack era muito importante na sua vida, e perdê-lo por um erro estúpido…era doloroso. Deixou a cabeça pender, encostando o queixo ao peito. 'Por Merlin, o que virá a seguir? Já não bastava Dumbledore e Cecília mortos, os Carrow a magoar toda a gente e eu sem poder fazer nada?'


- Também tinhas de arrancar um pedaço de mim, Jack? – murmurou, levantando a cabeça e tornando a fixar o horizonte.


Naquele momento, Narcissa tinha plena consciência de que estava a fraquejar. Teria de se deixar cair, teria de se permitir chorar e mostrar que, algures naquele coração poderoso, mas sofrido, também havia uma menina, quiçá ainda de tranças no cabelo, a quem ninguém, no seu perfeito juízo, alguma vez pediria para que passasse por tudo aquilo. 'Só espero que, por hoje, por este ano, as surpresas já tenham acabado'. Abraçou-se, qual criança indefesa. Agora conseguia sentir cada gota a cair-lhe no corpo. E como doía! ' Pergunto-me por quanto mais tempo conseguirei aguentar'. Riu nervosamente. Se Cecília ali estivesse, provavelmente responderia-lhe com um ' o tempo que for preciso'. Mas Cecília morrera. Estava sozinha.


And I still hold your hand in mine.
In mine when I'm asleep.
And I will bare my soul in time,
When I'm kneeling at your feet.


Deixou-se escorregar para o chão enlameado, as lágrimas caindo livremente e ainda com os braços em volta do corpo. Subitamente, sentiu o seu abraço a ficar mais apertado. Reparou que um par de mãos fortes estava pousado gentilmente em cima das suas, encaixando nelas perfeitamente, e sentiu as suas costas contra um peito forte, musculado. O peito…dele. Não precisava sequer de olhar para trás para lhe descobrir os olhos cinzentos. Sentira o seu cheiro no momento em que ele pousara as mãos nas suas; sentira os lábios dele no topo da sua cabeça e soubera. Simplesmente soubera. E se falasse, se sequer dissesse 'obrigada' por aquele gesto, estragaria o momento. Portanto, deixou-se ficar abraçada a ele, à chuva, na lama, vendo o mar revoltar-se cada vez mais e mais à medida que a tempestade piorava.


Goodbye my lover
Goodbye my friend
You have been the one
You have been the one for me


- Vai começar a contagem! – gritou Claire, de dentro de casa.


10! 9! 8!


Sem se desenvencilhar do abraço dele, Cissa voltou-se lentamente, de modo a poder olhá-lo nos olhos.


I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow


7! 6! 5!


Levou a mão à testa dele e afastou-lhe uma madeixa de cabelo dos olhos. Estavam tão azuis! Não se lembrava de alguma vez os ter visto tão azuis. Sorriu levemente.


4!


- A boa educação manda agradecer, Jones. – comentou ele, fazendo-a rir.


3!


Limpando os olhos, Narcissa aproximou-se e beijou-o levemente na face. Quando se afastou, ele olhou-a com uma sobrancelha arqueada.


- O que raio foi isto, Jones?


2!


- A boa educação, Malfoy. – ele sorriu de lado e puxou-a mais para si.


1!


- Eu estava mais a pensar no meu tipo de educação, Jones.


- Feliz Ano Novo! – gritaram, dentro de casa.


I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow'
(Goodbye My Lover – James Blunt)


E dito isto, beijou-a. Começou por ser um beijo possessivo, sôfrego, mas assim que Draco percebeu que a morena não o ia repelir, diminuiu o ritmo, beijando-a com calma, aproveitando cada segundo como se fosse o último. E Cissa? Ela acompanhava-o, tal como numa dança, ele era o seu parceiro. Já não estava sozinha. E quanto às surpresas que desejava não ter? Se fossem todas como aquela…


Queria ser surpreendida todos os dias.




 


- Quero que lhe digas, Severus. – Snape olhou o quadro do director, assustado.


- Como assim?


- Quero que passes a Lord Voldemort a informação de que a neta de Cecília está viva e possui plenos poderes.


- Está louco! O Lord das Trevas esteve enganado este tempo todo! Porquê dar-lhe a conhecer a verdade? Ele marcou o Potter e é o Potter que tem de cumprir o seu destino!


- Eu sei, Severus, mas seria mais fácil para o Harry…


- E para salvar o seu protegido, põe a vida de Narcissa em risco! – interrompeu Snape.


- Seria mais fácil para o Harry, que não tem um terço do poder de Narcissa, matar Lord Voldemort, se ele desviar a sua atenção para ela. – terminou Dumbledore, ignorando o comentário de Snape. – Narcissa é totalmente capaz de se defender sozinha.


- Deixe-a de fora disto! Já não basta…– Dumbledore olhou-o seriamente.


- Tens de ser capaz de admitir, Severus – cortou o Director. –, que a profecia que diz respeito a Narcissa ainda é válida e que ainda ela ainda pode ter um papel decisivo no nosso destino. De qualquer modo, e como já te disse, Narcissa não precisa de protecção. – Fez uma pequena pausa. – Porque a proteges tanto? Afeiçoaste-te a ela, Severus?


- A ela?


Snape arregaçou a manga direita e mostrou uma cicatriz a um palmo do pulso, paralela à marca negra que ostentava no outro braço. Um desastrado J irrompia da sua pele, como se tivesse vida própria. Dumbledore deixou o seu olhar deambular pela cicatriz durante uns segundos e depois olhou para Snape, que puxou imediatamente a manga para baixo.


- Ao fim de todo este tempo?


- Sempre.






N/A: Estou com uma certa inveja de Narcissa, mas pronto. O bom de a ter criado é que se ficar mesmo muito ciumenta posso fazê-la desaparecer, muahahah! Just kidding, jamais faria mal à minha personagem principal 8)


Love,
~ Nalamin


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