Meeting Daphne, Fighting Edwin

Meeting Daphne, Fighting Edwin



 Disclaimer: JK, posso ficar com o Draco só para mim?









Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin


Chapter 4: Meeting Daphne, Fighting Edwin, First Year Ending


Narcissa caminhava lentamente em direcção à sala comum, murmurando uma das inúmeras músicas que aprendera a tocar ao piano. Teria Hogwarts uma sala de música? Não sabia, mas a verdade é que não tocava há algum tempo e já sentia saudades. Pensando bem, era a única coisa de que tivera pena de deixar para trás: o seu piano de cauda preto fora o único luxo de Julie Barclay que Narcissa aprovara.


- Sangue puro.


A passagem abriu-se e Cissa entrou. Olhou em volta e viu Daphne sentada numa poltrona perto da lareira, com os pergaminhos espalhados em cima da mesa. Dirigiu-se até ela, sentou-se no braço da sua poltrona e sorriu. A loira não notara que tinha companhia. Inclinou-se e, chegando perto do ouvido da amiga, disse:


- Olá.


Daphne deu um pequeno grito, deixando cair as penas e o tinteiro. Cissa riu e baixou-se, de modo a apanhar as penas e reconstruir o tinteiro.


- Que susto, Cissa! Não voltes a fazer isso! Destruíste-me o tinteiro!


Cissa olhou em volta. Os alunos que estavam na sala comum estavam concentrados no seu jogo de berlindes cuspidores. Vendo o caminho livre, Cissa passou a mão por cima dos cacos do outrora tinteiro e da tinta espalhada pelo tapete. Em menos de um segundo, o tinteiro estava como novo, com a tinta no seu interior.


- Aqui tens. – disse, devolvendo o tinteiro a Daphne e erguendo-se. A loira riu.


- Esqueci-me desse pormenor. Isto significa que nunca mais terei de comprar tinteiros? – disse, brincalhona.


- Lamento, mas acho que vais ter de continuar a comprá-los. Não vou estragar a economia bruxa. – respondeu, rindo. – Que estás a fazer?


- Bom, quando foste voar com James, eu percebi que ias demorar. Então, antes de vir para aqui, decidi passar na biblioteca e trazer alguns livros para conseguirmos fazer o trabalho de poções. Estava a acabar de reunir as coisas sobre o pó de asas de gafanhoto quando me assustaste.


- Encontraste alguma coisa boa? – Daphne torceu o nariz.


- Na verdade, nem por isso. Fartei-me de procurar e comparar e não consegui arranjar mais do que duas semelhanças entre as duas coisas. E segundo o que diz no nosso livro de poções…


- São precisas, pelo menos, três semelhanças para que as duas substâncias sejam equivalentes. – terminou Cissa.


- Exacto. O que vamos fazer?


Cissa pensou por um momento. A quem poderiam pedir ajuda? Certamente que Snape não se ia prestar a tal coisa. James? Tom? Podia pedir ao primo ou ao irmão, mas e se eles não soubessem? Qual seria a opção?


- A minha avó! – exclamou Cissa, de repente.


- O quê?


- Penso que a minha avó pode saber a resposta! – olhou para o relógio. Faltava uma hora para o jantar, teria tempo de lhe mandar uma carta. – Tens uma coruja?


- Sim, tenho. Para que a queres?


- Para mandar uma carta, claro! Vou escrever à minha avó. Emprestas-me uma pena e algum pergaminho?


- Claro.


Cissa sentou-se de novo na borda da poltrona e começou a escrever a sua carta. Como começar?


'Querida Avó,


Como estás? Espero que não tenhas ficado apoquentada por te estar a escrever logo no primeiro dia, mas os professores aqui não dão descanso e já temos um ou outro trabalho para fazer. E é exactamente por isso que te escrevo.


Hoje, em poções, tivemos de fazer uma poção para curar furúnculos. No entanto, quando fui utilizar o pó de asas de gafanhoto, vi que este não estava em condições. Fiz ver isso ao Professor Snape e ele mandou-nos utilizar asas de varejeira, pois o efeito seria igual. A minha pergunta é a seguinte: quais são as semelhanças entre estas duas substâncias? Procurámos em alguns livros e só duas semelhanças são apresentadas.


Por favor, não te demores na resposta. Temos de entregar 40 cm de pergaminho até 5ª feira.


Obrigada!


A tua neta,


Narcissa'


- Ok, já está. Vamos ao corujal?


Daphne assentiu, arrumou o seu material no saco e seguiu Narcissa para fora da sala comum. Depois de subirem as inúmeras escadarias até ao último andar, chegaram por fim ao corujal. Cissa olhou em volta. Em toda a extensão da sala, encontravam-se as mais variadas corujas. Lá em cima, conseguia ver uma coruja das neves. Perto de si, à esquerda, a dormir no seu poleiro, estava uma coruja das torres.


- Qual delas é a tua? – perguntou, pronunciando o nome da coruja a custo. Daphne riu.


- É aquela ali. – respondeu Daph, apontado para um bufo real que se encontrava perto do topo da sala abobadada. – Evan!


- Deste um nome muito bonito à tua coruja. – comentou Cissa.


- É o nome do meu pai. Ele morreu antes de eu nascer. – respondeu, com uma voz triste.


- Desculpa, Daphne, não sabia.


- Não faz mal. Ninguém lamenta muito a sua morte, de qualquer maneira. – respondeu Daphne, com um certo desdém, vendo a sua coruja descer na direcção do poleiro à frente delas. Olhou Cissa, que a fixava muito confusa. – Não reconheceste o meu apelido?


- Rosier? – Daphne assentiu. – Nunca ouvi falar.


- Sim, tu és da minha idade, é normal. – fez uma pausa, alimentando a coruja. – Sabes o que são os Aurors, certo?


- Sim, claro.


- E Alastor Moody? Conheces?


- Acho que li qualquer coisa sobre ele n'O Profeta, há pouco tempo. É um dos melhores, não é? – Daphne assentiu.


- Eu que o diga. - a loira voltou o seu olhar para Cissa. – Ele matou o meu pai. Eu sou a única descendente viva dos Rosier.


- Oh meu Merlin… - disse Cissa, completamente estupefacta com a revelação que a amiga acabar de fazer. 'Supera tudo o que lhe contei há pouco', pensou.


- Mas teve razão em fazê-lo. – A morena estava cada vez mais confusa. – O meu pai era uma Devorador da Morte. Matou muita gente a mando do Quem Nós Sabemos.


- Oh Daphne… Nem sei o que dizer. Lamento imenso. – a loira tornou a olhá-la, com um leve sorriso na face.


- Não te preocupes. Já lá vão muitos anos e o Quem Nós Sabemos já não é ameaça. – 'Por enquanto, ainda não', pensou Cissa. – Vamos enviar a tua carta?


Cissa assentiu e, ainda extremamente espantada com todas aquelas revelações, aproximou-se do animal e entregou-lhe a carta.


- Evan, por favor, entrega esta carta à minha avó, Cecília Barclay, na mansão Barclay, em Londres. O mais rápido que conseguires, sim? – a coruja piou em compreensão. – Então, vai lá.


A bonita ave ergueu-se no ar e saiu por uma das janelas sem vidros que rodeavam toda a sala. Daphne e Narcissa ficaram a ver Evan desaparecer no horizonte e depois, desceram para jantar. Ao entrar no salão nobre, Cissa olhou para a mesa dos Gryffindor, procurando o irmão. Encontrou-o no meio da mesa, perto de um rapaz que Narcissa sabia ser Jack Sloper.


- Daph, vai andando para a nossa mesa. Eu já lá vou ter. – disse à amiga.


- Onde vais? – questionou Daphne. – Espero que aquela conversa no corujal não te faça fugir de mim. - Cissa riu.


- É claro que não, Daph. Vou só dizer olá ao meu irmão. – Daphne olhou-a, num misto de choque e indignação.


- Irmão? E suponho que te esqueceste de me contar essa parte!


- Não perguntaste! – defendeu-se Narcissa, afastando-se em direcção à mesa do irmão.


Assim que chegou às imediações da mesa, todos os Gryffindor desviaram o olhar do que estavam a fazer para observar Cissa. Ignorando-os, Cissa continuou a andar até chegar perto do irmão. Como Tom estava de costas, Narcissa colocou-lhe as mãos nos olhos. Por esta altura, já toda a mesa dos Gryffindor observava a cena. Sentiu Tom sorrir ao seu toque e procurar o seu pulso direito, onde sabia estar uma pequena cicatriz que ele próprio causara.


- Sabes que nunca me enganaste, Narcissa. - Cissa tirou as mãos e deixou o irmão voltar-se para si. - Olá. – disse ele, sorrindo.


- Bons olhos te vejam, Thomas! Procurei-te ao pequeno-almoço e ao almoço e não te vi. Quando perguntei por aí, ouvi dizer que, por vezes, gostas de te fechar na biblioteca. – Tom sorriu.


- Andaste a falar com o James?


- Claro. Ele tinha razão?


- Sabes que não é possível mentir-lhe. – Cissa riu.


- É verdade.


Fazendo uma pausa para olhar em volta, Cissa reparou que os colegas do irmão ainda os olhavam. Revirou os olhos.


- Bom, eu só vim aqui para saber se estavas bem. Já percebi que sim e, portanto, vou para a minha mesa. Daphne está à minha espera.


- E posso saber quem é a Daphne?


- Uma amiga. – disse, encolhendo os ombros. Tom franziu a sobrancelha, perspicaz.


- Que tipo de amiga?


- Daquelas que sabem guardar um segredo. – respondeu Cissa. Tom sorriu, feliz.


- Ainda bem, já não era sem tempo.


- Também acho. Bom, vou indo. Mas quando eles te perguntarem quem eu sou – acrescentou, perto do ouvido do irmão e apontando com a cabeça para os colegas dele. -, não digas a verdade.


- Ora, porquê? – Cissa deu um sorriso maroto.


- Só para chatear. Afinal de contas, sou uma Slytherin. – deu um beijo na bochecha do irmão e acenou a Jack Sloper, que lhe respondeu com um sorriso. – Adeus!


Virando costas aos leões, Cissa andou rapidamente até à sua mesa, sentando-se ao lado de Daphne, que estava acompanhada apenas por Edwin.


- Boa noite, Edwin. - disse, começando a servir-se.


- Olá, Cissa! Tudo bem? – respondeu ele, sorrindo. Cissa olhou-o. Reparava agora que ele tinha uns magníficos olhos amarelados, tal qual um gato.


- Tudo óptimo! Gostei de vos ver voar, hoje. – disse, criando conversa.


- Decerto não estavas com atenção. Foi um dos piores treinos de sempre! Devíamos treinar mais vezes durante o Verão, mas nunca há tempo.


- Ora, não foi assim tão mau! Fizeste um passe excelente para aquele rapaz negro. Como é que ele se chama?


- Zabini. Viste isso? – perguntou, entusiasmado. Cissa anuiu. – Pensei que ninguém tivesse reparado. Acho que nem o próprio Zabini viu.


- Claro que vi, Fowles, só não ia aumentar o teu ego. – respondeu-lhe o negro, dois ou três lugares mais a frente deles. Edwin riu.


- Que querido da tua parte, Blaise. – respondeu, voltando a desviar a sua atenção para Narcissa. – Tu também voaste muito bem. Fiquei espantado por voares tão bem numa Cleansweep Onze.


- A minha Cleansweep não é uma vassoura vulgar. Eu e o meu irmão fizemos-lhe umas alterações. Tem todas as funcionalidades de uma Cleansweep e de uma Nimbus 2001 e é um pouco mais rápida. – respondeu, orgulhosa.


- Estou impressionado. Mas isso não será vassoura de mais para ti? Só tens 11 anos e além disso…- hesitou antes de continuar. Cissa pousou os talheres e olhou-o ferozmente.


- E além disso, o quê? Sou rapariga? Era isso que ias dizer?


'Antes não ser escutado a ser mal interpretado
Julgado, condenado sem ser consultado


- Narcissa, não leves a mal, não o disse com essa intenção.


- Ah não? Então qual era a tua intenção? – Ele não respondeu, limitando-se a suspirar.


- Cissa, vamos para a sala comum? Tenho imensas perguntas para te fazer. – disse Daphne, prevendo uma discussão.


- É só por medo, não é Fowles? Ou então é por inveja. – continuou Cissa, ignorando a amiga.


- Aqui vamos nós. – murmurou Daphne.


- O que é que queres dizer com isso? – retrucou Fowles.


- O que eu quero dizer é que se a minha vassoura fosse uma Cleansweep vulgar, não tinhas feito esse comentário. Mas como é superior à tua Nimbus 2000, fizeste questão de fazer ver que, mesmo com a tua vassoura ranhosa, és superior a mim por seres mais velho e do sexo masculino. – respondeu, zangada. Ele parecia furioso.


Não sei quem tu és, tu não sabes quem eu sou
Não sei onde estás, tu não sabes para onde vou
Onde estou, donde vim, o que faço, o que penso
Não me julgues, não rotules, etiquetas eu dispenso


- Ouve lá miúda, tu não me conheces de lado nenhum, e…


- Nem tu a mim! – interrompeu Cissa. – Não sabes nada de quem eu sou, nem das minhas capacidades. Portanto, dispenso rótulos. – virou-se para Daphne. – Perdi o apetite. Sempre queres ir para a sala comum?


Sou igual e diferente, péssimo e excelente
Dou-me bem com toda a gente, conheço gente que conhece gente'


- Sim, claro. Vamos.


Levantaram-se ambas, deixando para trás um Edwin extremamente zangado. Chegadas ao hall de entrada, Daphne fez a amiga abrandar, de modo a poder falar com ela.


- Duas vezes no mesmo dia? – disse, com um pequeno sorriso. Cissa suspirou.


Mantenho a diferença de ser igual a mim próprio, a mais ninguém
Já nasceu comigo, comigo irá até ao além
Há que respeitar para conhecer, conhecer para respeitar,
Aprender com aquilo que à partida se possa estranhar
A vida é curta para desperdicio de tempo precioso
E a inveja apenas o reflexo de um espírito ocioso


- Eu sei. É dose. Peço desculpa.


- Não tens de me pedir desculpa, Cissa.


Ah pois é,
Toda a gente fala, toda a gente opina e sabe
Espetem o barrete onde ele cabe
Sem favores faço por merecer o meu espaço
E dou tudo o que tenho em cada novo compasso
Por onde passo, deixo a marca que marca o que faço
E o que faço, faço fazendo eu não ameaço


- Eu sei que parece, mas eu não adoro discutir com as pessoas. Só que há coisas que me irritam. E quando isso acontece, não posso ficar calada. – Daphne sorriu-lhe, compreensiva.


Ambiciono o amor, não ambiciono a fama
E acredito que só somos alguém quando alguém nos ama'
(Só Vês O Que Queres Ver – Da Weasel)


- Nem tens de me explicar nada. É assim que tu és. Eu já conhecia esta Cissa impulsiva, mas o Edwin não. Se calhar, devias ter-lhe dado o devido desconto. – Cissa riu.


- Tens razão. Devia fazer uma demonstração para todos. Assim, já não tinha de me preocupar. – comentou.


- Por falar em preocupação – principiou Daphne, mudando de assunto. -, mal posso esperar pela lição de voo, amanhã. – disse, ironicamente.


- Tens de ter calma, não é nada de mais. Queres perguntar-me alguma coisa?


- Quero. Não te dói estares sentada num pau? – Cissa gargalhou com gosto, durante algum tempo.


- Daphne! É claro que não! As vassouras actuais vêm com feitiço de almofadar incorporado. Não seria possível para os jogadores de Quidditch praticar esse desporto se estivessem sentados em cima de um pau daquela largura.


- Ah bom! Estou muito mais descansada. – disse, suspirando de alívio.


- Era só isso? – Daphne pensou por um momento.


- Bom…sim. Não percebo como é que não tens medo de cair, mas para compreender isso, penso que terei de experimentar. – disse, resignada. Cissa sorriu e passou-lhe um braço pelos ombros, deixando que ela envolvesse a sua cintura.


- Sabes do que é que precisas?


- Do quê?


- De uma boa noite de sono. – Daphne sorriu. – Tens de ir buscar as tuas coisas à camarata.


- Pois é. Espero que elas não levem a mal eu sair de lá depois de uma noite. – disse, rindo.


- Sangue puro. – disse Cissa. Tinham finalmente chegado à sala comum. Andaram até às escadas, que Daphne começou a subir.


- Eu espero aqui por ti.


- Porquê? O teu quarto não é aqui? – Cissa olhou-a confusa.


- Eu não te disse? – Daphne suspirou e revirou os olhos.


- O quê, Narcissa?


- O meu quarto é no lado das camaratas dos rapazes.


- Porque é que só te lembras de me dizer os pormenores depois?


- Ora, não me posso lembrar de tudo, não é? Vai lá buscar as tuas coisas.


Daphne deu-lhe um último olhar exasperado e subiu as escadas apressadamente. Cissa encostou-se à coluna e cruzou os braços, observando os colegas que ali se encontravam. À sua frente, dois rapazes mais velhos jogavam uma partida de xadrez. No momento em que Cissa olhara para o tabuleiro, vira um bispo branco a ser destruído sem piedade por uma torre preta. Desviando o olhar do tabuleiro, vira um grupo de raparigas cochichando e dando risinhos para os rapazes que se encontravam perto da janela, planeando algo. Ficou a observá-los durante uns segundos, estudando-os. O que estava sentado no peitoril da janela era claramente Zabini que, naquele momento, ria de qualquer coisa que o amigo lhe dizia. Cissa deixou o seu olhar pousar por instantes nesse rapaz. Era loiro platinado e tinha um porte elegante, altivo. Era alto, e a capa preta só acentuava mais essa característica. De repente, ele, provavelmente sentindo-se observado, olhou fixamente na direcção de Narcissa. A morena sustentava aquele olhar, mas essa tarefa avizinhava-se difícil, pois aquele rapaz possuía os mais belos olhos cinzentos que alguma vez vira. No entanto, pareciam-lhe inexpressivos. Cissa tentava descobrir nele alguma coisa, mas não conseguiu descortinar muito, pois Daphne descia apressada a escadaria, arrastando o malão atrás de si.


- Trouxeste tudo? – perguntou Cissa, desviando o olhar do loiro.


- Acho que sim.


- Então vamos.


Cissa deixou que Daphne subisse a escada à sua frente e seguiu-a sem olhar para trás. Chegadas ao patamar das camaratas masculinas, seguiram até ao fundo do corredor, parando em frente à tapeçaria, que rapidamente se transformou em porta.


- Lembras-te de te ter dito que não tinha a certeza de que podias entrar aqui se eu não estivesse contigo?


- Sim, claro.


- Pois bem, ontem, quando o Prefeito me trouxe aqui, ele tinha uma palavra passe que deixava de funcionar assim que eu entrasse no quarto. Quando lhe perguntei como entraria depois, ele respondeu-me que o Dumbledore disse que eu saberia o que fazer. Eu penso que tem a ver com o Dom.


- Então como eu não tenho o Dom…


- Não creio que possas entrar se eu não te abrir a porta. Mas tentemos. Entra. – disse Cissa, desviando-se para dar passagem à amiga.


Daphne aproximou-se da porta e agarrou na maçaneta, rugindo imediatamente de dor.


- Maldita porta! Queimou-me!


- Queres ir à enfermaria? – Daphne olhou para a mão.


- Não, não é preciso. Bom, acho que já tirámos as dúvidas. E agora? – Cissa suspirou.


- Hoje, abro eu a porta. Vou pensar numa maneira de tornearmos a questão.


Destemidamente, Cissa avançou para a porta e girou a maçaneta calmamente, abrindo a porta com um estalido. Sorriu. Tinha razão. Apenas ela podia entrar naquele quarto. Mas agora, que Daphne iria viver ali consigo, tinha de arranjar uma solução.


Entrou no quarto, sendo seguida por Daphne.


- Uau. Belo quarto! – Olhou para a direita. – Esta é a minha cama?


- Sim. E podes escolher o teu lavatório e a tua box de duche, na casa de banho.


-Óptimo! Temos vista? – perguntou, avançando para a janela. Cissa riu.


- Só se for dos habitantes do lago.


- Melhor que nada. – Disse Daphne, encolhendo os ombros e voltando à sua cama. – Estou cansada. Amanhã arrumo as minhas coisas. – acrescentou, sentando-se na cama.


- Sim, é melhor trocarmos de roupa e irmos dormir. Amanhã temos lição de voo! – disse, picando a amiga. Daphne olhou-a exasperada.


- Nem me lembres.


Rapidamente despiram o uniforme, lavaram os dentes e deitaram-se na cama.


- Boa noite, Cissa. E obrigada por me teres convidado para vir para aqui.


- De nada, Daph. Dispõe. Boa noite!


Cissa virou-se para a janela e fechou os olhos, sorrindo e pensando em como nada poderia ficar melhor do que estava.


Só Merlin sabia que não era bem assim.






N/A: Este foi o último capítulo do 1º ano de Cissa em Hogwarts. O que é que virá a seguir? :o you've gotta stay tuned, if you wanna find out ;)


Love,
~ Nalamin


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